Por EDSON Carlo BRANDÃO Silva *
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Acadêmico Edson Brandão proferindo palestra sobre a vida e obra de Carlos Gomes, em 20/11/2021, na Sala de Convenções do Hotel Master Plaza, onde se realizava a Assembleia Magna da ABROL-Academia Rotária de Letras-MG Leste, em Barbacena
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No dia 9 de novembro de 1996, há exatos 25 anos, na capital dos Estados Unidos, o tenor espanhol Plácido Domingo fez sua estreia como diretor artístico da Ópera de Washington.
Dias antes de seu debut consagrador, na condução de uma das mais prestigiadas casas musicais do mundo, Domingo havia interpretado trechos de "Carmen", de Georges Bizet, no emblemático Metropolitan, em Nova York. Mas seu coração e sua magnífica voz estavam reservados para um momento ainda maior...
A obra que o grande tenor escolheu para marcar o início da empreitada como diretor artístico de um grandioso centro cultural poderia ser de qualquer um dos mestres europeus do gênero, mas para a surpresa geral a ópera "Il Guarany", do brasileiro Carlos Gomes, com o próprio tenor espanhol no papel do índio Peri e a direção do cineasta alemão Werner Herzog foi a escolhida.
Sinal de que os planos de Plácido eram ambiciosos e um deles era, pela primeira vez no século passado, tirar do silêncio e do esquecimento a partitura original escrita por Gomes em 1870.
Naquela temporada, a "Revista da Ópera de Washington", em texto, Mary Jane Phillips-Matz, diretora do Instituto Americano dos Estudos sobre Verdi, na Universidade de Nova York, chamava o compositor brasileiro de "gênio" e dizia que ele poderia ser considerado um legítimo herdeiro de Giuseppe Verdi, tido por muitos como o maior compositor de óperas de todos os tempos.
Foi emblemático que em 1996, uma instituição cultural norte-americana e um grande intérprete europeu rendessem a um artista sul-americano uma justa homenagem no centenário de sua morte. Gênio, sucessor de Verdi, gravado por lendas como Caruso e Francesco Marconi, Antônio Carlos Gomes, fez e faz o mundo se render ante ao seu talento, mas tal como um triste registro destes tempos, segue relegado ao quase esquecimento, senão ao desconhecimento de boa parcela de seus compatriotas.
Se de Antônio Carlos Gomes o mundo fala e o Brasil se cala, melhor então falar do Nhô Tonico, campineiro, filho do mulato Maneco Músico. O Tonico que saiu em lombo de burro do interior do estado de São Paulo, para tentar a vida na capital, a exemplo da maioria dos outros Tonicos brasileiros.
O Tonico sonhador que, se dependesse de estado, escola e diploma estaria fadado ao fracasso ou ao destino singelo destinado aos despossuídos do poder econômico e do protagonismo social.
Até hoje, quando os Tonicos pagadores de impostos que nada retornam para suas vidas operárias ligam o rádio e ouvem: “em Brasília são dezenove horas”, logo após, escutam os acordes de uma música que todos conhecem, mas quase ninguém sabe o nome... tampouco quem seria o autor.
Muitos Tonicos e Tonicas das antigas já ouviram cantores populares como Agnaldo Timóteo ou Francisco Petrônio cantarem: “Tão longe, de mim distante, / onde irá, onde irá teu pensamento...” mas nem de longe sabem da história de amor do caipira campineiro e a jovem musa Ambrosina a quem a modinha foi dedicada...
Ainda que não saibam nada sobre Tonico, ou o Maestro Carlos Gomes, quantos brasileiros e brasileiras não se encantariam com uma história de vida tão parecida como a da maioria dos mortais: nela cabendo os dramas da luta contra a pobreza, os descaminhos da vida, as linhas tênues que separam o triunfo da tragédia, as esperanças do desalento. A exaltação e o silêncio !
Por isso, esqueçamos Carlos Gomes, afinal, ele hoje pertence ao Scala de Milão, ao Metropolitan, de Nova York, ao Royal Opera House, de Londres, e coloquemos sentido na vida do Tonico de Campinas. Talvez ele, no seu trajeto humano, nos diga mais ao coração do que a triunfante mística de um grande gênio da música...
Afinal, nós latinos temos predominante inclinação para o drama, a aventura, os crimes de sangue, preferimos plebeus a imperadores, louvamos a comoção pelos triunfos rocambolescos e os fracassos retumbantes. Gostamos de Escolas de Samba, de brilhos, lantejoulas e carros alegóricos. De enredos e alegorias, de novelas açucaradas, de apresentadores de auditório, de farsantes e ilusionistas, de amores desfeitos, do sofrimento agônico dos traídos e abandonados. Na verdade, sem saber, nós os brasileiros adoramos ÓPERA, mas pouco ou nada sabemos sobre Tonico, cuja sina é um libreto que a vida real escreveu... Tal qual um “dramma per musica”, a cortina se abre e soa a introdução de uma ópera em quatro atos:
O ano é 1836. É mês de julho e faz frio em Campinas, no interior de São Paulo, nos cafundós do Brasil. No casarão da Rua da Matriz Nova, nasce o menino Antônio Carlos, filho legítimo de Manuel José Gomes com sua segunda mulher Fabiana Maria.
Na família numerosa e ruidosa do menino tem de tudo: relojoeiros, agricultores, marceneiros, encadernadores, farmacêuticos, rabequistas, trombonistas, flautistas e até dois padres. Seus ancestrais, quatrocentões eram espanhóis, e assinavam Gomez. O bisavô, Dom Antônio Gomez, fora bandeirante e casara-se com a filha de um cacique. Provavelmente laçada na selva como é o clichê que explica a maioria das ligações carnais e parentais entre indígenas e colonizadores europeus dos sertões brasileiros.
O pai do menino Tonico, Manuel, em seu registro de batismo, aparece como pardo, filho de Antônia Maria. Não consta o nome do avô paterno... A avó era agregada em um engenho na vila da Parnaíba. Em 1799, Manuel ainda criança, passa a aprender música com o padre José Pedroso de Morais Lara, mestre-de-capela daquela vila e proprietário de vastas extensões de terra. Além das primeiras letras, é com o Padre que Manuel aprende os rudimentos da música, arte que definiria o seu destino e o destino da maioria de seus filhos. Em especial do ainda inocente Toniquinho, que terá oito irmãos, sendo apenas um da mesma mãe.
Quando se mudou para Campinas, em 1815, o tal Manuel virou “Maneco Músico”, apelido vindo do principal ofício. Se a música lhe não rendia tanto dinheiro, dava ao mulato talentoso algum destaque social, tanto que documentos da Câmara Municipal de Campinas registram seu nome entre outras 92 pessoas “gradas” signatárias de uma carta em apoio a Dom Pedro I e à Independência do Brasil.
Maneco e Fabiana Maria, a segunda esposa, fazem certa fortuna e mais filhos. A família mantém uma casa comercial que no mesmo local abriga uma loja e oficina de instrumentos musicais e um cartório. A rotina da vida, os intensos compromissos do marido nas apresentações musicais e a prole crescente não permitem dizer se o casal era feliz ou não...
Entre arvoredos e matagais do Jurumbeval, em Campinas, no dia 25 de julho de 1844, o corpo de Nhá Biana, cravejado de balas e punhaladas é encontrado mergulhado em sangue e mistério... A jovem mulher fora assassinada sem que ninguém apresentasse qualquer motivo aparente ou um suspeito digno de investigação. Maneco, o marido não estava em casa naquela noite... alegou que jogava cartas entre amigos. Tonico tinha apenas oito anos de idade e já exercia a humilde função de tocar “ferrinhos” (triângulo) na Orquestra e Banda Campineira junto com seu irmão Juca, então com 10 anos, mas já reconhecido como um exímio clarinetista.
Tão pequeninos, os músicos órfãos de mãe, surpreenderam até o Imperador Pedro II em sua primeira visita a Campinas, quando a bandinha do Maneco se apresentou diante da família imperial. Esta não seria a única vez que Pedro II cruzaria a vida do Toniquinho...
O mascate e joalheiro Henrique Levy ao aportar em terras campineiras e se aproximar da família Gomes, por afinidades musicais, logo percebeu que a jóia da família era o Tonico, já a esta altura, cansado de executar apenas música sacra em capelas e ofícios religiosos. Levy fala para o menino das grandes Casas de Ópera do mundo e os concertos que ocorrem na Corte. Chega a tentar levar o garoto para o Rio de Janeiro, mas é impedido pelo pai que não quer que seu elenco de músicos fique desfalcado.
Mas é com o fiel irmão de sangue e artes, Juca Santana Gomes, que Tonico vai para São Paulo onde amadurece musicalmente. No entanto, a Corte é seu maior objetivo e valendo-se da distância, apesar do rígido controle do pai, foge em lombo de burro para Santos onde segue a bordo do vapor Piratininga navegando no sonho de se tornar um mestre da música. Ressoando o ambiente do Romantismo reinante, teria dito solenemente ao empreender a clandestina viagem:
"Só voltarei coroado de glória ou voltarão apenas meus ossos!"
Tonico chega ao Rio de Janeiro com os bolsos vazios e uma carta de recomendação que poderia ser um passaporte para o Paço de São Cristóvão e talvez o bondoso coração de D. Pedro II.
Mas na rua da amargura, Tonico mora de favor na casa de uma família amiga e, enquanto não consegue as mercês do Imperador para ingressar no Conservatório Nacional, tenta reconstruir a amizade com o pai que se sentiu traído, depois da fuga para São Paulo sem falar com a família...
Como todo dramalhão romântico, digno de uma ária cantada entre lágrimas e soluços, Tonico manda uma carta pedindo perdão ao pai que, comovido com a sinceridade do rapaz, não só o perdoa como passa a enviar uma ajuda financeira para o sustento do estudante nos tempos de Conservatório.
Apresentado ao Imperador, por intermédio da Condessa do Barral, Tonico cai nas graças do monarca-mecenas e este o entrega a Francisco Manuel da Silva, diretor do Conservatório de Música da Corte. Ali, Joaquim Giannini, famoso musicista italiano, se encarrega de dar conhecimentos mais sólidos ao talentoso caipira paulista. No final do curso, como um batismo de fogo, uma peça do compositor iniciante é apresentada no Rio de Janeiro.
Na data da estreia sonhada, como em mais um lance dramático, o jovem adoece com febre amarela. Incapaz de comparecer aos ensaios deixa a seu mestre o encargo da regência.
Porém, na noite de sua inglória formatura, febril e tomado de vertigens, Tonico se arrasta do leito até o teatro, toma do professor a batuta e rege sua composição até desfalecer exausto diante de todos, mas triunfante.
Depois dessa noite as cortinas nunca mais se fechariam para ele sem antes uma explosão de aplausos de bravos ecoar por toda parte!
Poderia ter sido numa livraria do Rio de Janeiro, ou em divagações sobre seu país, ainda selvagem aos olhos do mundo exterior, mas foi na Piazza del Duomo, em Milão que Tonico ouviu gritar:
- “Il Guarani! Il Guarani! Storia interessante dei selvaggi del Brasile!”
Um menino pobre como ele fora tempos atrás, vendia na praça um livreto com a tradução italiana da obra de seu compatriota, José de Alencar, sobre o índio Guarani Peri e seu amor impossível por Cecília... Ali nascia o conceito da Ópera “O Guarani”, que seria a assinatura definitiva de Tonico na cena lírica internacional.
A esta altura, depois de ser mandado à Europa às expensas do Império Brasileiro e logo conquistado o meio musical italiano com seu talento, o promissor artista brasileiro já se acostuma a ser o centro das atenções. Como um pop star contemporâneo era reconhecido nas ruas e seu visual era digno do que viria a ser a imagem de artistas como os Beatles e os hippies de Woodstock. Sua vasta cabeleira gerava suspiros femininos e reconhecimento imediato onde quer que fosse.
Na Itália era chamado “cabeça de leão” ou o “selvagem”!
Fazer ecoar sua música no Teatro Alla Scala de Milão exigiu mais do que qualidade musical. Com investimentos próprios e graças mais uma vez à mão aberta do Imperador e à eterna parceria do seu irmão Santana Gomes, a obra ressoou no templo da ópera, a princípio não lhe rendendo dinheiro, mas o prestígio que lhe conduziria às sendas do estrelato.
Com “Salvador Rosa”, drama lírico em quatro atos e libreto de Antônio Ghislanzoni, baseado no romance de Massanielo de Mierecourt, o “selvagem” brasileiro amealha fortuna, supera o fracasso da ópera anterior, Fosca, e prova que veio para ficar na grande música de seu tempo.
Festas, luxo e ostentação fazem Tonico erguer seu castelo de cartas napolitano em Lecco, nos Alpes. Na Itália também encontra o amor da pianista Adelina Conte Peri. Oito anos e cinco filhos depois, sendo dois perdidos em tenra idade, os ventos da vida e dos infortúnios começam a demolir seu castelo... A vida exorbitada em luxos esvazia-lhe os bolsos e o coração... A mansão alpina, a paixão por barcos, a morte de mais um filho, o vício no álcool e no ópio, a dissolução do casamento em tramas de ciúmes e suspeita de traições, culminam na tragédia de Maria Tudor, a sexta ópera, que mesmo baseada na grande obra de Victor Hugo, se torna um fracasso de público e crítica, refreando a ascendente carreira de Tonico na Itália.
Incapaz de manter sua amada “Villa Brasilia”, sem a esposa e filhos, sem mais despertar tanto interesse das plateias italianas, Tonico retorna ao Brasil. Um Brasil diferente, sem a figura de seu amigo Imperador, um país agora republicano, militarizado e positivista.
O vício do tabagismo consome a saúde e na ponta da piteira chamada “Virgínia” queima seus últimos anos de vitalidade. Um câncer na língua o impede até de falar. Ambicionando ser o diretor do Conservatório de Música, do agora Distrito Federal, vê suas esperanças diminuírem com a pouca atenção dispensada pelos novos governantes.
Resta-lhe a oferta de Lauro Sodré, então governador do Pará, que a pretexto de organizar o Conservatório de Belém, garante ao velho Nhô Tonico um emprego digno.
Pela derradeira vez, volta para a Itália, a fim de pôr em ordem suas coisas, despedir-se dos filhos e reunir elementos para uma obra grandiosa que, apesar de seu estado, sempre mais grave, ainda conseguiu realizar. Amigos sugerem uma temporada na estação termal de Salsomaggiore, mas ele segue para Lisboa, Portugal, onde a 8 de abril de 1895, sofre a primeira intervenção cirúrgica na língua, sem resultados. Embarca, no vapor Óbidos, para o Brasil. De passagem pela ilha do Funchal, reencontra seu amigo e antigo incentivador André Rebouças, um dos muitos exilados da monarquia extinta e símbolo de um tempo findo para ambos.
Em Belém, tenta retomar a carreira, mas tomba pela doença agravada. Diante de seu estado, o governo de São Paulo autoriza uma pensão mensal de dois contos de réis enquanto viver.
Por fim, despede-se da vida em 16 de setembro de 1896.
Seus despojos voltam anos depois para a terra natal, Campinas onde é erguido um monumento funerário na Praça Antônio Pompeu. A pedra fundamental do mausoléu foi lançada em 1906, por outro brasileiro de fama internacional, Santos Dumont, dando-nos a dimensão da importância do artista na história brasileira e sua estatura mundial.
Assim, o Nhô Tonico de Campinas, se tornou Antônio Carlos Gomes, cidadão do mundo e um dos artistas latinos mais respeitados no Ocidente.
Mais do que sua verve artística, a coragem e disposição para a vida o fizeram grande, tanto que a Giuseppe Verdi é atribuído o maior e mais franco elogio para o brasileiro que encantou o mundo com sua música:
“Questo giovane comincia dove finisco io!”
* Edson Brandão é historiador, membro da Academia Barbacenense de Letras, cadeira nº 32, Membro fundador da Academia Brasileira Rotária de Letras, MG-Leste, cadeira nº12, membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei.
II. FONTES
https://carlosgomes.campinas.sp.gov.br/historia/vida-de-carlos-gomes
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/09/120-anos-da-morte-de-carlos-gomes-sucesso-e-fracasso-na-opera-da-vida.html
https://www.comciencia.br/maneco-musico-pai-e-mestre-de-carlos-gomes/
https://www.otempo.com.br/diversao/magazine/negro-artista-e-injusticado-1.1396446
10 comentários:
Prezad@,
Tenho o prazer de anunciar que o Blog de São João del-Rei tem novo colaborador, embora já seja velho conhecido dos seus leitores, pois tive a honra de saudá-lo, como orador oficial, quando de sua admissão como Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei e de transformar a sua posse em um artigo de minha lavra intitulado "Artista gráfico Edson Brandão é novo sócio correspondente do IHG de São João del-Rei", publicado no Blog do Braga em 9/5/2017.
Tenho a dizer que sua posse foi uma solenidade memorável e um fato digno de registro da maior importância histórica para a Casa da Cultura são-joanense, pois, além da enorme competência do novel sócio correspondente, acumulada no campo da História e das Artes, ele veio acompanhado de ilustre comitiva vinda de Barbacena chefiada pelo saudoso Presidente da ABL-Academia Barbacenense de Letras, Prof. Mário Celso Rios (1954-2020).
Não estou exagerando se digo que foi um dia de festa nos anais do IHG-SJDR.
Hoje EDSON BRANDÃO nos brinda com rica e valiosa palestra proferida na Sala de Convenções do Hotel Master Plaza, onde se realizava a Assembleia Magna da ABROL-Academia Brasileira Rotária de Letras-MG Leste, em Barbacena, em 20/11/2021. Na ocasião, o orador nos brindou com uma verdadeira aula sobre a vida e obra de Carlos Gomes, razão por que temos o maior interesse de vê-la publicada neste Blog.
TEXTO: Carlos Gomes do mundo, Nhô Tonico do Brasil!
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/11/carlos-gomes-do-mundo-nho-tonico-do.html
Breve biografia de Edson Brandão
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/11/colaborador-edson-carlo-brandao-silva.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei
Nobre Confrade Braga,
Em nome dos nossos, passo para desejar pleno sucesso e alegrias ao novo companheiro no seu dinâmico e rico Blog. Que a estada seja profícua, culta a socialização muito feliz, fortalecendo nossa seara sócio- cultural!
Grande abç
Att.,
Paulo José de Oliveira
Muito prezado
Francisco Braga.
Como sempre, gosto muito de receber seus emails!
Este último, em particular, sobre a posse do Artista Edson Brandão, correspondente do IHG/ São João del-Rei, me fez lembrar da trajetória profissional do meu sogro - de 1937 a até 1957.
Ele foi fundador do IBGE, onde assumiu vários cargos: Assessor do IPGH e Secretário-Geral da Comissão de Geografia do IPGH de 1946 a 1957, qdo um enfarto o fez se despedir cedo, no auge da carreira.
Tinha 42 anos e já era professor em Wisconsin/USA e conhecido internacionalmente. Foi triste.
Aí em São João há uma rua em homenagem a ele que muito honra a família: Rua Professor Jorge Zarur.
Abaixo, ilustro com esta foto dele na página 48 do "Saudades do Brasil" - do Lévi-Strauss com quem conviveu.
Muito obrigada a você e ao também muito querido amigo Cronista Danilo Gomes.
Cordialmente,
Elza Zarur
Caro professor Braga
Estupenda palestra do Sr. Brandão ! E, diante das nossas características latinas, tão bem resumidas por ele, por que afinal Carlos Gomes é atualmente um ilustre desconhecido do povo brasileiro? Fica a questão.
Cumprimentos
Cupertino
Olá, Francisco e Rute. Muito obrigado pelas suas informações sobre Carlos Gomes! Viva la música! Tenham um feliz mês de Dezembro, para encerrar o corrente ano com satisfação! Grande abraço do irmão, f. Joel.
Faço minhas as palavras de nosso Confrade da Academia de Letras de São João del-Rei. Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei)
Disse ele:
"Prezad@,
Tenho o prazer de anunciar que o Blog de São João del-Rei tem novo colaborador, embora já seja velho conhecido dos seus leitores, pois tive a honra de saudá-lo, como orador oficial, quando de sua admissão como Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei e de transformar a sua posse em um artigo de minha lavra intitulado "Artista gráfico Edson Brandão é novo sócio correspondente do IHG de São João del-Rei", publicado no Blog do Braga em 9/5/2017.
Tenho a dizer que sua posse foi uma solenidade memorável e um fato digno de registro da maior importância histórica para a Casa da Cultura são-joanense, pois, além da enorme competência do novel sócio correspondente, acumulada no campo da História e das Artes, ele veio acompanhado de ilustre comitiva vinda de Barbacena chefiada pelo saudoso Presidente da ABL-Academia Barbacenense de Letras, Prof. Mário Celso Rios (1954-2020).
Não estou exagerando se digo que foi um dia de festa nos anais do IHG-SJDR.
Hoje EDSON BRANDÃO nos brinda com rica e valiosa palestra proferida na Sala de Convenções do Hotel Master Plaza, onde se realizava a Assembleia Magna da ABROL-Academia Brasileira Rotária de Letras-MG Leste, em Barbacena, em 20/11/2021. Na ocasião, o orador nos brindou com uma verdadeira aula sobre a vida e obra de Carlos Gomes, razão por que temos o maior interesse de vê-la publicada neste Blog.
TEXTO: Carlos Gomes do mundo, Nhô Tonico do Brasil!
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/11/carlos-gomes-do-mundo-nho-tonico-do.html
Breve biografia de Edson Brandão
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2021/11/colaborador-edson-carlo-brandao-silva.html"
Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei"
Pe. Sílvio Firmo do Nascimento
Membro Efetivo da Academia de Letras de São João del-Rei
Cadeira 35
Patrono: Custódio Batista de Castro
NOITE CULTURAL COM ARTE - Uma academia de letras é sempre o reflexo da cultura de uma sociedade. Sob esta premissa e com inspiração rotária nasceu a ABROL MG LESTE - Academia Brasileira Rotária de Letras - seção MG Leste. Com uma abrangência geográfica significativa, esta iniciativa veio para realizar os sonhos daqueles que, além de se dedicarem ao servir humanitário - lema dos Rotary Clubes - também apreciam valores culturais como a literatura e as artes em geral. Reunindo suas qualidades individuais, os acadêmicos se expressam em textos diversos, nos quais evidenciam suas ricas emoções canalizadas em direção ao belo. À frente, como presidente, o professor e intelectual José Cimino e generosos colaboradores, que, nos bastidores, entregam de “corpo e alma” ao meritório e árduo trabalho de mover a engrenagem, os chamados coadjuvantes, coadjuvantes de luxo.
Na noite do dia 20, no Salão Ouro do Master Plaza Hotel, aconteceu o evento de investidura de novos confrades, tendo como Mestre de Cerimônia o confrade Paulo Araújo. Tomaram posse; Antônio Carlos Jacob (Honorário) e como membros titulares: Duarte César Silveira Caldeira Fernandes e Alcimara Auxiliadora Andrade de Paula. A elegante confreira Áurea Vasconcelos Grossi fez a saudação e o confrade Edson Brandão, com propriedade, falou do ilustre Carlos Gomes, imortalizado com a peça “Il Guarany”.
O requinte ficou por conta do pianista Francisco Braga e a cantora lírica, Rute Pardini Braga, que interpretaram: Lisa, me vostu ben?, canzonetta veneziana, e a modinha "Quem sabe?". E, para surpresa de todos o Grupo LOVIOLEIROS, oriundo do Plataforma Rotunda Espaço cultural Cia Elas Por Elas, tendo a confreira Tânia Werneck como apresentadora. Foi um belo espetáculo, digno de “grandes salas”, performance músico-teatral, da Obra “morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto. Em seguida, na sede do Rotary, a inauguração da Sala da Abrol e um requintado jantar com supervisão de Eny Sad, em mesas distintas e a libertação das máscaras. Noite irretocável!
Colaborou: Áurea Vasconcelos Grossi
Fotos;
Duarte César , José Cimino e Dirceu Rocha Pereira
Grácia, Cimino e Claudia Lello Scaglioni
Fran
Foi reproduzido o texto constante do Blog de São João del-Rei no https://pt-br.facebook.com/Rotary4521
Obrigado pelo texto enviado, digno de seu talento. Saudações também para a Rute.
Caro professor Braga,
Uma verdadeira aula de interpretação da D. Rute. Parabéns pela condução dessa jóia da música brasileira de todos os tempos. Enorme a emoção, mesmo acompanhando por vídeo .
Obrigado.
Cupertino
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