FERNANDO Tavares SABINO, escritor, jornalista e editor brasileiro, nasceu a 12 de outubro de 1923, Dia da Criança, em Belo Horizonte.
Fernando iniciou seus estudos aos sete anos no Grupo Escolar Afonso Pena, onde conheceu o amigo Hélio Pellegrino. Aos 12 anos, começou a escrever contos. Sua primeira publicação, uma história policial, aconteceu na revista Argus, uma publicação da polícia de MG.
Esportista, nadador do Minas Tênis Clube, bateu diversos recordes de nado de costas, sua especialidade, tornando-se campeão sul-americano dessa modalidade em 1939. No mesmo ano, ganhou o segundo lugar na Maratona Nacional de Português e Gramática Histórica, empatado com Hélio Pellegrino.
No início da década de 1940 começou a cursar a Faculdade de Direito em Minas Gerais e ingressou no jornalismo como redator da Folha de Minas, por intermédio do escritor Murilo Rubião.
O primeiro livro de contos, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro, quando o autor tinha apenas dezoito anos, sendo que alguns contos do livro foram escritos quando Sabino tinha apenas quatorze anos.
Nesse período, formou, com Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, um grupo literário, apelidado por João Etienne Filho, de Grupo dos Vintanistas (todos com 20 anos de idade). Esse grupo discutia literatura e fazia passeios boêmios pelas noites de Belo Horizonte. Suas histórias serviram de inspiração para a premiada obra O Encontro Marcado.
No mesmo período, Sabino publica contos e artigos pelas revistas Mensagem, Alterosa e Belo Horizonte.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944. Tornou-se colaborador regular do jornal Correio da Manhã, onde conheceu Vinicius de Moraes, de quem se tornou amigo. No mesmo ano, publicou sua segunda obra, a novela A marca.
Em 1945, conheceu a escritora Clarice Lispector, no Rio, de quem tornou-se amigo e mais tarde, correspondente.
Depois de se formar em Direito na Faculdade Nacional de Direito, em 1946, viajou com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos. O escritor morou por dois anos em Nova Iorque, onde exercia função burocrática no consulado brasileiro. Nesse período, conheceu o compositor Jayme Ovalle.
Colaborou com crônicas para o Diário Carioca e O Jornal. A cidade vazia (1950) representa suas crônicas reunidas no período.
Na mesma época, inicia os esboços de O encontro marcado (1956) e O grande mentecapto (1979).
Em 1964, muda-se para Londres, onde passa a exercer função da adido cultural junta à embaixada brasileira. Torna-se correspondente do Jornal do Brasil. Colabora na BBC e com as revistas Manchete e Claudia.
Funda, em 1960, a Editora do Autor, em parceria com Rubem Braga, na qual publica nomes importantes da literatura brasileira e latino-americana.
Deixa a editora em 1966, e funda a Editora Sabiá.
Em 1973 funda a Bem-te-vi Filmes, com David Neves, por meio da qual produz uma série de curtas-metragens com escritores brasileiros.
Realiza, na década de 1970, uma série de viagens ao exterior documentando eventos.
Publicou O grande mentecapto em 1979, iniciado mais de trinta anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, e acabaria sendo adaptada para o cinema e também para o teatro.
Publicou em 1982, O menino no espelho e em 1991, publica Zélia, uma paixão.
Em 1996, foi publicada em três volumes sua Obra Reunida pela editora Nova Aguilar.
Em julho de 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.
Fernando Sabino faleceu, em 2004, em sua casa em Ipanema, às vésperas do 81º aniversário. Foi sepultado no Rio, no Cemitério São João Batista. Seu epitáfio, escrito a seu pedido, é o seguinte: "Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!".
No ano de 2005, por iniciativa da família de Sabino, foi fundado o Instituto Fernando Sabino, que se dedica a incentivar a prática da leitura a partir da obra do escritor mineiro.
No ano de 2018, foi inaugurado em Belo Horizonte, um espaço de exposição permanente dedicado ao escritor: o Espaço Cultural Encontro Marcado.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Sabino (resumo)
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