ANDERSON BRAGA HORTA (Carangola, MG, 17 de novembro de 1934) é filho do advogado Anderson de Araújo Horta e da professora Maria Braga Horta, poetas. Cursou o ginásio em Goiânia e Manhumirim, o clássico em Leopoldina e direito no Rio de Janeiro. Fez o primeiro vestibular da UnB, iniciando o curso de Letras Brasileiras, que não concluiu. Chegou a Brasília em 1960, como redator da Câmara dos Deputados. Admitido em 1957 (datilógrafo), aposentou-se como diretor legislativo 40 anos depois. Exerceu o magistério desde o colégio, e o jornalismo no Rio e em Brasília. Casou-se no Rio, em 1962, com a capixaba (de Cachoeiro de Itapemirim) Célia Santos. No ano seguinte nasceram os gêmeos, brasilienses, Marília e Anderson, e em 1999 a neta, Fernanda.
Para ele, o poeta não pode deixar de se assenhorear das técnicas versíficas, mas isso é apenas a base; ao escritor compete extrair do potencial de sua língua toda a cintilação que possa, dignificando-a sempre; escrever, atividade intelectual, não se esgota no âmbito do intelecto; o poeta há de comover-se e comover, mas não se há de entregar à emoção desassistida da inteligência, porque a emoção, por si só, não é ainda poesia; a esse amálgama de pensamento-emoção-sentimento que é o poema não se deve tolher o voltar-se para a sorte do homem no espaço e no tempo, seja do ponto de vista filosófico, seja do social; pois à poesia, arte da palavra, interessa necessariamente tudo o que de humano se possa representar nela.
Obra poética - “Altiplano e outros poemas”, “Marvário”, “Incomunicação”, “Exercícios de Homem”, “Cronoscópio”, “O cordeiro e a nuvem” e “O pássaro no aquário” (entre 1971 e 2000); “Fragmentos da paixão: Poemas reunidos”, “Pulso” e “Quarteto arcaico”, 2000; “Antologia pessoal”, “Thesaurus”, “Brasília”, 2001; “50 poemas escolhidos pelo autor”, “Galo branco”, “Rio”, 2003; “Soneto antigo”, “Brasília”, 2009; “Elegia de Varna”, trad. Rumen Stoyanov, “Sófia”, 2009; “Signo: Antologia metapoética”, “Thesaurus”, 2010; “De uma janela em Minas Gerais - 200 sonetos”, “Guararapes - EGM”, 2011; “De viva voz”, “Thesaurus”, 2012; “TiempodelHombre”, “Lima”, 2015. Conto: “Pulso instantâneo”, “Thesaurus”, 2008. Ensaio “(Thesaurus): A aventura espiritual de Álvares de Azevedo”, 2002; “Sob o signo da poesia”, 2003; “Traduzir poesia”, 2004; “Testemunho & Participação”, 2005; “Criadores de mantras”, 2007; “Proclamações”, 2013; “Do que é feito o poeta”, 2016.
5 comentários:
O Blog de São João del-Rei, em 1º de dezembro de 2017, teve a honra de estampar em suas páginas, o poema "Para a Célia", desta forma homenageando o saudoso poeta Anderson de Araújo Horta (1906-1985). Hoje, o blog tem o prazer de apresentar um novo colaborador, ANDERSON BRAGA HORTA, filho do poeta então homenageado e que escreveu o referido poema para sua nora, Célia, esposa de Anderson.
O novo colaborador é cofundador da Associação Nacional de Escritores, de que foi secretário-geral, do Clube de Poesia de Brasília e de seu sucessor, o Clube de Poesia e Crítica, de que foi presidente, e da Associação Profissional, depois Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. É membro da Academia Brasiliense de Letras, de que foi 1.º-secretário, e da Academia de Letras do Brasil, de que foi 2.º-secretário.
Embora seja conhecidíssimo como poeta e crítico literário, laureado principalmente por sua produção poética, nesta oportunidade vem colaborar com três contos de sua autoria: O Benzedor de Cobras, O Tesouro e Joana.
Obrigado pela gentileza da matéria.
Fez-me lembrar do meu saudoso avô paterno, que "benzia de mordedura de cobras". Se valia eu não sei, mas que ele era procurado e até demais.
Grande abraço,
José Passos de Carvalho
Membro do IHG/SJDR
Grato pelo envio, confrade e amigo. Fernando Teixeira
Meu caro amigo,
que bela surpresa você me faz, publicando contos meus em seu prestigioso blog. Obrigado!
Abraço forte de
Anderson
ANDRESON
SEu desaparecido com você vejo até cometas.
eric ponty
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