domingo, 27 de outubro de 2019

O ENCONTRO: SÃO FRANCISCO DE ASSIS E O SULTÃO


Por Francisco José dos Santos Braga 


 I.  A RESPEITO DE UMA FOTOGRAFIA DE 1949

 
A família franciscana tem muito que comemorar neste ano de 2019:  inicialmente pelo transcurso dos 70 anos da ereção da Província Santa Cruz (1949-2019). Do dia 21 ao dia 25 de outubro, os freis da Província estiveram reunidos no Seminário Seráfico Santo Antônio, em Santos Dumont-MG, tratando de assuntos internos da Província. Para o encerramento do Encontro Franciscano no último dia (25/10), numa atitude de ação de graças e congraçamento, foi expedido o seguinte Convite para uma celebração eucarística:

Capa do convite

Convite propriamente dito
Contracapa do convite














Como a capa não trouxesse a legenda com os nomes dos fundadores da Província, recorri ao poeta e confrade Dr. Fernando de Oliveira Teixeira, membro da Academia Divinopolitana de Letras e professor e um dos fundadores da FACED, o qual pertencera à Província na qualidade de seminarista e clérigo noviço, e sabendo eu de seu cuidado de meticuloso guardião da memória franciscana, para pedir-lhe a gentileza de informar-me os nomes dos participantes de célebre Congresso franciscano com a missão, em 1949, de elevar o Comissariado de Santa Cruz à condição de Província autônoma. Do e-mail recebido, tenho a dizer que outras preciosas informações me foram enviadas, além das solicitadas, todas retiradas do livro História dos Franciscanos da Província Santa Cruz, por Riolando Azzi, editado pela Província Santa Cruz, Belo Horizonte, 2014, as quais passo a compartilhar com meus leitores. Vejamos então:

Uma Circular da Província Holandesa, enviada de Weert e datada de 11 de dezembro de 1949, de autoria de frei Apolinário van Heuven, dizia: “Por decreto de 16 de novembro passado, o Mui Reverendo Padre Geral, com o consentimento do Definitório Geral da Ordem e autorizado para tal pela Congregação dos Religiosos, elevou o Comissariado de Santa Cruz no Brasil a Província independente, com todos os direitos e obrigações inerentes” (sic). Compromete-se a Província Holandesa, ainda, a 1) nos primeiros dez anos, enviar dois ou três padres anualmente, desde que haja disponibilidade; 2) no mesmo período se compromete a proporcionar oportunidade a alguns sextanistas de seu Colégio Missionário, ou alguns clérigos após o noviciado, de continuar seus estudos no Brasil e receber na nova Província formação espiritual, e 3) encarregar-se, por sua Procuradoria das Missões, de cuidar de interesses da nova Província e de seus membros. Finalmente, os padres do Comissariado poderão escolher entre as duas Províncias, devendo comunicar o desejo até 1º de fevereiro de 1950. A Circular implora “a bênção de Deus por vós, a fim de que a obra, agora por sua inspiração iniciada, com o auxílio de Sua graça prospere” [AZZI, 2014, 23/24].
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Em 25 de novembro de 1949, frei Zacarias van der Hoeven comunicou às autoridades eclesiásticas brasileiras que estava ereta a Província Franciscana Santa Cruz e ficara eleito seu primeiro órgão diretivo:
Ministro Provincial: frei Serafim Lunter;
Custódio: frei Zacarias van der Hoeven;
Definidores: frei Brás Berten, frei Rufino Peters, frei Olímpio Reichert e frei Jerônimo Jansen. [AZZI, 2014, 26].
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Quanto à fotografia, que constou do convite de 70 anos da Província, Dr. Fernando de Oliveira Teixeira repassou-me as seguintes informações: A fotografia, a que você se refere, ocorrida no Convento de Carlos Prates, em Belo Horizonte, está na p. 445 do livro de Riolando Azzi e tem a seguinte legenda: “Congresso do Comissariado, ocorrido em 1949, em Carlos Prates, Belo Horizonte, MG, que antecedeu a instalação da Província Santa Cruz. O Congresso contou com a presença do Provincial da Holanda, fr. Apolinário van Heuven.  
Da esquerda para a direita: Primeira fila (sentados): fr. Ildefonso Wouters, fr. Paulo Stein, fr. Rufino Peters (com.), fr. Apolinário van Heuven (prov.), fr. Zacarias van der Hoeven, fr. Respício van Valkenhoef, fr. Antelmo Kropman, fr. Brás Berten. / Segunda fila, de pé: fr. Luís Alves Caseca, fr. Osmundo Hin, fr. Felicíssimo Mattens, fr. Modesto van Gastel, fr. Francisco Stienen, fr. Osório da Silva Santos, fr. Olímpio Reichert, fr. Antonelo de Gruijter. / Terceira fila, de pé: fr. Concórdio van Bavel, fr. Remi Hendriks, fr. Helano van Koppen, fr. Sabino Stahoirst, fr. Alexandre Noordeloos, fr. Liberto Soppe, fr. Querubim Breumelhof, fr. Joaquim van Kesteren, fr. João Brouwer, fr. Gamaliel van Emmerik. / Quarta fila, de pé: fr. Jeronimo Jansen, fr. Levino Pothof, fr. Eurico Peters, fr. Gaudioso Nieuwenhuijsen, fr. Eugeniano Kupka, fr. Teodulfo Kamsma, fr. Carlos Schep.
NOTA: A mesma fotografia se acha na página 18 e 19 e foi escrito na página 20: “Instalação da nova Província Santa Cruz, em Divinópolis, em 8/1/1950”. Ou seja, a instalação solene da Província de Santa Cruz, em 8 de janeiro de 1950, deu-se na cidade de Divinópolis, com frei Serafim Lunter como primeiro Provincial.
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Ministros Provinciais (resenha fotográfica em [AZZI, 2014, 446/447]: fr. Serafim Lunter(1949/1956); frei Jerônimo Jansen (1956-1964); frei Erardo Veen (1964-1970); frei Diogo Reesing (1970-1979) ¹; frei Patrício Moura Fonseca (1979-1988) ²; frei Luciano Brod (1988-1995 e eleito novamente 2000-2006); frei Dario Campos (1995-2000); frei Francisco Carvalho (2006-2012 e reeleito 2012-2018); frei Hilton Farias de Souza (2018-...). ³
¹  Último Ministro Provincial holandês, cujo esforço foi de “abrasileirar” a Província. 
²  Primeiro Ministro Provincial brasileiro e mineiro, pois nasceu em Pirapora (MG) 
³  As informações, a partir do mandato de fr. Francisco Carvalho, acrescidas por Dr. Fernando de Oliveira Teixeira. 
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Minhas dúvidas a respeito dos nomes dos freis que posaram para a foto em 1949 e outras que porventura eu tivesse foram dirimidas. Acredito que agora também satisfaçam a curiosidade de meus leitores.

Resta ainda informar que meia hora antes da celebração eucarística veiculada pelo Convite acima citado, foi inaugurado o MEMORIAL SANTA CRUZ, com o objetivo de conservar, facilitar a pesquisa, difundir e expor objetos sacros pertencentes à Província Santa Cruz, que antes estiveram sob a custódia de frei Joel Postma no antigo "museu". Parabéns aos que trabalharam na identificação e limpeza dos objetos a serem expostos e na adoção de moderna técnica de custódia e apresentação do acervo do antigo "museu"!

Placa comemorativa de criação do Memorial Santa Cruz 
no Seminário Seráfico Santo Antônio, de Santos Dumont-MG

APONTAMENTOS SOBRE O VIII CENTENÁRIO DO ENCONTRO ENTRE FRANCISCO DE ASSIS E O SULTÃO

Como estou tratando da reunião da Província Santa Cruz para comemorar os seus 70 anos de caminhada, a organização do encontro achou por bem comemorar conjuntamente um outro evento igualmente histórico: o encontro de São Francisco e o Sultão, ocorrido há exatamente 800 anos atrás. A revista Santa Cruz, Ano 83, nº 1, p. 8, dedica sua primeira matéria ao "Comentário sobre a carta do Papa pelos 800 anos do encontro entre São Francisco e o Sultão". Ali lemos que

"o Papa Francisco fez um chamado a não ceder à violência, menos ainda sob pretexto religioso, na carta que escreveu por ocasião do 800º aniversário do encontro de São Francisco de Assis e o Sultão al-Malik al-Kamil, um evento que foi celebrado no Egito, de 1º a 3 de março de 2019. A referida carta, escrita em latim está dirigida ao Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, que é o enviado pontifício ao Egito durante as comemorações do oitavo centenário do célebre encontro. (...) O próprio Francisco de Assis - recorda o Papa - junto com seu coirmão, Frei Iluminado, partiu para o Egito em 1219. Em Damieta, ao norte do Cairo, encontrou o Sultão. Diante das perguntas do chefe sarraceno, 
"o servo de Deus, Francisco, respondeu com o coração intrépido que não tinha sido enviado pelos homens, mas por Deus Altíssimo, para mostrar a ele e ao seu povo o caminho da salvação e anunciar o Evangelho da verdade." E o Sultão, ao ver o admirável fervor de espírito e a virtude do homem de Deus, o escutou de boa vontade" (São Boaventura, Lenda Maior, 7-8) 
[ARAÚJO JR., 2019, 5/6] informa que 
"Francisco, no décimo terceiro ano de sua conversão, foi para a Síria e, apesar dos fortes e duros combates entre cristãos e pagãos, todos os dias, não teve medo de levar um companheiro e de se apresentar ao sultão dos sarracenos. (...) O sultão, por sua vez, reverenciou-o quanto lhe foi possível e lhe ofereceu muitos presentes, tentando convertê-lo para o espírito mundano. Mas, quando viu que Francisco desprezava valentemente todas as coisas como se não passassem de esterco, ficou admiradíssimo e olhava para ele como um homem diferente. Ficou muito comovido com suas palavras e o ouviu de muito boa vontade (Cf. I Legenda de Tomás de Celano, nº 57, escrita entre 1228 e 1230).
Al-Malik al-Kamil Nasis as-Din Muhammad nasceu em 19 de agosto de 1180 (cerca de um ano e meio mais velho que Francisco). Era ainda um menino quando os cruzados entregaram Jerusalém às tropas muçulmanas, em 2 de outubro de 1187. Foi sobrinho de Salah ad-Din Yusuf ibn Ayyub, chamado pelos cruzados de Saladino (Paul Moses. O Santo e o Sultão: As Cruzadas, o Islã e a missão de paz de Francisco de Assis, Acatu, 2010).
Al-Malik al-Kamil foi um homem religioso, bom guerreiro e especialista em política, desejoso de chegar a um compromisso com os cristãos. Prova disso foi a trégua de dez anos (1229-1239) entre o sultão e o imperador Frederico II, ao firmar o Tratado de Jafa, pelo qual retornaram aos cristãos as cidades de Jerusalém, Belém e Nazaré. Essa trégua permitiu sobretudo a volta dos peregrinos ocidentais sem terem de pagar tributos, como até então lhes era imposto (Artemio Vítores Gonzalez. Francisco de Asís y Tierra Santa, PPC, Madrid, 2010).
Numa época na qual se verificava um confronto entre o Cristianismo e o Islã, Francisco, intencionalmente armado só com a sua fé e com a sua mansidão pessoal, percorreu com eficácia o caminho do diálogo (Bento XVI, 27/01/10).
De ânimo reconhecido ao Senhor, aproveitei o ensejo do VIII centenário do encontro entre São Francisco de Assis e o sultão Al-Malik al-Kamil para vir aqui como crente sedento de paz, ser instrumento de paz: para isto, estamos aqui (Francisco, por ocasião da visita aos Emirados Árabes, 04/02/19)." 


CANTATA "FRANCISCO E O SULTÃO, HOMENS DE PAZ" 

Do confronto ao abraço


"A diferença entre a Guerra e a Paz é a seguinte: na Guerra, os pobres são os primeiros a serem mortos; na Paz, os pobres são os primeiros a morrer. (Mia Couto: Mulheres de Cinza)
Se todos passam mão em arma e fecham volta de tiroteio, uns contra os outros, então o mundo se acaba..." (João Guimarães Rosa: Grande Sertão: Veredas) 

Texto: frei Óton da Silva Araújo Júnior o.f.m. 
Composição musical: frei Joel Postma o.f.m. 

Primeiro, uma palavra sobre frei Óton, o libretista. Ele é velho parceiro de frei Joel, tendo já feito o libreto de outra cantata de 2002: "Os Louvores do Irmão Francisco". Possui doutorado em TEOLOGIA MORAL pela Pontifícia Universidade Lateranense (2012). Atualmente é professor do Instituto Santo Tomás de Aquino (BH) e Faculdade Jesuíta (BH). Foi Membro do Comitê de Ética e Pesquisa (Betim). Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Moral. Assessor de movimentos populares na área de ética teológica. Foi membro da coordenação da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), regional de Minas Gerais. Membro da equipe interdisciplinar da CRB nacional. Diretor Pastoral do Colégio Santo Antônio, BH. Orienta retiros de leigos do curso de Teologia do Colégio e encontros de "Under Ten", promovidos anualmente pela Província Santa Cruz. Nestes, os frades, que possuem até dez anos de profissão solene, encontram-se para rezar, refletir, conviver e partilhar a vocação franciscana. 

Sobre frei Joel Postma escrevi um texto no Blog do Braga a que dei o título de "Aos 90 anos de frei Joel Postma o.f.m.", do qual destaco o seguinte trecho da fala de frei Joel sobre sua biografia: 
"(...) na fala de frei Joel, mereceu destaque o trecho em que se referiu aos 800 anos do encontro de São Francisco de Assis com o Sultão, comemorado neste ano de 2019. Nesta busca de conciliação, São Francisco tomou conhecimento de 99 nomes de Deus, pronunciados como mantra pelos mouros durante suas orações. Frei Joel comentou que São Francisco, no diálogo com o Sultão, observou que faltavam dois nomes de Deus, a seu ver, e acrescentou-os, além dos 99 nomes já conhecidos nos livros sagrados muçulmanos: Deus é paciência ou longanimidade, e Deus é humildade." 

A cantata teve sua estreia no quarto dia do encontro da Província Santa Cruz (24/10/2019) no Seminário Seráfico Santo Antônio, em Santos Dumont-MG, às 19h 30min. Frei Joel, além de compositor, foi o regente do Coral Trovadores da Mantiqueira (que ele fundou em 1964, há 55 anos atrás) e contou com o meu acompanhamento ao piano/órgão. A cantata foi composta, parte para 3 vozes, parte para 4 vozes. Há ainda a participação de um tenor solista (frei Kellison), bem como de dois narradores (frei Óton e frei Arlaton). Para a composição de sua cantata, os freis Joel e Óton imaginaram ambientá-la na mesma época do encontro de Francisco com o sultão, mediante a utilização de modos gregorianos, o que contribuiu para dar à composição um caráter exótico e instigante, que certamente envolveria o ouvinte do início do século XIII, fazendo uso de certa leveza e superação da rigidez do compasso. 
Além disso, o libretista se inspirou em trechos de obras literárias conhecidas, a saber:
1. Bíblia Sagrada: inúmeros trechos, especialmente os Salmos de Davi
2. Grande Sertão: Veredas (1956), em algumas alcunhas para o diabo na peça A Galope (2ª parte)
3. Navio Negreiro de Castro Alves, canto V (1869), onde a tropa dos cruzados vencidos lembra a referência aos escravos na peça A Derrota (3ª parte).
Para encerrar a cantata, os freis Óton e Joel imaginaram um congraçamento universal com a peça "De mãos dadas" à guisa de dança folclórica brasileira, com a utilização do motivo de "Ciranda, cirandinha" na finalização da obra, convidando todos os ouvintes à dança, enquanto o coro entoava:  
                                  "Superar as desavenças, 
todos juntos a dançar." (bis) 

PARTES DA CANTATA

Libreto de frei Óton da Silva Araújo Júnior
De forma resumida, o libreto de frei Óton compõe-se das seguintes partes:
1ª Parte: o jovem Francisco sonha em se tornar herói de guerra, mas revê sua vida, ao ser levado prisioneiro. 
1. Venham para a praça 
2. Cantiga de despertar 
3. Prepara-te, guerreiro (1202: Batalha de Collestrada, conflito entre Assis e Perúgia)
4. O canto da prisão 
5. A conversão (1208: em Assis)
6. Nossa regra de vida 

2ª Parte: o Papa Inocêncio III convoca a Quinta Cruzada (1217-1221), a fim de reaver os Lugares Santos das mãos dos sarracenos. 
7. Convocação (30 de novembro de 1215, em Roma)
8. A galope 
9. Entre os sarracenos 

3ª Parte: os Cruzados, mesmo derrotados em Damieta, insistem em lutar pelos Lugares Santos. Francisco se junta ao grupo e tenta negociar a paz. 
10. Canto de Damieta (maio a setembro de 1218 na cidade de Damieta)
11. A derrota 
12. Francisco em campo de batalha 
13. O encontro 

4ª Parte: Durante seu período em terras sarracenas, Francisco se encantou com a maneira como os muezins convidavam para a oração cinco vezes ao dia. Com voz forte, do alto das torres das mesquitas, a voz ecoava, convidando à oração. Ao escrever a todos os governantes dos povos, Francisco se inspira no convite desses pregoeiros. 
14. Aos governantes dos povos 
15. Louvação ao Deus Altíssimo (bilhete a frei Leão)
16. De mãos dadas
 

ANTECEDENTES DA CANTATA

Em sua fala antes da apresentação da cantata, frei Óton narrou que no dia 07 de agosto de 2017 receberam frei Celso e ele um e-mail de frei Joel, por ocasião de suas férias na Holanda, em que os convidava para escreverem o libreto de uma cantata sobre o encontro de São Francisco e o sultão, com sugestão para a elaboração do texto: 
"(...) Agora como chegar a um texto apropriado? Já existem tantas versões diferentes sobre esse encontro, como quanto à intenção de Francisco para essa aventura, quanto ao conteúdo da conversa, com ou sem fogueira de provação, etc. Suponho que Francisco, ao menos, queria uma conversa respeitosamente ecumênica, de acordo com a Regra non Bulata, onde ele fala sobre como os irmãos têm que ir aos sarracenos. Comportamento ecumênico, até hoje necessário e principalmente na situação atual muçulmana, cheia de problemas complicadíssimos, os atuais e os que ainda hão de acontecer. Esse problema seria até um assunto interessante para a Semana Franciscana da Província. Também, conforme a opinião de frei Chico, que está aqui hospedado de férias, seria essencial a colaboração de vocês para a composição de um texto próprio de uma cantata: com um narrador, solista e um coral (...) Qual seria a ideia de vocês sobre esse projeto? Please, help!! O Adonai lhes pague, até na quarta geração da Província!! Abraço do irmão peregrino frei Joel."

Da esq. p/ dir.: pianista Francisco Braga, compositor frei Joel e escritor
 frei Óton-Crédito: Maria Cristina R. Faria C. Pedro (contralto)













Da esq. p/ dir.: Rute Pardini, frei Kellison, frei Joel, seu Coral Trovadores 
da Mantiqueira e frei Óton-Crédito: Rute Pardini (print do filme)





AGRADECIMENTOS 


Vale destacar a acolhida que a fraternidade do seminário deu aos participantes do Encontro Franciscano durante a semana de modo geral e particularmente a nós musicistas na quinta-feira, evidenciando que a convivência fraterna, confraternização e a forte experiência de Deus entre os dois grupos são característica distintiva daquela autêntica casa de encontros. 
Depois da celebração eucarística (objeto do convite), todos fomos agraciados com um lauto banquete organizado pelo Seminário e marcando o encerramento dos trabalhos. Todos fomos unânimes em reconhecer que o extremo asseio e bom gosto que todos presenciamos e a qualidade da refeição que todos degustamos se devem especialmente à coordenação e supervisão de frei Gabriel José de Lima Neto o.f.m., o guardião da fraternidade e reitor do Seminário.
Aproveito a oportunidade para cumprimentar todos os que contribuíram para a integração do Coral: o regente, os cantores veteranos, os seminaristas, o solista, os narradores e o comentarista.
Também agradeço aos membros do ENFRADES que nos prestigiaram com sua presença amiga, especialmente a de Altair de Almeida Costa ("Tachinha") e de Afrânio Jorge Cheib ("Turco").
Por último, mas não menos importante, ressalto a alegre presença de minha esposa, soprano Rute Pardini, que a todos os integrantes do Coral Trovadores da Mantiqueira trouxe sua alegria esfuziante, colaborando com o meu acompanhamento, reforçando os naipes e facilitando a comunicação entre o regente e o acompanhador. Também a ela devo a formatação de todas as fotografias utilizadas nesta matéria.


BIBLIOGRAFIA 


ARAÚJO JR., Óton da Silva: Cantata Francisco e o Sultão, homens de paz, p. 5/6

AZZI, Riolando: História dos Franciscanos da Província Santa Cruz, editado pela Província Santa Cruz, Belo Horizonte, 2014

BRAGA, Francisco José dos Santos: Aos 90 anos de frei Joel Postma o.f.m., Blog do Braga, publicado em 11 de março de 2019.

Revista Santa Cruz (jan/jun), Ano 83, nº 1: Província Santa Cruz, 70 anos (1949-2019), editado pela Província Santa Cruz, Belo Horizonte, 2019, 33 p.