terça-feira, 25 de junho de 2019

TRIBUTO AO PROF. ROQUE JOSÉ DE OLIVEIRA CAMÊLLO



Discurso proferido por Prof. Arnaldo de Souza Ribeiro  *
Presidente da Academia Itaunense de Letras - AILE



“O homem não faz senão escrever, com as letras de seus atos e os períodos de sua vida, na direção riscada pelo dedo poderoso do Destino”. 
Humberto de Campos: Nasceu em Miritiba, Maranhão, no dia 25 de outubro de 1886 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 05 de dezembro de 1934. Foi jornalista, escritor e político.

Digníssima Senhora Presidente da Casa de Cultura – Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes –, Acadêmica e Professora Hebe Marques Rôla, 
Digníssimo Senhor Doutor Raimundo Alves de Jesus, Presidente da Academia Cordisburguense de Letras Guimarães Rosa – ACLGR, 
Digníssimo Dr. Antônio Fernando de Alcântara, historiógrafo e membro da Academia Cordisburguense de Letras Guimarães Rosa – ACLGR e da Academia de Letras João Guimarães Rosa da Polícia Militar de Minas Gerais. 
Digníssimo Acadêmico Dr. Francisco José dos Santos Braga e 
Digníssima esposa Rute Pardini, 
Digníssima Senhora Merania Aparecida de Oliveira, nas pessoas de quem cumprimento a todos os presentes. 

Prezados senhores, prezadas senhoras. 

Peço permissão a Humberto de Campos para que possa grafar no seu pensamento a palavra Destino, com letra maiúscula e, assim entendê-lo: “ [...] que as pessoas não fazem, senão escrever, com as letras de seus atos e os períodos de sua vida, na direção riscada pelo dedo poderoso de Deus“. 

Ouso assim entender depois de analisar fundamentos e princípios que alicerçaram grandes e importantes acontecimentos, em que notei, sem dificuldade alguma, a clarividência divina, a exemplo deste, que hoje somos partícipes e testemunhas. 

O que vivenciamos e materializamos nesta noite, embora não o soubéssemos, iniciara em 2011, quando o Professor Roque José de Oliveira Camêllo e o Dr. Francisco José dos Santos Braga se conheceram. Naquele ano participaram da entrega da Comenda da Liberdade e Cidadania, criada pelos Prefeitos de São João del-Rei, Tiradentes e Ritápolis. Cerimônia realizada na Fazenda do Pombal, local que testemunhou as primeiras lágrimas, os primeiros sorrisos e também os primeiros sonhos do herói nacional Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. 

A partir do encontro destes dois ícones da sabedoria, da bondade e da fraternidade, instalou-se o fenômeno da empatia, que o tempo encarregou de transformar em sólida amizade, admiração e respeito mútuo. Desse modo, sempre que lhes era possível, encontravam e compartilhavam a mais pura amizade, enquanto desenvolviam profícuos diálogos escudados em diversificadas temáticas do saber. 

A sabedoria e a bondade, valores inerentes ao Dr. Francisco José dos Santos Braga, motivaram o Prof. Roque José de Oliveira Camêllo a convidá-lo para integrar este vetusto sodalício. Lamentavelmente ele não pôde acolhê-lo, mas a Presidente Professora Hebe Marques Rôla e seus pares o fizeram e, por estes misteriosos desígnios de Deus, fizeram mais, pois criaram e deram-lhe a cadeira patroneada pelo Prof. Roque José de Oliveira Camêllo, ato que se consubstancia em imortalidade para ambos. E júbilo para todos nós. 

Conforme asseverado pela filósofa, ensaísta e escritora francesa Simone de Beauvoir: “Não há um passo do nosso caminho, que não cruzamos com o caminho do outro” e, por essa razão, também eu tive a felicidade de ver cruzar o meu caminho com o caminho do Professor Roque José de Oliveira Camêllo. De igual modo, como ocorrera com o Dr. Francisco, desde o primeiro momento, o fenômeno da empatia e do respeito se transformaram em amizade que se consolidara. E, sempre que me era possível, fazia-me presente aos eventos por ele promovidos ou que participava e, sem exceção, eram eventos que elevavam a cultura e a história de Minas Gerais. Ao término deles, o Professor Roque e Merania acolhiam com atenção e com profícuos e fraternos diálogos os amigos e convidados. 

Desse modo, o livro que hoje tenho a honra de compartilhar com os senhores e senhoras materializa um pouco do muito que vi, ouvi e aprendi com o Prof. Roque José de Oliveira Camêllo. 

Embora sem o saber, iniciei aqui, no dia 08 de abril de 2016. Naquele dia o Professor Roque José de Oliveira Camêllo promovera dois importantes eventos, quais sejam: o lançamento do livro, Mariana: Assim nasceram as Minas Gerais e a solenidade cívica e cultural, alusiva aos 305 anos de fundação da então Vila de Mariana, com a fixação de uma placa com vistas a materializar o feito. 

Com a elegância e a cordialidade que lhe eram próprias convidou a todos os representantes de entidades para participarem do descerramento da placa, inclusive eu, o que me deixou sensibilizado e agradecido. 

Naquele dia, durante o jantar oferecido por ele e sua esposa Merania, tive a oportunidade de pronunciar algumas palavras de reconhecimento e agradecimento, que constitui o primeiro capítulo. 

Nos dias 26 e 27 de novembro de 2016, viemos em comitiva a Ouro Preto e Mariana, respectivamente, para uma viagem cultural e enológica. Ocasião em que fomos recebidos em Ouro Preto pelo Bispo emérito de Oliveira Dom Francisco Barroso Filho, Prof. Roque José de Oliveira Camêllo e Merania Aparecida de Oliveira. A fidalguia com a qual nos receberam em Ouro Preto e Mariana também me inspirou a redigir dois breves pronunciamentos de gratidão, que constituem os capítulos segundo e terceiro. 

No dia 24 de março de 2017, no encerramento da Missa de Sétimo Dia, realizada na Igreja Nossa Senhora do Carmo, pessoas amigas pediram-me que pronunciasse algumas palavras. Com dificuldade e emocionado, externei a ele in memoriam e à sua esposa e família a minha gratidão pela sua amizade e realcei a importância que ele teve para todos nós, para Mariana, Minas Gerais e Brasil. O que constitui o capítulo quarto. 

No mesmo dia, o seu amigo Mauro Marílio Maffra também pronunciou e externou seu respeito e admiração ao Prof. Roque José de Oliveira Camêllo, o que veio a constituir o capítulo quinto. 

No dia 18 de março de 2018, quando da solenidade de criação do Instituto Roque Camêllo, o Dr. Francisco José dos Santos Braga, com aquiescência da Mestre de Cerimônia, solicitou-me que lesse um poema, escrito pelo poeta divinopolitano João Carlos Ramos. Acrescentei alguns comentários alusivos à vida e aos trabalhos do Professor Roque. O que constitui o capítulo sexto. 

No dia 15 de outubro de 2018, durante as solenidades da Semana Guimarães Rosa e aniversário da Academia Itaunense de Letras – AILE, o Professor Roque José de Oliveira Camêllo foi agraciado, in memoriam, com o título de – Divulgador e Propagador da Educação e da Cultura, ocasião em que o Prof. Raimundo da Silva Rabello pronunciou um belo discurso, em que relatou um pouco da vida e de sua amizade com o Prof. Roque e sua esposa Merania. O que constitui o capítulo sétimo. 

Em seguida, vem o ensaio Aureo Throno Episcopal. Escrito em homenagem ao Prof. Roque Camêllo, pois foi ele quem me relatou a vida e a importância do primeiro Bispo de Mariana Dom Frei Manoel Ferreira Freire da Cruz, e recomendou-me que lesse o livro, que dá nome ao ensaio. E constitui o capítulo oitavo. 

Na sequência vêm os ensaios: Bolsos cheios, barriga vazia: ouro e fome em Minas Gerais e O payz do Pitangui. O primeiro, foi utilizado para uma palestra proferida na Universidade de Pádua, na Itália, onde relato a riqueza nos primeiros dias da mineração e a fome causada pela escassez de alimentos em razão da migração desordenada para esta região aurífera e, no segundo, o apogeu da Vila de Pitangui, mãe de 42 cidades. Ao tempo de sua fundação, pela sua extensão territorial, era um verdadeiro país. E constituem os capítulos nono e décimo. 

No último capítulo, trouxe o ensaio escrito pelo homenageado, intitulado Inconfidente Cláudio Manoel da Costa: primeiro advogado assassinado em Minas

Neste ensaio o Professor Roque Camêllo, além de enaltecer as virtudes do grande Inconfidente, contesta com veemência a causa mortis a ele atribuída e o faz, com riqueza de detalhes e, sobretudo, fundamentado. O Professor Roque Camêllo, além de escrever contra esta farsa, conclamava aos profissionais do direito que também a contestassem. Desse modo, ao incluí-lo no capítulo décimo primeiro, além de propiciar a divulgação do rico texto, acolho o pedido do ilustre homenageado para que divulgássemos e contestássemos essa mentira histórica que macula o nome e a memória deste herói da Inconfidência. 

O livro traz também: a “orelha” escrita pelo Professor e historiador Geraldo Fernandes Fonte Boa, que analisa as muitas Minas existentes e a sua importância no cenário nacional e, consequentemente, a importância do Professor Roque Camêllo, na perpetuação e divulgação desses valores. Enquanto o prefácio escrito pelo Dr. Francisco José dos Santos Braga relata o momento em que conheceu o Professor Roque Camêllo, seus valores e seus trabalhos e ainda, comenta cada um dos capítulos do livro e os associa com a personalidade e os trabalhos do homenageado. 

Por essas coincidências ou mistérios que a vida e Deus nos proporcionam, o Dr. Francisco José dos Santos Braga concluiu seu trabalho exatamente no dia 21.04.19, ocasião em que se presta homenagem ao heroi cívico-nacional Joaquim José da Silva Xavier – Tiradentes. Registre-se que o mesmo lugar que presenciou o nascimento de Tiradentes também presenciou o nascer da amizade e do respeito entre o Prof. Roque Camêllo e o Dr. Francisco. 

Em paráfrase ao poeta, cientista e pensador alemão Johann Wolfgang von Goethe, a influência e a herança cultural dos nossos ancestrais nos sãos inatas, ou seja, os descendentes nada mais são que o resultado da somatória dos ascendentes ao longo de suas várias gerações. 

Desse modo, digo aos senhores e senhoras: este livro nada mais é que a materialização dos ensinamentos e inspiração que eu e aqueles que colaboraram na sua elaboração pudemos aprender durante o convívio com o Professor Roque José de Oliveira Camêllo, ou seja, é o tributo dos aprendizes ao seu Mestre e, para o bem da verdade, o Professor Roque Camêllo foi mestre de muitos aprendizes, pois sua vocação era ensinar e servir, valores que praticava com modéstia, discrição, eficiência, sabedoria e caridade. Características de quem leu, entendeu e, sobretudo, aplicou os Evangelhos. 

Portanto, desejo que o livro contribua para que mais pessoas possam conhecer o Prof. Roque José de Oliveira Camêllo e, assim, colaborarem para manter vivos os seus ideais de civismo, de amor às pessoas, às tradições e a busca incessante de dias melhores, valores pelos quais trabalhou e defendeu, durante toda a sua edificante vida. 

Muito obrigado a todos. 

E rogo ao bondoso Deus, que ilumine a todos nós. 

Mariana – MG, 1º de junho de 2019. 


Arnaldo de Souza Ribeiro é doutor pela UNIMES e mestre pela UNIFRAN. Professor do curso de direito da Universidade de Itaúna – UIT, do qual foi seu coordenador por nove anos. Presidente da Academia Itaunense de Letras – AILE, membro da Academia Cordisburguense de Letras Guimarães Rosa – ACLGR, do Instituto de Direito de Língua Portuguesa – IDILP e da Comunidade de Juristas de Língua Portuguesa – CJLP, Lisboa. Escreve para jornais, revistas e site, do Brasil e do exterior.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Colaborador: FERNANDO DE OLIVEIRA TEIXEIRA

FERNANDO DE OLIVEIRA TEIXEIRA













Já exerci (e julgo encerrada a carreira) por sete vezes a presidência de nossa casa de letras. Minha cadeira é a de número 25, tendo Cecília Meireles por madrinha e nela tomei assento em 26 de março de 1966.
Posso acrescentar algumas informações complementares: Nasci em Rio Paranaíba (MG) em  6 de janeiro de 1940, transferindo-me para Divinópolis três anos depois com a morte de meu pai em BH. Aqui fiz o curso primário no Grupo Escolar Padre Matias Lobato, seguindo depois para Santos Dumont, Seminário Seráfico Santo Antônio, dos Franciscanos da Província de Santa Cruz e chegando ao noviciado no Convento São Boaventura em Daltro Filho, município de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Bacharel em Direito pela UFMG, em BH. Lecionei na FACED e FADOM em Divinópolis e na Universidade Católica (hoje PUC) em BH. Publiquei uma obra jurídica, livros de poemas e ensaios, além de poemas e dirigidos à infância e juventude. Em Divinópolis, fui do grupo fundador da FACED e do jornal literário AGORA (que deu origem ao Movimento Agora de repercussão internacional no final dos anos sessenta do século passado).
Tive a sorte de constituir minha família dentro dos princípios franciscanos. De minha união conjugal com minha esposa ANA MARIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA, tivemos os seguintes filhos: ATALIBA, casado com Alana, que me deu a neta Luiza; CÍNTIA, casada com Acrísio Azevedo Souza, que me deu a neta Isabela; e MARCELO, casado com Graciele (sobrinha da Maria Elói), que me deu as netas Mariane e Cecília.

DISCURSO EM COMEMORAÇÃO AOS 58 ANOS DA ACADEMIA DIVINOPOLITANA DE LETRAS



Discurso proferido por Fernando de Oliveira Teixeira
Membro da Academia Divinopolitana de Letras
Cadeira 25 
Patrona: Cecília Meireles


AUTORIDADES PRESENTES, CONVIDADAS(OS) E AMIGAS(OS) DAS QUE ORA SERÃO EMPOSSADAS, CONFRADES E CONFREIRAS, DESEJO-LHES A PAZ DO SENHOR DE TODA PAZ.

A ADL vive e sobrevive faz cinquenta e oito anos como espólio de uma herança de quatro profissionais de diferentes profissões, nenhuma delas de escritor. Surgiu, conforme atas de sua história, das tertúlias literárias vespertinas do farmacêutico José Maria Álvares da Silva Campos com o escrivão de polícia Sebastião Bemfica Milagre, a que se juntaram posteriormente o bancário Jadir Vilela de Souza e o empresário Carlos Altivo. No entanto, o farmacêutico, o escrivão de polícia e o bancário eram também poetas e o empresário, cronista e consagrado orador.

Lembro-me que Schopenhauer afirmou, certa feita, que: “O meio habitual a uma reunião de criar um estado de espírito comum é representado pelas garrafas. A este fim servem o chá e o café”. Neste caso, porém, a bebida, como chamarisco, fez-se desnecessária, e mesmo um local de reuniões.

Nefelibatas, que certamente tenham sido os fundadores, acharam, mesmo assim, mais oito sonhadores. Agora professores de vários níveis, advogados, industriais, inclusive um artista plástico de nomeada, tantos seduzidos por um mesmo sonhar.

E a Academia Divinopolitana de Letras defrontou o tempo. Nem a ausência de condições materiais para as reuniões ordinárias ou para conservar arquivos constituíram motivos de desalento.

Durante meus cinquenta e três anos de presença neste sodalício participei de reuniões nas casas dos acadêmicos, em salas emprestadas e até em pátios de instituições de ensino, uma vez que os arquivos se mantinham nas casas de presidentes ou secretários. Impelia-nos – e nos impele até hoje - o compromisso com o idealismo dos pioneiros, agora assumido pelos pósteros.

Ao desenrolar dos anos, os doze dos primórdios da história multiplicaram-se em vinte, trinta e até os quarenta vigentes, porquanto as cadeiras se instituíram no molde das associações congêneres.

Os ocupantes de cadeiras se foram alternando, formalizou-se a ADL e, apesar dos percalços, o sonho primevo de poucos firmou-se na realidade do existir. Perdura, no jornadear do tempo, a busca de uma estabilidade econômica e de uma sede oficial definitiva, a fim de que se possa exercer o ofício de escrever e disseminar a arte literária com plena autonomia de ações.

A entidade quase sexagenária recorda anualmente sua saga no tempo. Acorda a memória, sobretudo a memória, dos protagonistas de uma história, que começou com um farmacêutico, um escrivão de polícia, um bancário e um empresário e perlonga com tantos outros, de múltiplas ocupações profissionais unidos pelo mesmo ideal de cultivar e difundir a arte literária.

A ADL, na defrontação do tempo, não estaca no caminho de um horizonte perseguido pelos pioneiros e que se vai construindo com muitos e vários personagens. Partem alguns e chegam outros. Não importa a dança das cadeiras e sim o espírito, que anima seus ocupantes: consciência de que o tempo é simplesmente o espaço para florescer sonhos.

Esta dança das cadeiras permitiu que, num certo dia, ingressasse em nossa confraria literária a atriz e teatróloga Maria Aparecida Viegas Viana, a Cidah Viana, na qualidade de acadêmica honorária, trazendo a participação em nossos eventos com a luz de sua alegria e o coro de sorrisos de seus Doutores Palhaços.

Quis, entretanto, a Providência Divina que, embora eleita para substituir o saudoso Antônio Lourenço Xavier, não tenha tido a solenidade formal de posse, mas recebido sua confirmação de membro efetivo no leito, poucos dias antes do transpasse para o Reino de Deus.

Para perpetuar sua memória, o plenário das confreiras e confrades escolheu MARIA IMACULADA BATISTA SILVA, nascida em Martinho Campos em 8 de julho de 1947, tendo mudado residência para Divinópolis, com seus pais, Levindo Batista de Araújo e Gilberta da Silva Batista, seis anos depois.

Aqui fez seus estudos no Grupo Escolar Miguel Couto, em seguida no Colégio Estadual, concluindo magistério no Instituto Nossa Senhora do Sagrado Coração.

Graduou-se no curso de Ciências Sociais do antigo Instituto Superior de Ensino e Pesquisa – INESP, hoje UEMG. 

Exerceu o magistério em unidade escolar da Prefeitura Municipal de Divinópolis e, transferida para a área administrativa, ali serviu na Divisão de Documentação e Legislação. 

Casada com o alfaiate Carlos Nogueira da Silva, conhecido pelo apelido de Tatipa, dele gerou os filhos Denilson, Fabiana e Carlos Eduardo e guarda especial carinho pelos netos Túlio, Tales, Gabriel José, Antônio Vitor e Bernardo. Ela assegura, ainda que “adotou como filhos do coração o genro Rolando, as noras Flávia Cristina e Maysa Moreira”. 

Maria Imaculada Batista Silva, após a aposentadoria, ocupa-se de trabalho voluntário no Clube da Melhor Idade Vida Nova e no Bazar da Vovó. 

A sua bagagem literária, que a conduziu à cadeira acha-se basicamente enfeixada nos volumes ALMA DA TERRA e VELHA CASA, ambos, coletâneas de poemas, editados pelo Grupo Capela, na Biblioteca Memorial do Centenário. Há um liame temático na obra, que aborda as pequenas cenas domésticas, a singeleza do conviver nas comunidades interioranas e as confissões de fé religiosa. De outro, observa-se uma evolução formal do primeiro para o segundo dos livros publicados, como denota o editor, o também poeta Osvaldo André de Melo, sobretudo na procura da contenção verbal. 

Toda obra identifica a autora: filha e mãe, esposa e pessoa inserida no meio em que vive. Assim, descobre a cada poema o universo do seu viver e vivência. Contempla o passado e seus silêncios, mas absorve o cotidiano e seus ruídos. Resume-se e resume o que escreve: “Enquanto pinto e bordo, ponto por ponto, a minha história, caminho pela vida, sem perder o foco em Jesus Cristo – minha maior paixão.” 

Quem inaugurou, entretanto, a cadeira nº 6 e escolheu por patrono Francisco Gontijo de Azevedo, nos começos da ADL foi Rosenwald Hudson de Oliveira, que se distinguiu na sociedade local como empresário e filantropo. Na verdade, um cronista de linguagem escorreita, coloquial quase, cuja produção em livro narra pescarias e ensina técnicas de truco (as más línguas diziam que não era lá dos melhores jogadores). Deixou em cada um dos que com ele partilhamos o recinto de nossos encontros acadêmicos, a lembrança do contador de casos e de chistes. 

Em 7 de outubro de 1995, o professor Pedro Pires Bessa, docente de Literatura Brasileira e pesquisador, à época militando na unidade local da UEMG, tomava posse em nossa academia, na qual marcou sua passagem pela intensa divulgação dos escritores divinopolitanos, especialmente em congressos internacionais e na universidade, inclusive com profícuo mandato presidencial. Direi dele, apenas, que estivemos juntos no desenrolar dos anos, pois a Divina Providência nos concedeu tantos encontros e, de modo especial, na partilha de um sonho juvenil num seminário franciscano, na recepção nesta casa, na oração de despedida quando da Sessão da Saudade, sem desdouro da amizade compartida no transcurso do existir. Direi apenas que convivemos e comungamos a mesma fé. 

MARLANDES DE FÁTIMA EVARISTO é da área do ensino, como fora aquele a quem sucede, trazendo em sua bagagem de ingresso na confraria literária a experiência efetiva de magistério e constante aperfeiçoamento profissional. Com efeito, graduou-se no Curso Normal Superior, focado na docência dos anos iniciais do ensino fundamental, complementando estudos com o mestrado em Educação e Docência pela Universidade Federal de Minas Gerais, além, entre outras, especializações em Supervisão, Orientação e Inspeção Escolar pela Sociedade Educacional de Santa Catarina e em Psicopedagogia pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil. Acrescem-se a estas titulações, os conhecimentos adquiridos em várias instituições, dentre os quais citaríamos os de atendimento especializado e interpretação de libras. Nascida em São Gonçalo do Pará, a nova acadêmica atuou, em sua terra natal, na tutoria do Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa e atualmente ali é regente de classe em escolas municipais. A Prefeitura Municipal de Divinópolis também a tem como professora na sua rede de ensino. 

Fruto da atividade educacional de Marlandes de Fátima Evaristo é o livro “A Declaração de Salamanca hoje: vozes na prática”, elaborado em parceria com o professor Milton Francisco, no qual debate, sob a ótica do ensino para pessoas com deficiência, este instrumento teórico da educação inclusiva. A obra revela, a par do inegável conteúdo intelectual da autora, o estilo adequado aos objetivos colimados, porquanto claro na exposição e correto na expressão vernácula. 

A confreira, que a ADL acolhe nesta data, ainda possui, em fase de preparo para edição – e, vale repetir, como expressão de seu vocacionamento para o ensino – o volume intitulado “A menina feliz” de cunho infantil. 

A história das academias se escreve de ontens e hojes, lembranças dos que viajam deixando obras e chegam carregando livros, dos que cultivam gêneros literários diversos e exercem ocupações diferentes. Embora a diversidade, têm um ponto de contato: o exercício do escrever. 

Quando meus olhos pousam nas recordações, vejo como salutar figura o espírito acadêmico: durar no tempo e rememorar escritores. Enfim, imortalizar memórias. 

Assim, pois, impende comemorar cinquenta e oito anos da Academia Divinopolitana de Letras e brindar suas perspectivas de amanhãs. Inexistem, apesar das contingências e dissabores da jornada temporal, cadeiras permanentemente vazias. 

A chegada de MARIA IMACULADA BATISTA SILVA e MARLANDES DE FÁTIMA EVARISTO constitui certeza de que a entidade está viva e viçosa e continua as passadas rumo a um horizonte tão longínquo quanto próximo, impulsionadas pelo sonho de um farmacêutico, de um escrivão de polícia, de um bancário e de um empresário. Agora, duas companheiras se incluem nesta caravana de esperanças e nós, os caminheiros do roteiro, as acolhemos fraternalmente. 

A ADL, quase sexagenária, em júbilo por mais um aniversário e em festa pela chegada das novas confreiras, pode dizer-lhes em acolhida: “MARIA IMACULADA e MARLANDES, vocês entraram na mesma estrada de todos os caminheiros da ADL, conducente a sonhos antigos e a perseguição de sonhos inovados. VAMOS CAMINHAR? 

Fernando de Oliveira Teixeira 

12 de junho de 2019, em comemoração aos 58 anos de existência profícua da Academia Divinopolitana de Letras em benefício da sociedade divinopolitana.

sábado, 8 de junho de 2019

Colaborador: DOM FRANCISCO BARROSO FILHO























DOM FRANCISCO BARROSO FILHO, carinhosamente chamado pelo povo de Dom Barroso, é um dos baluartes que lutaram na defesa e preservação da fé, da arte e da cultura de Ouro Preto. Merece, por tudo isso, nosso respeito e nossa admiração. 

Dom Barroso é natural de Ouro Preto. Com ampla formação acadêmica e humanística, iniciou seu curso superior no Seminário de Mariana, onde fez Filosofia. Posteriormente teve o reconhecimento do curso pela Universidade Federal de São João del-Rei. Também cursou Teologia no Seminário São José, em Mariana. Fez especialização em Música (regência e violoncelo) e Museologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote em 01 de dezembro de 1957. Retornou, poucos anos depois, para Ouro Preto, como auxiliar na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, onde foi nomeado pároco. À frente dessa Paróquia, além das atividades pastorais, fundou o Museu Aleijadinho e criou a Semana do Aleijadinho (como forma de difundir e preservar a cultura e arte de nosso povo) e fundou o Coral e Orquestra São Pio X. Em 1984 foi nomeado, por sua Santidade o Papa São João Paulo II, Bispo de Oliveira. Hoje, Bispo Emérito, é colaborador em diversas atividades religiosas, trabalhando incansavelmente como um verdadeiro missionário. 

Dom Barroso possui várias publicações, tais como: A grandeza de um pequeno projeto; Os testemunhos de uma família; Santa Terezinha e as Pastorais; A espiritualidade na Arte; Ateísmo contemporâneo; Reminiscências históricas; Tricentenário de Ouro Preto; Museu do Aleijadinho e Igreja de São Francisco de Assis (trilíngue na 2ª edição revista e ampliada de 2016), além de participação em outros livros.

Dom Barroso é membro efetivo da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes desde 09/05/2015, onde foi empossado na Cadeira nº 37 patroneada por Alceu de Amoroso Lima, conhecido como Tristão de Ataíde.

DISCURSO DE SAUDAÇÃO AO NEO-ACADÊMICO FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS BRAGA EM SESSÃO SOLENE NA ACADEMIA MARIANENSE DE LETRAS



Discurso proferido por Dom Francisco Barroso Filho
Membro da Casa de Cultura - Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes 

Revmo. Dom Barroso saúda o neo-Acadêmico Francisco José dos Santos Braga 
em sessão solene no dia 1º de junho de 2019


No afã de conhecer melhor o novo Acadêmico Francisco José dos Santos Braga, a quem dou as boas vindas, deparei com a riqueza do seu “Curriculum Vitae”. 

Foi, realmente, inspirado o saudoso e imortal Acadêmico Dr. Roque Camêllo, ex-Presidente da Academia Marianense de Letras, ao convidar o Professor, Escritor e Compositor Francisco José dos Santos Braga, para ocupar uma das Cadeiras, nesta Academia Marianense de Letras, fundada com a importante finalidade de promover a cultura, em todas as suas manifestações. 

As pessoas apreciadoras das Letras e das Artes, como o saudoso Dr. Roque Camêllo e o seu convidado de honra Professor, Escritor, Compositor e Pianista Francisco Braga, sempre sentiram a necessidade de se reunirem em Grupos ou Associações, com o objetivo de cultuar, preservar, renovar e aprimorar a evolução dos dons intelectuais e artísticos de que foram dotados por Deus. 

E, como já dissemos, este é um dos objetivos da Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes. 

Mas não nos esqueçamos de que a busca do saber e do aprimoramento, só tem sentido, quando o objetivo principal é a prática do bem, que pode ser buscada na beleza da Arte. 

Com efeito, a “Via Pulchritudinis”, o Caminho do Belo, da Arte, nos conduz a Deus, o Criador, o Inspirador de tudo o que é Belo. E toda verdadeira Arte reflete a Beleza de Deus. 

Congratulo-me com a nossa Presidente Professora Hebe Rôla por ter confirmado o convite do Dr. Roque Camêllo e pela feliz iniciativa da escolha do nome do Dr. Roque Camêllo como Patrono da nova Cadeira a ser ocupada pelo neo-Acadêmico Francisco Braga, que reúne, em si, todos os predicados necessários para honrar o nome do seu insigne Patrono, que é reverenciado por todos nós. 

Nascido em São João del-Rei, em 1949, Francisco Braga frequentou o Curso Primário no Grupo Escolar João dos Santos e os Cursos Ginasial e Clássico no Colégio Santo Antônio, no Prédio que, hoje, sedia a Universidade Federal de São João del-Rei. Graduou-se, posteriormente, em Letras pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras. 

Fez o Curso de Música, especializando-se em Piano, no Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier. Em São Paulo, deu continuidade ao Curso de Música. Ali, com o Maestro Souza Lima, fez Piano e, com o Professor Sérgio O. de Vasconcellos-Corrêa, fez Composição.

Simultaneamente à sua atividade musical, Francisco Braga tornou-se Tradutor de muitos livros nas áreas de Finanças e Contabilidade, assuntos em que se especializou, obtendo o grau de Mestre em Administração, pela Fundação Getúlio Vargas, na qual foi Professor. 

O nosso neo-Acadêmico orgulha-se, com razão, de ter cooperado com o Ministro Hélio Beltrão, na modernização da Receita Federal e, com o Presidente José Sarney, na modernização do Senado Federal. Na Gráfica do Senado Federal, Francisco Braga publicou dois livros: “Manual de Orientação aos Prefeitos”, em 1993 e o “Guia Administrativo (orientação para convênios)”, em 1994. 

Com seus artigos publicados em revistas culturais, Braga contribuiu, entre outras coisas, para o restabelecimento da verdade histórica acerca do local de nascimento de Tiradentes, como ocorreu quando publicou, na Revista de Cultura Vozes de jan/fev de 1992, o artigo "São João del-Rei: a terra natal de Tiradentes", em seguida transformado em discurso do Senador Alfredo Campos em Plenário (11/03/1992) e em opúsculo intitulado "Tiradentes, Cidadão Sanjoanense (uma contribuição ao restabelecimento da verdade histórica acerca do local de nascimento do Tiradentes)", editado pela Gráfica do Senado. 

Francisco Braga é o Idealizador e Fundador do Coral do Senado Federal. 

Bacharel em Música pela Universidade de Brasília, Braga tem se apresentado em Recitais, como Pianista, Solista e Acompanhador, em várias cidades brasileiras, tais como Brasília, Goiânia, Anápolis, São Paulo, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Divinópolis, Santos Dumont, Mariana, Tiradentes e São João del-Rei. 

Ultimamente, Francisco Braga tem se apresentado como Pianista acompanhante de sua esposa, a brilhante Soprano Rute Pardini, Cantora Lírica, em saraus e apresentações públicas, como na Comemoração dos 40 anos do Museu da Música de Mariana, a convite da nossa Academia Marianense de Letras, em noite de gala de 6 de julho de 2013. 

Não cesso de lembrar, com certo orgulho, de que, numa memorável tarde são-joanense, na acolhedora residência do casal amigo Francisco Braga e Rute Pardini, tive o privilégio de ser distinguido com um rico presente, que só aquele casal amigo podia me oferecer: um belo e inesquecível Recital, por eles apresentado, exclusivamente para mim, que, em confortável poltrona, apreciava a apresentação daquele selecionado repertório de músicas clássicas, tão bem executadas. Vi, naquele gesto amigo do casal, a delicadeza de Deus para comigo, pois Deus sabe o quanto aprecio uma boa música. 

Participou de Cursos de Especialização de línguas estrangeiras, no Instituto Goethe de Berlim, na Universidade Estatal de Moscou (M.G.U.) e no Instituto Pushkin, na Rússia, na Faculdade de Letras da Universidade de Varsóvia, na Polônia, e na Universidade Aristotélica de Thessaloníki, na Grécia. 

É de Francisco Braga o prefácio do livro “Tributo ao Professor Roque José de Oliveira Camêllo”, de autoria do Dr. Arnaldo de Souza Ribeiro, com quem me congratulo, pela feliz iniciativa desta publicação. O lançamento deste livro, nesta Sessão Solene de Posse de um neo-Acadêmico, vem trazer maior brilhantismo a esta reunião da Academia Marianense de Letras. 

Dentre os vários títulos e condecorações que tem recebido, Francisco Braga foi agraciado com a “Comenda da Liberdade e da Cidadania” (2011), com a “Medalha do Mérito Cívico Tomás Antônio Gonzaga” (2011), com a “Medalha Comemorativa dos 30 anos da Academia de Letras de Brasília” (2012) e com a Medalha “Frei Orlando-Patrono do SAREx (1913-2013)”, concedida pelo Comando Militar do Oeste. 

Além da Academia Marianense de Letras, na qual, solenemente, toma posse hoje, o Professor, Escritor e Pianista Francisco Braga é membro de várias outras Academias de Letras, tais como: A Académie Internationale de Lutèce, em Paris, na França; Academia de Letras de São João del-Rei; Academia Divinopolitana de Letras; Academia Mantiqueira de Estudos Filosóficos, em Barbacena; Academia Valenciana de Letras, em Valença-RJ; Academia Taguatinguense de Letras; Academia Barbacenense de Letras; Academia Lavrense de Letras e Academia Formiguense de Letras. Além de ser membro de várias Academias de Letras, o nosso neo-Acadêmico é membro também do IHG de São João del-Rei, do IHG do Distrito Federal, do IHG da Campanha-MG e do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto, em Valença-RJ. 

Francisco Braga teve participação nas seguintes antologias:
No Limiar do Terceiro Milênio, org. Maria de Lourdes Reis, presidente da Casa do Poeta Brasileiro (Poébras), seção de Brasília-DF, Brasília, 1999, p. 59-62;
Livro Comemorativo dos 60 anos da criação da Academia Valenciana de Letras-AVL (1949-2009), p. 263-270;
10ª Antologia da Academia Formiguense de Letras-AFL (Livro nº 10, 2015), p. 48-52, como ocupante da Cadeira nª IV patroneada por João Guimarães Rosa;
Antologia Acadêmica em comemoração ao Jubileu da Academia Lavrense de Letras (1967-2017), vol. III, 2017, como ocupante da Cadeira XVI patroneada por José Severiano de Rezende;
O que a vida quer da gente é coragem (homenagem a João Guimarães Rosa), org. por Prof. Arnaldo de Souza Ribeiro e Toni Ramos Gonçalves, da Academia Itaunense de Letras-AILE, 2018, p. 53-59;
O Roque Camêllo que conheci, org. Mário de Lima Guerra (Instituto Roque Camêllo), 2019, p. 9-14. 

Em São João del-Rei, Francisco Braga foi colaborador ativo das seguintes edições:
– Revistas da Academia de São João del-Rei: Ano V, nº 5, 2011; Ano VI, nº 6, 2012 e Ano VII, nº 7, 2013 (http://www.academialetrassjdelrei.org.br/Revistas?req=1);
– Boletins do IHG de São João del-Rei: mai 2011; jun/jul 2011; set 2011. 

Francisco Braga gerencia ainda dois blogs: Blog do Braga e Blog de São João del-Rei. Os principais trabalhos de sua autoria, musicais e literários (ensaios, artigos e entrevistas) encontram-se no Blog do Braga (www.bragamusician.blogspot.com), enquanto o Blog de São João del-Rei (www.saojoaodel-rei.blogspot.com) hospeda colaborações de quaisquer autores que escrevem sobre essa histórica cidade, sendo Braga o principal autor/colaborador com matérias próprias no campo da historiografia. É colaborador assíduo dos seguintes portais são-joanenses: São João del-Rei Transparente (https://saojoaodelreitransparente.com.br/) e O Grande Matosinhos (http://www.ograndematosinhos.com.br/). Em São Paulo é o mais frequente colaborador do Portal Concertino (de música clássica) (https://concertino1.websiteseguro.com/index.php?option=com_content&view=category&id=172&Itemid=106). 

Depois desse longo relato de um tão rico “Curriculum Vitae” do Neo-Acadêmico Francisco José dos Santos Braga, resta-nos concluir que a nossa Academia se acha, hoje, enriquecida, ao poder contar com a presença constante de mais um Acadêmico que reúne em si tantos dotes intelectuais e artísticos. 

Seja bem-vindo, meu caro amigo Francisco Braga, à Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, que hoje se sente orgulhosa por ter uma de suas Cadeiras ocupada por tão insigne membro.

Francisco Braga cumprimenta Revmo. Dom Barroso ao final de sua peça oratória