Por Rute Pardini
Meu presente de aniversário para minha querida cunhada Celina Maria Braga Campos.
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| Crédito pela foto: Bruno Braga Campos |
Foi em 2 de junho de 1950
na Rua das Flores nº 259
em São João del-Rei
o nascimento
de Celina Maria.
Faço ideia da alegria
da família quando D. Celina
ganhou uma menina, depois
de dois meninos parrudos:
um, rechonchudo, e o outro, comprido.
Aí veio uma menininha!
O enxoval deve ter sido
o mais neutro possível
por medo de ser mais um menino.
De repente avisa a parteira:
“Roque, Celina ganhou uma menina.”
Começa a euforia na casa.
A primeira a aconchegar a menina
foi D. Zefina, avó paterna precavida.
Ela — sempre presente nos partos —
para abençoar o recém-nascido
e desejar-lhe sorte propícia.
Logo foram chegando: a avó materna Brasilina
e tias, com sapatinhos com laços de fitas,
todos cor de rosa. Teve até brinquinho!
Todo o mundo correndo para trazer presente.
Santo Deus! Que alegria! Tinha mantos bordados
com buquês florais, pagãozinhos com rendas
e tudo mais,
florzinha, vestidinho,
cuero e manto, todos cor de rosa.
Faço ideia de todo o fuá que virou aquela família.
Das parentas só havia mais velhas do que a neném,
Laura e Ana Maria, primas. Ninguém mais tinha uma menina
em toda a família senão tia Anita: havia tias solteiras
ainda em maioria. Eis que aparece a menininha do Roque!
Já se imagina a alegria do pai e da mãe
quando receberam a boa nova:
“Eis que chega uma boneca para sua alegria.”
É uma novidade para toda a família.
A parteira dando aquele banho,
pondo a roupinha de menina,
que agora traja o pagãozinho,
cuerinho e mantinho,
todos cor de rosa,
com pontinhos branquinhos.
com pontinhos branquinhos.
Imagino o orgulho de D. Celina
com o presente que lhe foi dado.
O avô Nhonhô e a avó Zefina não cabiam em si de contentes:
subiam e desciam a horta todos os dias para niná-la
e só a devolviam para a mãe dar de mamar.
Então a notícia começou a correr pela rua:
“O Sr. Roque Braga teve uma princesa,
de mais pura beleza,
de mais pura beleza,
o terceiro bebê daquela família
é uma menina,
uma estrela na rua
na Rua das Flores.
Celina Maria
é uma menina
uma estrela da rua
da Rua das Flores.”
Quão festejada ela foi!
Como deve ter sido paparicada
essa boneca! D. Celina no portão
mostrando seu troféu às vizinhas.
E a vizinhança foi chegando,
dando graças ao bom Deus
e louvando a Virgem Maria.
12 comentários:
O Blog de São João del-Rei hospeda um poema de RUTE PARDINI, intitulado NASCEU UMA ESTRELA NA RUA DAS FLORES, que ela compôs em homenagem à sua cunhada Celina Maria Braga Campos, no dia do seu aniversário, imaginando como teria sido o festejo de seu nascimento há setenta anos.
Link: https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2020/06/nasceu-uma-estrela-na-rua-das-flores.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei
Querida Rute.
Eu agradeço sua delicadeza de narrar tão poeticamente meu nascimento. Acredito que tenha sido bem assim...
Todos os anos, minha Mamãe querida era a primeira a me ligar para me cumprimentar e gostava de me repetir: "Naquela manhã de sexta-feira, às 7:30, nasceu aquela menininha clarinha e mansinha para trazer mais alegria para nós." E de meu querido Pai recebi os mais lindos e carinhosos apelidos, no diminutivo, pela minha infância a fora.
Hoje, recebo de você, minha querida, essa bela homenagem que me faz recordar todo esse passado sempre presente! E meu coração se enche de alegria e gratidão pela vida!
Obrigada, Rute! Bjs.
Muito obrigado
Meu caro amigo Braga
Abraço.
Cuide-se
Diamantino
Parabéns,Rute!
Que Beleza!
Prezado Braga, boa tarde. Obrigado pelo texto e cumprimentos à Rute por ele. Note-se: de boa qualidade literária. Pax et bonum. Fernando Teixeira
Bom diaaaaa, tudo bem com vocês? Aqui tudo bem graças a Deus!
Parabéns pra Celininha, muitas felicidades com saúde, paz e amor! Tenham um ótimo dia, aqui em Sampa muito friooooo!🌹🍀☺️💙
Carinhoso abraço para Celininha (assim foi sempre chamada por nòs da antiga Rua das Flores) e parabéns para a Rute pelo texto (delicado e original presente).
Parabéns, Rute, por tão boa ideia e tão delicada e gentil homenagem à minha querida irmã Celininha!
Deve ter sido mesmo uma alegria geral, em especial da parte do Papai e da Mamãe.
Complemento aqui que o enxovalzinho dela foi mesmo neutro: tudo branquinho!(conforme Mamãe contava)
Um dos apelidos que Papai lhe deu, se não me engano, foi "açucrinha" e é isso que ela é para nós todos até hoje: um doce de pessoa!
Muito lindo seu texto!
Beijos para vc e Franz, Petete
Bom dia Francisco!
Parabéns Rute, achei muito linda a homenagem para a Celininha!
Muito bom! O texto me fez imaginar como teria sido!
Beijos
Muito lindo, Rute Pardini. A Celininha deve estar se desmanchando. E essas fotos então! Parabéns pelo talento!
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