terça-feira, 30 de abril de 2024

Colaboradora: RACHEL AUERBACH

Rachel Auerbach e Hirsch Wasser desenterrando os escondidos arquivos Oyneg Shabbos em setembro de 1946

 

RACHEL AUERBACH (1903-1976) foi sobrevivente do Holocausto, escritora e historiadora. Ela estudou filosofia e psicologia em Lviv na década de 1920 e depois mudou-se para Varsóvia, onde trabalhou como jornalista. Após a invasão nazista da Polônia em 1939, Auerbach foi presa no Gueto de Varsóvia. Ali, ela dirigia uma cozinha comunitária e trabalhava para o arquivo subterrâneo de Emanuel Ringelblum, denominado Oyneg Shabbos ¹. Auerbach conseguiu escapar do gueto em 1943 e sobreviveu à guerra escondida. 

Após a guerra, ela continuou o trabalho de Oyneg Shabbos na Comissão Histórica Judaica Central na Polônia, garantindo que partes do arquivo fossem recuperadas de seus esconderijos. Em 1947, ela publicou um relato abrangente do campo de extermínio de Treblinka, intitulado “Nos Campos de Treblinka”. 

Em 1950, Auerbach emigrou para Israel, onde chefiou o Departamento de Contas de Testemunhas Oculares do Museu Yad Vashem. Ela lutou incansavelmente para garantir um lugar para as experiências de sobrevivência das vítimas na história do Holocausto. 

Em 1960-61, ela também apoiou os preparativos para o julgamento contra Adolf Eichmann e testemunhou em tribunal. 

Fonte: https://www.theholocaustexplained.org/resistance-responses-collaboration/individual-responses/rachel-auerbach/ 👈

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¹ O Arquivo Ringelblum é uma coleção de documentos do Gueto de Varsóvia da Segunda Guerra Mundial, coletados e preservados por um grupo conhecido pelo codinome Oyneg Shabbos (em hebraico israelense moderno, Oneg Shabbat; hebraico: עונג שבת), liderado pelo historiador judeu Emanuel Ringelblum. O grupo, que incluía historiadores, escritores, rabinos e assistentes sociais, dedicou-se a narrar a vida no Gueto durante a ocupação alemã. Trabalharam em equipe, coletando documentos e solicitando depoimentos e relatos de dezenas de voluntários de todas as idades. Os materiais apresentados incluíam ensaios, diários, desenhos, cartazes murais e outros materiais que descreviam a vida no Gueto. A montagem do arquivo começou em setembro de 1939 e terminou em janeiro de 1943; o material foi enterrado no gueto em três esconderijos. Após a guerra, dois dos três esconderijos foram recuperados e hoje o arquivo redescoberto, contendo cerca de 6.000 documentos (cerca de 35.000 páginas), está preservado no Instituto Histórico Judaico, em Varsóvia.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Ringelblum_Archive  👈

2 comentários:

Marcelo Miranda Guimarães (escritor, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de MG e presidente do Museu da História da Inquisição, sediado em Belo Horizonte) disse...

Sempre bom saber sobre aqueles que lutaram contra a intolerância, nos deixando um legado de paz e de um mundo melhor. Obrigado, amigo Francisco, forte abraço
Marcelo Guimarães

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...

Caro professor Braga

Magnífico e pungente texto, talentosa tradução ! Até quando seremos impotentes testemunhas de genocídios ? Passa o tempo, evolui materialmente o mundo, mas a selvageria continua.
Saudações,
Cupertino