Por Francisco José dos Santos Braga
I. INTRODUÇÃO
O que se verá abaixo é como transcorreram as festas dedicadas ao reinado de Momo na pacata cidade de São João del-Rei, em fevereiro de 1928. Em matéria anterior intitulada "Ranchos Carnavalescos de São João del-Rei em 1928/1929", publicada em 28 de fevereiro de 2014 no Blog de São João del-Rei, apresentou-se-me o ensejo de mostrar, através de quatro textos, como funcionavam os ranchos carnavalescos de então, verificando a composição de sua diretoria, sua organização e como operava a gestão dessas sociedades carnavalescas existentes em 1928/1929 e que não perduraram até nossos dias.
Espero ter despertado a curiosidade de meus leitores para a viva descrição dos festejos carnavalescos de São João del-Rei, nos idos de 1928, o que só foi possível concretizar com o presente texto. É com prazer que lhes ofereço o fruto de minha pesquisa atual, mediante a transcrição fiel de como era a diversão naquele carnaval de antigamente, fruída com muita alegria e satisfação por nomes representativos da sociedade são-joanense, como se verá.
A minha fonte de consulta foi o jornal "A Tribuna" no ano de 1928.
Para ser fiel ao redator/escritor dos referidos textos, observei rigorosamente a grafia de época.
II. TEXTO DE "A TRIBUNA", DESCREVENDO O CARNAVAL DE 1928 EM SÃO JOÃO DEL-REI
CARNAVAL DE 1928 NA "PRINCEZA DO OESTE"
AS DIVERSÕES
Embora o primeiro dia do reinado de Momo não se revestisse, na nossa "Princeza do Oeste", de grande animação, — o enthusiasmo trazido pelo segundo e terceiro dias foi de molde a compensar completamente a fraqueza, aqui, do início dos folguedos.
Se a 19 do vigente o movimento de pedestres e de vehiculos acabou relativamente cedo, — a 20 e 21, comtudo, tal se não verificou, e a avenida Ruy Barbosa, centro dos prazeres, regorgitou de gente, e difficil era encontrar-se um automovel que já não estivesse de antemão contractado para o "corso", que se revestiu de aspecto deslumbrante.
O tradicional caracter ordeiro do povo sanjoannense fez com que as diversões decorressem sem attritos e dissenções que as perturbassem, e, a não ser um conflicto sem importancia, verificado no interior de um "café" local, durante um baile, nada nos consta que houvesse occupado a attenção das autoridades policiaes.
Seja-nos permittido destacar, a este ensejo, os serviços da guarda-civil deste municipio, que, inaugurando os seus uniformes, inaugurou tambem a sua acção publica. Auxiliando a inspectoria de vehiculos da edilidade, chefiada pelo sr. Rudini Bello, os membros da novel corporação esmeraram-se quanto puderam no cumprimento dos seus deveres.
O TEMPO
A chuva, que ameaçava cair desde sabbado, foi, felizmente, tombar longe destas paragens, e os tres dias "gordos" ostentaram physionomia e temperatura realmente magnificas.
O unico inconveniente disso resultante foi a poeira, que, aliás, mereceu decidido combate das mangueiras de agua da nossa Camara, por ordem do fiscal-geral, sr. João Assumpção.
O "CLUB X"
A veterana sociedade carnavalesca preoccupou-se em sair à liça honrando dignamente os seus fóros e os seus louros.
O seu prestito, bem organizado, causou esplendida impressão ao povo.
Foi o seguinte o conjunto do "Club X":
— Fanfarra de clarins.
— Commissão de frente, a cavallo, composta dos srs. Arthur dos Santos, José Paiva, João de Lima Osorio, tenente Eurico Barbosa, Alberto Reis e Olympio Ferreira Filho.
— Carro da directoria, conduzindo os srs. Carlos Guedes, major Americo Alvaro dos Santos e José Trindade.
— Banda de musica.
— Carro chefe, onde, em rico throno, sob artistico tecto sustentado por lindas columnas, se assentava uma formosa odalisca (a senhorinha Ilva de Oliveira), empunhando o estandarte do "Club X".
— Carro do moinho, allegorico e de movimento, ornamentado pela presença de formosas camponias hollandezas (senhorinhas Aura Nogueira, Martha Hilario, Elzy e Elsa de Oliveira e Carmen Chanaan).
— Carro japonez, com tres guardas-chuvas abertos sob o sol... da consagração e a chuva... dos applausos, e no qual representavam de graciosas "amarellas" as senhorinhas Sara Carvalho e Geralda Coelho.
— Carro da directoria, trazendo os srs. Antonio Augusto Pacheco, João Viegas Filho e Antonio Gomes de Oliveira.
— "Zé pereira"
Guardas de honra, fogos, etc., abrilhantaram o prestito.
Os carros foram confeccionados pelo habilidoso sr. Christovam Rodrigues da Silva, das officinas da E. F. Oeste de Minas.
Montaram as installações electricas o Dedéco e o sr. José Narciso.
A scenographia ficou a cargo do sr. Ernesto de Oliveira.
OS "RANCHOS"
Saindo à rua no primeiro e no terceiro dia, como o "Club X", os invenciveis "ranchos" da nossa terra conquistaram as mais vivas palmas e acclamações da multidão que enchia o centro urbano.
É, sem duvida, admiravel o esforço dos cidadãos que os compoem, e que se não desmente nos continuos triumphos pelos mesmos alcançados.
Sentimos que a escassez de espaço nos obrigue a restringir as notas a elles concernentes.
"UNIÃO DAS FLORES"
O rancho "União das Flores", que com modestia se intitula de "blóco", recebeu no sabbado gordo o seu estandarte, que esteve exposto na casa commercial do sr. Carlos Costa.
O seu prestito esteve assim constituido:
— Duas bellas meninas phantasiadas de "modestia".
— Balisa (sr. Pedro Costa).
— Porta estandarte (senhorinha Rosa).
— Coristas e pastoras.
— Conjuncto musical, sob a regencia do sr. Silvino de Siqueira, executando partituras harmoniosas, como as da "União das Flores" e da "Madrugada", ambas com letra de Benedicto dos Santos.
— Carrinho das flores, conduzindo encantadoras creanças.
"BOI GORDO"
O rancho "Boi Gordo" inspirou-se num difficil motivo historico, conseguindo, todavia, realizal-o com apuro, o que realça o valor do seu prestito: — Morrera o boi Apis de Memphis, o idolo, o "tabú" egypcio; era necessario substituil-o por outro, que ostentasse, como o extincto, as marcas divinas. E foi o episodio da sagração do boi Apis que o "Boi Gordo" apresentou ao povo, com o seu custoso carro e as suas personagens scintillantemente trajadas.
Eis a synthese do seu prestito:
— Fanfarra de clarins.
— Balisa.
— Porta estandarte, conduzindo precioso pendão, caprichosamente confeccionado.
— Grupos de meninas vestidas à egypcia e conduzindo flores, fructas, joias (offerendas ao idolo) e instrumentos musicaes da época.
— Carro da directoria, com os srs.: Fidelis Dilascio, presidente effectivo; Tarcilio Tolentino, vice-presidente; Avelino Guerra, bemfeitor; e José Felix, 2º secretario.
— "Fellahs", trazendo vasos com oleo perfumoso, para a uncção do novo boi Apis.
— Barbaçudo e veneravel sacerdote, rodeado de bronzeadas sacerdotizas.
— Fiéis e guerreiros.
— Banda de musica.
— Carro "Sagração do boi Apis", em que, no atrio do templo, — em que já se encontrava o animal divino, todo paramentado, — se via assentada a rainha de Memphis, Nephertite, na pessoa da prendada senhorinha Isabel.
O serviço de illuminação da primorosa obra, devida às mãos peritas do sr. Tarcilio Tolentino, — foi confiado ao sr. Waldemar Pugliese. A regencia do prestito esteve a cargo dos srs. Bernardino Coelho e Domingos do Sacramento.
"CUSTA, MAS VAE"
"Era uma noite astral de primavera,
Noite aromal, de rustica pureza,
E tão cheia de luz, que se dissera
Ser a festa natal da natureza"...
O prestito do "Custa, mas vae" estava formado assim:
— Fanfarra de clarins.
— Presidente e secretario, a cavallo.
— Porta estandarte, senhorinha Albertina Nunes, e seu defensor. O pavilhão foi preparado pela senhorinha Laura Lopes de Oliveira e pintado pela senhorinha Filhinha Ramalho.
— 36 moças e 22 rapazes, representando constellações, estrellas isoladas, planetas, etc.
— Banda de música.
— Carro "Dentro da noite", em que figuravam o Cruzeiro do Sul, o crescente lunar e uma engenhosa estrella de movimento. Sobre uma nuvem e sob a chuva de estrellas do firmamento, tres jovens e pulcherrimas estrellas humanas, astros vivos de belleza, sorriam ao povo. Foi trabalhado pelo sr. Nico Raposo, conhecido artista sanjoannense.
As canções do "Custa, mas vae", a toada musical, as evoluções choreographicas se mostraram, em verdade, magistraes.
Directoria: sr. Miguel Lopes, sr. Zenone Rosseto e sargento Benedicto Lopes; regente da orchestra, sr. Antonio Candido Bastos; ensaiador, o folião Liberato.
"QUALQUER NOME SERVE"
O "Qualquer nome serve" escolheu um motivo japonez, apesar da China, alli perto, estar em conflagração. Mas não houve perigo: os seus japonezes não se metteram na "encrenca"; foram os mais pacatos deste mundo, pois nem do opio fizeram uso, servindo, unicamente, para deliciar o povo cá da terra. Completamente incapazes de um "harakiri"...
Da gruta do Bomfim, saiu o prestito, alinhado desta forma, para percorrer o coração da cidade:
— Fanfarra de clarins.
— Balisa (sr. Antonio Rosa).
— Porta estandarte (senhorinha Maria da Gloria). O estandarte, que esteve exposto na vitrina do "Cachimbo Turco", foi decorado pelo eximio pincel da senhorinha Aida Fazanelli e teve como padrinhos o sr. Gumercindo Gomes e a senhorinha Juracy Coelho.
— Carro da directoria, em que vinham os srs. Dermeval Senna, Waldemar Gomes, poeta Jorge Brandão (de oculos escuros, sorridente e declamando em secco), Abner Coelho, Farnese Silva, José Franco (de calva à mostra) e Waldemar de Freitas.
— Guarda de honra, a cavallo (srs. Lindolfo José de Freitas e Josino Silva).
— 60 moças e moços, à japoneza.
— Banda de musica, regida pelo maestro Columbiano.
— Carro "Pagode japonez", em que quatro graciosas creanças, vestidas a caracter, circumdavam o altar do deus Buddha. Foi construido pelo sr. Francisco Vieira, auxiliado pelos srs. José Lucio da Costa e José Adriano Esteves.
Canções: "Qualquer nome serve", de Egroj e José Lino; "De fogo", de lord Cunha; "Vamos! vamos!", de lord Columbiano; "Ella não me quer", de lord Gotteira; "Sabiá mimoso" e "Pião", cariocas e offerecidas pelo sr. Recemvindo dos Santos; "Japonezes", de Egroj e lord Columbiano; "Minas F. C.", de Egroj e J. Japhet.
BLOCOS
Foi coroado de magnifico exito o excellente e folgazão "Blóco Preto e Branco", constiuido de elementos representativos do nosso escol social e onde conseguimos annotar, tomando parte nos corsos de domingo, segunda e terça-feira gorda, em vistoso caminhão primorosamente ornamentado, as formosas senhorinhas Lulú Pacheco, Dulce Pacheco Faleiro, Hilda, Judith, Zilah e Juracy Guimarães, Lais e Clelia Moura Brasil, Neréa e Jandyra, Judith Baptista, Dulce e Alice Guedes, Maria Esther e Laura Pereira da Silva, Oscary e Nitinha Sousa, e Naná Guimarães.
—
O "Blóco da interrogação" esteve presidido pela exma. familia do estimado commerciante nesta praça sr. Aniceto Antunes; saiu em caminhão muito chic, entoando lindas canções.
—
O "Blóco do Oh! fa, la, si, mi amas"... foi chefiado pelo distincto moço sr. Ivan de Andrade Reis, auxiliado pelos destemidos foliões carnavalescos srs. Jorge Mourão, Zico Marchetti, Edgard Guedes, Amadeu Martins, Rubens Albergaria, Eurico Ferreira, Cid Rangel, Jorge Rodrigues, Olympio Ferreira, Paulo Christofaro e Aloysio Moura Brasil; todos representantes da sociedade "Guttemberg" e nossos confrades de imprensa.
—
Os "Turunas", orientados pelo "principe" sr. Eduardo Cancio, alcançaram um successo digno de applausos, e façamos justiça aos destemidos representantes da folia, os eximios musicistas srs. Francisco da Conceição Alves, José Andrade dos Santos, José Valentim, José Salles, José do Espirito Santo, Ordalis Ferreira, Henrique do Carmo, Olavo Silva, Noel e Paulo Baptista Lopes, Oscar Gonçalves, João Salles e Alcides de Paula Coelho, em vistosa phantasia de "rajah".
—
O "Blóco do Zero" esteve simplesmente adoravel, na sua interessante originalidade.
—
O Oscar Pereira "da collectoria" arranjou um "Blóco do Eu sosinho", que esteve muito quixotesco.
—
O "Blóco da Cruz Vermelha" esteve lindo; nelle se nos depararam o "doutor de facto", dr. Alencar de Carvalho, o academico José de Almeida Neves e, na tolda do automovel, as encantadoras e distinctas enfermeiras, normalistas, Maria e Hildegarda Alvares, Ruth e Haydée Resende de Carvalho.
—
O "Blóco da Alegria", já afamado nesta "urbs", foi muito feliz na sua harmoniosa "charanga", e convem apresentar nossos cumprimentos aos distinctos jovens, srs. Francisco Eugenio, João Vicente Zêza, Jayme Vieira, Guilherme Athayde, João Trindade e Antonio Carlos.
PHANTASIAS
Conseguimos apreciar um elemento feminino da alta sociedade sanjoannense, no "footing" da avenida Ruy Barbosa, trajando ricas e vistosas phantasias e, ao começarmos nossas annotações, vimos a formosa senhorinha Maria da Conceição Alves, elegantemente ostentando linda phantasia de mexicana, que, na nossa opinião e de diversas pessoas de destaque da cidade, é merecedora de francos e sinceros applausos.
Apreciamos, mais, a graciosa senhorinha Donalda Pereira Lima, ricamente phantasiada de "dama espanhola" e, quem a visse, tinha a impressão de que aquella sevilhana já estava preparada para assistir às grandes "touradas". Não perdeu o seu tempo, pois, si não houve "tourada", ocorreu, sim, a "sagração do boi Apis".
As formosas senhorinhas da "Princeza do Oeste" fizeram tudo para que o carnaval deste anno fosse majestoso; e, é um facto, emprestaram o seu concurso, com garbo, aos bailes à phantasia e aos passeios da avenida, as seguintes, ricamente phantasiadas: Hilda Monteiro, Jenny Borlido, Juracy Guimarães e Alice Guedes, de espanholas; Judith Guimarães, bailarina mexicana; Maria do Carmo Braga, "Fanal"; Dulce Soares, futurista; Carmen Barros, hollandeza; Nair Lamounier, cigana; Norma Daldegan, ba-ta-clan; Alzira Salomão, beduina; Malvina Tobias, melindrosa; Lulú Pacheco, bailarina; Hilda Guimarães, "pierrette"; Zilah e Naná Guimarães, dansarinas gregas; Dulce Pacheco Faleiro, bailarina; Dulce Guedes, dama antiga; Lais Moura Brasil, mexicana; senhorinhas Neréa, de pastora, e Clelia, de primavera; Jesuina Marinho, de futurista; Margarida Rio Grande, bahiana; Mercedes Mourão, garota; Maria Luisa Vieira de Castro, pirata; Regina Yunes, "pierrette" futurista; Heloisa Pimentel, de Maria Antonieta; Margarida Pimentel, dama veneziana; Luisa Azevedo, futurista; Odette Horta, hawaiana; Beatriz Albergaria, de dama antiga; Maria Sbampato e Maria Luisa Pereira, "pierrettes"; Nitinha Sousa, hawaiana; Amelia e Eunice Rodrigues, futuristas; Ilva de Oliveira, de odalisca; Jujú Cirne e Cleonice Bello, "pierrettes"; Cleusair e Ivonne Monteiro, camponezas; Antonieta Ribeiro da Silva, de crysanthemo; Hilda Rangel, de futurista.
Àquella que, porventura haja escapado à nossa reportagem, pedimos desculpas, pois não vem ao caso nenhum resentimento, visto como o accumulo de pessoas muitos nos prejudicou.
NOTAS
Foram vendidas pelas importantes casas commerciaes Castanheira & Gomes, J. Bellini & Comp., José Sade e pelo sr. Zenone Rozzetto 530 duzias de lança perfumes, não se mencionando aqui as que foram vendidas pelos srs. Armando Cunha, Vasques de Miranda, A. José Machado e Godinho.
JULGAMENTO
Sabemos que está sendo devidamente organizada uma commissão de empregados do commercio, que decidirá qual dos quatro ranchos apparecidos em scena foi o vencedor, no carnaval do presente anno. Ao victorioso conferir-se-á linda taça, que se acha exposta na vitrina do café "Rio de Janeiro".
Assim sendo, aguardamos o laudo da referida commissão, reservando-nos o direito de critical-o, caso as conclusões do mesmo não nos pareçam justas e coherentes.
Fonte: A TRIBUNA, Anno XIV, São João del-Rey, 26 de fevereiro de 1928, nº 917
III. AGRADECIMENTO E CONCLAMAÇÃO
Gostaria de deixar registrado aqui o meu agradecimento à equipe de trabalho da Biblioteca Batista Caetano de Almeida pela presteza no atendimento e pela custódia de periódicos de época. Constatei, entretanto, que o acondicionamento de tais periódicos está deixando a desejar, não sendo suficientes as dotações consignadas no orçamento municipal para a preservação, desinfecção e digitalização do material catalogado, a fim de evitar o desnecessário manuseio e consequente danificação do que ainda resta. Ao mesmo tempo, a Lei Federal nº 10.753, de 30 de outubro de 2003, que institui a Política Nacional do Livro, pode ajudar muito a melhorar as difíceis condições em que a biblioteca pública são-joanense se encontra. No artigo 16 da referida lei, prevê-se que "a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios consignarão, em seus respectivos orçamentos, verbas às bibliotecas para sua manutenção e aquisição de livros." Como a dotação orçamentária municipal não tem sido suficiente para bibliotecas de certa complexidade como a Biblioteca Batista Caetano de Almeida (inaugurada em 1827!), esta vetusta instituição depende de subvenções governamentais das três esferas de governo para que possa continuar prestando serviços de qualidade a seus pesquisadores e usuários, dependendo de parlamentares e governantes patriotas dispostos a consignar verbas nos respectivos orçamentos para a continuidade e melhoria de sua prestação de serviços sociais especializados.
III. AGRADECIMENTO E CONCLAMAÇÃO
Gostaria de deixar registrado aqui o meu agradecimento à equipe de trabalho da Biblioteca Batista Caetano de Almeida pela presteza no atendimento e pela custódia de periódicos de época. Constatei, entretanto, que o acondicionamento de tais periódicos está deixando a desejar, não sendo suficientes as dotações consignadas no orçamento municipal para a preservação, desinfecção e digitalização do material catalogado, a fim de evitar o desnecessário manuseio e consequente danificação do que ainda resta. Ao mesmo tempo, a Lei Federal nº 10.753, de 30 de outubro de 2003, que institui a Política Nacional do Livro, pode ajudar muito a melhorar as difíceis condições em que a biblioteca pública são-joanense se encontra. No artigo 16 da referida lei, prevê-se que "a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios consignarão, em seus respectivos orçamentos, verbas às bibliotecas para sua manutenção e aquisição de livros." Como a dotação orçamentária municipal não tem sido suficiente para bibliotecas de certa complexidade como a Biblioteca Batista Caetano de Almeida (inaugurada em 1827!), esta vetusta instituição depende de subvenções governamentais das três esferas de governo para que possa continuar prestando serviços de qualidade a seus pesquisadores e usuários, dependendo de parlamentares e governantes patriotas dispostos a consignar verbas nos respectivos orçamentos para a continuidade e melhoria de sua prestação de serviços sociais especializados.
8 comentários:
Caro acadêmico Francisco Braga.
Como é de importância ímpar esta matéria para todos nós, são-joanenses e, principalmente para os idealizadores carnavalescos dos dias de hoje.
Como o Carnaval de antigamente, aqui em nossa terra, era expoente. Como era também,dino de ser laureado, a ênfase dada pela Tribuna nas coberturas jornalísticas sobre o carnaval.
Hoje, a gente entende porque esta festa momesca de nossa terra era considerada uma das melhores do interior de Minas, pois, com a atenção especial que lhe era dispensada, chegaríamos mais tarde, a ter um dos melhores carnavais do interior,naquelas áureas épocas.
Que, nosso povo são-joanense,tenha oportunidade de ler esta matéria, a fim de que venha trabalhar cada vez mais,como já vem trabalhando, para resgatar o nosso carnaval, não obstante podendo dizer, que já estamos bem perto, como verificamos pelo carnaval deste ano.
Parabéns, amigo Braga,mais uma vez, por nos trazer estas reminiscências que só engrandecem nossa cidade.
Musse Hallak
Mais um belo e útil trabalho do Francisco Braga, esse mestre das pesquisas, que engrandece a nossa São João dos Queijos.
Parabéns por ter resgatado de amareladas páginas essa beleza de registro, prova do vigor de nosso momo, que certamente servirá de referência para outros pesquisadores.
Abç. Ulisses Passarelli
Ah! Os velhos carnavais realmente populares... Deus guarde você e Rute. Fernando Teixeira
Acabo de ler e postar comentários. Confere lá.
Parabéns! Prossiga. Prossiga. Prossiga...
Abç. fraterno,
Ulisses.
Muito bem, grande F.Braga. Li parte do texto reportando o CARNAVAL DE 1928 !
Lê-lo-ei na íntegra, pois chamou-me a atenção a ortografia de então. Um barato !
O texto está escrito com todas suas características ortográficas originais, conduzindo
a quem o lê àquela sensação de saudades do grandiso passado de nossas Minas Gerais!
Abrs. Rodrigues
Essa vc brilhou! parabéns, obrigado! adorei, e estou partilhando com meus manos que adoram tbém as coisas dessa "Terrinha".
Abraços para Rute,
Pedro Paulo
Emocionante a cobertura de "A Tribuna" do Carnaval de Rua de 1928. No Rancho do Boi Gordo vi os dois mestres que trabalharam no barracão do primeiro desfile do Bloco Qualquer Nome Serve como Escola de Samba em 1966: Tarcilo Tolentino e meu tio Waldemar Pugliese, pai do advogado Luiz Dangelo Pugliese que comandava a bateria da Qualquer Nome Serve. Aliás, quando criamos a Qualquer Nome Serve em 1957 foi para homenagear o Rancho de mesmo Nome do qual meu pai havia sido tesoureiro. A descrição da Tribuna atesta o espírito lúdico das cidades do Ciclo do Ouro e reafirma a nossa tradição carnavalesca. Fiquei sabendo que houve uma outra publicação sobre o carnaval no Blog e esta não chegou aos meus olhos. É de 28 de fevereiro, segundo li no Blog. Não poderia me enviar? Parabéns pela matéria. Jota Dangelo
Prezado Braga,
Como é bom ler um artigo assim – com direito a ortografia antiga e tudo! Está tão “real” que eu me senti vivendo na época.
Parabéns e um abraço,
Elza
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