segunda-feira, 29 de abril de 2024

Yizkor, 1943: uma história de vida no gueto de Varsóvia


Por RACHEL AUERBACH 
Traduzido do inglês por Francisco José dos Santos Braga, além de autor das duas notas explicativas
 
O ensaio abaixo é um dos poucos de Rachel Auerbach que têm sido traduzidos em inglês. Foi escrito por Auerbach quando ela estava no esconderijo após a destruição do gueto de Varsóvia, com o objetivo de informar outros poloneses a respeito do destinos de judeus da Polônia.  David Samuels
Ilustração: Joanna Neborsky and Corey Fogel

Uma vez vi uma inundação nas montanhas. Cabanas de madeira arrancadas de suas fundações foram carregadas acima das águas turbulentas. Ainda se viam lâmpadas acesas nelas; e homens, mulheres e crianças em seus berços foram amarrados às vigas do teto. Outras cabanas estavam vazias por dentro, mas dava para ver um emaranhado de braços balançando do telhado, como galhos ao vento, acenando desesperadamente em direção ao céu, em direção às margens do rio em busca de ajuda. Ao longe viam-se bocas abertas, mas não se ouviam os gritos porque o barulho das águas abafava tudo. 

E foi assim que as massas judaicas fluíram para a sua destruição no momento das deportações. Afundando impotentemente no dilúvio de destruição. 

E se, por um só dia da minha vida, eu esquecer como te vi então, meu povo, desesperado e confuso, entregue à extinção, que todo o conhecimento sobre mim seja esquecido e meu nome seja amaldiçoado como o daqueles traidores que são indignos de compartilhar tua dor. 

Cada instinto é revelado na massa — repulsivo, emaranhado. Todos os sentimentos agitados, febris até o âmago. Açoitado por centenas de chicotes de uma atividade irracional. Centenas de esquemas de resgate enganosos ou ridículos. E no outro polo, uma entrega ao inevitável; uma gravitação em direção à morte em massa que não é menos real do que a gravitação em direção à vida. Às vezes os dois antípodas se sucediam no mesmo ser. 

Quem pode traduzir as etapas da morte de um povo? Apenas o estremecimento de pena por alguém e por outros. E de novo, ilusão: esperando o milagre da sorte. O sorriso insano de esperança nos olhos do paciente incurável. Reflexos horripilantes de cor no rosto amarelado de alguém condenado à morte. 

 
Condenados à morte. Quem poderia... quem desejava compreender tal coisa? E quem poderia esperar tal grau contra as massas? Contra ramos tão baixos, judeus tão simples. As plantas humildes do mundo. Os tipos de pessoas que teriam vivido suas vidas sem debater com os justos — ou mesmo com os injustos — deste mundo. 
 
Como poderiam essas pessoas estar preparadas para morrer numa câmara de gás? Os tipos de gente que têm pavor de cadeira de dentista; que empalideceu ao arrancar um dente. 
 
E quanto a elas... as criancinhas? 
 
Os pequeninos, e os ainda menores, que até há pouco tempo se viam nos braços das mães, sorrindo para um pássaro ou para um raio de sol. Conversando com estranhos no bonde. Que ainda brincavam de “uni-duni-tê” ou gritavam “upa-upa” balançando as mãozinhas no ar. Ou chamavam de “pá-pá”. Ó, mundo irreconhecível para o qual essas crianças e suas mães se foram. “Arre!” 
 
Até os mais fofos: as crianças de dois e três anos que pareciam pintinhos recém-nascidos cambaleando sobre as pernas fracas. E até os levemente maiores que já conseguiam falar. Que perguntavam incessantemente sobre o significado das palavras. Para os quais tudo o que aprenderam foi sempre novinho em folha. Crianças de cinco anos. E crianças de seis anos. E aqueles que eram um pouco mais velhos — com os olhos arregalados de curiosidade sobre o mundo inteiro. E aqueles ainda mais velhos, cujos olhos já estavam velados pelas brumas da sua adolescência iminente. Meninos que, em seus jogos, se preparavam para conquistas que ainda estavam por vir. 
 
Meninas que ainda amamentavam suas bonecas nos cantos. Que usavam fitas no cabelo; meninas, como pardais, saltando nos pátios e fazendo o percurso dos jardins. E aquelas que pareciam botões semiabertos. Gente em cujas bochechas o primeiro vento do verão parece ter corado à primeira carícia. Meninas de onze, doze, treze anos com rostos de anjos. Brincalhonas como gatinhas. Flores sorridentes de maio. E aquelas que quase floresceram: as jovens de quinze e dezesseis anos. As Saras, as Rebecas, as Lias da Bíblia, com seus nomes reformulados em polonês. Seus olhos são azuis, cinza e verdes sob as sobrancelhas, como se vê nos afrescos desenterrados na Babilônia e no Egito. Senhoritas esbeltas dos poços de Hebron. Senhoritas dos Evangelhos. Concubinas estrangeiras de patriarcas judeus; donzelas do deserto com narinas dilatadas, cabelos em cachos, de pele escura, mas empalidecida pela paixão. Filhas espanholas, amigas de poetas hebreus da Idade Média. Flores sonhadoras curvadas sobre piscinas espelhadas. E na frente destas? Loiras delicadas nas quais a paixão hebraica se confunde com a alegria eslava. E as camponesas louras, ainda radiantes, mulheres de quadris largos, simples como pão preto; ou como camisa do corpo do povo. 
 
Foi uma excepcional abundância de beleza daquela geração que cresceu sob a bandeira cinzenta da pobreza do gueto e da fome em massa. Por que não ficamos impressionados com isso como um presságio do mal? Por que não compreendemos que esse florescimento implicava o seu próprio fim? 
 
Foram estas, e outros como elas, que foram para o abismo — as nossas lindas filhas. Estas foram as que foram depenadas e despedaçadas. 
 
E onde estão os jovens judeus? Sinceros e sérios; apaixonados como cavalos de alta raça, mordendo o freio, ansiosos para correr. Os jovens trabalhadores, os ḥalutsim, estudantes judeus ávidos de estudo, de desporto, de política. Aprimoradores do mundo e porta-bandeiras de todas as revoluções. Jovens cuja paixão os preparou para ocupar as celas das prisões de todo o mundo. E muitos foram torturados em campos de concentração, antes mesmo do início do assassinato em massa. E onde estão os outros jovens, mais simples que estes — as raízes terrenas de um povo disperso; a própria essência da sobriedade contrariando a decadência do idealismo no nascedouro? Jovens de espírito efervescente, de cabeça baixa como a de touros contra o decreto proferido contra o nosso povo. 
 
E judeus piedosos em gabardines pretas, parecendo sacerdotes nos seus trajes medievais: judeus que eram rabinos, professores que queriam transformar a nossa vida terrena num longo estudo da Torá e na oração a Deus. Foram eles os primeiros a sentir o desprezo do açougueiro. O discurso constante sobre o martírio acabou não sendo meras palavras vazias. 
 
E ainda outros judeus. De ombros largos, voz profunda, mãos e corações poderosos. Artesãos, trabalhadores. Condutores de carroças, carregadores. Judeus que, com um soco, poderiam derrubar qualquer hooligan que ousasse entrar em suas vizinhanças. 
 
Onde vocês estavam quando suas esposas e filhos, quando seus velhos pais e mães foram levados embora? O que lhes aconteceu para fazê-los fugir como gado atropelado pelo fogo? Não havia ninguém para lhes dar algum propósito na confusão? Vocês foram arrastados pelo dilúvio, junto com aqueles que eram fracos. 
 
E vocês, comerciantes tímidos e astutos, filantropos em seus casacos de pele curtos e bonés. Como foi que vocês não perceberam a fraude assassina? Pais — e mães de família; vocês, em Varsóvia. Comerciantes robustas com rostos orgulhosos irradiando inteligência acima de seus três queixos, paradas em suas lojas atrás de balcões repletos de montanhas de mercadorias. 
 
E vocês, outras mães. Vendedoras ambulantes e feirantes sobrecarregadas. Desgrenhadas e tão preocupadas com seus filhos quanto galinhas irritadas quando batem as asas. 
 
E vocês, outros pais, já desmontados (de seu cavalo), por assim dizer. Vendendo doces em suas mesas bambas na época do gueto. 
 
Que loucura é essa que leva alguém a listar os vários tipos de judeus que foram destruídos? 
 
Avôs e avós com muitos netos. Com mãos como folhas secas; suas cabeças brancas. Que já tremiam no final de seus dias. Eles não estavam destinados simplesmente a declinar cansados em suas sepulturas como almas em busca de repouso; como o sol afundando fatigado nas ondas do oceano. Não. Foi decretado que antes de morrerem, eles veriam a destruição de tudo o que haviam gerado, de tudo o que eles haviam construído. 
 
O decreto contra as crianças e os idosos foi mais completo e mais terrível do que qualquer outro. 
 
Os que calcularam e os que contaram para menos. Aqueles com aptidões desenvolvidas cuidadosamente ao longo de inúmeras gerações. Talentos incomparáveis, ricamente dotados de sabedoria e competência profissional: médicos, professores, músicos, pintores, arquitetos. E artesãos judeus: alfaiates — famosos e procurados. Relojoeiros judeus em quem os gentios confiavam. Marceneiros, impressores e padeiros judeus. O grande proletariado de Varsóvia. Ou devo consolar-me com o fato de, na maior parte dos casos, você ter conseguido morrer de fome e necessidade no gueto, antes da expulsão? 

 
Ah, as ruas de Varsóvia – o solo negro da Varsóvia judaica. 
 
Meu coração chora até pelo ladrãozinho da rua Krochmalna; mesmo para os piores assaltantes empunhando faca na estreita Mila, porque até eles foram mortos por serem judeus. Ungidos e purificados na irmandade da morte. 
 
Ah, onde estão vocês, ladrõezinhos de Varsóvia; vocês, vendedores ambulantes ilegais e vendedores de maçãs podres? E vocês, as pessoas mais prejudiciais — membros de grandes gangues que mantinham seus próprios tribunais; que sustentavam suas próprias sinagogas nos Dias de Temor ¹; que conduziam funerais festivos e davam esmolas como os burgueses mais prósperos?
 
Ah, a gente louca da rua judaica! Adivinhos desordenados em tempos de guerra. 
 
Ah, vendedores de roscas nas noites de inverno. 
 
Ah, crianças assoladas pela pobreza do gueto. Mascates do gueto; contrabandistas do gueto sustentando suas famílias; leais e corajosos até o fim. Ah, os pobres meninos descalços andando pela lama do outono com suas caixas de cigarros: “Cigarros! Cigarros! Fósforos! Fósforos!" A voz do pequeno vendedor de cigarros anunciando suas mercadorias na esquina das ruas Leszno e Karmelicka ainda ressoa em meus ouvidos. 
 
Onde está você, meu garoto? O que eles fizeram com você? Rolos do filme antes da expulsão inacabado e ainda não reproduzido, “The Singing Ghetto”, gira e desenrola em minha memória. Até os mortos cantaram naquele filme. Eles tamborilavam com os pés inchados enquanto imploravam: “Dinheiro, ah, dinheiro. Dinheiro é a melhor coisa que existe”. 
 
Não havia nenhum poder na terra, nenhuma calamidade que pudesse interferir com a sua presença hostil naquela rua judaica. Até que chegou o Dia das Maldições — um dia que foi inteiramente noite. 
 
Hitler finalmente alcançou sua maior ambição na guerra. E finalmente, seu terrível inimigo foi derrotado e caiu: aquele garotinho na esquina das ruas Leszno e Karmelicka; de Smocza e Nowolipie; da Rua Dzika. As armas das vendedoras ambulantes chegaram a todas as praças do mercado. 
 
Que luxo! Elas pararam de rasgar a própria garganta de manhã à noite. Elas pararam de roubar uma da outra pedaços de pão cor de barro e adulterado com barro. 

 
Os primeiros a serem presos foram os mendigos. Todos os desempregados e sem-teto foram retirados das ruas. Eles foram colocados em carroças na primeira manhã da Deportação e conduzidos pela cidade. Eles choravam amargamente e estendiam as mãos ou as torciam em desespero; ou cobriam o rosto. O mais novo deles gritou: “Mãe, mãe”. E, de fato, viam-se mulheres correndo pelos dois lados das carroças, os xales escorregando da cabeça enquanto estendiam as mãos para os filhos, aqueles jovens contrabandistas que haviam sido capturados ao longo dos muros. Em outras carroças, os cativos pareciam condenados à morte que, nas antigas gravuras em cobre, aparecem sendo conduzidos ao cadafalso em mortalhas. 
 
Os protestos cessaram na cidade e houve silêncio. Mais tarde, não se ouviam gritos. Exceto quando as mulheres eram capturadas e carregadas nas carroças e era possível ouvir um silvo de respiração suspensa, como o das aves ao serem carregadas para o matadouro. 
 
Os homens, em sua maioria, ficaram em silêncio. Até as crianças ficaram tão petrificadas que raramente choravam. 

 
Os mendigos foram presos e não se cantou mais no gueto. Só ouvi cantos apenas uma vez depois do início das deportações. Uma melodia monótona das estepes cantada por uma mendiga de treze anos. Durante um período de duas semanas, ela costumava sair de seu esconderijo à noite, quando terminavam as batidas do dia. A cada dia, parecendo mais magra e mais pálida e com uma auréola de aflição cada vez mais brilhante em volta da cabeça, ela tomava seu lugar habitual atrás de uma casa na rua Leszno e começava o gorjeio com o qual ganhava seu pedaço de pão... 
 
Os homens, em sua maioria, ficaram em silêncio. Até as crianças ficaram tão petrificadas que raramente choravam. 

 
Basta, basta... Tenho que parar de escrever. 
 
Não, não, não consigo parar. Lembro-me de outra garota de quatorze anos. A filha órfã do meu irmão em Lemberg, que eu carregava nos braços como se fosse minha própria filha. Lussye! E outra Lussye, mais velha que ela, uma das minhas primas que estudava em Lemberg e que era como uma irmã para mim. E Lonye, a viúva do meu irmão, mãe da primeira Lussye, e Mundek, um filho mais velho dela, que considero meu próprio filho desde que ficou órfão. E outra menina da família, uma pianista de treze anos, minha priminha talentosa, Yossima. 
 
E todos os parentes da minha mãe na aldeia distante de Podolia: tia Bayle; tia Tsirl; tio Yassye; tia Dortsye, o ideal de beleza da minha infância. 
 
Tenho tantos nomes para recordar, como posso omitir algum deles, já que quase todos foram para Bełżec e Treblinka ou foram mortos no local em Łanowce e Ozieran, em Czortków e em Mielnica. Em Krzywićze e alhures. 
 
Absurdo! Não pronunciarei mais nomes. Eles são todos meus, todos parentes. Todos os que foram mortos. Que não existem mais. Os que conheci e amei marcam a minha memória, que agora comparo a um cemitério. Único cemitério onde ainda existem indícios de que já viveram neste mundo. 
 
Sinto — e sei — que eles querem que seja assim. Cada dia me lembro de mais um dos que se foram. 
 
E quando chego ao fim da lista, segmento por segmento somado aos segmentos da minha vida atual na cidade, recomeço desde o início, e sempre com tristeza. Cada um deles me machuca individualmente, da mesma forma que sentimos dor quando partes do corpo são removidas cirurgicamente. Quando os nervos sobrevivendo no sistema nervoso sinalizam a presença de todos os dedos das mãos ou pés amputados. 
 
Não faz muito tempo, vi uma mulher no bonde, com a cabeça jogada para trás, falando sozinha. Achei que ela estava bêbada ou maluca. Acontece que ela era uma mãe que acabara de receber a notícia de que seu filho, que havia sido preso na rua, havia sido baleado. 
 
 “Minha criança”, ela gaguejou, sem prestar atenção às outras pessoas no bonde, “meu filho. Meu lindo, amado filho.” 
 
Eu também gostaria de falar comigo mesma como uma louca ou bêbada, como fez aquela mulher do Livro dos Juízes que derramou seu coração ao Senhor e que Eli expulsou do Templo. 
 
Não posso gemer nem chorar. Não posso chamar atenção para mim mesma na rua. 
 
E preciso gemer; preciso chorar. Não quatro vezes por ano. Sinto necessidade de recitar Yizkor ² quatro vezes ao dia. 

 
Yizkor elohim es nishmas avi mori ve’imi morasi... Lembre-se, ó Senhor, das almas daqueles que partiram deste mundo horrivelmente, sofrendo mortes estranhas antes da hora. E agora, de repente, tenho a impressão de me ver como uma criança em pé num banco atrás da minha mãe, que, juntamente com a minha avó e as minhas tias, está a rezar diante da parede leste da seção feminina da sinagoga em Łanowce. Fico na ponta dos pés olhando através das vidraças para a congregação na sinagoga que meu avô construiu. E justamente então o leitor da Torá, Meyer-Itsik de Hersh, sobe ao pódio e clama com uma voz poderosa de modo a ser ouvido por homens e mulheres em ambos os lados da divisória e pelos órfãos, meninos e meninas da comunidade, que já estamos de pé, esperando por este anúncio: “Recitamos Yizkor”. 
 
YIZKOR, Memorial prayers
 
Chegou o momento solene em que recordamos aqueles que já não estão conosco. Mesmo aqueles que terminaram suas orações chegam neste momento para ficar com todos os outros enquanto esperam pelas palavras: “Recitamos Yizkor”. 
 
E aquele que sobreviveu e vive e que se aproxima deste lugar, que incline a cabeça e, com o coração angustiado, ouça essas palavras e lembre-se de seus nomes como eu me lembrei dos meus — os nomes daqueles que foram destruídos. 
 
No final da oração em que cada um insere os nomes dos membros da sua família, há uma passagem recitada para aqueles que não têm quem se lembre deles e que, em vários momentos, tiveram mortes violentas por serem judeus. E são pessoas como essas que agora são a maioria. 
 
Aryan Side of Warsaw, novembro de 1943.
 
N.B.: Reimpresso de The Literature of Destruction: Jewish Responses to Catastrophe, editado por David G. Roskies com permissão da University of Nebraska Press. Copyright © 1989 da Sociedade de Publicação Judaica. 
 

 
II. NOTAS EXPLICATIVAS por Francisco José dos Santos Braga
 
 
¹  “Dias de Temor” são os 10 dias que seguem o Ano Novo, dedicados ao arrependimento, auto-exame e compromisso com uma mudança de hábitos, durante os quais não se deve dar ou frequentar festas.  
 
² Yizkor” (do hebraico "que Ele se lembre") é o serviço de finados executado no judaísmo quatro vezes ao ano — em Yom Kippur, Pêssach, Shavuót e Sucót (em Shemini Atzeret ) — após a leitura da Torá na sinagoga, como lembrança de familiares mais próximos falecidos. Consiste de rezas pelos mortos e a recitação da oração El Malé Rachamim.


2 comentários:

Marcelo Miranda Guimarães (escritor, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de MG e presidente do Museu da História da Inquisição, sediado em Belo Horizonte) disse...

Sempre bom saber sobre aqueles que lutaram contra a intolerância, nos deixando um legado de paz e de um mundo melhor. Obrigado, amigo Francisco, forte abraço
Marcelo Guimarães

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...

Caro professor Braga

Magnífico e pungente texto, talentosa tradução ! Até quando seremos impotentes testemunhas de genocídios ? Passa o tempo, evolui materialmente o mundo, mas a selvageria continua.
Saudações,
Cupertino