sexta-feira, 28 de maio de 2021

A POESIA DA ENCHENTE


Por ÁUREO Macedo Bringel Viveiros de MELLO 
 
Poeta Áureo Mello

 
POESIA DA ENCHENTE 
(Constante do livro INSPIRAÇÃO - POESIAS (publicado em 3 tomos pela Gráfica do Senado, 1989))
 
"— Tu tá veno, cuirão? ¹ Tu tá veno, José? 
Eu num disse qui a inchente esse ano era braba? 
Cadê tua juta ² agora? Eu quero vê cumo é 
Qui vai-se arisurvê! Suco! ³ Água qui nunca acaba!" 
 
E o rio vai galgando as carnes do barranco 
Cobrindo os capinzais, os troncos assediando, 
Seguindo, mata a dentro, em desmedido arranco, 
Aos lagos e igapós as águas germinando... 
 
Estão mortos jutais, as plantações tombadas, 
As casas se-mostrando, à flor do lençol tétrico, 
E hercúleo e caudaloso, o rio, em rabanadas, 
Avança, vale a dentro, o corpo quilométrico... 
 
O Amazonas cresceu, nestes meses pioneiros 
E ainda mais crescerá, nos meses que hão de vir. 
Nesse anseio de criar que estremece os banzeiros
O gigante brutal somente faz destruir... 
 
O rio é largo e belo, é como um canto errante 
Da natureza, entoado em plena tempestade. 
O ventre colossal vibra, enfunado , arfante 
E rola os vagalhões com lenta majestade... 
 
Na superfície, ao sol, balseiros , velhos troncos, 
Em lenta procissão vão demandando o mar. 
O vento é frio, e é forte. As vagas soltam roncos 
E espumam, são cristais se esfacelando no ar... 
 
A selva assiste a marcha eterna da corrente 
E é bela, é moça, é verde, é viva e misteriosa... 
A coma é seiva e luz, mas lôbrego e silente 
É o fundo coração dessa floresta umbrosa... 
 
As aves vêm valsar nas margens, de beleza 
Criando, contra o céu, figurações ideais, 
E segue, assim, vibrando, a enorme correnteza 
Entoando um cantochão entre sons festivais... 
 
O crepúsculo é um sonho, é uma paisagem linda 
De ouro e coral e azul e espelhos de cristal 
A alma se enleva e ajoelha, e esse enlevo não finda 
Quando nos céus se espalha a noite equatorial... 
 
O vento sopra, e soa a inúbia ¹⁰ dos rebojos ¹¹
A água sinfonizando em gorgolões ¹² sombrios... 
O pensamento sobe, em místicos arrojos 
E mergulha depois na esteira dos navios... 
 
Mas... o monstro subiu trinta metros ao todo, 
E as matas invadiu, as várzeas submergindo. 
Terra firme é bem pouca. O gado está no lodo 
Ou triste, a se imprensar ¹³ nas marombas ¹⁴, mugindo... 
 
E o caboclo? ¹⁵ O mongol calado da restinga? ¹⁶
Onde está o oriental do "jaticá" ¹⁷, do arpão? 
Campeão dos matupás ¹⁸, batalhador da aninga ¹⁹
Rei completo do anzol, da rede e do facão? 
 
Onde está o grande herói que na proa da sua 
"Montaria" partiu pra pescar jacaré? 
Onde o veste-de-trapo, o João-ninguém que à lua 
E ao sol trabalha e luta, alentado a "chibé"? ²⁰
 
Onde é que você está, meu bravo amazonense, 
Que mergulha no barro arrancando o jutal? ²¹
Onde é que você está, nordestino, cearense 
Que caboclo ficou nas lides da jangal? ²²
 
Está no pastoreio ao gado? Na caçada? 
Cortando canarana ²³ ou lançando o espinhel? ²⁴
Virando tartaruga à praia? Na queimada? 
Ou foi pro seringal, representando Abel? 
 
Qual o quê! O caboclo, encorujado a um canto 
Está, qual um Noé, sozinho no Dilúvio. 
Sem casa, sem vintém, tendo a vida, se tanto 
Nada pode fazer contra o inimigo plúvio... 
 
Plantar roças sobre água? Impossível! Pescar 
Ele o pode fazer, mas com dificuldade. 
Que lhe resta, afinal? É remar, é remar 
E ir, como outro já fez, mendigar na cidade... 
 
"Vucê, se me ajudá, cumpatrício do sur ²⁵
Vai ganhá de presente umas cuisa incantada ²⁶
Vú mandá pra vucê, já "feito", irapuru ²
E olho de buto ², viu? Suco! Inchente zangada!"
 
 
Fonte: livro INSPIRAÇÃO de Áureo Mello, tomo 3, p. 87-9, Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1989.
Crédito: Serviço de Pesquisa e Recuperação de Informações Bibliográficas-SGIDOC da Biblioteca do Senado Federal
 
♧               ♧                             
 
 
Análise literária por Francisco José dos Santos Braga sobre a Poesia da Enchente de Áureo Mello 
 
Aqui ofereço um pequeno glossário para a Poesia da Enchente, cheia de "brasileirismos da Amazônia", como quer o Dicionário Aurélio, mas que, em minha opinião, constituem regionalismos lexicais e semânticos amazonenses, só verificados na Amazônia e praticamente desconhecidos por nós, brasileiros nascidos em outras regiões. 
Não há uma língua portuguesa, há línguas em português”, disse José Saramago em depoimento para o documentário “Língua - Vidas em Português”, que aborda as diferentes nuances do português falado por milhões de pessoas pelo mundo. Quem faz a defesa de línguas em português foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, em 1998, e do Prêmio Camões, em 1995, o mais importante da língua portuguesa.
A frase é fundamentada na própria experiência de Saramago. No documentário, a lusofonia é, sobretudo, fala, surpreendida do cotidiano de personagens ilustres e anônimos de quatro continentes. Em cada um deles, o português amalgamou deuses, melodias, climas, ritmos; misturou-se aos alimentos e às paisagens; foi reinventado centenas de vezes e alimentado sucessivas vezes por colonizadores, imigrantes e descendentes. 
 
Passo então a apresentar um pequeno glossário para esclarecimento do vocabulário muito típico utilizado pelo Amazônida Áureo Mello. 
¹  Cuirão é o nome dado ao menino caboclo do norte da Amazônia. 
²  Juta: fibra grosseira tirada de uma planta tiliácea que se cultiva na Índia, Paquistão e Brasil, e da qual se fazem sacos, especialmente para embalar cereais. A própria planta. 
³  Suco: coisa muito boa (popularmente). 
Igapó: região da floresta amazônica que permanece alagada mesmo na estiagem dos rios. Mata de igapó: vegetação baixa e uniforme dessa região, pobre em espécies, com árvores afastadas e numerosos epífitos. 
⁵  Banzeiro: a sucessão de ondas ou marolinhas provocadas por uma embarcação em deslocamento. 
⁶  Enfunado: cheio de vento, inchado 
Vagalhão: grande vaga ou onda formada em alto-mar, em mar aberto, quando o oceano está bem agitado. 
⁸  Balseiro: aquele que dirige a balsa ou jangada. 
⁹  Coma: cabeleira, juba. 
¹⁰ Inúbia: tipo de trombeta de guerra dos índios tupis-guaranis, feita de dois pedaços ocos de maçaranduba, unidos entre si com cipó; membitarará. 
¹¹  Rebojo: redemoinho de água que se forma no mar ou no rio e leva coisas para o fundo; sorvedouro, turbilhão, voragem. 
¹²  Gorgolão: pequeno jato; golfada, borbotão. 
¹³  Imprensar: apertar muito, como numa prensa (literal); espremer. 
¹⁴ A maromba ou palafita, como é conhecida na Amazônia, é um estrado construído de madeira tendo como pilares troncos de madeira-de-lei para dar suporte à estrutura da construção. Em cima desse estrado são construídos a casa e os currais para receber pessoas e animais durante a cheia dos rios. A vida ribeirinha na Amazônia é assim: no início do ano as águas dos rios sobem sem parar. Nos meses seguintes, o esforço dos ribeirinhos é concentrado em salvar os animais. Às vezes é preciso usar a própria casa para não perder a criação, mas o principal recurso dos ribeirinhos na na época das enchentes é uma construção de madeira, um curral suspenso chamado maromba, uma tábua de salvação onde os animais ficam confinados. O sacrifício é grande, mas renova a esperança de que os animais sobrevivam até a água baixar. A maromba ou palafita, como é conhecida na Amazônia é um estrado construído de madeira tendo como pilares troncos de madeira-de-lei para dar suporte à estrutura da construção. Em cima desse estrado são construídos a casa e os currais para receber pessoas e animais durante a cheia dos rios. 
¹⁵ Caboclo, segundo o dicionário Houaiss (2009), é “o indivíduo nascido de índia e branco (ou vice-versa), de pele acobreada e cabelos negros e lisos”, como também o “caipira”. No Norte do Brasil a palavra “caboclo” está ligada ao homem do campo e dos rios. Muitas vezes colocada de forma pejorativa e preconceituosa da herança europeia. 
¹⁶ Restinga: termo utilizado para definir as diferentes formações vegetais estabelecidas sobre solos arenosos que ocorrem na região da planície costeira. 
¹⁷ Jaticá: arpão de comprida haste, usado na pesca da tartaruga. 
¹⁸ Matupá: termo da língua tupi, que designa uma grande massa de vegetal flutuante ou segmento de barranco que, devido à ação erosiva, se desprende e fica boiando e deslocando-se sobre as águas de um rio. É um fenômeno comum nos rios da região amazônica. 
¹⁹ Aninga ou envira: na região amazônica, planta da família das aráceas, que esculpida serve como barquinhos que bóiam nos rios. 
²⁰ Chibé ou jacuba: espécie de papa de farinha com água, que pode ser consumida sozinha, ou serve de acompanhamento para o peixe. 
²¹  Jutal (masc.): plantação de jutas. 
²² Jangal (fem.): palavra muito comum na expressão "a jangal amazônica", no sentido de floresta tropical da Amazônia. 
Falando sobre o surgimento e o desenvolvimento de Paragominas, [ANDRADE apud Barreto, 2012, 304] assim se referiu: 
"(...) A história de Paragominas é mais ou menos a de tantas outras: em 1959, imperava ali a jangal amazônica; em 1960, com a trilha pioneira sangrada, instala-se ali uma serraria, destinada a fornecer madeira para as pontes provisórias da estrada. Quase que ao mesmo tempo, chega a ela o primeiro fazendeiro: um mineiro jovem de Uberaba (...) Antônio Fernandes declara-se engenheiro para a caboclada que toma conta das balsas, cruza o Tocantins, e instala-se nas terras férteis que cercam a serraria. (...) Em breve, chegam outros: do Pará, de Goiás e de Minas [dando o nome à cidade]: Paragominas. (...)" 
 
²³  Canarana: cana brava, planta gramínea. 
²⁴ Espinhel: aparelho de pesca que consiste numa corda comprida ao longo da qual são fixadas, de distância em distância, linhas munidas de anzóis. O mesmo que espinel e espichel. 
²⁵  Sur: corruptela de sul. 
²⁶  Cuisa incantada: "coisas encantadas", que foram objeto de encantamento ou feitiço. 
²  Irapuru ou uirapuru: nome popular de uma ave, o mesmo que uirapuru-verdadeiro. É muito famosa por seu canto melodioso e agradável, considerado um dos mais belos da floresta. Muitos a consideram a ave mais canora do Brasil. 
² Buto ou boto: mamífero cetáceo da família dos delfinídeos encontrado tanto no mar, ao longo da costa brasileira, quanto nos rios da bacia amazônica. O olho de boto, seco, é considerado um ótimo amuleto para atrair o amor das mulheres indiferentes. Se o homem quiser conquistar uma mulher, dizem que ele deve olhar para ela através de um olho de boto. Desse modo, ela vai ficar perdidamente apaixonada.
 
 ♧               ♧               ♧
 

De fato, outros poetas brasileiros escreveram com maestria sobre algum quadro pitoresco das enchentes, dentre os quais aqui relembro Cecília Meirelles com o seu poema Enchente de matiz infantil e Thiago de Mello, este amazônida como Áureo Mello. 
 
Em Amazonas: Pátria da Água, de 1980, o amazonense Thiago de Mello critica a modernidade racionalista e expansionista que acaba arrastando uma cosmovisão que separou homem e natureza e seu livro é um grito contra a destruição da jangal amazônica. É verdade que sua poesia está ancorada em uma paisagem que espelha a maior vegetação e o maior rio do mundo — respectivamente, a Amazônia e o Amazonas, — ameaçados, de fato, pelas incursões capitalistas. Em "As Tantas Águas da Água Amazônica", de 2009, o poeta produziu um belo poema, no qual, entretanto, a enchente é um fenômeno en passant na apresentação do quadro geral da importância da água para a sua região. Neste contexto, é a lei das águas que modula o viver das pessoas na Amazônia e suas relações com a a natureza e o imaginário social. 
Bem diferente é a abordagem da enchente em Áureo Mello: ela é supra-real, é maravilha pura, dotada de vida e geradora de vida, uma entidade viva da floresta tropical, embora carregada de destruição muitas vezes, principalmente quando seus efeitos são muito duradouros e devastadores para a população ribeirinha, com seu empobrecimento e de consequências deletérias como a do êxodo social.
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ANDRADE, Rômulo de Paula: A Amazônia na Era do Desenvolvimento: Saúde, Alimentação e Meio Ambiente (1946-1966), tese de doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História das Ciências da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz, Rio de Janeiro, 2012, 364 p.
 
DOURADO, Gustavo: Brasília 5.0 - Antologia de Cordel, Brasília: Art Letras, 2010, 352 p.

9 comentários:

  1. Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei)28 de maio de 2021 às 10:13

    Tive o prazer de conhecer o Senador e escritor ÁUREO MELLO em 1987 na companhia do Deputado José Barbosa, natural de Cajuru-SP, quando trabalhávamos para a Administração de Rondônia, dirigida pelo governador Jerônimo Santana, o "Bengala", natural de Jataí-GO. Em nossas reuniões, sempre mostrava vivo interesse em nosso trabalho, pois era um dos apoiadores do governador e amigo pessoal de José Barbosa.
    Mais tarde, Áureo e eu víamo-nos com frequência na "Casa do Poeta Brasileiro-Seção de Brasília-DF", da qual era sócio-fundador e seu vice-presidente. Naquelas alegres reuniões, costumávamos pedir-lhe que declamasse "aquele" seu longo poema. Estou ainda a vê-lo enchendo de lágrimas os nossos olhos, declamando sua "POESIA DA ENCHENTE".
    Áureo Mello faleceu em 21/01/2015, deixando-nos com enorme saudade.
    Em abril de 2010, o escritor Gustavo Dourado homenageou-o em seu livro Brasília 5.0 - Antologia de Cordel, destacando em cordel, nesse seu trabalho primoroso, a figura de Áureo Mello nas letras nacionais.
    Caro leitor,
    Receba, portanto, esta homenagem que também o Blog de São João del-Rei presta a esse grande poeta amazônida.

    Breve biografia do escritor ÁUREO MELLO
    https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/05/colaborador-aureo-mello.html

    POESIA DA ENCHENTE, acompanhada de minha breve análise literária
    https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/05/a-poesia-da-enchente.html

    Cordial abraço,
    Francisco José dos Santos Braga
    Gerente do Blog de São João del-Rei

    ResponderExcluir
  2. Rute Pardini (cantora lírica e escritora)28 de maio de 2021 às 11:10

    Meu amado,
    Que beleza que ficou seu artigo sobre a "Poesia da Enchente" do escritor Áureo Mello. Que coisa meu Deus!
    Eu me lembro dele.
    Eu admirava aquele homem corpulento, como ele conseguia falar durante um tempão recitando sobre a enchente que vinha lavando os barrancos da beira do rio e arrastando tudo pela frente. Ficava eu me imaginando lá me agarrando às raízes das árvores, vivenciando aquele fenômeno da natureza.
    Quantos anos depois, aquele mundaréu de água se repetindo novamente! E você agora me surpreende com o saudoso Áureo aqui e agora.
    Parabéns, meu amado!
    Tempo bom aquele que vivemos em Brasília e pudemos privar com aquele pessoal tão ilustrado e feliz. Festa da novela O CLONE: 2002. Léa Sayão. Festa linda, na qual se fez um break e silêncio profundo para a Enchente chegar com tudo.
    Kkkkkk e eu lá bem no meio da Enchente. Na Amazônia.

    ResponderExcluir
  3. Frei Joel Postma o.f.m. (compositor sacro, autor de 5 hinários, cantatas, missas e peças avulsas)28 de maio de 2021 às 13:46

    Olá, Francisco e Rute.
    Obrigado pela bela poesia de Áureo Mello! Viva a linguagem poética, que é muito querida pelo povo Brasileiro! Paz e Bem!! f. Joel.

    ResponderExcluir
  4. Dra. Merania de Oliveira (jornalista e viúva do ex-presidente da Academia Marianense de Letras, Dr. Roque Camêllo, e fundadora do Instituto Roque Camêllo)28 de maio de 2021 às 13:57

    Dr. Francisco,
    Paz, saúde e alegria!

    Li e reli - A Poesia da Enchente, de autoria do deputado Áureo Melo.
    Dr. Francisco, sua tão precisa análise literária, mostrando os regionalismos lexicais e semânticos amazonenses, é um presente para nós. Além do glossário com o qual nos premiou, muito me ajudou na compreensão do poema.
    Que riqueza é a cultura do nosso país!
    Parabéns e gratidão por suas ótimas postagens no seu blog.
    Abraços extensivos a nossa querida Rute.
    Merania

    ResponderExcluir
  5. Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental)28 de maio de 2021 às 13:58

    Caro professor Braga;
    Cenográfica e vibrante poesia que traz de forma genial a força de um dos mais impressionantes fenômenos da natureza. Em paralelo, uma aula do léxico local. Valiosa publicação!
    Grato.
    Cupertino

    ResponderExcluir
  6. Danilo Gomes (escritor, jornalista e cronista, membro das Academias Mineira de Letras e Brasiliense de Letras)28 de maio de 2021 às 20:48

    Mestre Francisco Braga, conheci e fui amigo do poeta e senador Áureo Mello.
    Parabéns pela sua homenagem a ele, de muito saudosa memória.
    Vou mandar para amigos.
    Abraço do Danilo Gomes.

    ResponderExcluir
  7. Profa. Dra Gisele Cristina de Boucherville (Professora da Universidade Federal de Roraima - UFRR Insikiran - Gestão Territorial Indígena)29 de maio de 2021 às 10:56

    Obrigada, Francisco, pela belíssima poesia! Só hoje tive tempo para lê-la, me senti nas margens do Rio Amazonas. Eu já vi as enchentes por lá, já viajei no Amazonas e pude, com saudade, relembrar esses momentos.

    ResponderExcluir
  8. Mario Pellegrinin Cupello29 de maio de 2021 às 16:07

    Mario Pellegrini Cupello, Arquiteto, diplomado em Direito, Escritor, Presidente do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto, de Valença RJ, Membro da Academia Valenciana de Letras, entre outras instituições fluminenses e mineiras, disse:

    Caro amigo Braga
    Parabéns pela sua brilhante iniciativa em homenagear e divulgar esta importante obra de Áureo Mello, através de sua cativante “Poesia da Enchente”!
    Trata-se de uma bela composição de refinada linguagem poética, repleta de inspiração e musicalidade frasal que revela, além da alma aflita do caboclo amazonense, a tristeza, a angústia, e a desesperança de um povo ribeirinho, diante das enchentes do Rio Amazonas.
    Eu e Beth agradecemos, sensibilizados, pela gentileza do envio.
    Abraços, do amigo Mario Cupello.

    ResponderExcluir
  9. Pe. Sílvio Firmo do Nascimento (professor, escritor e editor da Revista Saberes Interdisciplinares da UNIPTAN e membro da Academia de Letras de SJDR)8 de junho de 2021 às 16:22

    Recebido e agradecido.
    Pe. Sílvio

    ResponderExcluir