sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

MOSTEIRO DE ITAPORANGA-SP EM FESTA: BÊNÇÃO ABACIAL DO SÃO-JOANENSE DOM CELSO LOURENÇO DE OLIVEIRA


Por Francisco José dos Santos Braga


Dom Celso Lourenço de Oliveira

Dedico este artigo a Caio Bastone, que me deu a ideia de escrevê-lo.



I.  INTRODUÇÃO



Caio Bastone, são-joanense residente em Brasília, filho do saudoso Paulo Bastone e Dª Amélia Lourenço de Oliveira Bastone, trouxe ao meu conhecimento que seu primo Celso, monge cisterciense, tinha sido investido em sua dignidade de abade do Mosteiro de Itaporanga, no dia 26 p.p., e, sabedor de meu vivo interesse em publicar grandes feitos de concidadãos são-joanenses, apresso-me com muito prazer em noticiar mais essa conquista de um conterrâneo.

Anos de 1965 a 1967: estávamos matriculados no Curso Clássico ¹ do Colégio Santo Antônio, de São João del-Rei, os seguintes alunos: saudoso Carlos Antônio de Souza Campos, Antônio de Souza Campos ("Toninho") e eu, como alunos externos, além de alguns seminaristas internos que tinham vindo de Santos Dumont, cabendo destacar dois deles: Galdino e José Luzia. O Curso Clássico oferecia um curso de Latim para Vestibulares, que era noturno, ao qual compareciam, além dos já mencionados, dois outros alunos externos: Marcelo Ratton e Celso Lourenço de Oliveira, que não frequentavam as outras disciplinas do Curso Clássico obrigatórias para aqueles. O professor de Latim para Vestibulares chamava-se Dr. Álvaro Augusto de Paula Viana, filho de ilustre advogado, o saudoso Dr. Álvaro Vianna Filho, presidente do Athletic Club em 1947-48 e presidente do Conselho Deliberativo por ocasião do Jubileu Áureo do Athletic Club em 1959, entre outros cargos que desempenhou em prol do engrandecimento dessa agremiação esportiva são-joanense.

Naquele curso víamos especificamente morfologia e sintaxe ² latinas, bem como A Primeira Catilinária ³ do cônsul romano Marco Túlio Cícero (106 a.C.-43 a.C.), ou seja, o primeiro de quatro discursos proferidos contra Lúcio Sérgio Catilina, sobre quem pesava a principal acusação de atentar com um golpe de estado contra a República, conspirando dentro do Senado Romano. A Primeira Catilinária teria sido pronunciada em 8 de novembro de 63 a.C., no templo de Júpiter Estátor, local para onde fora convocado do Senado Romano.

Este discurso, o mais famoso de Cícero, foi usado como exercício escolar no ensino da retórica durante séculos, tanto em Portugal quanto no Brasil. O Colégio Santo Antônio de São João del-Rei, mantendo essa tradição, incluiu no currículo do Curso Clássico, aquela disciplina que valorizava aquele escritor clássico latino, no triênio correspondente ao ensino médio atual.

Entre nós, Celso era o mais sério e aplicado discípulo desse curso de Latim para Vestibulares. Trazia devidamente preparada a matéria passada pelo professor para a próxima aula, após ter examinado cautelosamente o significado das palavras e sua função na frase. Arrancar-lhe um sorriso discreto era algo extraordinário, embora tivesse sempre um olhar pleno de bondade e mansidão. Primava igualmente pela humildade. No seu trato conosco mostrou-se sempre urbano e cortês. Discreto, só emitia sua opinião após conhecer e ouvir com muita paciência a ideia do interlocutor. Acredito que Dom Celso tenha mantido essas qualidades juvenis.

Após o período de estudos clássicos, dirigi-me para o estudo das Letras e ele buscou a quietude do claustro.

Fui revê-lo quase cinquenta anos depois, nas exéquias de seu irmão Dr. Custódio Lourenço de Oliveira (☆ 07/10/1936 - ✞ 11/05/2014), o qual foi provedor da Venerável Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês.

Este texto é mais festivo. Registra a cerimônia da bênção abacial de Dom Celso, pela qual ele foi investido em sua dignidade como 4º  abade do Mosteiro Nossa Senhora da Santa Cruz, de Itaporanga-SP. É com prazer que escrevo sobre o merecido e justo prêmio conquistado pelo meu velho colega de Ginásio Santo Antônio, que aqui homenageio, o qual, no dia 26 do mês passado, foi investido no múnus abacial na cidade de Itaporanga-SP, cabendo-lhe então o governo do Mosteiro Cisterciense de Itaporanga e de seus monges.


II.  A BÊNÇÃO ABACIAL DE DOM CELSO


Dom Celso foi eleito abade pela comunidade monástica no dia 15 do mês passado; ele, que vinha exercendo o cargo de prior, passou a ser o 4º abade do referido Mosteiro de Itaporanga. Ele tem 69 anos, entrou para o mosteiro nos anos sessenta e em 01/07/1967 recebeu o hábito (Vestição). Em 02/07/1968 fez votos solenes e em 12/01/1975 foi ordenado padre.



Dom Celso Lourenço de Oliveira recebendo a bênção abacial na Abadia de Itaporanga


A bênção abacial do 4º abade do Mosteiro Nossa Senhora da Santa Cruz (O. Cist.) de Itaporanga, da Diocese de Itapeva, foi recebida por Dom Celso na Igreja Abacial de São João Batista na noite de 26 de janeiro p.p., das mãos de Dom Mauro Lepori, abade geral (em Roma) da Ordem Cisterciense, e contou ainda com a presença do Bispo da Diocese de Itapetininga Dom Gorgônio Alves da Encarnação Neto e do Vigário Geral da Diocese de Itapeva, Monsenhor José Aparecido Cravo, do abade Dom Hélio Porto de São José do Rio Pardo-SP, da abadessa Maria Conceição Borges da Abadia Nossa Senhora de Fátima de Itararé-SP, de monjas representantes dos conventos femininos cistercienses de Campo Grande-MS e Santa Cruz do Monte Castelo-PR, além de muitos outros representantes de várias abadias e bispados da região, autoridades civis, amigos e familiares de Dom Celso, bem como comunidades católicas de Itaporanga, Barão de Antonina, Coronel Macedo e Riversul.

A história da Abadia Cisterciense de Itaporanga, a terceira maior da América Latina, teve início em 5 de agosto de 1936, quando um grupo de monges vindos da Abadia de Himmerod, no Estado da Renânia-Palatinado, Alemanha, fundou-a em Itaporanga, acolhendo uma oferta da Diocese de Sorocaba, cujo bispo Dom José Carlos Aguirre desejava sua presença em seu território, para também confiar-lhes o cuidado pastoral da paróquia local e da vizinha Riversul. Em 1950, foi elevada a Abadia.

A cerimônia marcou também o Jubileu de Prata (25 anos) de Profissão Monástica do confrade Padre Basílio José Ilton Alves, O. Cist., e a solenidade dos Santos fundadores da Ordem Cisterciense, São Roberto, Santo Alberico e Santo Estêvão.



III.  O SIGNIFICADO DA CELEBRAÇÃO


Esta celebração revestida de labor litúrgico e séculos de tradição em que os monges lhe conferiram simbologia monástica, dos tempos idos de Cluny, tem como missão implorar a Deus os auxílios necessários para o novo Abade, que é na verdade o Pai da família monástica.

A singularidade da celebração prende-se ao fato de ser parecida com a Sagração Episcopal, pois os Abades e Abadessas da Ordem Cisterciense, desde longa tradição, recebem a cruz peitoral, anel, báculo pastoral e mitra para o múnus abacial, isto é, o governo da Abadia e de seus monges.

O anel significa a união com a Igreja, esposa amada de Cristo. Entende-se que a cruz peitoral, imposta logo ao eleito, signifique o dever memorável de ler Cristo aos outros. O Abade, segundo São Bento, "faz no mosteiro as vezes de Cristo" (RB 2), portanto torna-se "figura" de Cristo, o divino pastor que apascenta as suas ovelhas. O Abade recebe também o báculo pastoral, não por privilégio especial, mas como direito inerente ao cargo abacial, porque "deve governar os seus discípulos instruindo-os" (RB 2). A bondade do amor paterno traduzir-se-á no cuidado, na conversão de costumes, na obediência e na caridade com que o Abade velará por toda a família monástica, monges e oblatos.
 



IV.  NOTAS EXPLICATIVAS 



¹  O ensino médio, até 1967, era dividido em três cursos e compreendia o curso científico, o curso normal e o curso clássico.

²  O Ginásio Santo Antônio costumava adotar a Sintaxe Latina, de Giuseppe Lipparini-Alípio R. Santiago, livro publicado pela Editora Vozes em 1961. Para os discursos, cartas e trechos filosóficos de Cícero adotava CÍCERO: Antologia, da Coleção Clássicos Vozes - Série Latina - II, livro da mesma Editora, de 1959.

³  Para o leitor entender a situação conturbada de Roma, na época em que Cícero proferiu sua Primeira Catilinária, vou servir-me da Introdução feita pelo Pe. Dr. Bernardo H. Harmsen, C. M., na famosa CÍCERO: Antologia da Editora Vozes (p. 43-44): 
"Catilina. Lúcio Sérgio Catilina nasceu em 108 a.C. de uma família aristocrática empobrecida. Cresceu em tempos de grande desordem e confusão, como foi o período da Guerra Social (91-88), da Guerra Civil entre Mário e Sila (88-86), das proscrições de Sila (82), da revolta de Sertório (78-72), da guerra dos escravos (73-71) e dos piratas (67). Pelas suas brilhantes qualidades de inteligência, pelo seu preparo físico, sua camaradagem e audácia, exercia grande influência sôbre a mocidade romana. Mas, no fundo, era um arrivista pouco escrupuloso com uma vida privada irregular.
Os acontecimentos. Durante dois anos, Catilina exerceu o cargo de propretor (governador) da África, província esta que pilhou à Verres. À sua volta para Roma, foi acusado "de repetundis" (de concussão) e êste processo o impediu de apresentar sua candidatura para o consulado de 65. Profundamente ofendido, trama uma primeira conspiração com o intuito de matar os cônsules designados, L. Cota e L. Torquato; o atentado, porém, foi descoberto em tempo.
Candidatou-se de novo ao consulado nas eleições consulares de 64. Mas, apesar de seu programa de "reforma social" e não obstante o apoio de César e Crasso, foi, mais uma vez, derrotado. A coligação de Senado e cavaleiros elegeu Cícero e L. Antônio Híbrida.
Não conseguindo suas intenções por meios constitucionais, Catilina organiza, no ano 63, uma conspiração de maior envergadura.  Juntamente com Mânlio, antigo oficial de Sila, recruta um exército com quartel-general em Fésulas, na Etrúria. Mas o cônsul estava a par de tudo pelas informações secretas de uma mulher, Fúlvia, que era confidente de Q. Cúrio, um dos conjurados.
No dia 21 de outubro, Cícero leva ao conhecimento do Senado a existência da conspiração. Tomado de pânico, o Senado decreta o "senatus consultum ultimum", formulada nos têrmos: "videant consules ne quid res publica detrimenti capiat". No dia 28 do mesmo mês, realizaram-se as eleições consulares, para as quais Catilina se candidatara mais uma vez. Cícero compareceu no Foro, protegido de uma couraça. Todos os amigos da ordem deram o voto a Silano e Murena.
Esta terceira derrota de Catilina precipitou a crise. Na noite de 6 a 7 de novembro, o revolucionário reuniu os seus na casa de M. Pórcio Leca a fim de deliberar sôbre as últimas medidas. Dois conjurados tomaram a si matar Cícero na manhã do dia 8; mas êste, prevenido por Fúlvia, escapou. Na manhã do mesmo dia, o cônsul convoca o Senado no templo de Júpiter Estator. O próprio Catilina teve a ousadia de comparecer à sessão. Proferiu, então, Cícero a seguinte oração, cheia de ameaças, que é conhecida sob o nome de Primeira Catilinária." 
  O primeiro abade do Mosteiro de Nossa Senhora de Santa Cruz foi Dom Athanázio Merkle; o 2º, Dom Estevam Stork (falecido em 21/02/2009; o 3º, Dom Luís Alberto (de 13/02/2006 a 18/04/2011, quando renunciou).



V.  CRÉDITO PELAS IMAGENS E PELA NOTÍCIA









O irmão de Dom Celso, Paulo Lourenço de Oliveira, leva na patena o anel 
a ser consagrado e colocado no dedo anular da mão direita de Dom Celso


























Familiares de Dom Celso presentes à cerimônia (da esq. p/ direita): 
Aparecida Campos, Abraão de Souza Campos, Maria Lígia Lourenço
 Campos, Maria Lúcia Lourenço de Oliveira, Olenka Lourenço de Oliveira 
e Paulo Lourenço de Oliveira




































* O autor tem Bacharelado em Letras (Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, atual UFSJ) e Composição Musical (UnB), bem como Mestrado em Administração (EAESP-FGV). Participa ativamente como membro de diversas instituições de cultura no País e no exterior, cabendo destacar as seguintes: Académie Internationale de Lutèce (Paris), Familia Sancti Hieronymi (Clearwater, Flórida), SBME-Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica (2º Tesoureiro), CBG-Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio de Janeiro), Academia de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei-MG, Instituto Histórico e Geográfico de Campanha-MG, Academia Valenciana de Letras e Instituto Cultural Visconde do Rio Preto de Valença-RJ, Academia Divinopolitana de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do DF, Academia Taguatinguense de Letras, Academia Barbacenense de Letras e Academia Formiguense de Letras. Possui ainda o Blog do Braga (www.bragamusician.blogspot.com.br) e é um dos colaboradores e gerente do Blog de São João del-Rei. Escreve artigos e ensaios para revistas, sites, portais e periódicos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

HOMENAGEM AO 99º ANIVERSÁRIO DA PROFª MERCÊS BINI COUTO (☆ São João del-Rei, 04/02/1916 ✞ São João del-Rei, 2010)


Por Francisco José dos Santos Braga




I.  INTRODUÇÃO


Por volta de 2009, quando ainda residia em Brasília, procurei uma amiga mútua, tanto de Mercês Bini Couto quanto minha, para comunicar-lhe meu enorme interesse de publicar um artigo que divulgasse e mostrasse a importância do trabalho desenvolvido pela minha mestra de piano em nossa cidade, e, ao mesmo tempo, coloquei o Blog de São João del-Rei à sua disposição para que ela escrevesse de próprio punho ou me desse uma entrevista para a publicação de uma matéria inédita sobre a artista genial que era. Apesar de minha insistência, não consegui concretizar meu propósito, pois no ano seguinte tomei conhecimento da morte de minha querida mestra, ficando definitivamente inviabilizado o meu objetivo de enaltecê-la em vida. Lamento apenas que se confirme neste caso o que disse Tomás Antônio Gonzaga em versos, na Lira XIV, Parte I de Marília de Dirceu, a saber: "As glórias que vêm tarde já vêm frias..."

Presto, apenas hoje, essa singela homenagem à notável pianista, professora e concertista, no dia em que comemoramos o seu 99º aniversário, após contar com o apoio do tenor Vicente Viegas, "amigo certo nas horas incertas" de Mercês Bini Couto, que pessoalmente recorreu à Dra. Érika Bini, sobrinha da talentosa pianista e filha dos saudosos musicistas Luiz Antônio Boari Bini e Salete Maria da Silva Bini, que gentilmente me cedeu fotos e outros documentos pertencentes ao acervo de sua tia, o que possibilitou que eu preenchesse alguns claros do curriculum vitae de sua tia e minha mestra. 


II.  INFORMAÇÕES OBTIDAS DO ACERVO DE DRA. ÉRIKA BINI


Em 26 de dezembro de 1951 se realizou, no Teatro Municipal, o 111º Concerto da Sociedade Concertos Sinfônicos, sob a regência de Vicente Ferreira da Silva. A Primeira Parte do referido concerto iniciou-se com a execução pela orquestra da abertura "Leonora" nº 1 op. 138, de Beethoven. Em seguida, a pianista Mercês Bini Couto solou o Concerto nº 1 de Tchaikowsky, para deleite da seleta plateia que esteve presente ao espetáculo, tendo encantado todos com sua execução impecável e verdadeiramente monumental. Constou do programa a seguinte foto com a legenda transcrita abaixo:

Pianista MERCÊS BINI COUTO – uma das mais consagradas intérpretes patrícias e cuja atuação brilhante nos principais centros artísticos e culturais de Minas, muito tem concorrido para o renome de São João del-Rei,  justamente cognominada "Terra da Música"


Em 9 de dezembro de 1954 realizou-se a 2ª Audição de Alunos e Alunas de Piano e Canto da Profª Mercês Bini Couto, no auditório do Conservatório Estadual de Música Pe. José Maria Xavier, cujo registro fotográfico está preservado o Acervo do referido Conservatório:

2ª Audição de Alunos e Alunas de Piano e Canto da Profª Mercês Bini Couto


Participou do Programa da Terceira Audição do Conservatório, pela Diretoria, corpo docente e discente, realizado no Clube Artur Azevedo, no dia 13 de dezembro de 1955. Pela importância desse evento, vou transcrever o programa na íntegra.

PRIMEIRA PARTE
I – Vicente Ferreira da Silva (mús.) e Angelina M. Pereira (letra): Hino do Conservatório pelos alunos
II – Beethoven: Sonatina – Aluna Maria A. L. Andrade, solo de piano
III – X. Schavenka: Dança Polaca – Aluna Júnia Guimarães, solo de piano
IV – A. Nepomuceno: Improviso – Aluna M. Salomé C. Morais, solo de piano
V – Chopin: Estudo op. 25 nº 11, Profª Mercês Bini Couto

SEGUNDA PARTE
VI – Tschaikowsky: Romance op. 5 – Prof. Sílvio de Araujo Padilha, solo de clarinete
VII – Mascagni: Dança Exótica – Prof. Emílio Viegas, solo de flauta
VIII – Lacale: Amapola – Aluna Josefina Cipriani, canto
IX – L. Melgaço: Rio Enamorado – Duêto: Salette M. L. da Silva e Célia Montrezor
X – C. Gomes: Mia Piccirella, da ópera Salvador Rosa – Profª Janice G. Mendonça

TERCEIRA PARTE: CORAL, sob a regência do Prof. Vicente F. da Silva
XI – L. Gil: Moleirinha
XII – L. Arditti: Parla – Solista Salette M. L. da Silva
XIII – Paurillo Barroso: Para Ninar – Solista Célia T. Montrezor
XIV – G. Verdi: Brindisi, da ópera La Traviata – Solistas Salette M. L. da Silva e Luiz Antônio Bini
XV – Wagner: Marcha Nupcial, da ópera Lohengrin
XVI – Wagner: Côro dos Peregrinos, da ópera Tannhäuser
XVII – F. Manoel: Hino Nacional, por todos os alunos


Do programa de "A Viúva Alegre" encenada em novembro de 1956 em São João del-Rei, são reverenciadas as seguintes personalidades artísticas:
– Dr. José Viegas ("Êste é o lídimo patrono da arte teatral em S. João del-Rei. Espísito evoluído, cultura sólida e bem formada, e entusiasta fervoroso das coisas do teatro, nosso homenageado merece o respeito e a admiração do povo sanjoanense, como retribuição a tudo que José Viegas tem feito, à frente de um pugilo de valorosos moços, pelo maior brilho da arte de representar, em nossa terra.
Alma nobre, alma de artista
Vai garboso na conquista
Dos mais belos ideais.
Eis um grande sanjoanense!
E a êle, é certo, pertence
O melhor dos madrigais.")
– Mercês Bini Couto ("A distinta maestrina organizadora artística do seleto elenco da Viúva Alegre")
– Salete Maria Lopes da Silva ("A inteligente intérprete de Ana Glavary, a Viúva Alegre")
– Luiz Antônio Bini - Danilo ("Incansável e entusiasta régisseur da representação")
– Célia Montrezor - Valentina ("Notável atuação por sua admirável e melodiosa voz")
– José R. Costa - Camilo de Rossillon ("Jovem tenor sanjoanense e destacado elemento cooperador de grande valor")
– Dr. Pedro de Souza ("Ilustre maestro orquestrador e regente da parte musical da opereta. Nasceu músico. Desde o berço, viveu no ambiente vivificado por Euterpe. Exímio executor da flauta, já consagrado compositor, a pauta não tem mais segredos para êle. Como regente, vive a parte de cada músico e empolga a assistência. S. João del-Rei muito deve a maestro Pedro de Souza.
Ei-lo! Batuta na mão
Franz Lehar no coração
E uma opereta na idéia.
Maestro de envergadura,
Vai vivendo a partitura
Traz em êxtase a platéia.")
– Djalma Furtado ("No papel de Barão de Mirko Zeta, embaixador de Monte Negro em Paris. Fará muito bem o papel, é um amador de grandes qualidades.")
– Marcondes Neves - Njegus, Chanceler da Embaixada ("O veterano e experimentado amador, e dirigente dos ensáios.")
– Jeú Torga - Zancada, Barão parisiense ("Artista consagrado em nosso meio teatral.")
– Aldo Lôbo - Raoul de St. Brioche, Visconde parisiense ("Bom desempenho neste difícil papel.")
– Pedro Paulo de Assis - Cenógrafo e Aderecista ("Um grande Artista do pincel, pintou com muita arte e gosto os cenários da Opereta.")



Grupo de alguns amadores, componentes do elenco da opereta 
"VIÚVA ALEGRE" (Mercês Bini está ao lado de Dr. José Viegas, 
ao centro da primeira fila inferior)


O jornal são-joanense DIÁRIO DO COMÉRCIO noticiou na edição de 28 de julho de 1959, p. 1 e 2, a seguinte matéria: Extraordinário êxito da solenidade de posse da 1ª diretoria do Centro Artístico e Cultural, escrita por Adenor Simões Coelho Filho. Ali o articulista informou que o presidente do C.A.C., pe. Luiz Zver, "atingiu plenamente os objetivos da sociedade quando nomeou a snra. Mercês Bini Couto para o Departamento Artístico, o Revmo. Padre João Bosco de Oliveira para o Departamento Literário e o dr. José Norberto Esteves para o Departamento Científico. Legítima artista e professora de piano, eminente professor de Português, jovem e dinâmico engenheiro, eis três personalidades cuja escolha veio ao encontro dos anseios da arte, da cultura e da ciência de São João del-Rei.¹

Dez dias depois, o mesmo jornal noticiou a instalação da C.A.S.-Corporação Artística Sanjoanense, na sua edição nº 6281, de 12 de agosto de 1959, com a seguinte matéria: 

"Instala-se solenemente a "Corporação Artística Sanjoanense"

Num ambiente de arte e elegância, instalou-se domingo p.p. (09/08/1959) a nova entidade artística com que passará a contar a cidade – a "CORPORAÇÃO ARTÍSTICA SANJOANENSE" cuja finalidade é congregar moços e moças, amantes da arte, para o cultivo e a prática do Canto, incentivando na mocidade o gôsto pelo bel-canto e pelo nosso folclore.
À solenidade, que teve lugar no salão de festas do Minas F. C., gentilmente cedido pela sua diretoria, compareceu quasi a totalidade dos fundadores da C.A.S., além de pessoas gradas da nossa sociedade. O ato foi presidido pelo prof. José Pedro Leite de Carvalho, representante do Revmo. Pe. Osvaldo Torga, Prefeito do município, vendo-se ainda à mesa os Snrs. jornalista Mozart Novaes, presidente da Câmara; Carmélio de Assis Pereira, vice-prefeito; Revmo. Pe Luiz Zver, presidente do Centro Artístico e Cultural de São João del-Rei, além dos membros eleitos para a Diretoria da Corporação Artística Sanjoanense.
Iniciando os trabalhos da sessão, o presidente deu a palavra ao Sr. Luiz Antonio Bini que expôs o programa da neo-sociedade, terminando a sua oração colocando a C.A.S. a serviço da cidade e das demais corporações artísticas. A seguir, a srta. Nancy Assis declamou belíssimo poema "Lembrai-vos da Guerra".
A palavra seguinte coube ao orador oficial da sociedade prof. J. do Carmo Barbosa que lembrou aos moços o poder da abnegação no êxito de empreendimento daquela natureza. 
Encerrando a solenidade de posse da Diretoria, falou o Sr. Mozart Novaes para congratular-se com a cidade pelo surto maravilhoso de progresso intelectual e artístico que a empolga.
Seguiu-se a parte artística da festividade que constou do seguinte: Puccini: Recondita Armonia (Tosca), José Costa; Pestalozza: Ciribiribin, Srta. Niva Guimarães; Gottschalk: Radieuse, piano a 4 mãos, profª. Mercês Bini Couto e Abgar Campos Tirado; Alfonso S. Oteo: Dime que si, tenor Vicente Viegas; A. Sedas: Cielito Lindo, soprano Sra. Lêda Neto Zarur; Puccini: Valsa de Musetta (La Bohème), soprano Salete Maria da Silva Bini.
É a seguinte a diretoria da C.A.S.: presidente, Sr. Luiz Antônio Bini; vice-presidente, Antônio Moura; 1º secretário, profª Maria Marlene de Resende; 2º secretário, profª Maria Luiza Vieira; 1º tesoureiro, Vicente de P. Barbosa Viegas; 2º tesoureiro, Abgar A. Campos Tirado; 1º procurador, Geraldo Barbosa de Souza; 2º procurador, José Raimundo de Arruda.
Conselho Artístico: professora Mercês Bini Couto; professora Salete Maria da Silva Bini e prof. João Américo da Costa.
Diário do Comércio fez-se representar nessa solenidade marcante do progresso cultural e artístico da cidade."

Também o jornal são-joanense O CORREIO, em edição nº 2971, do dia 16 de agosto de 1959,  fez a seguinte cobertura da solenidade de instalação da C.A.S.:
"Coluna de Arte
                                 Gagliero
Empossou-se domingo p. passado a diretoria da Corporação Artística Sanjoanense recentemente fundada por um grupo de moços e moças idealistas.
A solenidade realizou-se às 10,30 horas no salão de recepções do Minas F. C., gentilmente cedido pela sua diretoria, perante seleta assistência constituída de pessoas gradas da sociedade local e de um grande número de componentes da neo-organização artística. (...)
Usou da palavra inicialmente o senhor Luiz Antonio Bini, presidente eleito, que focalizou as finalidades da nova entidade e o seu propósito de colaborar com as demais organizações artísticas para maior incremento da música em nossa cidade, declarando não haver solução de continuidade entre a Corporação Artística Sanjoanense e as suas co-irmãs. Como orador oficial da C.A.S. falou o prof. J. do Carmo Barbosa saudando os seus organizadores e apontando-lhes como condição precípua para a sua completa finalidade o espírito de abnegação que deve animar tôdos os seus integrantes e ressaltando a responsabilidade moral que assumiam no setor artístico da cidade.
O senhor Mozart Novais, presidente da Câmara, em belo improviso, focalizou o progresso cultural e artístico que nêstes últimos dias vem se desenvolvendo na cidade, congratulando-se com os jovens pelo belo exemplo que vêm dando com o seu interesse pela arte nesta comuna.
A Corporação Artística Sanjoanense, comprovando a sua elevada e simpática finalidade, ofereceu aos presentes magnífica hora de arte com o seguinte programa: (...)
A 1ª Diretoria da C.A.S. ficou assim constituída: presidente de honra efetivo, Revmo. Pe. Luiz Zver SDB; presidentes de honra honorários: Dr. Tancredo de Almeida Neves, Dr. Gabriel de Rezende Passos, Marechal Ciro do Espirito Santo Cardoso e General Luiz de Faria; presidente, Luiz Antonio Bini; (...)."  ²

No meio do material deixado por Dª Mercês, verifica-se sua participação na Primeira Parte da 5ª Audição da C.A.S.-Corporação Artística Sanjoanense, em concerto realizado no Teatro Municipal no dia 10 de maio de 1961. Naquela noite memorável foi apresentado ao público são-joanense o primeiro movimento (allegro con fuoco) do Trio em Sol menor op. 8 de Chopin, para violino, violoncelo e piano. Os outros dois integrantes do trio eram o violinista Emmanuel C. Maciel e o violoncelista Hélio Magalhães. Ainda estava programada, na Primeira Parte, antes da apresentação do trio, a declamação de poemas por um grupo de atores conhecido por "Jograis". O programa da 5ª Audição trazia as seguintes informações relevantes para o objeto do presente trabalho, acerca desses dois números: "A Corporação Artística Sanjoanense, ao ensêjo de sua quinta audição, em homenagem à Mãe Sanjoanense, houve por bem solicitar o concurso de artistas de renome nesta cidade, representados pelos "Jograis" e pelo Trio formado pelos professores Mercês Bini Couto, Emmanuel C. Maciel e Hélio Magalhães. Os primeiros, autênticos representantes da arte de Calíope, brindar-nos-ão com autores selecionados dentre os que se especializaram no setor de "dizer poemas". Os "Jograis" devem sua criação ao espírito idealista e empreendedor de Luiz D' Ângelo, que ao lado de seus companheiros lutam para reerguer a difícil arte da Idade Média.
Poder-se-á apreciar sua técnica no setor da poesia, obedecendo ao lema dos "Jograis": "dar ao público um pouco do que êle gosta e muito do que êle precisa".
Quanto ao "Trio", os nomes de seus integrantes dispensam comentários, pois são todos expoentes da arte de Euterpe, já consagrados nos meios artístico-musicais de S. João del-Rei e outras cidades. Criado que foi o "Trio" no início do corrente ano, já fez algumas apresentações públicas, as quais merecidamente receberam os louvores do nosso culto povo. Entretanto, cumpre-nos esclarecer que o "Trio" ainda não têve sua estréia oficial, sendo que breve teremos a satisfação de apreciar um concêrto daquêles artistas, e podemos afirmar antecipadamente que será um espetáculo à altura do fino gôsto do sanjoanense."  ³




Outro programa da C.A.S., o da 9ª Audição intitulada "Noite de julho", que foi levado no dia 4 de julho de 1962, também no Teatro Municipal, traz estampado o nome de Dª Mercês Bini, colaborando como compositora de uma transcrição para coral, de duas peças de Villa-Lobos ("Você diz que sabe tudo" e "Pai Francisco").

Conservatório Estadual de Música Pe. José Maria Xavier por volta de 1965.
Na primeira fila, da esq. p/ dir.: Maria Stella Neves Valle, Jânice Mendonça de Almeida, Mercês Bini Couto, Rita Nascimento (func.); na segunda fila: Profs. João Américo, Joaquim Laurindo, Maria Auxiliadora Lelis, Maria Salomé de Moraes Silva, Sargento Almeida; na terceira fila: Emílio Viegas, José do Carmo Barbosa (secretário), Jorge Sade; na última fila: Joaquim da Rocha, Sílvio Padilha (diretor) e Geraldo Ivon da Silva ("Patusca")

Mercês Bini Couto foi madrinha da turma de diplomandos do ano de 1966 no Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier, a saber: Maria Helena Machado (Curso de Professor de Música), Salete Maria da Silva Bini (Curso de Canto), Anizabel Nunes Rodrigues (Curso de Flauta), Maria Salomé de Moraes Silva (Curso de Piano) e Sadik Haddad (Curso de Clarineta).


Mercês Bini Couto participou do II Festival da Música, em Concerto do dia 22/11/1967, no Teatro Municipal de São João del-Rei, sob o patrocínio da Secretaria de Turismo e Cultura dirigida pelo Secretário Djalma Assis. Ela solou o Concerto de Grieg, com acompanhamento da Banda do Batalhão de Guardas do Exército.


Em 27/09/1968, nova participação magistral de Mercês Bini Couto no III Festival da Música em São João del-Rei. Brindou os são-joanenses com o Concerto de Varsóvia, acompanhada pela Banda do 1º Batalhão de Guardas.


O jornal BARROSO (informativo oficial do Município de Barroso na Administração de Baldonedo Arthur Napoleão) estampa no seu nº 19, ano I, 2ª quinzena de dezembro de 1971, a matéria intitulada "Renascimento da Música em Barroso" cuja introdução faz um retrospecto breve do passado da música em Barroso e fala de um novo movimento musical, amparado pelo Executivo municipal: "A estréia da Banda e do Coral Municipal no dia 12 foi um acontecimento extraordinário, que marca sem dúvida o renascimento da música em Barroso. Falamos de "renascimento" porque no passado, sob a liderança de Arthur Napoleão de Souza, a música floresceu na pequena Barroso, quando então não havia êste progresso econômico absorvente e a arte constituía uma das poucas formas de atividade, realização e absorção.
Hoje, sendo Barroso intensamente movimentada e laboriosa, prenunciava-se um perigo de que não houvesse tempo nem liderança para a arte. Mas, felizmente, considerando ser esta preocupação também uma atribuição do Govêrno Municipal, Baldonedo, assim que assumiu a Prefeitura, verificando a ausência de estímulo e recursos para a promoção da música, contratou logo de início professôres especializados em canto coral e música e pôde dêsse modo, ainda êste ano, após aulas e ensaios intensivos, fazer realizar êstes dois espetáculos maravilhosos.
O salão de festas do Colégio esteve lotado e, pode-se dizer sem receio, a festa logrou êxito total.

BANDA MUNICIPAL DE SANTANA
É a mesma dirigida em tempos idos passada à direção de Geraldo Napoleão de Souza e hoje sob a regência de José Vicente de Brito Filho. (...)

CORAL MUNICIPAL
Foi uma grande noite para a professôra Salette porque o Coral foi aquêle sucesso! Evidenciou sua grande capacidade na música e principalmente sua liderança junto aos jovens. A apresentação superou mesmo tôda a idéia que se fazia a respeito desta estréia.
Não menos imponente foi a apresentação de 52 jovens do Coral Municipal, sob a regência de Salette Bini, muito elegante no seu longo branco, e acompanhamento ao piano pela professôra Mercês Bini. Contou-se ainda com a participação do regente Luiz Antônio Bini, espôso de Salette que regeu uma das músicas, conseguindo grande aplauso do público, com pedido de bis.
O programa apresentado:
1 – Joazeiro – Oswaldo de Souza
2 – Barcarola – J. Offenbach
3 – Heranças de Nossa Raça – Villa-Lobos
4 – Bandinha da Roça – Fabiano Lozano
5 – Em mim soa uma canção – Chopin (Arranjo de Geraldo Barbosa)
Músicas Natalinas: My Bonnie, Natal Branco e Noite Feliz."
Na mesma edição, Paulo Terra escreveu o artigo "Barroso desabrocha também para as artes", em que se disse entusiasmado com o que pôde assistir domingo, dia 12, porque, agora, Barroso estava crescendo em muitos sentidos, desabrochando também para a Arte. Sonhava com uma municipalidade em que Barroso não seja apenas uma cidade "feita em cal, em cimento", mas seja também feita "em amor".
Nas "Notas Sociais" assinadas por Lucindo Filho, o mesmo jornal registrou a presença de pessoas ilustres na plateia, tendo merecido destaque, além de pessoas gratas da sociedade barrosense como o prefeito Baldonedo, a presença do norte-americano Richard Ogburn, bem como, convidados vindos de São João del-Rei, Sr. e Sra. Adenor Simões Coelho Filho e o reitor da Faculdade Dom Bosco Pe. Luiz Zver.


O mesmo jornal BARROSO (informativo oficial do Município de Barroso agora na Administração de Genésio Graçano) noticia no seu nº 61, ano III, junho de 1974, matéria sugestiva intitulada "Iniciação musical apresenta 1ª audição em homenagem às mães", onde se lê: "Desejando cultivar a inteligência das crianças e despertar suas atenções para o belo, foi de interesse do Sr. Prefeito, em julho de 1973, criar o CURSO DE INICIAÇÃO MUSICAL, entregando-o à direção da Professora Salette Bini.
Passando por intenso trabalho de equipe e de séria aplicação musical, as crianças receberam o carinho adequado, a importância educativa real, apresentando resultado extremamente louvável, como coordenação física excepcional, alto valor no ensino e adaptação para o trabalho em grupo, e principalmente os distintos conhecimentos musicais.
Em menos de um ano de trabalho, amor e dedicação, eis a 1ª apresentação do Iniciação Musical, constituído em dois setores: Bandinha Rítmica e Coral Infantil.

HOMENAGEM ÀS MÃES
Promovida pelo Serviço de Relações Públicas, foi prestada homenagem à Mãe Barrosense no dia 11 de maio, no salão do Centro Cívico.
A homenagem foi dividida em quatro partes, como se segue:
1ª parte: Alunos de piano da Professora Mercês Bini Couto
2ª parte: Bandinha Rítmica
3ª parte: Coral Infantil
4ª parte: Coral Adulto
O programa elaborado foi assim apresentado:
1) Alunos de Piano:
I  – Micheuz: "Fête aux champs" a 4 mãos – Selenne da S. Bini e Érika da S. Bini
II – Portaro: "Intermezzo Rococó" – Aértnys G. Marteleto
III – S. Callia: "Dança das três flores" a 6 mãos – Vera, Maria Cristina e Elisa Rodrigues Pereira
IV – Liszt-Gounod: "Valsa da ópera Fausto" a 4 mãos – Wilson José Ribeiro e Mercês Bini Couto
2) Bandinha Rítmica
I – Corre Cavalinho
II – Samba lelê
III – Sapo Jururu
IV – Dança dos instrumentos
V – O cravo brigou com a rosa
3) Coral Infantil
I – Vilma-Hart: No reino da Música
II – Villa-Lobos: O balão de Bitu
III – Virginia Faria: Vamos ao Circo?
IV – Villa-Lobos: Carneirinho de algodão
V – Lourival-Faissal: A rosa
VI – Vilma-Hart: Dia das Mães
4) Coral Adulto
I – F. Lozano: Meu filhinho (com participação do Coral Infantil)
II – Oswaldo de Souza: Sereia do Mar
III – Nino Rota: Tema de Romeu e Julieta
IV – N.N.: Love is all
V – Bach: Jesus, alegria dos homens
(...)

5ª AUDIÇÃO ESPECIAL DE PIANO
A V Audição Especial de Piano, promovida pelo Serviço de Relações Públicas, foi em comemoração ao festivo Dia das Mães, apresentada pelos alunos de Mercês Bini Couto, no dia 09 de maio, quando foi prestada, também, homenagem ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal e ao Sr. Geraldo Napoleão de Souza, pela passagem de seus aniversários natalícios, ocorridos em abril.
Todos os alunos se apresentaram, seguindo o programa abaixo:
1 – A. Diabelli: "Andante" – Rosemary A. Reis
2 – L. Fernandez: "Pastorinha Portuguesa" – Vera R. Pereira
3 – Brahms: "Berceuse" – Luiz Marilac de Souza
4 – A. Diabelli: "Polonaise" – Aértnys Graçano Marteleto
5 – Beaumont: "Gavotte" a 4 mãos – Vera e Maria Cristina R. Pereira
6 – Edmont Diet: "Marche des Soldats de Plomb" – Raquel M. Melo
7 – A. Giulaine: "Noturno" – José Maria Reis
8 – Becucci: "Sempre Juntas" a 4 mãos – Elisa e Maria Cristina R. Pereira
9 – Gobaets: "Os Pequenos Recrutas" – Raquel M. Melo
10 – Becucci: "A Ausência" a 4 mãos – Luiz M. Souza e Cícero A. Bertulino
11 – J. Portaro: "Dr. Caramujo" – Aértnys Graçano Marteleto
12 – F. Spindler: "Le Lilas" – Cícero A. Bertulino
13 – L. Dussek: "Sonatina Op. 20 nº 1", 1º movimento – Érika da Silva Bini
14 – S. Callia: "Três Marias" a 6 mãos – Elisa, Maria Cristina e Vera R. Pereira
15 – Dejan: "Arlequinade" – Wilson José Ribeiro
16 – P. Bodjora: "Polka" a 4 mãos – Wilson J. Ribeiro e Cícero A. Bertulino

FLORES PARA AS MÃES
A Professora Mercês, por intermédio de seus alunos, entregou um buquê de rosas à Sra. Luiza Graçano, à Sra. Joaquina de Souza e à Sra. Eliza Cuzates Rodrigues."


Entre os pertences deixados por Dª Mercês, vê-se um programa da Homenagem ao Dia das Mães do ano seguinte (1975), com apresentação prevista do Curso de Iniciação Musical "No Reino da Música", constituída de três partes: Audição de Piano, Banda Rítmica e, por fim, Coral Municipal, sob a regência de Maria Salette da Silva Bini e, ao piano, Mercês Bini Couto.
1ª PARTE: PIANO
Mozart: Sonata em Ré K. 381 – Profª Nilce Cavalcante Alves e Profª Mercês Bini Couto
CURSO INICIAÇÃO MUSICAL "NO REINO DA MÚSICA": CORAL INFANTIL
I – Carmem Vasconcelos: Quando bate o sino
II – Folclore Brasileiro: Cai chuva
III – Folclore Tcheco : Dorme, meu Amor (Arranjo de Maria Aparecida Mahle)
IV – Rapsódia (popular infantil): Os Gatinhos (Arranjo de Aricó Júnior)
V – Carmem Vasconcelos: Parabéns, Mãezinha
2ª PARTE: BANDA RÍTMICA
I – Que é de Valentim
II – Bão-ba-la-lão
III – Vamos viajar
IV – Ma-ta-ti-ra-ti-ra-rei
V – O Gatinho Mimi
VI – Vai Abóbora
3ª PARTE: CORAL MUNICIPAL
I – Jaime Ovalle: Azulão
II – Folhas Verdes (Arranjo de Geraldo Barbosa de Souza)
III – Hino ao Amor (Arranjo de Geraldo Barbosa de Souza)
IV – Hekel Tavares: Azulão
V – J. Brahms: Cancion de Cuna
VI – Rimsky Korsakov: Cancion Hindu


Em meio ao acervo legado pela grande concertista, há um programa de apresentação da Missa Leiga, de Chico de Assis, encenada pelo TUNIS-Teatro Universitário Sanjoanense, grupo teatral fundado por Pe. José Cimino S.D.B. em 1968 e dirigido por Luiz Dangelo Pugliese, em 1977(?). Entre os participantes lá estava Mercês Bini Couto que dava o tom e o ritmo aos figurantes e amadores teatrais, atenta à partitura cujo arranjo vinha assinado por Francisco Mangabeira, ao lado de outros músicos e técnicos, tais como Salette Maria Bini (solista), José Eustáquio Santos (bateria), Tadeu Rodrigues (piston), Jota Dangelo (figurino e cartazes), Luiz Dangelo (cenário), Alzeni Zanetti de Campos Baía e Rita de Cássia Teixeira Hilário (costureiras), Sérgio Marques de Almeida Rolff (luz), Arthur Cláudio da Costa Moreira (som), Juarez Alves Batista e Henrique da Costa Moreira (montagem) e Luiz Antônio Bini (regência musical). Os personagens da referida peça teatral eram:
1) o Corifeu (Luiz Dangelo)
2) João Batista (Henrique Moreira)
3) os Inquisidores (Alberico Zanetti Neto, Waldir Raimundo e Henrique Moreira)
4) os Templários e Cristãos (Altamir Zanetti e Luiz Dangelo)
5) os Guardas (Antônio Roberto e Vicente Ferreira)
6) os cavaleiros do Apocalipse (Solidão – Alcimara Zanetti Pugliese, Angústia – Rita Hilário, Kibernos – Heloísa Helena Mendes, Poluição – Salette Bini, Guerra – Olívia Sequeira, Fome – Maria Auxiliadora Souza, Estrôncio 90 – Auriléa Nascimento)
7) a Morte (Alzeni Baía)
8) o Coro (Anacleto Gonçalves Pimenta, Honorato Morais de Faria, Antônio Roberto da Silva, Vicente Jorge Ferreira, Waldir Raimundo das Chagas, Henrique Moreira, Alberico Zanetti, Altamir Arcanjo Zanetti, Salette Bini, Alcimara Zanetti, Auriléa Zanetti Nascimento, Maria Auxiliadora de Souza, Alzeni Baía, Heloísa Mendes, Olívia Sequeira e Rita Hilário, Alcimara Zanetti Pugliese, Altamir Arcanjo Zanetti, Heloísa Helena Mendes, Honorato Morais de Faria, Luiz Antônio Boari Bini, Maria Auxiliadora de Souza, Auriléa Zanetti Nascimento, Tadeu Nicolau Rodrigues, José Eustáquio Santos, Vicente Jorge Ferreira, Salette Maria Bini, Anacleto Gonçalves Pimenta, Olívia Sequeira, Sérgio Marques de Almeida Rolff, Artur Cláudio da Costa Moreira, Alzeni Zanetti de Campos Baía, Antônio Roberto da Silva, Waldir Raimundo das Chagas, Rita de Cássia Teixeira Hilário, Juarez Alves Batista, José Nacif Nicolau e José Cimino, fundador do TUNIS).


Dª Mercês, acompanhando ao piano o "Coral da ASAP", colaborou ativamente para o sucesso do projeto CANTE CONOSCO mantido pela ASAP-Associação dos Aposentados e Pensionistas de São João del-Rei e fundado em 11/10/1996. O referido Coral esteve, desde a sua fundação até o início de janeiro de 2008, sob a regência  da Maestrina Anizabel Nunes Rodrigues de Lucas e, a partir de fevereiro de 2008, sob a direção do Maestro Paulo Miranda Filho.

Da esq. p/ dir.: ..., Maestrina Anizabel Nunes Rodrigues de Lucas, Mercês Bini Couto e Vicente Viegas


Entre os pertences deixados por Mercês Bini Couto, localizei o seu Título de Sócio Benemérito da Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei, que lhe foi concedido em 23 de janeiro de 2000, mas aprovado em A.G.E. de 24 de outubro de 1999, ou mais exatamente:

SOCIEDADE DE CONCERTOS SINFÔNICOS DE SÃO JOÃO DEL-REI

TÍTULO DE SÓCIO BENEMÉRITO

A Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei, em Assembléia Geral Extraordinária, de 24 de outubro de 1999, de acordo com o Capítulo II, Artigo 2, letra C, § 3º do Estatuto, pelos relevantes serviços prestados à Sociedade, deliberou outorgar o Título de Sócio Benemérito a

Professora Mercês Bini Couto

São João del-Rei, 23 de janeiro de 2000

Ass.: Ary Rodrigues - Presidente
Ass.: Aluízio José Viegas - Presidente do Conselho Artístico
Ass.: Watson Ferrari de Almeida


Do acervo de Mercês Bini Couto, tenho dela em mãos uma carta de próprio punho, datada de 08/02/2000, em que revela que pertencia ao Coral de S. Gonçalo desde 1987, certamente na condição de regente e acompanhadora, e onde ficamos sabendo que o referido coral, agradecido, lhe prestava uma homenagem, em dia próximo ao de seu aniversário. Vejamos a correspondência: 
Caros amigos
Olha, a emoção é grande e vocês sabem que não faço discurso, mas quero deixar aqui o agradecimento sincero por toda essa manifestação de carinho e amor que vocês teem para comigo e paciência também com as minhas exigências nos ensaios.
Francamente, devo estar mesmo no fim, sinto-me confusa diante de tamanha prova de cordialidade. Todos os anos vocês repetem o evento.
Sou muito mimada, carente e paparicada por todos vocês, mas ao mesmo tempo gratificada por pertencer ao Coral de S. Gonçalo desde 1987 com algumas falhas, é claro, por motivo de doença.
A vida caminhou em ritmo acelerado esses anos todos, muita coisa mudou... mas apezar da minha parcela ser muito pequena nesse conjunto, sinto o seu crescimento e espero crescer mais ainda com a cooperação de nossas queridas cantoras, pois sem elas não teríamos Coral.
Renovo meus agradecimentos.
Fiquem com Deus.
(O papel em que o texto foi escrito traz a seguinte legenda: "Boas recordações são tesouros maravilhosos.") 


Em 6 de dezembro de 2003, com uma magnífica apresentação, o Teatro Municipal de São João del-Rei e ex-alunos de Mercês Bini Couto carinhosamente prestaram homenagem à insigne pianista e professora são-joanense, que, desde 1923, em sua estreia aos sete anos nesse Teatro, até então vinha honrando e projetando nossa cidade, como admirável concertista, acompanhadora e respeitada mestra. Por ser memorável tal preito de gratidão à criança-prodígio que estreou no Teatro Municipal são-joanense no ano de 1923, e tendo-se juntando à grande mestra seus ex-alunos gratos a Deus por sua profícua existência, não posso deixar de apresentar a seguir o programa daquela noite:
1 – Beethoven: Sona ao Luar (1º movimento) – Nilce Cavalcante Alves, piano
2 – Carmem Sílvia Vasconcelos: Batuque Triste – Nilce Cavalcante Alves, piano
3 – Gaetano Lama: Come le rose (valsa) – Célia T. Montrezor (canto), Abgar Tirado (piano)
4 – Victor Herbert: Doce mistério da vida – Célia T. Montrezor (canto), Abgar Tirado (piano)
5 – W. Popp: Fantasia op. 189 sobre temas da ópera Fausto, de Gounod: Anizabel N. R. de Lucas (flauta), Nilce Cavalcante Alves (piano)
6 – Fabio Campana: Io vivo e t'amo – Raimunda Silveira Resende e Vicente Viegas (duo vocal)
7 – Pergolesi: Se tu m'ami, se sospiri (arietta) – Kissya Oliveira Andrade (canto), Abgar Tirado (piano)
8 – Abgar Tirado: Dia sem nascente – Kissya Oliveira Andrade (canto), Abgar Tirado (piano)
9 – Abgar Tirado: O Salutaris, dedicado a Vicente Viegas – Vicente Viegas (canto), Mercês Bini Couto (piano)
10– Mozart: Concerto para clarineta K. 622 (2º movimento) – Jonas Fernando de Souza (clarineta), Abgar Tirado (piano)
11– João Cavalcante: Enlevo (valsa) – Nilce Cavalcante Alves (piano)
12– F. Paolo Tosti: Ideale – Vicente Viegas (canto), Mercês Bini Couto (piano)
13– Abgar Tirado: Valsa em dó menor, dedicada a Mercês Bini Couto – Nilce Cavalcante Alves (piano)
14– G. Puccini: E lucevan le stelle (da ópera Tosca) – Vicente Viegas (canto), Mercês Bini Couto (piano)
15– F. Liszt: Un Sospiro (estudo de concerto) – Mercês Bini Couto (piano)
16– Gottschalk: Radieuse (grande valsa de concerto para piano a 4 mãos) – Primo: Mercês Bini Couto e Secondo: Abgar Tirado


Ainda, com referência ao aniversário de 80 anos de sua estreia no Teatro Municipal de São João del-Rei (1923-2003), localizei entre os pertences deixados por Mercês Bini Couto, uma comunicação assinada pelo Presidente da Câmara local, exarada nos seguintes termos:

Câmara Municipal de São João del-Rei

À
Senhora Mercês Bini Couto

A Câmara Municipal de São João del-Rei, através do Presidente e demais Vereadores, parabeniza a pianista Mercês Bini Couto, pela comemoração do octogésimo aniversário de sua estréia nos palcos, honrando e elevando o nome de nossa cidade.

Respeitosamente,

KLEBER BACCARINI VIEGAS
Presidente da Câmara 

Mercês Bini Couto em uma de suas últimas fotos


[ALVARENGA, SILVA, MACHADO & CAETANO] estão desenvolvendo interessante trabalho de pesquisa, intitulado "A Presença Feminina na Música das Vertentes: Tradição e Renovação Cultural" e considerado um desdobramento da pesquisa intitulada "A música e suas articulações identitárias nas corporações musicais de São João del-Rei e região: tradição e transformação no contexto histórico e sócio-cultural" que vem sendo implementada desde 2004 pelo Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial (LAPIP) da UFSJ. A respeito da participação pública feminina no meio musical são-joanense, os pesquisadores mencionados registram que ela "se fez presente em São João del-Rei apenas a partir do século XIX e início do século XX. Esta participação abriu espaço para outras atuações, não se restringindo à música sacra, como a Orquestra do Teatro Municipal de São João del-Rei, que em 1910 contava com três pianistas (mulheres), atuando junto a onze homens. A partir da década de 50, solistas de destaque como Mercês Bini Couto (piano) e Jupira Raposo (canto) e várias mulheres compunham os coros das corporações; já nos anos 60 e 70, as operetas realizadas pela Sociedade dos Concertos Sinfônicos contavam com expressiva participação feminina (COELHO & VIEIRA-SILVA, 2011). Algumas dessas mulheres encontraram abertura para realização profissional, às vezes como professoras de música, outras mesmo como concertistas (COSTA & PÁSCOA, 1997)."  


III.  NOTAS EXPLICATIVAS



¹  Cf. in 
-->http://bragamusician.blogspot.com.br/2013/07/pe-luiz-zver-frente-do-cac-centro.html

²  Reproduzo aqui a nota explicativa nº 3 à reportagem de José do Carmo Barbosa intitulada "Uma Cidade Vive Há dois Séculos Mergulhada nas Ondas Musicais", no seguinte link: 
-->

³  Aluízio José Viegas informou-me que o trio formado pelos três exímios instrumentistas tocou a première do "Trio Brasileiro", obra composta por Geraldo Barbosa de Souza.

Instituído em 1964 pela Fundação da Casa do Brasil, em colaboração com a Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa, o concurso para premiar um executante brasileiro de "quarteto clássico", Santiago Sabino Carvalho obteve, entre oito candidatos, o 1º lugar, ganhando assim, como prêmio, uma bolsa de estudos na Royal Academy of Music de Londres, para onde foi, em 14 de setembro de 1964. Viegas informou-me que Dª Mercês, como exímia acompanhadora que era, cooperou de certa forma para o êxito e brilho de Santiago Sabino, quando este venceu o primeiro prêmio que o levou à Europa. Consta que a banca avaliadora levantou-se para aplaudir Dª Mercês, tal foi o seu agrado com o toque do piano.

Viegas ainda me informou que o sucesso de Dª Mercês ao piano advinha de muita prática que ela tinha de tocar com orquestra, particularmente para o cinema mudo. Relatou um episódio que se passou com ele próprio. Foi encarregado de tocar uma sonata para flauta de Giovanni Platti e convidou Dª Mercês para acompanhá-lo ao piano. Muito seguro de si, recomendou à acompanhadora tocar forte ou piano conforme o movimento e era tudo o que bastava à interpretação da música barroca. Puseram-se a ensaiar a peça. A certa altura, Dª Mercês tomou a liberdade de sugerir-lhe "respirar" em determinadas passagens, evitando a impressão de um ritmo "quadrado". Ele pacientemente assinalou na partitura os instantes que deveria fazer as tais respirações.
No dia do concerto, seguiu à risca as recomendações de sua acompanhadora e o resultado foi simplesmente sensacional. Quando lhe indagavam quem lhe havia ensinado aquele perfeito fraseado, ele apontava para Dª Mercês e se sorriam.

  Cf. http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:uPH0UHG92d0J:www.unicap.br/jubra/wp-content/uploads/2012/10/TRABALHO-13.pdf+&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br



IV.  AGRADECIMENTOS




Aqui é o espaço ideal para dar crédito às pessoas que gentilmente emprestaram seu concurso para que este artigo ganhasse o formato exigido para um trabalho desse porte. Conforme já comentado na Introdução, devo louvar aqui o esforço do tenor Vicente Viegas que se dispôs a convencer Dra. Érika Bini a emprestar-me o acervo que possui a respeito de Mercês Bini Couto. A ambos, meu sincero agradecimento. Em seguida, cabe-me reconhecer o apoio recebido do Diretor do Conservatório Estadual de Música Pe. José Maria Xavier, Sr. Anthony Claret Moura Neri, que me facilitou o acesso a pastas e fotos antigas pertencentes à Instituição que dirige. Também não posso esquecer a colaboração recebida de Odila Maria Resende Vale por suas informações a respeito da C.A.S., cuja secretária era a saudosa Maria Marlene de Resende, sua irmã. Registro aqui ainda minha gratidão a Aluízio José Viegas, musicólogo, conhecedor profundo de música erudita, regente e pesquisador de música sacra, que guarda excelente memória de sua grande amiga, Profª Mercês Bini Couto. Finalmente, pela formatação das fotos, um agradecimento todo especial à minha esposa Rute Pardini por seu carinho, total disponibilidade e tolerância inesgotável diante de minhas constantes exigências.








* O autor tem Bacharelado em Letras (Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, atual UFSJ) e Composição Musical (UnB), bem como Mestrado em Administração (EAESP-FGV). Participa ativamente como membro de diversas instituições de cultura no País e no exterior, cabendo destacar as seguintes: Académie Internationale de Lutèce (Paris), Familia Sancti Hieronymi (Clearwater, Flórida), SBME-Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica (2º Tesoureiro), CBG-Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio de Janeiro), Academia de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei-MG, Instituto Histórico e Geográfico de Campanha-MG, Academia Valenciana de Letras e Instituto Cultural Visconde do Rio Preto de Valença-RJ, Academia Divinopolitana de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do DF, Academia Taguatinguense de Letras, Academia Barbacenense de Letras e Academia Formiguense de Letras. Possui ainda o Blog do Braga (www.bragamusician.blogspot.com.br) e é um dos colaboradores e gerente do Blog de São João del-Rei. Escreve artigos e ensaios para revistas, sites, portais e periódicos.