Falou-me ainda de seu marido, Newton Reis, dono da Casa Peri em São João del-Rei, que partira deste mundo em 2015, deixando-a viúva e morando com um filho, Lúcio Flávio. Depois da entrevista sobre A Porfia das Flores, passamos a conversar sobre sua conhecida atividade intelectual: sua veia poética.
Entrevisto D. Nísia Costa sobre A Porfia das Flores em sua residência em Prados. |
Vendo meu interesse no seu trabalho, ela apontou para um quadro belamente ilustrado com seu poema "História de uma Cidade", que eu já conhecia da abertura do Capítulo III intitulado As primeiras minerações: O Ciclo do Ouro, constante do livro Memória Histórica de Prados, importante documentário histórico sobre as origens dessa cidade, sua região, sua gente, seus costumes e sua comunidade religiosa, escrito pelo historiador Dario Cardoso Vale (1922-2017), membro ilustre e meu colega no CBG-Colégio Brasileiro de Genealogia, no Rio de Janeiro.
Memória Histórica de Prados (2ª edição revista, corrigida e aumentada), BH: |
Armazém de Ideias, 2000, 600 p.
Vejamos, portanto, esta evidência da veia poética de Nídia Costa Reis:
História de uma Cidade, poema de Nídia Maria da Costa Reis |
Permita-me o leitor transcrever o poema para maior legibilidade:
HISTÓRIA DE UMA CIDADE
Hoje, aos 88 anos, Nídia possui engavetadas dezenas de poesias e alguns livros escritos e ainda não publicados, mais de uma centena de textos escritos voltados para o público infanto-juvenil que foram e são até hoje usados na rede escolar, além de 3 pequenas peças teatrais.
Sua obra publicada consiste de uma coletânea de 12 livretos de 2001 intitulada "12 Provérbios e suas histórias” e lançada pela editora FAPI, composta por historinhas lúdicas baseadas em conhecidos provérbios de nosso cotidiano. O box alcançou grande sucesso, chegou à segunda edição, e com ele Dona Nídia concorreu ao prêmio Jabuti de literatura. Mais tarde, foi a primeira colocada em um concurso de poesias da seguradora GEBOEX sobre o tema “Qual o segredo para viver 100 anos”.
“As Aventuras de Gui Omar” foi escrito há cerca de 18 anos, em 2003… Em 2004, Dona Nídia tentou lançá-lo, com adaptações a pedido da editora, e por anos aguardou que ele fosse publicado. Enfim, cansada de esperar e consciente de seu papel como escritora, ela “arregaçou as mangas” e resolveu lançar o livro por conta própria. Dona Nídia contou com o apoio de sua irmã Simone que custeou a impressão dos livros e de seu filho Vítor que ilustrou de maneira fantástica a história escrita pela mãe. Dona Nídia, em pessoa, ainda coloriu cada uma das ilustrações.
Nascida em Prados, casada, mãe de três filhos e avó de três netos, professora por 32 anos, Dona Nídia desde muito jovem escreveu poesias, textos e letras musicais, sendo dela a autoria da letra do hino oficial de Prados, e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.
II. AGRADECIMENTO
Agradeço carinhosamente à minha esposa Rute Pardini suas fotos bem como a sua edição e formatação para fins deste post.
7 comentários:
Prezad@,
Tive o prazer de entrevistar e de, na verdade, bater um papo maravilhoso, com uma pessoa fantástica, Dona NÍDIA MARIA DA COSTA REIS, educadora e escritora de Prados-MG. Com seus 88 anos completos, recebeu-me em companhia de minha esposa Rute Pardini em sua casa. Em um papo descontraído, Dona Nídia falou um pouco sobre tudo, desde a opereta A Porfia das Flores (matéria publicada in https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2020/01/a-porfia-das-flores-opereta-de-antonio.html) a livros já publicados e outros ainda inéditos, e sobre sua história de vida. E que história de vida!…
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/04/nidia-maria-da-costa-reis-educadora-e.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei
Oi, Braga:
Parabéns por mais esse texto (entrevista).
E viva Dona Nídia!
E o ouro saiu
e o ouro sumiu
e Prados surgiu
Abraço,
Jorge Antunes
Olá, Rute e Francisco,
Parabéns com esta visita! Uma boa conversa, faz bem para ambos os lados! Haja diálogo entre todos os povos!! Feliz mês de Maio!!! Paz e Bem! f. Joel.
MUITO BEM!!!
Caro professor Braga
Sinceros parabéns não apenas pelo registro dessa educadora, mas pela emoção que consegue transmitir. Já havia lido seu texto sobre o professor e maestro Antônio Américo da Costa e notado numa fotografia a beleza da mãe da D. Nídia (D. Floripes em 02.04.1931). Apenas a amargura de sentir que o desolado poema sobre o nascimento de sua cidade pode ser encaixado perfeitamente, palavra por palavra, nos dramáticos destinos dos ex-rios Doce/Paraopeba e de milhares de vítimas diretas e indiretas da ganância e da estupidez humanas.
Grato
Cupertino
Cumprimentos a Dona Nídia.Quanta solidez estampada na leveza de seus versos.Encantada. Maria Auxiliadora Muffato
Encantada
Caro amigo Braga, Bom dia.
Agradecemos pela gentileza do envio de seus dois últimos e-mails, sobre alembrança do Monsenhor Almir de Rezende Aquino e sobre a Senhora Nídia Maria da Costa Reis.
Ambas as mensagens, muito interessantes.
Abraços, de Mario e Beth.
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