Placa fixada na casa de nº 3 (na ocasião, casa térrea) que pertencia a Francisco Nestor dos Santos, no início da praça que hoje leva o seu nome |
Por Francisco José dos Santos Braga
I. INTRODUÇÃO
FRANCISCO NESTOR DOS SANTOS é o nome oficial de uma praça são-joanense onde se localiza o conhecido "Cruzeiro do Pau d'Angá", conforme o disposto na Lei nº 1898, de 11 de outubro de 1982.Texto da Lei Municipal nº 1898, de 11/10/1982 |
Parece que a Administração Municipal sabiamente optou por conciliar duas decisões: manteve a denominação de Rua Carvalho Resende para as ladeiras que dão à praça e denominou a pequena praça central, entre as duas ladeiras, de Praça Francisco Nestor dos Santos. Tal praça e seu entorno têm importante significado na vida da cidade, não só por sua localização, mas também por ter sido palco de importantes comemorações religiosas, especialmente em honra às cerimônias de Adoração da Cruz.
Hoje se chega a essa praça pela Rua Carvalho Resende ou pela Rua Coronel Tamarindo (que é a sua continuação) ou, ainda, pela Rua Padre Faustino (que é sua travessa ou rua transversal).
Inicialmente, vou tratar dos dados biográficos do homenageado pela Câmara Municipal são-joanense, dando à referida praça aquela denominação.
Em seguida e em homenagem ao personagem que deu o seu nome à praça, apresentarei o que já se escreveu pelos inúmeros historiadores são-joanenses sobre o "Cruzeiro do Pau d'Angá" (que se destaca no centro da praça) e sobre seu entorno.
II. HOMENAGEM A FRANCISCO NESTOR DOS SANTOS (Barroso, 1900-São João del-Rei, 1946)
Foto de Francisco Nestor dos Santos aos 22 anos de idade |
FRANCISCO NESTOR DOS SANTOS, meu avô materno, chamado carinhosamente pelos seus contemporâneos de "Chico da Luz", nasceu em 26 de fevereiro de 1900 em Barroso-MG, distrito do Município de Tiradentes na ocasião ¹, filho de José Pio de Souza e de Tereza Rosa de Jesus. Consta que ele teve um tio paterno em Barroso, de nome Joaquim Pio de Souza, apelidado "Quincas da Chácara", por quem tinha grande afeição, a ponto de tê-lo convidado, mais tarde já casado, para padrinho de batismo de sua filha Valdete e esta, por sua vez, o convidou também para padrinho de casamento. Consta ainda que Francisco Nestor morou em companhia de sua mãe Tereza Rosa na praça da Matriz de São Sebastião no distrito tiradentino de Porto Real, atual Município de Santa Cruz de Minas, apelidada "a menorzinha do Brasil". ²
Ignora-se em qual instituição de ensino fez o seu curso primário e se teve ou não formação secundária. É provável que não, pois desde cedo deve ter sido arrimo de família, sendo certamente responsável pelo sustento de sua mãe.
Francisco Nestor enamorou-se de Brasilina Sebastiana dos Santos, natural de Vitoriano Veloso, distrito de Prados, quando esta era cozinheira do Colégio Nossa Senhora das Dores, educandário de normalistas em São João del-Rei dirigido por irmãs vicentinas. Francisco Nestor e Brasilina casaram-se em 15/05/1920 na Matriz de Santo Antônio de Tiradentes conforme cartório local de Registro Civil das Pessoas Naturais ³, de cujo consórcio nasceram dez filhos ⁴ :
1. Juversina Sebastiana dos Santos, nasc. 19/06/1921, e a 19/03/1941 na Matriz de N. Sra. do Pilar c.c. Moacir Napoleão Della Savia, sem sucessores
2. José Fernando dos Santos ("Zezé"), falecido com 5 anos de idade
3. Osvaldo Fortunato dos Santos, nasc. 24/10/1925, e a 12/06/1962 na Matriz de Santo Antônio de Tiradentes c.c. Maria José Fagundes, deixando duas filhas
4. Celina dos Santos, nasc. 23/01/1928, e a 15/02/1947 na Matriz de N. Sra. do Pilar c.c. Roque da Fonseca Braga, deixando cinco filhos e três filhas
5. Maria Terezinha dos Santos, nasc. 09/05/1930, solteira
6. Valdete dos Santos, nasc. 11/09/1931, e a 24/12/1947 na Matriz N. Sra. do Pilar c.c. primo materno José Moreira de Aquino, deixando três filhas e dois filhos
7. Francisco José dos Santos ("Tito"), falecido com 5 anos de idade
8. Nestor José dos Santos ("Nenzinho"), nasc. 06/09/1938, e em fevereiro de 1965, na igreja de Dom Bosco c.c. Ana Maria Benedito, sem descendência; tendo se divorciado, em São Paulo c.c. Maria José. Quando faleceu, deixou esposa e três filhas.
9. Dinéa Brasilina dos Santos, nasc. 28/07/1940, e a 30/08/1975 na Matriz de Santo Antônio de Tiradentes c.c. José Brás da Fonseca, ambos vivos nesta data e sem descendência
10. Neuza dos Santos, nasc. 27/07/1941, e em 09/08/1969, em Belo Horizonte c.c. José Carlos Piotto de Vasconcellos. Tiveram 10 filhos, dos quais cinco filhas e três filhos estão vivos.
Sua quarta filha, Celina dos Santos Braga, minha saudosa mãe, na crônica Reminiscências do Dr. Tancredo de Almeida Neves em 1944, relata que seu pai trabalhou por longos anos na profissão de eletricista da antiga rede elétrica que pertencia à Prefeitura Municipal de São João del-Rei, foi sócio de um espanhol de nome João Sanchez Robles na abertura do primeiro ferro-velho da cidade (localizado em frente à Rádio Emboabas, onde hoje funciona um estacionamento) e era amigo de Dr. Tancredo de Almeida Neves, em cuja residência prestava inúmeros serviços profissionais. A cronista cuidou da correspondência comercial do negócio de seu pai até a morte dele em 06/02/1946. ⁵
Companhia de eletricidade - Fonte: Álbum da cidade de São João d'El-Rei, em comemoração à data 8 de dezembro de 1913, organizado por Tancredo Braga, publicado em 1913. |
Esclareço que, na ocasião em que meu avô trabalhou como eletricista da Prefeitura Municipal, prestando serviço e dando plantões na antiga casa "Distribuidora" (sediada bem ao lado da estação ferroviária, no centro da cidade), a energia elétrica provinha da usina geradora do Rio Carandaí, cuja nascente se encontra no Município de Ressaquinha, na Serra da Mantiqueira, e ao longo de seu percurso banha os municípios de São João del-Rei, Carandaí, Casa Grande, Lagoa Dourada, Prados, Coronel Xavier Chaves e Tiradentes. Até o advento da CEMIG, havia muitas oscilações de tensão no fornecimento da energia elétrica, às vezes acompanhadas de quedas de energia. Acredito que naquela época a energia elétrica servida a São João del-Rei apresentava as inconveniências da meia fase, situação em que apenas metade da tensão utilizada fluía por determinado fio.
Minha mãe, tentando encontrar algum antepassado para justificar o meu pendor para a música, atribuía esse dom musical a seu pai, que dizia ser excelente acordeonista e famoso dançarino ("pé-de-valsa"), frequentador assíduo de bailes do Clube dos Quarenta (com sede no casarão em frente ao Solar da Baronesa na Praça Dr. Augusto das Chagas Viegas), da Associação Comercial e da Associação dos Sargentos no primeiro meado do século XX.
Sua morte por eletrocussão na tarde de 06/02/1946 num poste na "Prainha" (atual Praça Dr. Antônio Viegas) provocou enorme comoção na cidade são-joanense por ser uma pessoa popular, muito estimada e bem relacionada e, principalmente, por ser são-joanense de coração, embora natural de Barroso, e por ter criado aqui todos os seus filhos, conforme registrou o periódico O Correio, de São João del-Rei, na sua edição de 10 de fevereiro de 1946, com a ressalva de que deixou oito e não cinco filhos, como constou:
Quando faleceu, deixou oito filhos vivos de nomes Juversina e Osvaldo, maiores, e os seguintes menores: Celina, Terezinha, Valdete, Nestor, Dinéa e Neuza, sem ter feito testamento e deixando como herança 10 casas de moradia e um barracão de ferro-velho (localizado nos fundos da casa nº 61 da Rua Carvalho Resende, onde residia, e da casa térrea nº 3 no início da praça que hoje leva o seu nome, paralelamente acompanhando o aclive do Cruzeiro do Pau d'Angá e assentado sobre a mesma pedreira) para a esposa e seus oito filhos, conforme registro no Livro 10-C, fls. 37-v, termo 7.388 do cartório são-joanense de Registro Civil das Pessoas Naturais:
Quando da homenagem prestada pela Câmara Municipal de São João del-Rei a meu avô, sua quinta filha, Maria Terezinha dos Santos, fez o seguinte agradecimento em nome da família:
São João del-Rei, 19 de outubro de 1982
Exmo. Sr. Prof. José Pedro Leite de Carvalho
DD. Presidente da Câmara Municipal de São João del-Rei
A família de Francisco Nestor dos Santos, por meio deste, faz chegar a essa colenda Câmara Municipal os agradecimentos sinceros, especialmente ao digno Vereador Renato Macedo Nogueira, que por sua indicação foi denominada de "Praça Francisco Nestor dos Santos" uma das vias públicas de nossa cidade. Tal gesto ficará gravado no seio da família que será sempre reconhecida.
Cordiais saudações,
Maria Terezinha dos Santos
p/ família
Minha mãe, tentando encontrar algum antepassado para justificar o meu pendor para a música, atribuía esse dom musical a seu pai, que dizia ser excelente acordeonista e famoso dançarino ("pé-de-valsa"), frequentador assíduo de bailes do Clube dos Quarenta (com sede no casarão em frente ao Solar da Baronesa na Praça Dr. Augusto das Chagas Viegas), da Associação Comercial e da Associação dos Sargentos no primeiro meado do século XX.
Sua morte por eletrocussão na tarde de 06/02/1946 num poste na "Prainha" (atual Praça Dr. Antônio Viegas) provocou enorme comoção na cidade são-joanense por ser uma pessoa popular, muito estimada e bem relacionada e, principalmente, por ser são-joanense de coração, embora natural de Barroso, e por ter criado aqui todos os seus filhos, conforme registrou o periódico O Correio, de São João del-Rei, na sua edição de 10 de fevereiro de 1946, com a ressalva de que deixou oito e não cinco filhos, como constou:
Quando faleceu, deixou oito filhos vivos de nomes Juversina e Osvaldo, maiores, e os seguintes menores: Celina, Terezinha, Valdete, Nestor, Dinéa e Neuza, sem ter feito testamento e deixando como herança 10 casas de moradia e um barracão de ferro-velho (localizado nos fundos da casa nº 61 da Rua Carvalho Resende, onde residia, e da casa térrea nº 3 no início da praça que hoje leva o seu nome, paralelamente acompanhando o aclive do Cruzeiro do Pau d'Angá e assentado sobre a mesma pedreira) para a esposa e seus oito filhos, conforme registro no Livro 10-C, fls. 37-v, termo 7.388 do cartório são-joanense de Registro Civil das Pessoas Naturais:
Certidão de óbito de Francisco Nestor dos Santos, em que se lê a causa mortis: "eletrocutado" |
Quando da homenagem prestada pela Câmara Municipal de São João del-Rei a meu avô, sua quinta filha, Maria Terezinha dos Santos, fez o seguinte agradecimento em nome da família:
São João del-Rei, 19 de outubro de 1982
Exmo. Sr. Prof. José Pedro Leite de Carvalho
DD. Presidente da Câmara Municipal de São João del-Rei
A família de Francisco Nestor dos Santos, por meio deste, faz chegar a essa colenda Câmara Municipal os agradecimentos sinceros, especialmente ao digno Vereador Renato Macedo Nogueira, que por sua indicação foi denominada de "Praça Francisco Nestor dos Santos" uma das vias públicas de nossa cidade. Tal gesto ficará gravado no seio da família que será sempre reconhecida.
Cordiais saudações,
Maria Terezinha dos Santos
p/ família
III. CRUZEIRO DO PAU D'ANGÁ E ADJACÊNCIAS EM TEXTOS DE HISTORIADORES SÃO-JOANENSES
3.1 HISTORIADOR SEBASTIÃO DE OLIVEIRA CINTRA
[CINTRA, 1988, 12 e 16] refere-se à atual Rua Carvalho Resende como nome oficial da "antiga Rua do Pau de Ingá", nome tradicional designativo de um antigo caminho para as lavras do Barro Vermelho, também conhecido por "Barro".
"RUA CORONEL TAMARINDO - Relembra o Cel. Pedro Nunes Tamarindo, que morreu em Canudos, no Comando da Tropa. No local, há mais de duzentos anos, existiam as importantes lavras de ouro do Barro Vermelho. Simplificou-se com o tempo o nome para Barro. Nome anterior: Rua do Barro. O citado arrabalde alcançava vasta região, nas imediações das ruas Padre Faustino, Coronel Tamarindo, Capitão Vilarim, Rodrigues de Melo, Modesto de Paiva, Alexina Pinto, Padre Machado e outras. A Rua Capitão Vilarim, supracitada, perpetua a lembrança do Capitão Joaquim Quirino Vilarim, que morreu em combate em Canudos, no sertão da Bahia. Pertencia ao 16º Batalhão de Infantaria, que, antes de seguir para Canudos, esteve estacionado em São João del-Rei. Vilarim deixou um nome respeitável: os moradores da Rua Capitão Vilarim podem se orgulhar de seu patrono.
O sargento-mor José Álvares de Oliveira, 1º historiador de São João del-Rei e partícipe da Guerra dos Emboabas, escreveu, por volta de 1750, a "História do Distrito do Rio das Mortes". Informa na importante obra que no Barro Vermelho existia o Oratório de Nossa Senhora da Conceição. A 17-1-1778 faleceu a preta forra Josefa Nunes de Carvalho, natural da Costa da Mina, que morava no "sítio junto às bicas da lavra do Barro Vermelho". Deixou em testamento donativos para várias igrejas e irmandades. A 23-7-1777 faleceu em sua residência, no Barro Vermelho, o padre Matias da Paz e Castro, que era natural da cidade de Paraíba do Norte, Bispado de Pernambuco. Os bens de fortuna de Josefa e do padre Matias provieram, possivelmente, da exploração de betas auríferas, localizadas no Barro Vermelho. O cientista alemão Barão de Eschwege, que visitou Minas Gerais em princípios do século passado, publicou a valiosa obra "Pluto Brasiliensis", na qual informa que nas lavras de ouro do Barro Vermelho eram utilizados, em 1780, 999 escravos. Esclarece na citada publicação que as lavras de ouro do Barro Vermelho foram descobertas em 1740."
CINTRA, Sebastião de Oliveira: Nomenclatura de ruas de São João del-Rei, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, volume VI, 1988, p. 12.
"RUA CARVALHO RESENDE - O titular Francisco Inácio de Carvalho Resende. Era filho de João Inácio de Carvalho e de Ilídia Mafalda de Resende. Neto paterno do guarda-mor João Correa de Carvalho e de Ana Matilde de Jesus, filha de José de Carvalho Duarte, falecido a 20-4-1814, e de Mariana Antônia de Jesus, quintos avós do autor deste trabalho. Neto materno de Francisco Antônio de Carvalho e de Delfina Henriqueta Júlia de Resende. A mãe de Dr. Carvalho Resende era irmã de José Resende de Carvalho, Barão de Conceição da Barra. Foi Deputado Federal e publicou o livro de poesias "Minhas Recordações de São Paulo". Faleceu a 3-5-1883 aos 45 anos de idade.
Antiga Rua do Pau de Ingá, que o povo pronuncia Pau Dangá. Era o antigo caminho para as lavras do Barro Vermelho. O ingá é fruto da ingazeira, nome comum a várias espécies de plantas leguminosas mimosáceas. Deveria ser um lugar pitoresco, com as inflorescências cobrindo as ingazeiras. A 31-12-1786 o pedreiro Antônio Francisco Salzedo arrematou a obra de reparos nas calçadas do caminho que vai para o Pau de Ingá. Em 1805 a Câmara mandou proceder consertos no paredão do Pau de Ingá. Modesto de Paiva em "Noites de Insônia", livro publicado em 1892, versificou a lenda "A Sombra do Enforcado", da qual daremos trecho:
"Jesus, que casa assombrada!
Coitado de quem for lá...
Junto à subida chamada
- Ladeira do Pau D'Angá".
O "Astro de Minas", 1º jornal de São João del-Rei, cita o Pau de Ingá em sua edição de 27-11-1827.
Ignoro se há correlação entre as assombrações supracitadas e a construção do Cruzeiro do Pau de Ingá, que já foi palco de animadas festas religiosas. A 9-6-1918 o vigário Mons. Gustavo Ernesto Coelho pregou no Cruzeiro do Pau de Ingá, seguindo-se a tocante cerimônia de Adoração da Cruz. A Praça foi iluminada e adornada, atuando num coreto uma das organizações musicais de São João del-Rei."
CINTRA, Sebastião de Oliveira: Nomenclatura de ruas de São João del-Rei, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, volume VI, 1988, p. 16.
3.2. HISTORIADOR ANTÔNIO GAIO SOBRINHO
3.2. HISTORIADOR ANTÔNIO GAIO SOBRINHO
[SOBRINHO, 2008, 18] anotou as seguintes informações a respeito dos seguintes logradouros:
"CRUZEIRO DO BARRO, simples cruz, numa esquina da Rua Pe. Faustino, onde faz parada o cortejo da Encomendação de Almas que vem do Quicumbi. Moradores próximos ainda conservam o belo costume de enfeitá-la para o dia 3 de maio, de acender velas e rezar às segundas-feiras.
CRUZEIRO DO PAU D'ANGÁ, assentado sobre uma pedreira, num adro a que se sobe por uma escada de 12 degraus. É deste antigo cruzeiro que mais superabundam referências nos jornais antigos, como esta de 12 de maio de 1877 do Arauto de Minas: No domingo 8 do corrente os devotos do Cruzeiro do Páo do Ingá festejaram a Santa Cruz com Te-Deum e sermão pelo Padre Joaquim Ignacio Vianna. Da mesma forma, em 3 de maio de 1879, houve ali festa, com adoração da cruz e sermão do Pe. Joaquim Máximo Rocha Pinto. Iguais celebrações ocorreriam também em anos seguidos como: 1898, 1918, 1920 e 1924, quase sempre com a praça iluminada, concurso musical e, nas últimas três vezes, pregação do vigário Mons. Gustavo Ernesto Coelho."
O autor ainda informa que o pitoresco nome de Pau d'Angá é muito antigo, pois já aparece no Astro de Minas, edição de 27 de novembro de 1827. E, finalmente, Sobrinho faz referência ao texto de Ulisses Passarelli, intitulado Festas de Santa Cruz em São João del-Rei: 1877-1924 *, que analisa o declínio da devoção popular à Santa Cruz, resumindo-o da seguinte forma:
"A decadência dos festejos de 3 de maio em honra à Santa Cruz foi uma das consequências do movimento da romanização do cristianismo, que se implantou no Brasil desde fins do século XIX. O processo chegou ao ápice quando, em meados do século XX, aquela festa foi retirada do calendário litúrgico da Igreja romana em favor da festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de setembro. Era a vitória do cristianismo clerical, litúrgico, com suas festas realizadas no interior das igrejas, e o desaparecimento do cristianismo popular e folclórico, com suas celebrações de ruas e junto aos cruzeiros."
O autor conclui com um louvor à persistência da presença da cruz no cenário urbano são-joanense, em seu estudo sobre Cruzes e Cruzeiros de São João del-Rei:
"Mas ainda assim a maioria dos nossos cruzeiros, erguidos na segunda metade do século XIX, na época em que D. Antônio Viçoso foi bispo da vasta diocese de Mariana, continua sacralizando a paisagem urbana da cidade. Por isso, nesta terra assinalada de tantas cruzes, só me resta, para terminar, saudá-las todas com a primeira estrofe do Vexilla Regis:
"Mas ainda assim a maioria dos nossos cruzeiros, erguidos na segunda metade do século XIX, na época em que D. Antônio Viçoso foi bispo da vasta diocese de Mariana, continua sacralizando a paisagem urbana da cidade. Por isso, nesta terra assinalada de tantas cruzes, só me resta, para terminar, saudá-las todas com a primeira estrofe do Vexilla Regis:
Do Rei avança o estandarte,
Fulge o mistério da Cruz,
Que fere a Vida de morte,
Morte que à Vida conduz!"
SOBRINHO, Antônio Gaio: Retalhos de uma Cidade, São João del-Rei: TGB Gráfica, 2008, p. 18.
3.3 HISTORIADOR ULISSES PASSARELLI
* PASSARELLI, Ulisses: Festas de Santa Cruz em São João del-Rei: 1877-1924, in Blog Tradições Populares das Vertentes
Link: https://docs.google.com/file/d/0BxXKiVqD6BMdemw0NDJfMkNIUVk/edit
3.4 HISTORIADOR JOSÉ ANTÔNIO DE ÁVILA SACRAMENTO
3.4 HISTORIADOR JOSÉ ANTÔNIO DE ÁVILA SACRAMENTO
Homenagem do autor aos 300 anos da elevação a Vila de São João del-Rei (1713-2013) |
SACRAMENTO, José Antônio de Ávila: Cruzeiro do Pau d'Angá-São João del-Rei-MG, site Pátria Mineira
Link: http://www.patriamineira.com.br/imprimir_noticia.php?id_noticia=1154
3.5 MUSICÓLOGO ALUÍZIO JOSÉ VIEGAS
[VIEGAS, 1977, 1-14], então funcionário público municipal, costumava prestar informações a folcloristas que vinham pesquisar em São João del-Rei. Em 1968, uma jornalista, Maria de Lourdes Sacramento, jornalista diplomada pela UFJF e residente em Lima Duarte, colheu essas informações e sugeriu para o seguinte título para tais informações: Encomendação de Almas em São João del-Rei. O opúsculo de 14 páginas foi publicado em 1977 pelo Centro de Estudos Sociológicos de Juiz de Fora e fez parte da Coleção "Arquivos de Folclore". Neste estudo, Viegas defende inicialmente a paternidade portuguesa para a cerimônia tradicional são-joanense e encontrada também nas cidades circunvizinhas. Em seguida, informa que, "organizando o excelente arquivo da Orquestra Lira Sanjoanense (orquestra sacra local fundada em 1776), encontrou uma obra manuscrita com o seguinte título: Encomendação das Almas, composta por Manoel Dias - 1809", que considera "a mais antiga música neste gênero, talvez a única em Minas Gerais. Escrita para duas flautas, duas trompas, baixo e quatro vozes mistas, era cantada em sua íntegra até fins do século XIX. (...) No nosso século, foi muito cantada sem o acompanhamento da orquestra, deturpando-se, assim, seu belo sentido musical. A música de Manoel Dias consta de dois movimentos distintos", sendo que o segundo, Andante 2/4, em mi bemol maior, é o famoso Senhor Deus, cuja melodia ficou gravada pelos sanjoanenses (...) É cantada em lugarejos vizinhos, mas com outro texto." Viegas constata que "em São João del-Rei, a Encomendação das Almas sofreu severas modificações. A música própria foi substituída pelos Motetos de Passos, de autoria do sanjoanense Martiniano Ribeiro Bastos (1835-1912). (...) A única parte ainda mantida pela tradição são os locais onde se executam as músicas, cemitérios, encruzilhadas e em frente às Igrejas. (...) As Encomendações são realizadas na Quaresma, por um grupo de músicos de ambas as orquestras sacras de São João del-Rei (Lira Sanjoanense e Ribeiro Bastos) que, com grande acompanhamento de pessoas piedosas, rezam pelas almas, nos cemitérios, encruzilhadas e portas de Igrejas." Conforme o trajeto percorrido pelo séquito e levando em conta o ponto de partida da Encomendação de Almas, Viegas comenta as paradas de cada uma de três modalidades são-joanenses: a que parte do Cemitério da Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês, a que se origina em frente à Matriz de São José Operário e a que se inicia no Cemitério Municipal (Quicumbi) no Bairro das Fábricas. Sobre esta última (modalidade), relaciona as seguintes paradas da procissão:
3.5 MUSICÓLOGO ALUÍZIO JOSÉ VIEGAS
[VIEGAS, 1977, 1-14], então funcionário público municipal, costumava prestar informações a folcloristas que vinham pesquisar em São João del-Rei. Em 1968, uma jornalista, Maria de Lourdes Sacramento, jornalista diplomada pela UFJF e residente em Lima Duarte, colheu essas informações e sugeriu para o seguinte título para tais informações: Encomendação de Almas em São João del-Rei. O opúsculo de 14 páginas foi publicado em 1977 pelo Centro de Estudos Sociológicos de Juiz de Fora e fez parte da Coleção "Arquivos de Folclore". Neste estudo, Viegas defende inicialmente a paternidade portuguesa para a cerimônia tradicional são-joanense e encontrada também nas cidades circunvizinhas. Em seguida, informa que, "organizando o excelente arquivo da Orquestra Lira Sanjoanense (orquestra sacra local fundada em 1776), encontrou uma obra manuscrita com o seguinte título: Encomendação das Almas, composta por Manoel Dias - 1809", que considera "a mais antiga música neste gênero, talvez a única em Minas Gerais. Escrita para duas flautas, duas trompas, baixo e quatro vozes mistas, era cantada em sua íntegra até fins do século XIX. (...) No nosso século, foi muito cantada sem o acompanhamento da orquestra, deturpando-se, assim, seu belo sentido musical. A música de Manoel Dias consta de dois movimentos distintos", sendo que o segundo, Andante 2/4, em mi bemol maior, é o famoso Senhor Deus, cuja melodia ficou gravada pelos sanjoanenses (...) É cantada em lugarejos vizinhos, mas com outro texto." Viegas constata que "em São João del-Rei, a Encomendação das Almas sofreu severas modificações. A música própria foi substituída pelos Motetos de Passos, de autoria do sanjoanense Martiniano Ribeiro Bastos (1835-1912). (...) A única parte ainda mantida pela tradição são os locais onde se executam as músicas, cemitérios, encruzilhadas e em frente às Igrejas. (...) As Encomendações são realizadas na Quaresma, por um grupo de músicos de ambas as orquestras sacras de São João del-Rei (Lira Sanjoanense e Ribeiro Bastos) que, com grande acompanhamento de pessoas piedosas, rezam pelas almas, nos cemitérios, encruzilhadas e portas de Igrejas." Conforme o trajeto percorrido pelo séquito e levando em conta o ponto de partida da Encomendação de Almas, Viegas comenta as paradas de cada uma de três modalidades são-joanenses: a que parte do Cemitério da Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês, a que se origina em frente à Matriz de São José Operário e a que se inicia no Cemitério Municipal (Quicumbi) no Bairro das Fábricas. Sobre esta última (modalidade), relaciona as seguintes paradas da procissão:
1ª parada: Cemitério Municipal (Quicumbi)
2ª parada: Encruzilhada em frente à Matriz de Dom Bosco
3ª parada: Encruzilhada em frente à Fábrica Brasil
4ª parada: Encruzilhada em frente ao Posto Central
5ª parada: Cruzeiro Velho na esquina da Rua Padre Faustino
6ª parada: Cruzeiro do Pau d'Angá na Rua Carvalho Resende
7ª parada: em frente à casa que tem um cruzeiro fixo na parede, na Praça Dr. Paulo Teixeira (antigo Largo da Cruz, cujo nome é devido a este Cruzeiro)
Obs. É dessa terceira Encomendação de Almas que trata o texto acima citado de Sobrinho in 3.2, referindo-se à 5ª e 6ª paradas, nos locais que ele chama de Cruzeiro do Barro e de Cruzeiro do Pau d'Angá.
Cf. VIEGAS, Aluízio José: Encomendações de Almas em São João del-Rei, Juiz de Fora: Centro de Estudos Sociológicos de Juiz de Fora, 1977
3.6 HISTORIADOR FÁBIO NELSON GUIMARÃES
[GUIMARÃES, 1994, 28] assinala apenas que em 1923 foi alterado o nome da rua do Pau de Ingá para Carvalho Resende.
Cf. GUIMARÃES, Fábio Nelson: Ruas de São João del-Rei, Contagem: FUMARC-Fundação Mariana Resende Costa, edição de 1994, 55 p.
3.7 HISTORIADOR ROBERTO MALDOS
[MALDOS, 2007, 363-4] dá as seguintes informações sobre as ruas CARVALHO RESENDE (antiga Rua do Pau do Ingá) e PADRE FAUSTINO:
"Este caminho foi intensamente usado durante o período das explorações auríferas que se concentravam basicamente na região do Barro Vermelho. Também são mencionados diversos pedidos de concessão de terras, para o uso de currais e moinhos, desde os primeiros anos da vila e até mesmo do período do arraial, pois pela sua antiguidade nunca pagaram foro. Mais tarde, com a exaustão das minas, esta área foi transformada em chácaras, sendo a mais famosa a do Padre Faustino, que veio a dar nome à referida rua. Na década de 80, do século XVIII, na paragem do Pau do Ingá, foram concedidas várias terras cujos fundos davam para o córrego da Vila.
Destaca-se nesta área o Cruzeiro do Pau do Ingá, símbolo religioso usado nas cerimônias de Adoração da Cruz.
Pela sua antiguidade, esta área merece ter seus remanescentes preservados."
MALDOS, Roberto: Histórico urbano das ruas de São João del-Rei, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, volume XII, 2007, p. 363-4.
IV. AGRADECIMENTO
Agradeço carinhosamente à minha esposa Rute Pardini suas fotos bem como a sua edição e formatação que tanto ajudam o leitor e sua disponibilidade de me acompanhar aos cartórios nas cidades supracitadas para embasar o presente trabalho.
Agradeço carinhosamente à minha esposa Rute Pardini suas fotos bem como a sua edição e formatação que tanto ajudam o leitor e sua disponibilidade de me acompanhar aos cartórios nas cidades supracitadas para embasar o presente trabalho.
V. NOTAS EXPLICATIVAS
¹ O distrito de Barroso, criado no século XIX, pertenceu sucessivamente, aos municípios de Barbacena, Prados e Tiradentes.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA:
Distrito criado com a denominação de Barroso, pela Provincial nº 1682, de 21-09-1870, e por Lei Estadual Nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao Município de Tiradentes.
Em 1938, com a emancipação de Dores de Campos, Barroso passou a integrar este novo município. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, o Distrito de Barroso deixa de pertencer ao Município de Tiradentes para ser anexado ao Município de Dores de Campos.
Barroso foi elevado à categoria de MUNICÍPIO pela Lei Estadual nº 1039, de 12-12-1953, desmembrado de Dores de Campos. No dia 1° de janeiro de 1954, foi instalado o Município de BARROSO.
No dia 1º de janeiro de 1954 foi instalado o município e a Comissão de Emancipação erigiu um obelisco na praça Gustavo Meireles, como marco da histórica data.
Foram os seguintes componentes da Comissão Emancipadora: Geraldo Napoleão de Souza (presidente), Epifânio Barbosa, Humberto Carbonaro, José da Silva Pinto, Brasilino dos Reis Melo, Silvano Albertoni, José Augusto de Sousa e José Pio de Sousa. Geraldo Napoleão de Souza, foi o primeiro prefeito eleito (1955 — 1959) do município.
Cf. https://www.achetudoeregiao.com.br/mg/barroso/historia.htm
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA:
Distrito criado com a denominação de Barroso, pela Provincial nº 1682, de 21-09-1870, e por Lei Estadual Nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao Município de Tiradentes.
Em 1938, com a emancipação de Dores de Campos, Barroso passou a integrar este novo município. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, o Distrito de Barroso deixa de pertencer ao Município de Tiradentes para ser anexado ao Município de Dores de Campos.
Barroso foi elevado à categoria de MUNICÍPIO pela Lei Estadual nº 1039, de 12-12-1953, desmembrado de Dores de Campos. No dia 1° de janeiro de 1954, foi instalado o Município de BARROSO.
No dia 1º de janeiro de 1954 foi instalado o município e a Comissão de Emancipação erigiu um obelisco na praça Gustavo Meireles, como marco da histórica data.
Foram os seguintes componentes da Comissão Emancipadora: Geraldo Napoleão de Souza (presidente), Epifânio Barbosa, Humberto Carbonaro, José da Silva Pinto, Brasilino dos Reis Melo, Silvano Albertoni, José Augusto de Sousa e José Pio de Sousa. Geraldo Napoleão de Souza, foi o primeiro prefeito eleito (1955 — 1959) do município.
Cf. https://www.achetudoeregiao.com.br/mg/barroso/historia.htm
² A ocupação do atual município data do século XVIII, durante o processo de formação das vilas de São José del-Rei e São João del-Rei. O nome Santa Cruz de Minas é uma referência a um cruzeiro colocado em frente à Matriz de São Sebastião, em 1937. O nome "Porto Real" faz referência ao Porto Real da Passagem, a primeira área de ocupação permanente de que se tem notícia na região, que se localizava nas proximidades da atual ponte sobre o Rio das Mortes que une os municípios de São João del-Rei e Santa Cruz de Minas. Também é citado outro nome primitivo para o atual município de Santa Cruz de Minas: Arraial do Córrego.
Dada a evolução econômica e demográfica, pela Lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, foi criado (e oficializado) o distrito subordinado a Tiradentes, tendo se emancipado pela Lei estadual nº 12.030, de 21 de dezembro de 1995, dando lugar ao Município de Santa Cruz de Minas.
Nesta ocasião o turismo passou a ter significativa participação na economia municipal, sendo os principais atrativos do lugar a Cachoeira Bom Despacho, que está localizada na Serra de São José e contém o "marco zero" da Estrada Real, e principalmente a produção artesanal.
Link: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/minasgerais/santacruzdeminas.pdf
³ Registro feito no Livro 3-B, fls. 054, termo nº 04.
Dada a evolução econômica e demográfica, pela Lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, foi criado (e oficializado) o distrito subordinado a Tiradentes, tendo se emancipado pela Lei estadual nº 12.030, de 21 de dezembro de 1995, dando lugar ao Município de Santa Cruz de Minas.
Nesta ocasião o turismo passou a ter significativa participação na economia municipal, sendo os principais atrativos do lugar a Cachoeira Bom Despacho, que está localizada na Serra de São José e contém o "marco zero" da Estrada Real, e principalmente a produção artesanal.
Link: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/minasgerais/santacruzdeminas.pdf
³ Registro feito no Livro 3-B, fls. 054, termo nº 04.
⁴ As suas filhas figuram com o nome de solteiras.
⁵ BRAGA, Celina dos Santos: Reminiscências do Dr. Tancredo de Almeida Neves em 1944,
Revista da Academia de Letras de São João del-Rei, Ano IV, nº 04, 2010, p. 143-4, crônica reproduzida no Blog de São João del-Rei.
Link: https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2010/12/reminiscencias-de-dr-tancredo-de.html
Link: https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2010/12/reminiscencias-de-dr-tancredo-de.html
17 comentários:
Se meu avô materno FRANCISCO NESTOR DOS SANTOS estivesse vivo, na data de hoje completaria 120 anos, mas infelizmente ele faleceu eletrocutado em 06/02/1946 em atividade laboral como eletricista da Prefeitura Municipal de São João del-Rei, aos 45 anos de idade.A Câmara Municipal houve por bem, em 1982, em sinal de reconhecimento pelos bons serviços e gratidão a seu funcionário exemplar, dar oficialmente o seu nome à praça onde sempre residiu.O presente trabalho apresenta seus dados biográficos e aborda a referida praça e suas adjacências, pois todos são locais históricos dignos de preservação por parte da comunidade são-joanense, além de serem pontos de visitação religiosa, como será visto.
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2020/02/praca-francisco-nestor-dos-santos-e.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei
Boa noite! Parabéns!Marília Ibanez
Homenagem merecida, Braga. Mauricio
ótimo
eric
Caríssimo amigo, Francisco Braga, paz!
Muitíssimo grato por enviar-me esse belo trabalho sobre seu querido avô e a citação preciosa de brilhantes cronistas e historiadores da nossa querida São João.
Como eu gosto de ler seus escritos, seu estilo tão envolvente!
Lourenço
Que morte trágica ! Bela homenagem.
Bom dia, prezado confrade. A história do "Seu Chico da Luz" é um bom exemplo de quantas histórias a população são-joanense tem para contar. Esperemos que o IHG-SJDR possa ajudar a contá-las. Obrigado pelo envio desse belo artigo.
Receba meu fraternal abraço,
Paulo Sousa Lima
"O Homem vive com um fim. Faça o bem, e deixará atrás de ti, um monumento de virtudes que nunca será destruído pelos vendavais do tempo. Escreve o teu nome com bondade, amor, e misericórdia no coração dos que contigo convivem , e nunca será esquecido. As tuas ações brilharam na Terra como as estrelas no céu!
Bela, e merecida homenagem ao nosso avô Chico Nestor, primo Francisquinho.
Cordial abraço para você, e Rute.
Márcia Valéria dos Santos.
Agradeço-lhe a homenagem prestada ao nosso avô, de quem nossa mãe nos contava tantas histórias. Abraços, Luzia Rachel
Caro professor Braga;
Comovente a biografia de seu avô e justa a homenagem a ele, ao seu abnegado trabalho de eletricista e à sua família. Importantíssimos os dados históricos não apenas relacionados com seu avô, mas também com as referências da área mesmo da praça, entre outros elementos relevantes, o que torna a publicação ainda mais interessante.
Embora não o tenha conhecido, deve ser um grande alento saber que possa ter herdado dele o próprio talento musical !
Formidável trabalho!
Grato por compartilhá-lo.
Cupertino
Meu caro amigo Francisco Braga,
Boa tarde!
Agradeço-lhe por mais uma aula de história com que nos brinda em seus artigos.
Parabéns!
Tem a minha admiração; sabe disso.
Meu fraterno abraço em sua esposa Rute.
Paz e bem!
Atenciosamente,
Artur Cláudio da Costa Moreira
Mais uma vez, agradeço-lhe nos trazer essa boa lembrança do nosso avô, com tão belas palavras e tão bem documentado. Assim como os outros textos de outros historiadores. Achei mto interessante saber dessas nossas tradições, infelizmente perdidas, como as festas junto aos Cruzeiros. Agradeço tb à Rute pelas suas contribuições e apoio.
Abs,
Luzia Rachel
Que interessante:
Embora seu nome seja o mesmo dos 2 avôs, vi que seu nome é o mesmo do irmão da Mamãe, o Tito, de quem ela tomava conta e tinha grande afeição, e nos contava mto entristecida, de sua morte ainda pequenino. Como ela deve ter sentido, criança ainda, qdo ele morreu!
Boa Tarde !
primoroso trabalho, parabéns , em anexo encaminho foto do Quinca da Chácara e da fazenda da chácara onde eles teriam nascido.
att Wellington
Speriamo finisca presto questa pandemia... vi verrò a trovare quanto prima per vedere questa meravigliosa croce e rivedere voi... miei cari amici
Querido Franz,
só hoje pude ler esse rico material que me enviou em fevereiro, uma vez que estava, na ocasião, prestes a voltar de Budapeste, arrumando as malas. Chegando aqui, a readaptação e, em seguida, a pandemia.
Meus parabéns pelo texto de homenagem ao Vô Chico e pela pesquisa histórica a seu respeito e sobre a Praça e do Cruzeiro.
Eu desconhecia muitos detalhes como o texto da Tia Terezinha.
Como disse a Luzia, também não sabia que o Tito se chamava Francisco José.
A Mamãe sempre contou muitas histórias a respeito do Vô Chico e também da Vovó e dos irmãos. Parece até que o conheci! Ele, que ela dizia ser muito bonito, tinha adoração pela mãe Tereza Rosa, a quem cumprimentava como a um sacerdote, dizendo: "Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!" Mamãe também falava da sua veneração por N. Sra. das Mercês, que foi legada a ela.
Acrescento, então, às preciosas informações que seu texto já trouxe, mais essas.
Foi muito bom conhecer mais sobre a história das pessoas que deram nome às ruas e sobre o Cruzeiro, local onde costumávamos brincar quando pequenos.
Destaco o texto do meu querido professor de História da Educação, Antônio Gaio Sobrinho, que traz a triste constatação do decaimento das festas cristãs populares de rua, e o texto do musicólogo Aluízio Viegas, com a explicação minuciosa da Encomendação de Almas que passa por ali, tão apreciada pelo nosso saudoso cunhado Gil Amaral Campos.
Obrigada por manter vivas tantas memórias e histórias.
Beijo,
Petete
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