Por Anderson de Araújo Horta
O poeta se apresenta
Filho de Lycurgo de Lanes Horta e D. Joaquina de Araújo Horta. Nasceu na cidade de Tombos, Estado de Minas Gerais, Zona da Mata, em 30 de novembro de 1906.
Muito pequeno ainda, lá frequentou a escola primária de seu avô Horácio Platão de Lanes Horta. Depois o Grupo Escolar, que abandonou a fim de acompanhar a família em mudanças para as cidades de Leopoldina, MG, Conservatória e Santa Isabel do Rio Preto, RJ, lugares em que prosseguiu os estudos. De volta a Tombos, tirou o 4º ano no Grupo Escolar. Iniciou o ginásio, em 1927, no Ginásio M. Leopoldinense, onde fez apenas dois anos, indo terminar a 5ª série no Ginásio M. Carangolense, integrando a sua primeira turma, de que aliás foi o orador, em 1931. Diplomou-se pela Academia de Comércio de Juiz de Fora e, em 1937, pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, do Rio de Janeiro.
Sempre advogou. Antes e depois de formado, lecionou Inglês, Geografia e História em Carangola, Vila Boa de Goiás – no Liceu Oficial – e Rio de Janeiro.
Casou-se em Manhumirim, MG, em 1934, com a Srtª Maria Braga, filha do saudoso tabelião Aristides Soter Braga e D. Esmeraldina Werneck Braga.
De Vila Boa de Goiás, onde então residia, foi, em 1945, chamado pelo Interventor Federal para ocupar o cargo de Primeiro-Promotor Público em Goiânia.
Em 1947, voltou ao Estado natal, onde continuou advogando. Por essa época editou o Anuário do Rio Doce.
Em 1956, mudou-se, com a família, para o Rio de Janeiro, aí ora advogando, ora lecionando.
Em 1964, mudou-se para Brasília.
Tem um romance inédito e grande número de poesias, algumas delas publicadas em jornais e revistas.
Compôs seus primeiros versos ainda como estudante em Carangola. Nessa época, com um grupo de colegas e amigos, editou o jornal literário Átomo. Foi um dos fundadores (numa das vezes em que residiu naquela cidade – em 1941) do Centro Carangolense de Letras.
O escritor Vivaldi Moreira, da Academia Mineira de Letras, agraciou-o, há vários anos, com um estudo sobre sua poesia na revista Pan, do Estado de São Paulo. Foi, há pouco, distinguido pelo poeta e crítico Edison Moreira, também da Academia Mineira de Letras, com a publicação, na coluna que mantém no Estado de Minas, de Belo Horizonte, de seu poema "Rio Subterrâneo". Com o poema, publicou-lhe Edison Moreira um resumo biográfico.
Em 1962, obteve, em parceria com seu filho Anderson Braga Horta, a "Medaglia dell'Amicizia Ítalo-Brasiliana", no concuro internacional de poesia "Grande Coppa Città di Brasilia", instituído em Roma. O poema com que participou foi "Mamãe Coragem".
Atualmente, ocupa-se em escrever suas memórias.
Anderson de Araújo Horta
Brasília, dezembro de 1967
(Reproduzido de HORTA, Anderson de Araújo: Invenção do Espanto, Rio de Janeiro: Edições Galo Branco Ltda., 2004, pp. 15-19)
Complemento da biografia de Anderson de Araújo Horta por seu filho, também poeta, Anderson Braga Horta:
Complemento da biografia de Anderson de Araújo Horta por seu filho, também poeta, Anderson Braga Horta:
1969 – Menção honrosa no 2º Torneio Nacional da Poesia Falada, de Niterói, com "Rio Subterrâneo".
1971 – Participa na Antologia dos Poetas de Brasília, de Joanyr de Oliveira, com "Há um rio subterrâneo", "Feliz o homem" e "Barcos versus Luz".
1972 – Publica, no Correio Braziliense de 3 de março, "Prole", "Gume Cego" e "Verdes Versos".
1973 – Figura, com um soneto ("Acróstico") a Goiânia, nas Memórias de Pedro Ludovico, tendo o nome trocado pelo do filho mais velho.
1975 – Figura no 2º vol. de Poetas do Brasil, de Aparício Fernandes, com a coletânea Poemas Subterrâneos, integrada pelo poema desse título, "Olho...", "Corres corres e entras na cova...", "Que..." ("Gume Cego"), "Feliz o Homem...", "Brotar sedento..." ("Verdes Versos"), "Ao tempo as palavras não ditas...", "Barcos de papel infância...", "O Senhor faz anos hoje, Pai!...", "Choro..." e "Fixos...".
1980 – 6 de abril: falece Maria, às 2h30min. – Publicada entrevista conjunta com Maria Braga Horta em Escritores Brasileiros ao Vivo, vol. 2, de Danilo Gomes.
1982 – 7 de julho: casa-se, em Belo Horizonte, com Maria Márcia Dias Luiz.
1983 – 14 de fevereiro, Brasília: perfilha Márcio Ricardo Luiz. – Suplemento Literário de Minas Gerais nº 869, de 28 de maio: "Metáforas".
1984 – 31 de dezembro: nasce, em Brasília, Anderson de Araújo Horta Júnior.
1985 – Falece em Brasília, no dia 16 de junho, às 21h30min.
1988 – A Revista da Academia Brasiliense de Letras, nº VII, abril, publica os sonetos "Ser Poeta", "Dois Corações", "Deus", "O Teu Sorriso", "Sonho", "Rosas", "Em Busca da Panela de Ouro" e "Aniversário".
1992 – No BsB Letras de 26 de abril, Sonetos Bem-Humorados: "Vinte Anos", "Desafio", "Dois Corações", "Tempestuosa", "Ecos de Beijos" e "Em Busca da Panela de Ouro".
1994 – Figura na antologia Alma Gentil: Novos Sonetos de Amor, de Nilto Maciel, com "Rosas", "O Teu Sorriso" e "Dois Corações". – Verbete no Dicionário de Escritores de Brasília, de Napoleão Valadares, reeditado em 2003.
1997 – Em Poemas do Amor Maior, de Jefferson Magno Costa: "Deus".
1999 – "Rosas", em Para Ler & Marcar Outras Leituras, marcadores de livro de Edson Guedes de Morais.
4 comentários:
Em homenagem ao poeta ANDERSON DE ARAÚJO HORTA, nascido em 30 de novembro de 1906, em Tombos, Zona da Mata mineira, e falecido em Brasília, em 16/06/1985, o Blog de São João del-Rei acolhe-o com muita honra como colaborador, para que seus leitores desfrutem o prazer de ler alguns de seus imortais poemas.
Sua primeira contribuição para o blog é seu poema PARA A CÉLIA, uma poesia curta que se inspira num texto do evangelista Lucas 1, 39-56, conhecido por "Visitação de Maria a Isabel", cuja festa é comemorada no dia 31 de maio.
Caro amigo Braga
Muito interessante: agradeço pela gentileza do envio.
Os poemas dissílabos são de uma métrica difícil de se alcançar, sem prejuízo do sentido e, em especial, da sonoridade do verso, tão importante na poesia. De fato, é coisa para poetas de refinada inspiração.
Parabéns, amigo, por seu constante trabalho de exaltação da memória de personalidades brasileiras, como o caso do Poeta Anderson de Araújo Horta, agora acolhido pelo seu Blog.
Bom final de samana.
Abraços, Mario.
Caríssimo Francisco,
ficamos encantados, eu e Célia, minha esposa (que é a destinatária do poema publicado por você), com a homenagem prestada em seu blog à memória de nosso pai e sogro. Gratos, gratos, gratos.
Agradeça também, por nós, ao Dr. Mário Pellegrini Cupello o simpaticíssimo comentário. E transmita ainda, por favor, nossas homenagens à ilustre pianista Eudóxia de Barros.
Veja o curioso entrelaçamento de nossos nomes: você é Santos Braga, eu sou Braga Horta, Célia é Santos Horta... Não quer dizer necessariamente nada, mas prefiro tomá-lo como um sinal de predestinação à amizade.
Forte abraço nosso para você e Rute.
Parabéns por sua dedicação
Abraço
BB
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