segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

OS ÚLTIMOS DIAS DE FREI FELICÍSSIMO MATTENS o.f.m.


Por frei Seráfico Schluter o.f.m.
 

Este obituário, originalmente publicado pela Revista da Província Franciscana de Santa Cruz no Brasil, Ano XLIII, nº 2, 1978, faz parte do acervo do saudoso Gil Amaral Campos, ex-aluno do Ginásio Santo Antônio de São João del-Rei, que me foi cedido por seu filho, Bruno Braga Campos, residente em São Paulo-SP.

 

I. Frei Luiz Carlos, aliás frei Felicíssimo Mattens (✰ Amsterdam, 9/8/1912 ✞ 10/5/1978)
 
... é assim que ele ficou conhecido entre nós em São João del-Rei, ultimamente visto nas ruas, vestido à paisana, de chapéu de palha e de botinas... indo à fazenda. 
Nasceu em Amsterdam, capital da Holanda, a 9/8/1912. Entrou no seminário menor da Província holandesa, em Sittard, em 1925. Entrou na Ordem Franciscana a 7/9/1931. Fez o curso de Filosofia e o primeiro ano de Teologia na Holanda, e veio para o Brasil a 14/10/1935 para completar o resto em Divinópolis, onde Dom Antônio dos Santos Cabral o ordenou sacerdote na festa de Cristo Rei no dia 24/10/1937. Munido de muitos conhecimentos filosóficos e teológicos, dotado de dons linguísticos e musicais, frei Luiz Carlos começou a sua peregrinação, acompanhado sempre por seu violino. 
Atrás destas datas está oculta uma vida humana que se dedicou a várias atividades em benefício da Província de Santa Cruz ou seja, em prol do povo de Deus. No início da sua vida sacerdotal dedicou-se ao trabalho pastoral no Norte de Minas como coadjutor em Araçuaí e Jequitinhonha. Lá ficou conhecendo o duro trabalho pastoral, devido aos meios de condução daquela época: o táxi rural, isto é, "pedes apostolorum" ou o dorso de burro. 
Em 1941 foi transferido para São João del-Rei, onde exerceu várias funções como ecônomo do Colégio Santo Antônio, diretor, professor de francês e de religião, regente, guardião, fundador e administrador da Fazenda "Santo Antônio". Sob o seu mandato foi reaberto o curso científico em 1959, de que foi o primeiro diretor, e instalou no Colégio o sistema de pensionato. 
 
Pequena Gramática da Língua Francêsa adaptada por Felicíssimo Mattens

 
Salvo engano, em 1964, transferiu-se para Belo Horizonte, onde foi trabalhar no Hospital "Felício Rocho". Em 1966 foi como vigário para Cabo Verde, denominado por ele de "vice-capital". Dali foi para o Rio de Janeiro como capelão do Sanatório N. S. das Dores (onde submeteu-se a uma operação do estômago com bom resultado). Foi lá que ele se exercitou muito na arte do violino, de novo, após muito anos de não ter podido saborear pessoalmente essa arte divina. 
Com a transferência de frei Geraldo de Reuver e frei Salvador Tonino de São João del-Rei respectivamente para Santos Dumont e Belo Horizonte, ficou a fazenda praticamente sem administrador competente. Aí o coração de frei Luiz Carlos começou a sentir dó e paixão. Ofereceu-se para tomar conta da fazenda, pretendendo visitar São João mensalmente. Essa oferta foi aceita pela comunidade de São João. Desde então frei Luiz Carlos começou suas viagens cansativas. Através de suas conversas ficou transparente o seu desejo de ficar em São João del-Rei. Havia razão para isto. Primeiro que o calor do Rio o torturava, as viagens eram cansativas, alimentava-se mal e havia as dificuldades da fazenda que estava envolvida em dois litígios jurídicos. Estes litígios exigiam, de fato, a sua permanência mais prolongada. No início de 1976 frei Luiz Carlos resolveu ficar em São João del-Rei por uma boa temporada. Embora nunca fosse oficialmente incorporado na comunidade de São João, ficou ele conosco até o dia em que a sua doença o obrigou a procurar Belo Horizonte para se tratar. 
Frei Luiz Carlos encontrou a fazenda numa situação pouco favorável, apesar dos esforços sinceros dos administradores anteriores. A tarefa de frei Luiz Carlos era recuperar a fazenda financeiramente e mais tarde, eventualmente, vendê-la. Ele calculava precisar de uns quatro anos. Frei Luiz recuperou, de fato, a fazenda e salvou para a Província um grande patrimônio. Vender? Todo mundo sabe que, no dia de hoje, não se vendem terras. Terras não se vendem atualmente. É o melhor investimento que se possa fazer. O que frei Luiz ganhou na recuperação da fazenda, perdeu na sua saúde. Ele se cansava demais com suas idas à fazenda e vindas de lá. Não havia sempre condução na volta para casa. Então voltava a pé. Depois resolveu pernoitar na fazenda, um dia sim, outro dia não. Mas ele emagrecia consideravelmente. Ele culpava a comida do convento, querendo manteiga de primeira e banha de porco, mais sal e mais pimenta na comida. Seus desejos eram para nós um ponto de interrogação. Mas mesmo assim, ele foi atendido, salvo quanto ao sal e pimenta. Ele mesmo tinha de por tais ingredientes no seu próprio prato. Suas queixas, porém, continuavam... "Estou morrendo de fome", disse-me um dia. Ele não tinha apetite de forma alguma. Aconselhamos-lhe consultar seu médico no Rio de Janeiro. Nega! Aceitou, mais ou menos, uma sugestão de mandar ao seu médico uma descrição de tudo o que ele sentia. Acho que ele nunca mandou tal descrição. 
Mas havia mais coisas que nos preocupavam: seus desmaios. Faz uns dez anos ele teve o primeiro, na fazenda de Araticum, distrito de Emboabas. Ficou uns quarenta minutos sem sentidos e foi encontrado assim pelo empregado. No Rio lhe aconteceu também a mesma coisa. Aqui, em São João, teve vários ataques em 1977. Os sintomas eram de epilepsia. No dia primeiro de dezembro daquele ano o Luiz Carlos foi a Belo Horizonte, com frei Diogo, para consultar um médico. Voltou dia seis de dezembro, dizendo que agora sabia por que não tinha apetite e pediu desculpas por ter criticado a comida do convento: ele teria tuberculose! 
Foi de um lado um alívio para ele e para nós também, pois nós temíamos algo pior. O seu médico queria que nós todos tirássemos uma radiografia dos pulmões, inclusive todas as pessoas que tiveram contato direto com ele: o sr. Nilton e as empregadas. Devíamos mandar as chapas para Belo Horizonte... Também em consequência disso, nós todos tínhamos de ingerir uma certa dose de comprimidos por precaução, durante uns seis meses. Frei Luiz Carlos, porém, após ter ingerido uma porção de remédios durante várias semanas, ou melhor, durante quase dois meses e ter-se esforçado por comer mais, não conseguiu ficar firme quanto ao comer bem, retornando a alimentar-se mal. 
No dia três de fevereiro do ano corrente de 1978, depois do almoço, na presença de frei Diogo, Joel, Olavo, Dario e confrades da comunidade, frei Luiz teve um ataque forte. Seguindo o conselho do médico local, Dr. Diomedes, frei Luiz viajou a Belo Horizonte no dia quatro de fevereiro, acompanhado pelo sr. Nilton. Depois de ter feito alguns exames, voltou para São João, acompanhado pelo frei Nicolau e frei Abel. 
No dia quinze de fevereiro houve uma audiência com o Juiz Odilon a respeito do litígio, em que a fazenda estava envolvida desde 1967. Frei Rogério F. dos Santos também estava presente como encarregado da Fazenda "Santo Antônio". O que nós dois, frei Rogério e eu presenciamos não se pode descrever em palavras. Frei Luiz teve inicialmente três ataques de grau leve, e depois um ataque bem forte. Tudo isso durante a audiência. Jurei comigo mesmo que frei Luiz não voltaria mais ao fórum. E planejamos remover o frei Luiz para Belo Horizonte, no dia seguinte. Frei Luiz concordou inicialmente, mas depois do jantar ele me pediu mais uns dias para aprontar-se, para por certas coisas em ordem, e para despedir-se de alguns amigos. Deixei e ficou combinado que no dia vinte ele seguiria para Belo Horizonte. 
Nós queríamos evitar que Luiz fosse de novo a outra audiência no dia 23. Pois, sentindo-se bem, seria capaz de ir ao fórum. Neste ponto ele era teimoso. Mas o que aconteceu? Recebi, na tarde do dia 16, um telefonema de Belo Horizonte, comunicando que frei Nicolau e frei Lauro estavam a caminho para São João del-Rei, para buscarem o frei Luiz! Que fazer? Luiz já estava deitado; era mais ou menos 19h45min. Resolvi deixá-lo em paz e conversar com ele no outro dia. 
No dia 17, subi ao quarto dele, dizendo que o médico queria interná-lo imediatamente. Decididamente ele respondeu: "Não, não vou agora, mas no dia 20." Expliquei que os resultados tinham sido entregues ontem, na parte da tarde, e que os frei tinham chegado ontem à noite. Silêncio...! Depois ele desceu para tomar café. Novamente fizemos uma tentativa para convencê-lo, mas nem frei Nicolau obteve resultado. Novamente, silêncio...! por uns quinze minutos. Frei Luiz subiu ao quarto, sem falar nada. Quanto a nós, aguardávamos na esperança de que ele cedesse. Frei Luiz recuou. Frei Metelo estava descendo e conversou com ele. Ouvindo a palavra "junta médica", Luiz Carlos mudou de atitude. Um pouco mais tarde, frei Orlando me comunicou que Luiz Carlos estava colocando malas no corredor. Subi de novo. De fato, lá estavam algumas malas. Ele começou a falar comigo, dando algumas instruções, ou seja, recomendações quanto à fazenda, manifestando o desejo de querer despedir-se de alguns amigos, dizendo ainda que estaria pronto talvez antes do almoço. Que alívio para nós! Pois ficamos sabendo que o estado dele era grave. Depois do almoço eles partiram rumo a Belo Horizonte, onde foi internado mais ou menos às 18h30min. 
No dia 24 de fevereiro ele foi operado, mas após algumas horas de intenso estudo da situação, os médicos o consideraram inoperável. Desde então frei Luiz Carlos começou a sua longa espera, pensando inicialmente que sofria de tuberculose mesmo e cultivando ainda o desejo de viajar à Holanda. Mas na medida que o tempo passava, ele se conscientizou que não havia mais saída. Teve ainda o enorme prazer de ter a presença de sua única irmã e de sua única cunhada.
O frei Luiz Carlos se entregou à vontade de Deus e fez da sua morte um sacrifício por uma certa intenção que não posso revelar. Manifestou o desejo de morrer no Domingo da Ressurreição do Senhor. Aos visitantes pedia rezar, não por sua cura, mas para estar junto de Cristo, o mais depressa possível. No dia em que sua irmã e sua cunhada iriam embarcar para a Holanda, frei Luiz Carlos embarcou para a Pátria Celeste, terminando a sua peregrinação. Era o dia dez de maio de 1978. 
Frei Luiz Carlos... um homem, um frade menor  sacerdote amador e apreciador de música de violino, extremamente crítico a este respeito, persistente no duro estudo e exercício da arte de violino, ele, inclusive, sendo um grande apreciador e conhecedor da literatura francesa, tentava sinceramente compor uma sinfonia nas cordas de sua alma. Sob uma casca dura tentava ocultar a sua grande sensibilidade. No seu comportamento, nas suas atitudes e conversas cintilava do fundo da sua alma uma mentalidade profundamente religiosa para a superfície da vida de todos os dias. 
Era um tipo conservador, sensivelmente para o passado, e considerando a situação atual, os panoramas religioso, moral, político, socioeconômico, parecia ele, aos olhos de muitos, um homem pessimista. Era um homem com saudades. Saudades de quê? Saudades dos bons tempos? Saudades dos tempos das grandes comunidades de frades? Saudades de justiça, amor e fraternidade entre os homens? Saudades daquilo que a humanidade perdeu na queda dos primeiros homens? Era um homem de saudades... como nós todos somos no fundo da nossa alma... Agora ele descansa em paz... Que ele interceda por nós junto de Deus! 
 
25/05/1978 - São João del-Rei 
 
 
II. Frei Luiz Carlos entrelaçou todos nós com o Pai 
 
Por frei Basílio  de Resende o.f.m.
 
O final de uma existência humana é um momento decisivo que revela o segredo, o mistério que moveu a pessoa por toda a sua vida. 
O final da vida de Frei Luiz Carlos foi para nós, que o acompanhamos de perto, uma autêntica revelação. Eu, particularmente considerei uma graça especial ter vivido com ele estes seus últimos dias.
Este homem calado, este homem que nos parecia austero e duro, quase seco e frio no relacionamento, era animado por dentro de uma alma sensível, humana, evangélica, religiosa, fraterna. Os seus últimos dias no nosso meio revelaram as duas direções fundamentais que marcaram a sua vida: a direção do Pai e a direção do mundo e dos homens. 
 
1. "ESTOU INDO PARA A CASA DO PAI" 
 
Sua vontade, inicialmente, era de curar-se, era de viver. Ele foi informado que estava com tuberculose e que um pulmão estava todo tomado, precisava ser retirado cirurgicamente. 
Então pensou em voltar para a Holanda: "Já que não posso mais trabalhar no Brasil, deixe-me desfrutar um pouco de convivência dos meus familiares." Queria voltar para a sua Terra, sua gente. Voltar para a pátria e os seus. 
Pouco a pouco  com a evolução da enfermidade, com o enfraquecimento do corpo  ele foi descobrindo que a sua terra para onde estava indo era a Terra dos vivos, sua casa era a casa do Pai, sua gente para a qual caminhava para encontrar, eram os Eleitos do Cordeiro. 
E ele aceitou e assumiu esta mudança de direção. Preparou-se para ir para a casa do Pai. Pediu a celebração da eucaristia no seu quarto, e a unção. Pedia sempre a bênção e a oração. Refletia (em latim ¹) : "Terminei a minha carreira e guardei a fé. Já não me resta senão receber a coroa de justiça, que naquele dia me dará o Senhor, justo Juiz, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua vinda". Pedia: "Reze para que Deus venha me buscar." 
 
2. "AQUELES QUE EU AMEI NA TERRA" 
 
Seu pensamento constante eram as pessoas que faziam parte mais significativa de sua vida: seus familiares, seus irmãos de vida religiosa, o povo de Deus, o Reino do Evangelho no mundo. Quanto a seus familiares, julgava ter uma missão ainda a cumprir. A reconciliação no seio da família de seu irmão. Quanto à nossa Província e nossa Ordem, fazia considerações de que me admirava. Falava sobre a pobreza: que nosso estilo de vida não é pobre; nosso estilo de vida não representa um desafio aos jovens. Os que vêm a nós são aburguesados pelo nosso estilo de viver. Perdem o elã. 
Em nossa vida fraterna, dizia que muitas vezes interpretamos erradamente a recomendação de Francisco: "non solum sibi vivere, sed aliis proficere ²." Dizia que nós nos matamos e desgastamos só atendendo a segunda parte da recomendação "aliis proficere". Esquecemos o "sibi vivere". Mas este polo da nossa vida não deve ser entendido como um fechamento individual ou grupal sobre si mesmo. Mas sim, como o cultivo da vida fraterna, da vida de oração, da vida de estudo e reflexão. 
Pedia-me para continuar dedicando as minhas energias ao bem da nossa Província, da nossa Ordem e do Reino de Deus. Eu percebia nisto a sua dedicação e o seu amor ao Mistério, ao qual nos consagramos.
Um dia eu lhe disse: "Frei, tudo o que o senhor está sofrendo, a dor, o incômodo do corpo, 'a vida que se extingue' como o sr. disse, viva tudo isso junto com Cristo na Cruz. Ofereça por todas as pessoas que o sr. conheceu e amou; por todas as pessoas que existem". Ele respondeu com emoção: "Obrigado! Assim eu vivo!" 
Frei Luiz Carlos viveu seus últimos meses de vida numa atitude interior de oferenda e de holocausto, junto com Cristo na Cruz. Ele nos entrelaçou com o Pai. 
(Reflexões na missa de corpo presente)

III. AGRADECIMENTO

 
O gerente do Blog de São João del-Rei agradece à sua amada esposa Rute Pardini Braga a formatação e edição da foto utilizada neste texto.
 
 
IV. NOTAS EXPLICATIVAS DO GERENTE DO BLOG

¹  Bonum certamen certavi, cursum consummavi, fidem servavi. In reliquo reposita est mihi corona iustitiae, quam reddet mihi Dominus in illa die iustus iudex: non solum autem mihi, sed et iis, qui diligunt adventum eius. (extraído de São Paulo: 2 Timóteo 4:7)
 
²  Viver não apenas para si, mas também para servir aos outros. (extraído das Laudes do Ofício de São Francisco de Assis).

6 comentários:

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

Sinto-me extremamente feliz de ter localizado este artigo sobre o obituário de frei FELICÍSSIMO MATTENS, feito por dois autores, um já falecido, frei SERÁFICO SCHLUTER, e o outro, frei BASÍLIO DE RESENDE, atualmente em Montes Claros, ambos da Província Santa Cruz no Brasil.
Desta forma, o Blog de São João del-Rei tem a oportunidade de prestar sua homenagem ao grande professor de francês do Colégio Santo Antônio, ecônomo, diretor, professor de religião, regente, guardião daquele célebre educandário e fundador e administrador da Fazenda "Santo Antônio".
Embora infelizmente eu não tenha sido seu aluno de francês durante meu curso ginasial e clássico no Ginásio Santo Antônio (1961-1967), consta que ele lecionava a disciplina de Francês com a utilização do seguinte material didático: “Le Français Accéléré” com o apoio de sua Pequena Gramática da Língua Francesa, editada por Barbieri & Gorgatti-São Paulo e que ele humildemente considerava "adaptada por Felicíssimo Mattens".
Conheci-o durante meus treinos em pianos do Ginásio, quando em minha caderneta anotou sua autorização para eu tocar no piano que mais me apetecesse, razão por que logo me afeiçoei àquele frei de ar grave e austero. Presenteou-me com uma valsa para piano intitulada "Partiu para nunca mais!...", composta por Higino Cunha. Parece que através dessa partitura ele antevia a brevidade de sua existência.

Link: https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2024/01/os-ultimos-dias-de-frei-felicissimo.html

Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei

Jota Dangelo (escritor, jornalista, membro da Academia Mineira de Letras e sócio honorário do IHG de São João del-Rei) disse...

Fui aluno de Frei Felicíssimo durante 7 anos: 4 no ginásio e 3 no colegial. Professor maravilhoso e uma pessoa extremamente agradável, uma das figuras mais notáveis dos holandeses do Santo Antônio. Dangelo

Luiz Fonseca (historiador de Prados-MG, residente em Belo Horizonte) disse...

Genial a transcrição do texto “Os últimos dias de Frei Felicíssimo”. Estudei interno no Ginásio Santo Antônio (1958/1962 como interno e até 1965 como externo) Frei Felicíssimo era para mim, naquela época, uma figura muito “fechada , séria e respeitada”. Era o famoso “Tamancão” apelidado pelos alunos desde longa data.
Achei interessantíssima a história dele ao ponto de surpreender-me e emocionar-me. Valeu, Francisco! Mais um parabéns pra você.

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...

Caro professor Braga

Uma sofrida e venerável existência! Pungente relato! Justa homenagem e divulgação!
Saudações.
Cupertino

Geraldo Reis (poeta, membro da Academia Marianense de Letras e gerente do Blog O Ser Sensível) disse...

Pois é, Braga.
Que bela, sentida e singela homenagem. A lembrança desses fatos, a limpeza de alma com que são rememorados, a emoção e a sensibilidade sendo trabalhadas... Uma maravilha esse registro.
De tudo, que você tem postado é possível deduzir as pedras do alicerce sobre o qual foi construído o Ser Sensível, o pesquisador, o ser humano atento às transformações, o estudioso que ligado ao passado e vivendo o presente se projeta no futuro: você. Parabéns pelas suas escolhas. Posso entender que todas elas foram e continuam sendo corretas, muito embora a sociedade esteja sendo revirada. Vamos indo ao avesso de tudo. É, enfim a transformação. E aí virá aquela frase: Não se fazem mais homens como antigamente... Eh, pode ser.
Um abraço poético.
GR
BH 29/01/2024.