I. TEXTO: MEU TIPO INESQUECÍVEL
Por Adenor Simões Coelho *
A esta altura da vida, quando já posso vislumbrar o passado como num filme ou um vídeo-tape, os ilustres colegas do Instituto Histórico e Geográfico hão de perdoar esta participação singela, pois afinal eu me tornei membro da Casa por uma deferência dos sócios fundadores, de modo que a culpa desta produção acaba sendo muito menos minha do que dêles.
Preferi me deter por alguns momentos na crônica dos velhos tempos, num assunto ameno, do que me embrenhar em pesquisas e descobertas para as quais os moços, como o nosso presidente dr. Fábio Nelson Guimarães, estão mais aparelhados.
De qualquer maneira, esta minha contribuição não deixará de ser História, embora seja apenas uma história, como se fala hoje em dia. Pois é o testemunho de uma época, de um tempo que passou e que não volta mais.
Estou vendo diante de mim aquele que recordo como um tipo inesquecível, lá longe, na minha infância descuidada, aquêle tempo que sempre fica marcado pela saudade, ainda que muitas vêzes tenha sido cheio de dificuldades. Porque é certo que a infância tem a capacidade mágica de transformar-se em imagens agradáveis, talvez por estar perdida na perspectiva do tempo. Ou quem sabe por ter se tornado inaccessível, só podendo ser vivida intensamente muito depois, à distância e com saudade.
Na terra onde nasci, arraial movimentado que tinha o nome de Sant'Ana do Môrro do Chapéu, o povo era relativamente adiantado. Viajava muito, frequentava as grandes cidades e estava sempre informado a respeito dos últimos acontecimentos, da última moda e das últimas invenções.
Essas informações vinham pelos viajantes comerciais, pelas notícias pessoais do povo e de seus parentes, e também pelo Jornal do Commercio. Tudo nos limites da velocidade daqueles tempos. Mas a população de Sant'Ana tinha uma parcela de cidadãos que davam o tom a respeito de tudo. Promoviam magníficas festas, havia um bom desenvolvimento na música e existia principalmente uma coisa que muito se procura e pouco se encontra: amizade e união sincera entre as pessoas. O arraial pertencia ao município de Queluz de Minas, hoje Conselheiro Lafaiete, e era fator importante para o desenvolvimento das idéias a Estrada de Ferro Central do Brasil, que possibilitava a mobilidade das pessoas. A estrada de ferro era fator de importância maior do que hoje, pois estamos num período em que o povo abandonou êsse maravilhoso meio de transporte, à espera de mais confôrto.
De qualquer maneira, esta minha contribuição não deixará de ser História, embora seja apenas uma história, como se fala hoje em dia. Pois é o testemunho de uma época, de um tempo que passou e que não volta mais.
Estou vendo diante de mim aquele que recordo como um tipo inesquecível, lá longe, na minha infância descuidada, aquêle tempo que sempre fica marcado pela saudade, ainda que muitas vêzes tenha sido cheio de dificuldades. Porque é certo que a infância tem a capacidade mágica de transformar-se em imagens agradáveis, talvez por estar perdida na perspectiva do tempo. Ou quem sabe por ter se tornado inaccessível, só podendo ser vivida intensamente muito depois, à distância e com saudade.
Na terra onde nasci, arraial movimentado que tinha o nome de Sant'Ana do Môrro do Chapéu, o povo era relativamente adiantado. Viajava muito, frequentava as grandes cidades e estava sempre informado a respeito dos últimos acontecimentos, da última moda e das últimas invenções.
Essas informações vinham pelos viajantes comerciais, pelas notícias pessoais do povo e de seus parentes, e também pelo Jornal do Commercio. Tudo nos limites da velocidade daqueles tempos. Mas a população de Sant'Ana tinha uma parcela de cidadãos que davam o tom a respeito de tudo. Promoviam magníficas festas, havia um bom desenvolvimento na música e existia principalmente uma coisa que muito se procura e pouco se encontra: amizade e união sincera entre as pessoas. O arraial pertencia ao município de Queluz de Minas, hoje Conselheiro Lafaiete, e era fator importante para o desenvolvimento das idéias a Estrada de Ferro Central do Brasil, que possibilitava a mobilidade das pessoas. A estrada de ferro era fator de importância maior do que hoje, pois estamos num período em que o povo abandonou êsse maravilhoso meio de transporte, à espera de mais confôrto.
Viajei muito em São Paulo, em Minas e no Estado do Rio. Observei sempre que a minha terra tinha peculiaridades. E entre estas os nomes das pessoas, raramente encontrado em outros lugares. Pois lá eram comuns nomes como Justo, Adamastor, Nicomedes, Anselmo, Virgílio e Gedeão, que a gente não encontra facilmente. Os ilustres membros do Instituto Histórico e os leitores em geral dirão que são nomes comuns. Puro engano. É a confusão entre a nossa informação pessoal, através da cultura, e a observação da vida em tôrno de nós. Vejam os senhores como é difícil encontrar um Justo, um Adamastor, um Gedeão. Talvez conheçamos um. Mas na minha terra eram nomes populares, como por aqui tropeçamos com o Antônio, o José, o Francisco e o João. Vejo a escolha dêsses nomes como um dado interessante, para revelar uma peculiaridade do meu arraial, povoado perdido até hoje no interior de Minas e que agora se chama Sant'Ana dos Montes. Que razões motivariam a escolha de nomes tão diferentes para os meninos diante da pia batismal? Seria influência do padre? Haveria um motivo cultural remoto?
Todavia, estou dispersando o pensamento. Quero voltar ao meu tipo inesquecível, cujo nome era Virgílio. Virgílio Caetano de Lacerda, figura admirável, quase lendária. Porque tinha o dom de dividir bem o tempo e sabia fazer tudo. E dava ao povo a coisa mais alta que se pode dar: o exemplo. O professor Virgílio, homem modesto e bom, era ao mesmo tempo o mestre-escola e o alfaiate da terra. Era diretor da banda de música e chefe da orquestra, duas entidades diferentes. Tocava bem qualquer dos instrumentos musicais de uso comum, desde o cavaquinho até o piano, embora se distinguisse mais na clarineta, em que era solista exímio.
Atencioso e gentil, tinha a sabedoria de se fazer respeitado e estimado. Era ao mesmo tempo enérgico e educado, duro e suave, cavalheiro e justo. Muitas vêzes se irritava e chegou a usar a violência como Cristo com os mercadores do templo. Mas ninguém jamais fixou na memória senão as lembranças do seu bom caráter, da sua justeza moral e da sua simpatia pessoal.
Em dias alternados ainda encontrava tempo para ir às fazendas, onde ensinava piano às filhas dos fazendeiros, em visitas nas quais aproveitava o tempo para levar notícias e comentários sôbre os acontecimentos. Discutia então com o dono da casa sôbre a política, o comércio e as finanças; com a dona da casa e suas filhas falava sôbre os últimos retoques da moda e os caminhos do pensamento na Europa e na América, sendo portanto recebido como o arauto da cultura e da boa-nova em tôda parte.
Todavia, estou dispersando o pensamento. Quero voltar ao meu tipo inesquecível, cujo nome era Virgílio. Virgílio Caetano de Lacerda, figura admirável, quase lendária. Porque tinha o dom de dividir bem o tempo e sabia fazer tudo. E dava ao povo a coisa mais alta que se pode dar: o exemplo. O professor Virgílio, homem modesto e bom, era ao mesmo tempo o mestre-escola e o alfaiate da terra. Era diretor da banda de música e chefe da orquestra, duas entidades diferentes. Tocava bem qualquer dos instrumentos musicais de uso comum, desde o cavaquinho até o piano, embora se distinguisse mais na clarineta, em que era solista exímio.
Atencioso e gentil, tinha a sabedoria de se fazer respeitado e estimado. Era ao mesmo tempo enérgico e educado, duro e suave, cavalheiro e justo. Muitas vêzes se irritava e chegou a usar a violência como Cristo com os mercadores do templo. Mas ninguém jamais fixou na memória senão as lembranças do seu bom caráter, da sua justeza moral e da sua simpatia pessoal.
Em dias alternados ainda encontrava tempo para ir às fazendas, onde ensinava piano às filhas dos fazendeiros, em visitas nas quais aproveitava o tempo para levar notícias e comentários sôbre os acontecimentos. Discutia então com o dono da casa sôbre a política, o comércio e as finanças; com a dona da casa e suas filhas falava sôbre os últimos retoques da moda e os caminhos do pensamento na Europa e na América, sendo portanto recebido como o arauto da cultura e da boa-nova em tôda parte.
Naquele tempo a palmatória tinha sido recentemente aposentada. Era instrumento que simbolizava meios violentos para se obter a atenção e o bom desempenho dos meninos. Felizmente, quando entrei para a escola, a "santa luzia" já era relíquia de passadas maldades, imagem de respeito e de medo. Lá estava ela, a palmatória, a "santa luzia", dependurada num portal, à vista de todos nós.
O mestre era invariàvelmente um cavalheiro, mas não brincava em serviço e a turma tinha um ôlho nele e outro na palmatória. Como se uma espécie de terror ancestral pairasse sôbre a cabeça de todos, talvez de ouvir contar em casa os estragos feitos pelo maldito instrumento em tempos passados mas recentes.
A divisão das turmas se fazia por classes, da quarta à primeira, e no fim de cada ano os alunos aprovados recebiam cadernos com todos os trabalhos executados durante o período das aulas, com as notas e ilustrações coloridas feitas pelo professor. A primeira classe era a mais adiantada. E o mestre, ao distribuir os cadernos com os alunos no fim do ano, se mostrava sempre cativante, gentil. Mas nenhum de nós esquecia os momentos, durante as aulas, em que se havia irritado e muitas vêzes pusera de castigo, de modo muito engraçado, certos alunos que já tinham apanhado algumas lambadas de vara de marmelo.
O Instituto Histórico e Geográfico, que iniciou há pouco tempo os seus trabalhos, terá com certeza mil fontes de informação sôbre o ensino primário no princípio do século. E se conto estas coisas singelas só o faço como contribuição de um tipo especial, focalizando êsses aspectos dos nossos costumes num arraial de Minas que teve a sorte de dispor de um mestre de assombrosa capacidade, exemplo imorredouro para a posteridade.
Quero ainda dizer uma palavra a respeito dêle, para mostrar como era o homem de muitos instrumentos e habilidades. Sendo um intelectual daqueles tempos, era também esportista, uma personalidade que poderíamos chamar de poliédrica. Terminadas as aulas, êle saía para caçar. E à vista dos alunos abatia a caça em pleno vôo, alcançando com isso a crescente admiração dos meninos e de tôda gente. Sem esquecermos que era um grande pescador, simpático e corajoso, que sabia o segrêdo da vida.
Lembrando e escrevendo estas coisas, vejo passar pela minha memória, como num filme, aquelas figuras que se foram, mas os nomes estranhos estão sempre presentes. Ao meu lado, nestas lembranças, vejo a minha mãe preta Praxedes. E ali perto a siá Anacleta, que fazia bruxas de pano para as meninas. E se eu tivesse tempo e desejasse atormentar os leitores e os confrades do Instituto Histórico e Geográfico, citaria os tipos de rua como o Mané Sapinho e o Labuta, mas isso foge à minha intenção e não tem a universalidade que interessa à história. São apenas casos pitorescos, que se repetem em tôda parte e dão fisionomia às pequenas comunidades do mundo inteiro...
Afinal, presto aqui a minha homenagem a um homem-símbolo, figura exemplar que é o termômetro e a medida do mestre-escola dos velhos tempos. Os tempos mudaram, mas o caráter dos homens continua a ser fator importante na sua memória e na sua obra.
Revendo agora com saudade o vulto do professor Virgílio Caetano de Lacerda, tenho que discordar daqueles que afirmam que recordar é viver. Que nada. Recordar é sofrer. E bem disse conhecida cronista de B. Horizonte, em recente e leve crônica: "esqueçamos o passado, não pensemos no futuro: vivamos o presente"...
O mestre era invariàvelmente um cavalheiro, mas não brincava em serviço e a turma tinha um ôlho nele e outro na palmatória. Como se uma espécie de terror ancestral pairasse sôbre a cabeça de todos, talvez de ouvir contar em casa os estragos feitos pelo maldito instrumento em tempos passados mas recentes.
A divisão das turmas se fazia por classes, da quarta à primeira, e no fim de cada ano os alunos aprovados recebiam cadernos com todos os trabalhos executados durante o período das aulas, com as notas e ilustrações coloridas feitas pelo professor. A primeira classe era a mais adiantada. E o mestre, ao distribuir os cadernos com os alunos no fim do ano, se mostrava sempre cativante, gentil. Mas nenhum de nós esquecia os momentos, durante as aulas, em que se havia irritado e muitas vêzes pusera de castigo, de modo muito engraçado, certos alunos que já tinham apanhado algumas lambadas de vara de marmelo.
O Instituto Histórico e Geográfico, que iniciou há pouco tempo os seus trabalhos, terá com certeza mil fontes de informação sôbre o ensino primário no princípio do século. E se conto estas coisas singelas só o faço como contribuição de um tipo especial, focalizando êsses aspectos dos nossos costumes num arraial de Minas que teve a sorte de dispor de um mestre de assombrosa capacidade, exemplo imorredouro para a posteridade.
Quero ainda dizer uma palavra a respeito dêle, para mostrar como era o homem de muitos instrumentos e habilidades. Sendo um intelectual daqueles tempos, era também esportista, uma personalidade que poderíamos chamar de poliédrica. Terminadas as aulas, êle saía para caçar. E à vista dos alunos abatia a caça em pleno vôo, alcançando com isso a crescente admiração dos meninos e de tôda gente. Sem esquecermos que era um grande pescador, simpático e corajoso, que sabia o segrêdo da vida.
Lembrando e escrevendo estas coisas, vejo passar pela minha memória, como num filme, aquelas figuras que se foram, mas os nomes estranhos estão sempre presentes. Ao meu lado, nestas lembranças, vejo a minha mãe preta Praxedes. E ali perto a siá Anacleta, que fazia bruxas de pano para as meninas. E se eu tivesse tempo e desejasse atormentar os leitores e os confrades do Instituto Histórico e Geográfico, citaria os tipos de rua como o Mané Sapinho e o Labuta, mas isso foge à minha intenção e não tem a universalidade que interessa à história. São apenas casos pitorescos, que se repetem em tôda parte e dão fisionomia às pequenas comunidades do mundo inteiro...
Afinal, presto aqui a minha homenagem a um homem-símbolo, figura exemplar que é o termômetro e a medida do mestre-escola dos velhos tempos. Os tempos mudaram, mas o caráter dos homens continua a ser fator importante na sua memória e na sua obra.
Revendo agora com saudade o vulto do professor Virgílio Caetano de Lacerda, tenho que discordar daqueles que afirmam que recordar é viver. Que nada. Recordar é sofrer. E bem disse conhecida cronista de B. Horizonte, em recente e leve crônica: "esqueçamos o passado, não pensemos no futuro: vivamos o presente"...
Fonte: jornal "Ponte da Cadeia", 21/6/1970.
Crédito: historiador
Fábio Nelson Guimarães (matéria selecionada pelo historiador e
colada na página 9 do seu caderno verde)
II. TEXTO: Jornalista Adenor Simões Coelho
No dia 12 do corrente mês, às 11 horas, em sua residência, à Avenida Hermilo Alves, em São João del-Rei, faleceu o jornalista Adenor Simões Coelho, um dos diretores do jornal local "Ponte da Cadeia". Foram totalmente inúteis todos os recursos da medicina para a debelação do mal súbito, verdadeiramente fulminante, que o vitimou. Seus derradeiros instantes foram assistidos por todos os filhos e excelentíssima senhora, além de numerosos amigos.
O passamento do ilustre mineiro despertou intenso pesar na tradicional cidade e nas cidades vizinhas.
Dotado de brilhante inteligência, arguto, pesquisador, imaginação viva, sempre em dia com os acontecimentos do mundo, fôra, aos poucos, nos vagares de sua intensa vida de lutador, acumulando amplos conhecimentos, em constante e paciente autodidatismo. Seus pendores para as letras, muito particularmente para a poesia, que praticava às escondidas, atestavam-lhe o fino engenho, associado a uma encantadora modéstia.
Varão impecável em severa conduta moral, cidadão probo, apegado a princípios dos quais não se afastara, nunca, mesmo através de sacrifícios e sofrimentos por vezes amargos, foi a expressão da gentileza, da cortesia e da afabilidade, dons inconfundíveis de sua formação espiritual e de seu caráter. A certos aspectos, pela amenidade do coração, elevação de sentimentos e correção de maneiras, deixava em todos quantos tiveram a felicidade de o conhecer, o exemplo de cavalheiro antigo, tanto vale dizer do homem finamente cordial.
Admirável no extinto foi o amor ao trabalho. Para seu espírito, era uma lei, e lei sagrada. Desde moço ao lado de seu venerando pai, dera tudo de si em prol da família. Simples, lhano, afável, acolhedor reunia às qualidades de cidadão as linhas fidalgas de verdadeiro "gentleman", além dos dons de chefe-de-família, na condição de patriarca. E nisso foi perfeito.
Filho do sr. José Simões Coelho, lusitano da melhor cepa, emigrado para o Brasil no último quartel do século passado, e de dona Antônia de Araújo Simões, ambos já falecidos, nasceu em Queluz, hoje Conselheiro Lafayette, a 4 de julho de 1895. Vindo para São João del-Rei muito jovem, passou a trabalhar no comércio. Pouco depois, assumiu a direção da agência do Banco de Minas Gerais da antiga cidade, grangeando a estima e a consideração de seus superiores, entre os quais se acha o professor e homem de letras, José Oswaldo de Araújo, de quem se tornara grande amigo.
Aposentado das lides bancárias, não quis limitar-se ao otium cum dignitate. Dedicou-se, entre outras atividades, às lutas da imprensa, das quais, em verdade, nunca se afastara. Além do "Diário do Comércio", sob a orientação do saudoso deputado Mateus Salomé de Oliveira, vinha prestando o concurso de sua inteligência e tino administrativo ao jornal "Ponte da Cadeia", nome que recorda o colonial viaduto sôbre o córrego Lenheiro da tradicional cidade.
Participante de numerosas entidades de classe, foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, a cujas sessões não faltava.
Consorciou-se em Prados com a exma. sra. d. Olga Simões Coelho, que lhe sobrevive. Deixou os seguintes filhos: Dr. Adenor Simões Coelho Filho, advogado, diretor da "Ponte da Cadeia", casado com a sra. dona Waldete Mansur Simões Coelho; Sr. Roberto Simões Coelho, sub-agente do Banco do Brasil em São João del-Rei, casado com a sra. dona Marisa Lúcia Martins de Oliveira Simões Coelho; sra. dona Olga Simões Coelho da Silva, casada com o Dr. Mário Carvalho da Silva, advogado; Sr. Rômulo Simões Coelho, funcionário do INPS, casado com a sra. dona Ruth Barbosa Simões Coelho; Dr. Ronaldo Simões Coelho, médico psiquiatra, casado com a sra. dona Ana Maria Felício Simões Coelho; e o sr. Romeu Simões Coelho, funcionário do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, casado com a sra. Zoé Mansur Simões Coelho. Todos residentes em São João del-Rei.
São seus irmãos os senhores Agenor Simões Coelho, Floramor Simões Coelho do Vale (Dona Sinhá), Jasminor Simões Coelho e Dr. Canor Simões Coelho, advogado e jornalista do Conselho Nacional de Desporto, residentes em São João del-Rei, à exceção do último, que se acha como observador dos Jogos Olímpicos na República do México.
Numerosos netos formam a coroa de sua descendência.
Os funerais do extinto foram concorridíssimos. Autoridades do Estado e do município de São João del-Rei, representações de classes, personalidades ilustres das cidades vizinhas, além de grande massa popular, formaram o cortejo fúnebre. Antes do saimento, foi oficiada missa de corpo presente pelo revmo. padre Hilário Neto de Barros, de Barbacena. Ao baixar o corpo no cemitério da Matriz de São Francisco de Assis, falaram o professor Fábio Guimarães, em nome do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, e o sr. Gabriel Procópio Loures, gerente da Caixa Estadual de São João Nepomuceno.
Fonte: jornal "Minas Gerais", edição de 16/6/1970.
Crédito: historiador
Fábio Nelson Guimarães (matéria selecionada pelo historiador e
colada na página 7-verso do seu caderno verde)
___________________________________
* ADENOR SIMÕES COELHO foi redator responsável pelo jornal "Ponte da Cadeia" até sua morte em 12/6/1970 e foi sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei.
6 comentários:
O Blog de São João del-Rei tem a honra de homenagear, com dois textos, o sócio-fundador do IHG de São João del-Rei e redator responsável do jornal "Ponte da Cadeia", o saudoso Adenor Simões Coelho, natural de Conselheiro Lafaiete, mas são-joanense de coração e por escolha pessoal.
O Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei tinha sido fundado em 1º/03/1970. Adenor era assíduo frequentador daquelas reuniões heróicas dos primeiros tempos, pois então se tratava de dar um norte àquela Casa de Cultura. Quando muito, compareceu às quatro primeiras reuniões, ocasião em que a morte sorrateira estava à sua espreita.
A sua crônica "Meu tipo inesquecível" foi publicada por seu jornal local, nove dias após o seu falecimento (12/06/1970), reverenciando a sua memória.
Nesta página ele se intitula "Adenor Simões Coelho do Instituto Histórico e Geográfico" e se dirige não só a seus leitores mas em especial a seus confrades de sodalício. Provavelmente este tenha sido um de seus últimos trabalhos.
O outro trabalho aqui reproduzido é um elogio fúnebre intitulado "Jornalista Adenor Simões Coelho", uma homenagem que lhe foi prestada por outro órgão da imprensa, o jornal "Minas Gerais", quatro dias após seu falecimento.
Grato pelo envio das matérias. É gratificante reverenciar memórias. Abraço do Fernando Teixeira
Francisco,
Lembrava do meu pai falando do Adenor.... nossas famílias eram bem próximas.... e continuaram.... por exemplo eu tenho muito carinho pelo Adenorzinho e pela Paulinha.... já estive algumas vezes naquela linda casa ao lado do Atletic Club
Atenciosamente
Douglas
Parabéns, Francisco, por relembrar e referendar a tão brilhante pessoa do confrade do IHG de São João Del Rei, Adenor Simões Coelho, cujos principais nomes dos irmãos também terminavam com “nor”: Agenor, Jasminor, Canor. Na sua crônica ele faz referência aos diferentes nomes de pessoas, que existiam no seu local de nascimento, próximo à cidade de Conselheiro Lafaiete. É com muita honra para nós que a figura de Adenor Simões Coelho mereceu estar na galeria dos patronos no nosso IHG, a qual se encontra vaga no presente momento.
Atenciosamente,
José Claudio Henriques – presidente do IHG de São João Del Rei.
Prezado amigo Francisco,
Bom dia!
Mais uma vez, você, nos brinda com lembranças de tipos inesquecíveis de nossa boa terra, ainda que daqui não nascidos.
Parabéns pelo Blog e pelos serviços prestados à memória histórica das pessoas que fizeram a história de São João del-Rei.
Meu fraterno abraço,
Artur Cláudio da costa Moreira
Obrigado, meu grande amigo!
Fiquei muito feliz com sua lembrança.
Vou indicar a leitura pra toda a minha família, principalmente para o tio Ronaldo.
Forte abraço,
Adenor Simões
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