Por Francisco José dos Santos Braga
Tive a honra de ser convidado para comparecer à residência de meu amigo CAPITÃO BENIGNO PARREIRA às 14h 30min de 11 de fevereiro para assistir a uma apresentação da Banda do Regimento Tiradentes – 11º Batalhão de Infantaria de Montanha (11º BI Mth) em homenagem ao 90º aniversário do seu “regente honorário”.
Lá, minha esposa Rute Pardini e eu fomos efusivamente recebidos pelo aniversariante Benigno Parreira e seus familiares.
Considero que, como historiador, cabe-me cumprir, quando me for dado ser testemunha ocular, minha primordial missão de registrar momentos históricos como este que passo a relatar.
Inicialmente, convém lembrar que, durante todo este ano de 2021 até 10 de dezembro, a Banda do Regimento Tiradentes está em festa, pois está comemorando seu primeiro centenário de existência.
Impressionou-me inicialmente a presença do Comandante do Regimento Tiradentes em pessoa, Tenente-Coronel SÉRGIO RICARDO REIS MATOS, à frente de uns 30 músicos, que prazerosamente se deslocaram do Círculo Militar à residência do homenageado, que está situada na Rua Tenente Gentil Palhares, nº 266, acima da casa onde residiu o inesquecível historiador, escritor e cronista Gentil Palhares. A distância percorrida pelo batalhão foi de aproximadamente um quilômetro, cada músico portando o seu instrumento musical.
Lá fiquei sabendo que iria assistir à quinta ininterrupta comovente manifestação de gratidão dos músicos-membros da Banda ao Capitão Benigno Parreira, seu “regente honorário”. Encantou-me saber desse comparecimento espontâneo dessa eminente corporação musical à porta da casa do seu regente emérito para prestar-lhe as honras de “regente honorário”. Mas o que me deixou realmente estupefato foi a revelação de que, pela primeira vez, o Comandante da unidade febiana se dignava
a homenagear o Capitão Benigno em sua residência.
O meu homenageado, o nonagenário Capitão Benigno Parreira, postou-se na sacada da casa, ladeado por sua esposa Dona Célia e seu irmão Capitão José Lourenço Parreira, historiador e escritor, servindo no Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, o qual veio para prestigiar o encontro.
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Na sacada, Dona Célia e Benigno; Lourenço, recepcionando os colegas de farda.
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O Comandante do Regimento acumulou as funções de chefe de cerimônia do evento e, ainda, a de orador oficial saudando o nonagenário Capitão Benigno.
O orador Comandante teve o bom senso de intercalar as diferentes partes do seu discurso entre as músicas executadas pela Banda, o que deu muita leveza à sua fala.
A sua primeira manifestação foi muito espontânea e singela, na forma de diálogo com o homenageado:
“Estamos aqui em visita festiva para comemorar o seu aniversário com três dias de antecedência, neste dia 11 de fevereiro.
Já fui informado de que o Sr. aceitou a incumbência de seu comandante em 1964 de dirigir a banda de música ¹ e que depois levou esta alegria e esse entusiasmo de São João para outras bandas, tais como da Vila Militar, do BG.
Nós hoje queremos fazer uma singela homenagem. Seu aniversário é dia 13, não é mesmo? Dia de frei Orlando... Também neste dia ingressei no Exército.”
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Fala do Comandante do 11º BI Mth
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A seguir, a banda – regida por Capitão Carlos Antônio dos SANTOS, 1º Ten João BATISTA da Silva e 2º Ten Antônio MILTON da Silva – iniciou sua apresentação com a Canção do glorioso Regimento Tiradentes, da autoria do Tenente João Cavalcante (1902-1985), tocando-a e cantando com garbo e perfeita afinação, acompanhada pela voz do baixo Benigno Parreira.
Eia infantes destemidos,
Regimento de São João,
que por essa Pátria Heróica
tem grande abnegação;
na bateria temos apoio,
no esquadrão nosso vigia,
e na metralha o poder,
na baioneta a ousadia.
Eis-nos de volta brasileiros,
sempre ao lado do fuzil,
que das pelejas trouxe glórias
e honra para o Brasil;
temos Montese e Castelnuovo,
as epopeias mui valorosas,
por nossas armas conquistadas,
em arrancadas gloriosas.
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Banda perfilada, observando a distância regulamentar
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Após a brilhante apresentação, soltaram o brado retumbante: “Montanha!”
O Comandante, em seguida, passou às mãos do Capitão Benigno, em sinal de gratidão, um singelo presente do Regimento Tiradentes: as bandeiras do Brasil e do Regimento cravadas sobre uma base de madeira.
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Ten-Cel Sérgio oferta troféu com 2 bandeiras ao Cap Benigno
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“Passo às mãos do Sr. Capitão Benigno, em agradecimento e reconhecimento do que o Sr. fez, por tudo o que o Sr. é e representa, e por seus frutos estarem aqui,” dirigindo-se a todos os músicos ali presentes, dos mais antigos aos novatos, “tocando neste vale de São João del-Rei, impulsionando outras pessoas a se devotarem e trabalharem em engrandecimento da cidade. Montanha!”
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Troféu com as bandeiras do Brasil e do 11º BI Mth |
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Em seguida, também o regente da Banda, Capitão Carlos Antônio dos Santos, pede a palavra ao Comandante para falar umas palavras comovidas de agradecimento, bem como licença para passar às mãos dos Capitães Benigno e José Lourenço Parreira, em sinal de gratidão, um presente da Banda.
“Licença, Comandante.” Faz continência. “Montanha, Capitão, Montanha!”
“É com grande satisfação para a Banda estarmos presentes aqui hoje, tocando esses números para o Sr.; executaremos em seguida os Parabéns para Você, em agradecimento ao Sr. pelo trabalho feito por Sr. no tempo em que serviu no 11º, trabalho este que marcou para a vida toda. O Sr. tenha a certeza de que é uma pessoa muito admirada e estimada, muito respeitada e conceituada, não só em SJDR, mas também em todo o Brasil. O Sr. serviu no RJ, pode ter certeza de que esse fato vai se perpetuar. Isso para nós é muito gratificante podermos estar presentes neste momento para agradecer-lhe. Mas antes de tocar os Parabéns, quero dizer que o Sr. foi convidado para a cerimônia de 100 Anos da Banda de Música e, ciente de que razão de ordem pandêmica impediu o seu comparecimento, passamos a suas mãos uma lembrança do I Centenário da nossa amada Banda do 11º BI Mth.”
E dirigindo-se a Benigno: “Montanha, Capitão!” Benigno respondeu: “Montanha!”
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Cap Santos, regente da banda, oferta lira com 7 cordas aos Cap Benigno e José Lourenço
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Após essas palavras, o regente Capitão Santos passou às mãos do Capitão Benigno troféu em formato de uma lira com 7 cordas, evocando as 7 notas musicais, e ofertou o mesmo troféu ao Capitão José Lourenço Parreira, irmão de Benigno, por este criado e educado, e por ser da Artilharia e músico e professor de violino do Exército.
A Banda interpretou ainda “Amigo”, de Roberto Carlos.
Após a brilhante apresentação, soltaram o brado retumbante: “Montanha!”
O Capitão José Lourenço Parreira, irmão do homenageado, pediu a atenção dos presentes para algumas palavras que tinha de agradecimento. Imediatamente, o Comandante do Regimento concedeu-lhe a palavra:
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Da esq. p/ dir.: Capitães José Lourenço Parreira e Benigno Parreira
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“Momento inexcedível na sua ternura, no seu evocar castrense, em que toda a história do glorioso Regimento Tiradentes aqui se faz presente através da Música.
Meu irmão, com quem - todos dizem - pareço muito, pediu-me que traduzisse em palavras o quase impossível: AGRADECER. Afinal, Sr. Comandante, quero que saiba que eu muito o respeito no nosso diálogo virtual – coisa de Deus.
Esta banda é aquela que outrora, ali em Juiz de Fora, em um concurso de bandas foi a primeira colocada, surpreendendo a todos, porque então não se tinha o costume de decorar partituras, e esta Banda tocou com maestria, de cor, a Protofonia da ópera O Guarani, de Carlos Gomes. Nela estava o então Sargento Parreira.
Ora, no Rio de Janeiro, no ano de 1982, fato inédito na história da música castrense: no tempo de Caxias, Gottschalk reuniu ali 550 músicos de bandas militares para tocar a Marcha Solene Brasileira. Em 1982, o então Capitão Benigno Parreira, com apoio de seus comandantes, ali reúne todas as bandas do Exército do Estado do RJ, da Força Aérea, da Polícia Militar, dos Bombeiros, da Marinha de Guerra, ao todo 700 músicos militares. Antes, não se conseguiu reunir tamanho efetivo, e depois dele, também não.
Cada um que aqui está é como uma relíquia. É uma alusão ao passado. E essa unidade febiana fenomenal que foi para a Itália, e num traduzir de Gentil Palhares, os italianos diziam que nós lá fomos ensinar-lhes a rezar.
Ah! quisera ter a eloquência para ver o dedo de Deus aqui.
Há dois anos, no comando da 9ª Região Militar, quando eu falava sobre frei Orlando, o General Marçal ficou impactado quando eu disse a data 13 de fevereiro. Era importante porque nasceu meu irmão Benigno Parreira. No dia 13 de fevereiro eu, que vos falo, transpus os portões da gloriosa Escola Sargentos das Armas. Gostaria de convidá-los a uma reflexão sobre a Mão da Providência Divina: no dia 13 de fevereiro nasceu São Benigno de Todi; no dia 13 de fevereiro nasceu Frei Orlando, Patrono do SAREx; no dia 13 nasceu o Capitão Benigno Parreira; no dia 13 de fevereiro eu, que vos falo, ingressei na ESA; no dia 13 de fevereiro ingressou no Exército o General Marçal que comandou a 9ª RM; no dia 13 de fevereiro ingressou no Exército o Tenente-Coronel SÉRGIO RICARDO REIS MATOS, atual Comandante do 11º BI Mth! Não é coincidência. É Providência, o Dedo de DEUS! Assim, foi escrita mais uma luminosa página castrense que edifica a Pátria Brasileira! Sursum Corda! BRASIL!
É importante nas nossas vidas porque nessa mesma data em que nasceu São Benigno, nasceu também Benigno Parreira, na epopeia viva do Exército e da música, autor da canção do SAREx.
É por isso que este céu, coberto de nuvens sim, mas para os nossos olhos, nós que vemos com o coração de patriotas, com o coração de cristãos, o céu está azul, brilha no céu o sol, como diz aquela antiga Canção do Expedicionário: Aquele dia em que eu voltar há de brilhar no céu estranha claridade porque trarei comigo a paz e a liberdade. Não há mais palavras a expressar.
Estou muito emocionado e meu irmão, muito mais do que eu nos seus 90 anos de história, porque aqui está a Banda de seu coração, a Banda que fazia SJDR sorrir naquele início de 1964 e Benigno me contou que, quando ele formou uma pequena banda, seu comandante disse-lhe: “Parreira, passe por todos os cantos do quartel! O quartel está triste: precisamos de música sim. É preciso a música estar presente. Quando Cristo nasceu, não foram as danças de Roma que ali estavam. Não, quando Cristo nasceu, o Príncipe da Paz, quem é que se fez presente? A música dos anjos cantando: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados.”
E esta frase foi tão importante, Sr. Comandante Sérgio, que, quando foi dado o toque de cessar fogo na Itália, o nosso grande Comandante Mascarenhas de Morais começa assim: “Acaba de ser dado o toque de cessar fogo em todo o teatro de operações. Glória a Deus nas alturas e paz na Terra entre os homens.”
Assim, foi escrita mais uma luminosa página castrense que edifica a Pátria Brasileira! Sursum Corda! BRASIL!
Tudo isso vem-nos à memória neste momento.
E eu gostaria de ouvir, para fazer tremer as pedras destas montanhas, seu brado de guerra bem forte.
O Comandante puxa e eu faço coro com a banda: o brado de guerra do glorioso Batalhão de Montanha do Exército brasileiro.”
O Comandante Sérgio atende o pedido do orador e brada: “Para frente e para o alto!” Todos respondem: “Montanha!”
O orador conclui: “Glória a Deus!”
A estas palavras ungidas e iluminadas, todos clamaram novamente o brado: “MONTANHA!”
Foi pena que, muito emocionado, Benigno não falou. Foi uma tarde de luminosa ternura e amor ao Benigno, à Banda, ao 11º BI Mth, à Pátria!
Num pequeno momento de confraternização e fechando assim o evento, Dona Célia ofereceu a todos os músicos, vizinhos presentes e transeuntes que ali passavam naquele momento, bandejas de bombons como um pequeno "regalo" do aniversariante.
Quando a banda já descia a ladeira, o que muito emocionou a todos ao final do evento, foi a minha esposa Rute Pardini espontaneamente, a capella, dedicar a Benigno Parreira, todo ouvidos, com uma voz muito emocionada, a ballata do 2º Ato, “Oh come è bello il ciel!”, da ópera Il Guarany de Carlos Gomes cantada por Cecília.
Rute Pardini "deu a canja", de pé, defronte à sua casa na ladeira, sobre as mesmas pedras que minutos antes ouviram o brado de guerra.
Felizes os que lá estiveram presentes.
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O autor da matéria e sua esposa, a cantora lírica Rute Pardini
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CARLOS GOMES: Il Guarany, Ato II: Oh! Come è bello il ciel!
Ária de Cecília (na voz da soprano búlgara Krassimira Stoyanova)
I. NOTA EXPLICATIVA
¹ Gentil Palhares, na sua crônica “Subtenente Benigno Parreira”, relata que
“como soldado, cabo e depois sargento da nossa Cia. de Comando e Serviços do glorioso Regimento Tiradentes, era ele o exemplo da Banda de Música.”
Na ocasião narrada por Gentil Palhares, a Banda do Regimento Tiradentes era muito conceituada e valorizada pelos comandantes do Regimento. Lembro-me bem de eu próprio ter frequentado alguns seus ensaios em 1963 na companhia de Gil Amaral Campos. Cheguei a ouvir a Abertura 1812 de Tchaikovsky, magistralmente executada pelo famosa corporação musical.
A seguir, venho fazer um relato do que presenciei como um garoto de 14 anos de idade.
No começo da década de 1960, uma profunda agitação política tomou conta do País. Depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, assumiu seu vice, João Goulart (Jango), um político gaúcho que defendia medidas consideradas socialistas pelas elites políticas brasileiras. Estas sentiram-se ameaçadas por reformas de base propostas para reduzir as desigualdades sociais brasileiras. Como o perfil de Jango incomodava as elites, desconfiadas de que Jango pretendia uma alteração social profunda nas relações entre o capital e o trabalho, os políticos decidiram adotar o Parlamentarismo, uma das medidas adotadas para enfraquecer o então presidente, em 1961 e 1962, mas a experiência não durou muito: em 1963, o regime presidencialista foi restabelecido através de um plebiscito, quando Jango propôs reformas constitucionais para acelerar as reformas de base que ele pretendia implantar. Ao lado dessa instabilidade política, a crise econômica grassava pelo País que se encontrava dividido pró e contra Jango. Por um lado, as forças democráticas se articulavam contra o que consideravam o governo da indisciplina. Por outro lado, Jango tinha o apoio do PCB, das organizações de massa e dum pretenso “esquema militar”, quando conseguiu acender as paixões na caserna, após dar apoio à rebelião dos marinheiros que saiu vitoriosa e com a qual pretendia dar uma demonstração de força, mostrando que tinha prestígio junto aos escalões menores das Forças Armadas.
A desconfiança dos comandantes militares se tornou realidade na noite de 30 de março de 1964. Convidado pela Associação dos Subtenentes e Sargentos da Policia Militar do Rio de Janeiro para discursar na data do aniversário da entidade, Jango compareceu à reunião na sede do Automóvel Clube, no Rio de Janeiro, com a presença de centenas de sargentos, além de diversos oficiais e ministros, dentre os quais o novo Ministro da Marinha, Almirante Paulo Mário. Consta que dezenas de comunistas, inclusive o Cabo Anselmo, se confraternizaram com os militares presentes.
“O ponto alto da reunião foi o discurso do Presidente da República. Inebriado pela calorosa recepção dos sargentos e incentivado pelos constantes aplausos, Jango fez um dos discursos mais inflamados de sua vida pública. Defendeu os sargentos amotinados. Propugnou pelas reformas de base. Acusou seus adversários, políticos e militares, de estarem sendo subsidiados pelo estrangeiro. Ameaçou-os com as devidas ‘represálias do povo’. A televisão mostrou ‘ao vivo’ estas cenas. Muitas das pessoas que as assistiam, sentiram que, após aquela reunião, a queda de Jango era iminente.”
Link: http://www.wirelessbrasil.org/orvil/textos/2p_cap03_item08.php
Lembro-me claramente de que todas essas paixões políticas tomaram conta da caserna e em São João del-Rei houve grande repercussão desse movimento revolucionário capitaneado pelo presidente Jango.
Todos os musicistas da Banda do glorioso Regimento Tiradentes, com exceção de Benigno Parreira, se posicionaram a favor do presidente e dos militares revoltosos. Somente ele foi a voz discordante e isolada do corpo da Banda. Ele tomou a mais difícil decisão de sua vida, posicionando-se a favor da disciplina militar e de seus comandantes. Adepto da hierarquia militar e da legalidade, jamais se insubordinaria contra seus superiores hierárquicos.
Com exceção de Benigno Parreira, todos os músicos da Banda foram transferidos para não sofrerem uma penalidade ainda maior.
Gentil Palhares fala desse momento crucial para a Banda, em que, diante desse incidente desagregador para a qual foi levada pelas circunstâncias, Benigno Parreira teve uma conduta irrepreensível, mantendo-se firme na trincheira da legalidade. Segundo Gentil Palhares, Benigno
“seria, ainda, com o tempo, um dos esteios da nossa Banda de Música, quando dele viesse ela a precisar, não apenas como militar, senão que também como verdadeiro artista. E foi o que aconteceu, pois que, surgindo a revolução moralizadora de março de 1964, quando houve tantas indecisões em torno de sua movimentação, o então sargento Benigno Parreira não titubeou e permaneceu firme na Cia. Se soube respeitar o pensamento dos seus colegas, posto que sem a eles aderir, não arredou pé do seu Regimento e colocou-se pronto para o cumprimento da missão que receberia de seus superiores, do seu Comandante. E foi por isso que não saía nunca de São João del-Rei, sua Terra natal, onde ocupa lugar proeminente nos nossos meios musicais, especialmente na Sociedade de Concertos Sinfônicos, da qual é um dos baluartes.”
O acaso contribuiu para que Benigno Parreira, de clarinetista que era até então, passasse a ocupar o cargo de regente da Banda do Regimento Tiradentes indicado pelo comandante de então, após a destituição e transferência de todos os seus colegas musicistas titulares para outras unidades. Como era lhano e afável, não lhe foi muito difícil re-fundar a nova Banda, sem animosidades, para o que contribuiu o seu caráter conciliador e agregador.
Faltou a Gentil Palhares mencionar que a vida musical são-joanense ganhou muito com a permanência de Benigno na cidade. Além da sua atuação na “Sinfônica” como membro do Conselho Artístico, regente do Coral e baixo solista (inesquecível sua atuação na invocação “O Dio degli Aymoré” do 3º Ato, da ópera Il Guarany, de Carlos Gomes e o seu solo de "Oh Gloriosa Virginum" na Novena de Nossa Senhora das Mercês do Pe. José Maria Xavier), tornou-se regente do Coral e da bicentenária Orquestra Lira Sanjoanense (da qual ainda hoje é regente honorário) e refinado compositor, cabendo aqui destacar a composição de duas marchas fúnebres, sendo a mais executada a denominada “Saudades”.
26 comentários:
Prezad@,
Tenho o prazer de encaminhar-lhe a primeira parte da cobertura que fiz das comemorações dos 90 Anos do CAPITÃO BENIGNO PARREIRA, como testemunha ocular privilegiada pelo convite honroso para partilhar com a família desse momento festivo. Confesso que me sinto muito feliz de ter tido a oportunidade de enaltecer essa figura exemplar de soldado brasileiro, compositor, cantor e regente. Farto material encontra-se à disposição do historiador nos arquivos são-joanenses para pesquisar sobre a vida e obra desse homem especial em todos os sentidos, especialmente no campo da Música.
Não podia aqui deixar de externar minha admiração pelo 11º Batalhão de Infantaria de Montanha, o Regimento Tiradentes, onde servi em 1969, e manifestar minha gratidão pelos valores recebidos de amor à Pátria e à sua soberania. Saudade imorredoura de frei Metelo Geeve, meu ex-professor de Biologia e Química, além de capelão naquele ano!
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/02/homenagem-do-regimento-tiradentes-aos.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Hercúleo trabalho literário que se impôs por ser Historiador e amigo do homenageado! Aqui, estamos todos anestesiados com tantas emoções! DEUS abençoe o casal querido! SURSUM CORDA!
Lourenço
Linda e merecida homenagem. Abraços.
Efusivos parabéns, meu caro Maestro Francisco Braga. Abraço-o afetuosamente. Gilberto Mendonça Teles
Agradeço sensibilizado a matéria enviada sobre a merecida homenagem ao Capt. Benigno Parreira por ocasião do transcurso de seu 90º aniversário.
Atenciosamente,
Francisco T.de Albuquerque
Niterói - RJ.
Que emocionante Francisco! Quantos belos solos ouvi com o Parreira. Chegar aos 90 anos... Viva a Música!
Se cuida aí, hein? Bjos pra Rute!
Abs
Celsinho
👏👏👏👏Bom dia meu Irmão, linda e justa homenagem ao nosso querido cap Parreira.
Grande abraço.
Nossa!
Ser humano maravilhoso! Foi muito amigo de meu pai José Costa e meu paciente.
Mais que merecido...
👏👏🙏🏼🙏🏼🙏🏼❤️
Parabéns, Francisco!
O Francisco sempre escreve uns artigos bacanas
Parabéns a ele!
Resgatando história
Olá, Francisco e Rute. Parabéns com esta bela comemoração!!
Sempre são momentos de valorização de trabalhos importantes, realizados no passado. São valores duradouros que nunca se perdem. Abraços deste irmão que sempre ficará grato a vocês, pela sua importante colaboração com os compromissos musicais do nosso coral. "Paz e Bem!" f. Joel.
Abraços a Francisco e Rute.
Anderson
Meu prezado amigo FJSBraga, quero lhe pedir permissão para fazer minhas as suas palavras em homenagem aos 90 anos do Capitao Benigno Parreira e ao Frei Metelo Geeve, meu professor.
Quando fui estudar no Ginásio Santo Antônio, em fevereiro de 1953, tinha muita vontade de visitar o 11º R.Infantaria, coberto de glórias nos campos de batalha da Europa durante a II Guerra Mundial. Quando em visita à Itália, muitos antos depois, fiz questão de visitar o cemitério de Pistóia, mesmo sabendo que os corpos de nossos irmãos que tombaram no campo de batalha não estavam mais lá, e sim no Panteão dos Heróis da FEB no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro.
Na visita a Pistóia encontrei com o zelador do Cemitério, que viveu, como criança, os horrores daqueles tempos e ele disse-me coisas inesquecíveis sobre a bondade do soldado brasileiro.
Um grande abraço do
Lúcio Flávio
Bonita e merecida homenagem do nosso Regimento Tiradentes ao nosso muito estimado amigo Cap. Benigno Parreira.
Muito obrigado, Sr. Francisco.
APROVEITO PARA AGRADECER O ENVIO DO RELATO DE UMA PARTE DA HISTÓRIA DO CAPITÃO BENIGNO PARRRIRA, E TB DOS BOMBONS DEIXADOS EM MINHA CASA.
UMA ÓTIMA NOITE PARA O SR. E SUA ESPOSA D. RUTE.
Montanha!!!
Prezado Senhor Francisco Braga
Recebemos, muito honrados, o texto sobre o Capitão Benigno Parreira. Felicitações por seu brilhante testemunho.
Guardaremos em nosso acervo, como evidente e honrosa homenagem ao Capitão.
Atenciosamente,
Valdiza Maria Capranico
Prezado Francisco Braga,
Estou distante da terra natal. Vc é privilegiado, presente aos eventos sanjoanenses, sempre muito saudosos e históricos.
Parabéns pela participação na homenagem ao Capitão Parreira. Muito merecida.
Ele e Bebel fizeram sucesso no Teatro da ESA, aqui em Três Corações, com a caravana de S. J. Del Rei. Cantaram o Coro dos Indios,do Terceiro Ato de O Guarani, de Carlos Gomes. Os dois solaram maravilhosamente bem o Cacique e Cecilia. Aplaudidos de pé. Abraço p/ vc e muita saúde p/ continuar suas cultas publicaçoes e seus recortes históricos.
Parabéns ao casal, que está sempre brilhando nas comemorações.
Abs,
Lúcia
Grato pelo envio. Saudo você e esposa.
Felicitações ao Capitão Benigno Parreira pelos abençoados 90 anos. Aplausos à gloriosa banda do Regimento pela emocionante homenagem. Maria Auxiliadora Muffato
Sim, exornando o belo Concerto que atraiu a atenção dos vizinhos, o Comandante do 11 BIMth, Sr. TC SÉRGIO MATOS, foi o cerimoniário do Concerto. No semblante e palavras do ínclito Comandante vimos a grandeza de sua alma castrense-religiosa ao fixar o olhar no nonagenário Capitão Parreira! Por tal magnitude, ainda que o dia estivesse nublado, sentimos que o céu estava azul e o sol brilhando! O Sol que é JESUS CRISTO que preparou, desde toda a eternidade, que no dia 11 FEV 2021, a Banda de Música do 11º BIMth viria à nossa residência e com ela o Sr. TC SÉRGIO MATOS! Foi a primeira vez que um Comandante do 11º BIMth nos visitou! DEUS abençoe a todos! Sursum Corda!
No vindouro dia 13 de fevereiro, o Exército celebrará o Dia do Serviço de Assistência Religiosa do Exército (SAREx). No dia de hoje, 11 FEV, a Banda de Música do 11º BIMth e o seu ilustre Comandante estiveram na residência do Cap Benigno Parreira, autor da Canção do SAREX e que escreveu belíssimas páginas de glória à frente das Bandas de Música do 11º BIMth e do Regimento Sampaio, ambas febianas! A Mão da Providência Divina: no dia 13 Fev nasceu Frei Orlando, Patrono do SAREX; no dia 13 nasceu Cap Benigno Parreira; no dia 13 Fev o Cap José Lourenço Parreira ingressou na ESA; no dia 13 Fev ingressou no Exército o Gen Marçal que comandou a 9ª RM; no dia 13 Fev ingressou no Exército o TC SÉRGIO MATOS, atual Comandante do 11 BIMth! Não pode ser coincidência. É Providência, o Dedo de DEUS! Assim, foi escrita mais uma luminosa página castrense que edifica a Pátria Brasileira! Sursum Corda! BRASIL!
Caríssimo amigo, Braga, meu querido irmão, Benigno Parreira, completará 90 anos, dia 13 de fevereiro. Em reconhecimento à obra desse gigante que honra São João del-Rei, serão prestadas duas lindas homenagens a ele: DIA 11 FEV (quinta-feira), às 14h30, defronte à sua residência, Rua Ten Gentil Palhares, 266, pequena audição pela Banda de Música do 11 BIMth. Está prevista a presença do Comandante da Gloriosa Unidade Febiana. DIA 13 FEV (sábado) às 10 horas, Santa Missa mandada celebrar pela Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês. A Orquestra Lira Sanjoanense tocará um Kyrie composto, pelo Maestro Teófilo Helvécio, para a grande data. Se o amigo estiver em São João del-Rei, eis o Convite. Merece seu olhar de Historiador! SURSUM CORDA!
Caríssimo amigo, faltam-me palavras para agradecer-lhe e à Soprano Rute a honrosa presença na Homenagem ao meu querido irmão, Benigno. Verdadeiro pai, pois aos 4 anos meu pai partiu e aos 14 minha mãe, também. Fiquei impressionado como o Comandante do 11º BIMth sabia tanto sobre a vida do meu irmão. Pena que, muito emocionado, Benigno não falou. Foi uma tarde de luminosa ternura e amor ao Benigno, à Banda, ao 11º BIMth, à Pátria! Você, como brilhante Historiador, cumpriu sua transcendental missão: foi testemunha ocular da efeméride! PAZ!
Parabéns,mestre!
PAZ! Amei o trabalho dos queridos amigos! Li-o para meu irmão e o enviei para seletas pessoas minhas leitoras! Fiquei muito emocionado e, até agora, vejo com carinho Rute e Francisco com o coração e olhar de Historiadores a tudo cobrindo! Perdão pela demora em mandar, oficialmente, o meu parecer. Quero fazer à altura dos nobres amigos porque será o depoimento do irmão do Benigno! Mandei ambos os trabalhos para o Comandante do 11º BIMth. Simplesmente os considerou fantásticos! Agora há pouco, a mídia informou que o Gen Ex João Francisco Ferreira foi indicado para Itaipu. Ele é meu amigo e leitor. Foi ele que deu ênfase no CMO no Ano Centenário de Frei Orlando! Perdão pela demora!
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