ANTÓNIO VALDEMAR nasceu em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, em 18 de março de 1938; é jornalista profissional e investigador. Repórter do quotidiano e analista e crítico de questões culturais e cívicas, a sua investigação e abordagem circunscrevem–se, ao âmbito da língua e literatura portuguesa e da literatura brasileira; da literatura francesa e da literatura espanhola; da valorização e defesa do patrimônio, á historia e problemática da cidade de Lisboa e da região dos Açores. Autor de livros sobre história, literatura, arte e patrimônio. Radicou-se em Lisboa desde 1953, ano em que ingressou no Colégio Moderno e se tornou amigo de Mário Soares, como o antigo Presidente da República reconheceu no prefácio de uma obra do autor intitulada "República em Loures a 4 de Outubro". Regressado aos Açores em 1957, voltou definitivamente à capital, em 1959, para iniciar o seu percurso jornalístico no jornal República.
Jornalismo
Foi repórter do jornal República, onde iniciou a sua atividade em 1959; e redator do Diário de Notícias, a partir de 1960; d’ A Capital (integrou o grupo fundador, em 1967/70); chefe da redação, da Vida Mundial e de O Primeiro de Janeiro, substituindo Jaime Brasil (1968-1980), na chefia da redação deste jornal em Lisboa. Possui, desde 2019, a carteira profissional número 1.
Exerceu funções no Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas. Orientou em diversos locais do País cursos de Comunicação Social e de Cultura Portuguesa (séculos XIX e XX); lecionou jornalismo no Instituto Politécnico de Santarém; e participou no desenvolvimento do programa de incentivo ao livro e à leitura. Manteve colunas semanais no Diário de Notícias e no Diário Popular.
Academias
Pertence à Academia das Ciências, desde 1993 e é sócio efetivo da Classe de Letras, desde 2006 (sétima secção que, ao ser criada, neste ano, incluiu, pela primeira vez, de forma explicita, a comunicação social, a ciência politica, as ciências musicais, a analise geo-estratégica, os estudos bíblicos e a exegese religiosa e, ainda, a defesa e valorização da lusofonia).
Também faz parte da Academia Portuguesa de História, 1998; e integra a Academia Nacional de Belas Artes, desde 1982, correspondente, efetivo a partir de 1985, (vice presidente de 1997 a 2007 e presidente, em dois mandatos de 2007 a 2015). Foi designado representante — de 1987 a 2014, em Portugal e no estrangeiro — da Academia Nacional de Belas-Artes no Conselho Europeu das Academias de Belas-Artes. Foi designado o representante oficial da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Nacional de Belas Artes, nas comemorações nacionais, do centenário da Republica.
Ainda é o titular, desde 2013, da cadeira nº 3 dos sócios correspondentes portugueses da Academia Brasileira de Letras.
Edições, Publicações
Dentre muitas outras, destacam-se as seguintes:
• Lisboa na Poesia e na Prosa, 1966, antologia de autores portugueses, em coautoria com Tomaz Ribas, Edição Bertrand
• O Centenário de Camões de 1880, 1981, inserido in Estudos Sobre Camões, Imprensa Nacional Casa da Moeda
• Garrett, vida e Obra, 1999, Clube do Colecionador
• Nemésio, sem limite de idade, 2001, Clube do colecionador
• Tentativas da Introdução da Tipografia no Brasil, 2007, Edição Imprensa Nacional Casa da Moeda
• O Iluminismo Luso-Brasileiro, 2007, Edição Academia das Ciências de Lisboa e Academia Brasileira de Letras
• República em Loures a 4 de Outubro, 2010, com prefácio de “Mário Soares”, Edição Assembleia Municipal de Loures
• José Leite de Vasconcelos (1858-1941): Peregrino do Saber, 2015, em coautoria com Abel Baptista et al, Imprensa Nacional Casa da Moeda
Condecorações
Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada - 1991 (Presidente Mário Soares – no dia de Portugal); Grande-Oficial da Ordem do Mérito - 2000 (Presidente Jorge Sampaio); Ordem do Cruzeiro do Sul, Oficial, (Presidente Fernando Henrique Cardoso); Medalha de Honra, Sociedade Portuguesa de Autores, 2008 (atribuída, por unanimidade)
Atividade atual
Integrou o grupo de trabalho que elaborou, em 2007, o Campeonato da Língua Portuguesa, promovido pelo jornal Expresso. Escreve presentemente no jornal Público e na Revista do Expresso.
2 comentários:
Prezad@,
O Blog de São João del-Rei tem o prazer de hospedar o ensaio da autoria do conceituado jornalista ANTÓNIO VALDEMAR, que se dispõs a investigar, por ocasião das comemorações dos 450 anos da publicação de "OS LUSÍADAS" (1572-2022), o valor da pensão (tença) mensal recebida por Camões às expensas do Estado português. O valor da tença atribuída a Camões demandou uma análise comparativa feita por economistas em relação aos salários médios atuais, ao poder de compra da tença em comparação com o valor de outras commodities e com outras tenças mensais recebidas por figuras ilustres contemporâneas de Camões; ou seja, a pesquisa requereu do autor um trabalho de fôlego.
Cabe finalmente acrescentar que "a agenda cultural de 2022-2023, no âmbito das referidas comemorações, tem realizado conferências, debates, até exposições e organização de percursos e, ao mesmo tempo, no estrangeiro, tem desenvolvido idênticas atividades culturais".
TEXTO
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2023/02/quantos-euros-recebeu-camoes-por-ter.html 👈
BREVE BIOGRAFIA DO AUTOR
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2023/02/colaborador-antonio-valdemar.html 👈
Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei
Gratidão ao confrade.
Saúde e paz.
Tudo de bom.
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