quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

HERMES, o guardião das almas - Conferência 3 por Junito Brandão


Por JUNITO DE SOUZA BRANDÃO *
 
Esta é a terceira ** de 16 Conferências realizadas por Junito de Souza Brandão entre 1985 e 1988 em São Paulo e Rio de Janeiro, publicadas em "Mito e Tragédia Grega", São Paulo: Rima Editorial, 1989, 147 p.
Hermes (Mercúrio), por Artus Quellinus, identificado por seu chapéu, bolsa fechada por um fio, caduceu, sandálias aladas, galo e bode, no Amsterdam Town Hall, hoje Royal Palace / Crédito: https://pt.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(mitologia) 




Mito e Tragédia Grega, São Paulo: Rima Editorial, 1989, 147 p.
 

HERMES é um deus de longa vida. Resistiu com sua alquimia até o início do século XVIII e permaneceu vivo no mito em determinadas seitas religiosas, como na "doutrina da emanação". A iconografia o apresenta com um chapéu de formato especial (pétasos)  que significa "o poder" , sandálias providas de asas e segurando um caduceu com duas serpentes entrelaçadas na parte superior.
Na Grécia, costumava-se erguer nas encruzilhadas uma pequena colunata (ou pilar) encimada com a cabeça do deus. A esses pilares dava-se o nome de hérmata *** (plural de herma); em português, a palavra herma é usada para designar a escultura de um meio busto. A herma simboliza a vigilância de Hermes sobre as encruzilhadas, onde o deus conjura as bruxas e as mágicas. Ele próprio é um deus bruxo e mago. Enxerga à noite e, por isso, é o deus vigilante, protetor dos pastores, viajantes, comerciantes e ladrões. Hermes, o deus dos achados e das descobertas fortuitas, é quem traz a felicidade.
Os gregos deram a esse achado o nome de hérmaion, isto é, "lucro inesperado", uma descoberta feliz. Daí a hipótese etimológica de que o nome Hermês ****  significa "aquele que proporciona algo inesperado a nós". Na Grécia, a cada descobrimento feliz, lançava-se uma pedra em agradecimento a Hermes. À beira das estradas gregas erguiam-se verdadeiras pirâmides de pedras, que simbolizavam a presença de Hermes, pois elas são a encarnação do divino
¹. O cavalo, o gato, o cão e principalmente o galo são animais consagrados a Hermes. Quando se fazia um sacrifício ao deus nas encruzilhadas sacrificava-se um galo branco e para Hécate, senhora dos malefícios, sacrificava-se um galo preto.
Hermes é um deus indo-europeu, assim como Zeus, Poseidon e Plutão. Todos os outros foram tomados de empréstimo, através dos vastos sincretismos que a mitologia grega fez com a cretense e a oriental. Do ponto de vista mítico, Hermes é filho da união de Zeus com a imortal Maia, a "brilhante", a "luzidia". Nasceu em um dia quatro 
número que lhe é consagrado  em uma caverna no monte Cilene ao sul da Arcádia.
Ainda recém-nascido, sua mãe Maia o enfaixa e o coloca em um buraco "lá em cima", no vão de um salgueiro, a árvore sagrada, símbolo da fecundidade e da imortalidade. Isto significa que ele é um deus que domina os três níveis: Hermes está "lá em cima", dominando o nível do alto (olímpico), está no "mundo de baixo" (ctônio), e também no mundo telúrico, pois os salgueiros têm suas raízes fincadas na terra.
Hermes gostava de ficar num Trivium, que em latim significa "uma encruzilhada de três caminhos". Os três caminhos são os três níveis: olímpico, telúrico e tártaro. Por isso, em cada encruzilhada colocava-se uma herma para se conjurar e ter a direção certa. A herma era uma orientação para a vida. Aponta qual dos caminhos, num trívio, devemos tomar, e Hermes vai nos dar três direções: à direita, à esquerda e uma direção de centro. Se conseguirmos juntar (somar) as duas direções para chegar ao centro, tanto melhor 
atingiremos o quaterno. Se não, ficaremos à margem da vida.
No mesmo dia em que veio à luz, Hermes se desvencilha das faixas (ele tem o poder de ligar e desligar) e, enquanto sua mãe dorme, resolve praticar o seu primeiro roubo. Viaja à Tessália para furtar uma parte do rebanho do rei Admeto, guardado por Apolo
², quando este tipo de furto era livre e então assume a mais humilde das profissões: a de guardião de rebanhos.
Na Grécia, era necessário guardar os rebanhos, já que o furto era livre. Ser pastor era uma das funções mais humildes na Grécia clássica e, no mito grego, "furtar rebanho" significa adquirir uma personalidade heróica.
Hermes amarrou galhos folhados nas caudas dos animais roubados para que Apolo não descobrisse o seu paradeiro. Enquanto os animais andavam, as folhas apagavam suas pegadas. Ele leva os animais para a gruta, onde crescia o salgueiro sagrado, e imediatamente sacrifica duas novilhas, dividindo-as em doze porções, oferecendo-as a seu pai Zeus e aos deuses olímpicos. Até então os deuses eram somente onze, mas Hermes, ao cortar os animais em doze pedaços, autoproclamou-se um deles.
Apolo chegou ao seu rebanho auxiliado pelos sátiros 
³ e, no momento em que viu as peles das novilhas sacrificadas, não teve dúvida de que o ladrão era Hermes. Apolo interroga Maia que nega tudo, alegando que uma criança recém-nascida não poderia sair de casa para roubar rebanhos. Maia, no entanto, sabia que seu filho tinha uma virtude muito rara  o poder de atar e desatar  que só os grandes deuses possuíam, como Zeus e Hefesto. Diante da negativa de Maia, Apolo apela para seu pai Zeus, que decide interrogar Hermes, que acaba confessando o roubo prometendo nunca mais faltar com a verdade, sem no entanto não estar obrigado a dizer a verdade por inteiro.
Sendo o "deus da descoberta", Hermes vai fazer ele próprio uma descoberta. Com as tripas das novilhas sacrificadas e a carapaça de uma tartaruga constrói a primeira lira de sete cordas. Apolo ficou encantado com o instrumento e Hermes propõe trocá-la pelo rebanho. Em seguida, cria outro instrumento musical chamado Flauta de Pã 
que aparece também no mito de Eros e Psiquê.
Apolo novamente desejou a flauta e propõs a Hermes trocá-la pelo seu caduceu (um bastão de ouro com duas serpentes enroladas) com que guardava o rebanho do rei. Hermes aceitou o negócio, mas exigiu ainda lições de adivinhação.
O caduceu, além de símbolo fálico, é um símbolo que espanca as trevas. Com ele, Hermes levava as almas para a outra vida. Agora, ele possui dons divinatórios e um caduceu, que lhe permite desvendar as trevas. Segundo a Odisseia de Homero, Hermes passou a ser "o fiel companheiro do homem". Dado o seu dom de poder abrir as trevas e caminhar a qualquer hora do dia e da noite sem errar o caminho, ele foi feito o deus psicopompo, ou seja, o deus que tangia com seu caduceu as almas dos mortos para a outra vida. Portanto, ele vivia em katábasis e anábasis permanentes, e se chamava o "mensageiro dos deuses".
Enquanto deus da metamórfosis, Hermes pode transformar a "matéria inferior", a "paixão da matéria". Em hermetismo, paixão é sofrimento (páthos) e a matéria passa pela paixão. Hermes é o deus que sabe guardar os segredos porque tem o dom da paixão hermenêutica da palavra. Ele sabe descobrir a razão das coisas e expô-las. É o deus da alquimia (khyméia) - origem da palavra "química", que significa "mistura de sucos".
O alquimista que transforma a matéria, transforma-se junto com ela. A transformação é objetiva e subjetiva e, quando é radical, quando a mistura chega a uma depuração, usa-se a palavra khyméia. No hermetismo, a matéria irá passar por uma experiência dramática, análoga às paixões de determinados deuses nos mistérios: sofrimento, morte e ressurreição. Para o alquimista, os minerais padecem, morrem e renascem em uma outra forma, isto é, são transmutados
. A esta transformação, os alquimistas vão dar o nome de VITRIOL: Visita-Interiora-Terrae-Rectificando-Invenies-Occultum-Lapidem.

Desce às entranhas da terra e, purificando-te, encontrarás a pedra secreta (a pedra filosofal).
Da união dos contrários, complexio oppositorum, sairá a energia vital que é a pedra.

Hermes será também o responsável pela doutrina da emanação descrita no volume V do Corpus Hermeticum, coleção que remonta ao século II d.C., relativa a Hermes Trismegisto 
fusão de filosofia, religião, alquimia, magia e, sobretudo, de astrologia. Emanação é uma palavra formada à base do verbo latino emanare, que significa "manar, provir de, originar-se de". O hermetismo partia de um princípio religioso que vai ser depois repetido por Plotino nas Enéadas .
Como doutrina, a emanação sintetiza-se no seguinte: acima de todos os seres eleva-se o UNO, A GRANDE MÔNADA, a UNIDADE ABSOLUTA, SER INCOGNOSCÍVEL. Por isso, o número Um não existia na numerologia grega que começava pelo Dois. O Um não existia porque seria uma degradação do Uno ou do "Grande Um". O Uno era um ser supremo, simplíssimo e satisfeitíssimo na contemplação de si próprio, sem necessidade de mais nada. Do Uno não se pode dizer o que ele é, apenas que é uno e bom.
Diz o Corpus Hermeticum: "não sabemos, na realidade, o que tenha sido o Uno, mas sabemos que ele era "bom". E por ser bom, expandiu-se para fora de si, gerando por degradação e dissemelhança a inteligência, o nous***** ou lógos, ou seja, a "inteligência suprema", que irá cuidar do mundo dos inteligíveis (vide doutrina platônica das ideias).
Assim, o lógos ou o nous, a inteligência universal que está abaixo de monas, vai cuidar do mundo dos inteligíveis. Nous ou Lógos gera a Alma do Mundo, que cuida do que é sensível, já que o Nous cuida do que é inteligível.
As Almas do Mundo vão gerar as almas individuais, que, para o Hermetismo, são forças plásticas, aquilo que é possível amassar e moldar, que não quebra. Estas forças plásticas ou individuais geram a matéria e se incorporam a ela.
A última degradação de monas 
na doutrina da emanação  se dá na matéria, que se esgota e precisa ser recomposta. Tem de haver uma força de reabsorção (re-união) para que as monas voltem à sua enérgeia primeira, à sua absoluta simplicidade. E Hermes nos ensinou a tática de como reabsorver tudo isto em monas, de como retroceder.
Nesta reabsorção, a psiquê (a alma) passa por três estágios ou caminhadas. O primeiro esforço de recomposição das monas, os gregods chamavam de "esforço da kathársis", da purificação. Temos que nos despir da matéria e do sensível para alcançar o primeiro degrau do recuo.
Para Plotino, nossa vida interior deve perder todo o apego à matéria e ligar-se por ékstasis ao divino. Ele empregava a técnica da reflexão, da meditação e da ascese rigorosa. Plotino tem uma frase célebre:
a única vergonha que tenho na vida é de ter nascido, pois estou encaixotado numa matéria podre da qual custo tanto a me desvincular.”
A purificação nos leva de volta à Alma do Mundo, ao primeiro degrau, desde que nos purifiquemos. E a Alma do Mundo gera as almas individuais, as que se encarceram na matéria. Se negarmos a matéria, voltaremos ao primeiro grau (à Alma do Mundo).
O segundo esforço é da dialektikê (do diálogo) que é o do poder de comunicabilidade da psiquê despida da matéria. Pela dialética, a alma se eleva à contemplação das ideias e se "re-une" à inteligência. Através da postura hermética de diálogo achamos o caminho e voltamos ao nous, que gerou a Alma do Mundo.
O último esforço é o "esforço supremo" do ékstasis. Nele, a psiquê se despoja do sentimento da própria personalidade para se abismar inconscientemente na Unidade Suprema. Toda a finalidade da doutrina é a "re-união" extática, o retorno místico da alma à Grande Mônada: nisto consiste precisamente a felicidade suprema do homem.
Então, através desse esforço do meu ékstasis, passo por três estágios: nego a matéria, entro em "diálogo" e em "êxtase". Aí estou pronto para me despedir da minha individualidade e voltar ao grande todo de onde saí.
Hermes dominava também uma planta chamada móly ******, que a etimologia popular aproximou do verbo molyein, "embotar, realçar, enfraquecer, esgotar" 
que aparece em toda a literatura grega. Móly, que nascia em um jardim metafísico, é o antídoto que torna ineficazes os venenos. Trata-se de uma expressão poética e geral para designar um antídoto. Não se pode fazer de Móly uma ideia concreta, pois, na realidade, ela faz parte da botânica e poética de Homero. Móly salvou Ulisses e seus companheiros, estes já transformados em animais semelhantes a porcos, oferecendo-lhe como defesa a planta Móly, cujos efeitos neutralizaram por completo a "beberagem peçonhenta que lhe preparara a feiticeira Circe" (Odisseia X, 281-329). Como Hermes era mágico, com esta planta ele dominava o mundo.
Móly, vai ficar célebre na Idade Média. Ela tem as raízes negras e portanto está mergulhada no mundo das trevas, tendo a florescência branca, está voltada para o mundo da luz. Esta planta domina, como Hermes, todos os níveis. Quem possuí-la tem o segredo que o hermetismo guardava para nós. Ela tem o segredo da athanasía, ou seja, o segredo da imortalidade. Para se ter acesso ao segredo é necessário segurar a planta na mão, ou seja, tem-se que ter as raízes "lá embaixo" e o lógos "lá em cima". Móly é a junção de Apolo e Dioniso, é a síntese e o equilíbrio dos dois, que vai provocar a athanasía, o retorno supremo à nossa individuação.
Hermes Trismegisto resultou de um sincretismo com o Mercúrio latino e com o deus ctônio egípcio Thot. É o deus escrivão e o deus da pesagem das almas ou psicostasia. Na simbologia egípcia, quando o morto fazia as célebres quarenta e duas confissões negativas, fazia-as sobre uma balança. Num prato era colocado o coração do morto, pois sendo este a sede da memória, era impossível mentir. Sobre o outro prato, o morto respondia às perguntas que lhe eram formuladas perante o tribunal de Osíris.
Na época do surgimento de todas as ciências (época helenística), Hermes representava o deus da sabedoria, sobretudo porque teria criado o mundo por meio do lógos, da palavra.
O hermetismo é, portanto, fruto de um sincretismo egípcio, oriental, grego e judaico.
É também o conjunto de crenças, ideias, práticas e ritos transmitidos através da vasta literatura hermética, cujos textos foram redigidos entre os séculos III a.C e II-III d.C.
 
* JUNITO DE SOUZA BRANDÃO (1924-1995) foi um grande classicista brasileiro, especialista em mitologia greco-latina, tendo sido bacharel em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Estado da Guanabara em 1948 e concluído o curso de Arqueologia, Epigrafia e História da Grécia na Universidade de Atenas; mais tarde também fez o curso de Direito; exerceu o magistério por 45 anos em instituições como PUC-Rio, Un. Gama Filho, Un. Santa Úrsula e UERJ. Foi membro da ABRAFIL-Academia Brasileira de Filologia (Cadeira nº 35, por patrono João Ribeiro) e de diversas outras instituições culturais.
 
O Prof. Junito de Souza Brandão na Grécia. Acervo do pesquisador Eduardo Gonçalves do Núcleo de Memória da PUC-Rio. Link: http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br/perfil/saudade/junito-souza-brandao-1924-1995 👈
 
NOTAS EXPLICATIVAS
 
** NOTA DO GERENTE DO BLOG: Para maiores informações sobre o tema desta terceira Conferência de Junito de Souza Brandão, recomendo consultar  adicionalmente "Mitologia Grega", vol. II, Petrópolis: Editora Vozes, 1988, 2ª edição, pp. 191-207. 
 
*** N.G.: Em grego,  ἕρμα é substantivo neutro; em português, é feminino.

**** N. G.: Em grego antigo: Ἑρμῆς.
 
¹  Os judeus faziam uma coisa semelhante em agradecimento a Javé no Livro de Josué, Js 4, 6-7.
 
²  Apolo estava cumprindo uma grave punição, pois cometera um crime sério. Matara os ciclopes para se vingar de Zeus, que anteriormente havia matado Asclépio.  
 
³  A este respeito, Sófocles compôs uma peça, da qual nos chegaram apenas quatrocentos e vinte versos. Era chamada Os Cães de Busca, onde os sátiros, por farejarem, são comparados aos cães. 
 
***** N.G.: No grego antigo, χυμεία, "mistura de diversos líquidos", derivada de χυμός, "suco, sumo".
 
  O processo de transmutação resume-se no seguinte: "Projetando sobre a matéria a função iniciática do sofrimento e graças às operações alquímicas assimiladas aos tormentos e dores, à morte e à ressurreição do iniciado, opera-se a transmutação, pois a 'substância' se converte em OURO. Sendo o OURO o símbolo da eternidade, essa transmutação alquímica é o grau máximo de perfeição da matéria e, para o alquimista, corresponde ao término de sua iniciação." [BRANDÃO, 1988, vol. II, p. 202
 
  Plotino era um filósofo egípcio, de língua grega. Sua obra consta de cinquenta e quatro dissertações (seis séries de nove), agrupadas por seu discípulo Porfírio. O sistema místico de Plotino (sua doutrina neoplatônica) é o desenvolvimento de um panteísmo de emanação.
 
****** N.G.: Em grego antigo, νοῦς, termo filosófico grego que significa atividade do inteleto ou da razão, em oposição à atividade dos sentidos. Pronuncia-se "nus". Brandão o traduz por inteligência.

******* N.G.: Em grego antigo, μῶλυ. Tal erva mágica mencionada no livro X da Odisseia de Homero, foi criada por Gaia para tornar os Gigantes invulneráveis.

5 comentários:

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

Prezad@,
Divindade complexa, com múltiplos atributos e funções, HERMES parece ter sido, de início, um deus agrário, protetor dos pastores nômades indo-europeus e dos rebanhos, por ser muitas vezes representado com um carneiro sobre os ombros.
Os gregos, no entanto, ampliaram-lhe grandemente as funções: protetor dos viajantes, tornou-se o deus das estradas, pois andava com incrível velocidade. Mas a grande tarefa de Hermes consistia em ser o intérprete da vontade dos deuses. Era tido como inventor das práticas mágicas, conhecedor profundo da magia da Tessália. Com seu caduceu,
No mundo greco-latino, sobretudo em Roma, com os gnósticos e neoplatônicos, HERMES TRISMEGISTO resultou de um sincretismo e se converteu num deus muito importante, cujo poder varou séculos. Com seu caduceu, espancava as trevas e levava as almas para a outra vida.

Link: https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2024/01/hermes-o-guardiao-das-almas-conferencia.html 👈

Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei

Dr. Rogério Medeiros Garcia de Lima (professor universitário, desembargador, ex-presidente do TRE/MG, escritor e membro do IHG e da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

Viva a mitologia grega!

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...

Caro professor Braga

Tantas atribuições e significados, um conceito tão aberto a tantos sincretismos ao longo de tantos séculos ! E lembrar de seu simbolismo no mundo das atividades econômicas. Interessante abordagem do professor Junito.
Saudações!
Cupertino

Geraldo Reis (poeta, membro da Academia Marianense de Letras e gerente do Blog O Ser Sensível) disse...

Obrigado, Braga.
Iremos à leitura.
Ótimo fim de semana.