Por Francisco GUSTAVO de Castro DOURADO
Fiódor Dostoiévski (✰ Moscou, 11/11/1821 ✞ São Petersburgo, 09/02/1881) - Crédito: Constantin Shapiro |
Eis Fiódor Dostoiévski
A dissecar a alma humana
Do funesto ao solitário
De uma realidade insana
Beleza e humanitismo
Com uma ação des.umana
Os Irmãos Karamazóv
Dostoiévski em ação
Dilemas da humanidade
Com a mente em ebulição
O dinheiro que avassala
Mundos em transformação
Smierdiákov, Raskolnikov
Em estilo arrevesado
De compreensão difícil
O tempo desarticulado
Entre o tosco e o natural
Que soa multifacetado
Tem tensão na narrativa
Com o diálogo cultural
Há interação no romance
Tem a dialógica crucial
O filosófico-religioso
E o psicológico-social
Linguagem cheia de vida
Tem arte, engenhosidade
O movimento do tempo
Com pressa e agilidade
O drama da sobrevivência
Luta, universalidade
Urdidura inteligente
E temática universal
Do Socialismo Utópico
À dominação do capital
O sentimento de culpa
Com os conflitos da moral
A Rússia dos Karamazóv
De subversão, filosofia
O diabo que em pessoa
Na trama mal se anuncia
Justiça que cega, incrimina
Tem bebedeira e orgia
Do evangélico ao satânico
Os ecos da duplicidade
As contradições do ser
A constante dualidade
Vai da pureza à heresia
Conflitos da humanidade
A crítica ao capitalismo
Com desejos de utopia
O socialismo distante
Que o sonho prenuncia
Contradições, paradoxos
Que falam na polifonia
Foi Fiódor Dostoiévski
Romancista-Escritor
Retratou o povo pobre
Com o seu gênio criador
Foi preso e perseguido
Pelo tirano czar-ditador
"O Idiota" e "Os Possessos"
Também de "O Jogador"
"O Duplo", "Crime e Castigo"
E de "Diário de um Escritor"
De Irmãos Karamazov
Dostoievski é grande autor
"Memórias do Subterrâneo"
"Noites Brancas",
"Pobre Gente"
"Humilhados e Ofendidos"
A verve de "O Adolescente"
"Memórias da Casa dos Mortos"
Dostoievski ferve a mente
Mestre russo do romance
Leu Vítor Hugo e Cervantes
Byron, Shakespeare, Homero
Schiller e Balzac triunfantes
Leu teatro, mil romances
Foi de Édipo às Bacantes...
Polifonia romanesca
A dor e prisão sexual
Há dicotomia na trama
A peleja do bem e do mal
Com a dialética presente
O romance fundamental
10 comentários:
"Chamam-me de psicólogo: não é verdade. Sou apenas realista no sentido mais elevado. Ou seja, retrato todas as profundezas da alma humana”. (extraído de um caderno de notas de Dostoiévski de 1880)
Considerado precursor do pensamento de Sigmund Freud, sobre quem o psicanalista comentou: “Os Irmãos Karamázov é o romance mais magistral que alguma vez se escreveu, e nunca seremos capazes de apreciar devidamente o episódio do Grande Inquisidor, que é uma das maiores realizações da literatura mundial.”
A obra de Dostoiévski trata de questões e dilemas éticos, bem como das grandezas e baixezas da pessoa humana, razão por que é tido por seus críticos como atemporal por tratar dos principais sentimentos humanos com a profundidade que o tema requer.
O escritor russo vivia endividado e escrevia a uma velocidade impressionante, ameaçado por prazos e adiantamentos feitos pelas editoras. Chegava mesmo a não ter tempo para rever o texto que ditava à estenógrafa. Por fim, acabou por viciar-se no jogo, dependência bem patente na sua obra O Jogador (1866), obra não-ficcional por tratar-se da autobiografia dele.
A estenógrafa de Dostoiévski, sua segunda e última esposa, Anna Grigórievna Snítkina, conhecida por Anna Dostoievskaia (1846-1918), não só ajudou o escritor a se reerguer de uma terrível fase pessoal e financeira, mas também foi a primeira mulher russa a ter uma editora própria e a estabelecer um padrão de publicação e distribuição de livros que mexeu com o mercado editorial. Apesar de sua bem-sucedida carreira ao lado do marido famoso, Anna acabou relegada pela história. Deixou o livro "Meu marido Dostoiévski", obra autobiográfica e de memórias, em que se pode conhecer os instantes mais íntimos de seu marido, sua relação com a família e amigos, sua personalidade, suas preferências, seus afetos e desafetos, sua perplexidade diante de inimigos, seus vícios, defeitos e virtudes, seus impulsos e suas relações com outros escritores, com a Rússia de então, com a sua obra, com a vida e com a morte.
Link: https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/11/poesia-de-cordel-dostoievski-200-anos.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei
Gratidão, Francisco Braga.
Viva Dostoiévski
Viva a Literatura Brasileira.
Viva a Literatura de Cordel.
Caro professor Braga.
Excelente cordelista, o Sr. Gustavo ! Pena que, propriamente para um russo, o prazer do sentido de sua leitura seria difícil ou improvável.
Cumprimentos.
Cupertino
Parabéns pela matéria, Franz!
Dostoiévski, o eterno, o duplo de Bakhtin, o autor do romance polifônico, o que atingiu como ele próprio o disse, "as profundezas da alma humana".
Lindo cordel que traz o russo Fiódor um pouco mais perto de nós!
#Dostoiévskipresente!
Abraço,
Petete
Em tempo: muito bom saber da importância da autora e editora Anna Grigórievna Snítkina!
Ano para refletirmos sobre a impressionante obra de Dostoiévski, sintetizada nos versos de Gustavo Dourado.
Obrigada pelo envio, caro Francisco Braga.
Abraço grande,
Raquel Naveira
Grato pelo texto, que leio sempre com prazer. Abraço amigo para você e Rute.
Maravilha! Obrigado pelo Cordel e pelo comentário sobre o gigantesco Dostoievski!
Caro Francisco
Gratidão pela remessa da mensagem anexa.
Abraço,
Pe. Sílvio
OPORTUNIDADE DE OFERTA DE CRÉDITO SEM SAIR DE CASA
Precisa de dinheiro rápido sem sair de casa?
Oferta de crédito confiável e séria / Um procedimento rápido CONTATO
Whatsapp: https://wa.link/2f7td1
martinsanderson@outlook.fr
Estaremos sempre disponíveis para você quando você tiver
Preciso de ajuda.
Nosso SUCESSO NO TRABALHO É 100%
Postar um comentário