segunda-feira, 25 de julho de 2011

São João del-Rei sedia reunião de Articulação Comunitária com equipe formuladora do Caminho Religioso da Estrada Real-CRER: de Padroeira a Padroeira



Por Francisco José dos Santos Braga
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Na última sexta-feira, dia 22 de julho de 2011, ocorreu em São João del-Rei a primeira reunião de Articulação Comunitária, prevista na primeira atividade para a implantação do projeto Caminho Religioso da Estrada Real-CRER: de Padroeira a Padroeira. Para isso, reuniram-se, conforme agendado, funcionários da Secretaria Estadual do Turismo-SETUR/MG e da empresa responsável pela elaboração do projeto executivo (Impactur Consultoria Turística) com parceiros da área de abrangência do Município de São João del-Rei, às 14 horas, no prédio da Secretaria do Turismo e Cultura, na Praça Embaixador Gastão da Cunha, nº 70, e às 16 horas, em salão do Auditório da Associação do Comércio e Indústria de São João del-Rei (ACI Del-Rei). Nessa primeira fase, estão previstos, além dessas reuniões em outras 36 localidades referência, 5 Seminários Diocesanos.

A cidade de São João del-Rei é um dos 37 Municípios explicitamente já citados para formar a rota do Caminho Religioso da Estrada Real-CRER: de Padroeira a Padroeira, um roteiro religioso inspirado no Caminho de Santiago de Compostela. De acordo com a equipe que formulou o projeto, a relação dos 37 Municípios – sendo 32 no Estado de Minas Gerais e 5 em São Paulo –, que constituem a rota principal do CRER, é a seguinte: Caeté, Sabará, Raposos, Rio Acima, Nova Lima, Itabirito, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Catas Altas, Mariana, Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, São Brás do Suacuí, Entre Rios de Minas, Casa Grande, Lagoa Dourada, Prados, Tiradentes, São João del-Rei, Carrancas, Cruzília, Baependi, Caxambu, Soledade de Minas, S. Lourenço, Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Itamonte, Itanhandu, Passa Quatro, Cruzeiro-SP, Cachoeira Paulista-SP, Lorena-SP, Guaratinguetá-SP e Aparecida-SP. Embora só os Municípios declarados tenham direito a receber verbas, é claro que há muitos outros (pelo menos outros 49 no Estado de Minas Gerais) na área de abrangência ou de influência do circuito turístico religioso entre Caeté-MG e Aparecida-SP.

A recomendação dos técnicos para esses Municípios limítrofes da rota principal, que se localizam na área de influência e que não se achem entre os 49 Municípios não citados, é que procurem criar um atrativo novo e produtos religiosos no caminho da rota, de modo a atrair o peregrino para visitá-lo. Desta forma, cidades que não fazem parte dos 37 Municípios citados (por exemplo, Ritápolis e Lavras) devem programar com grande visibilidade a festa de seus padroeiros, de modo a convencer o peregrino a desviar-se eventualmente da rota principal – suponhamos – para participar de uma novena ou trezena em honra ao santo de sua devoção.

Relembrando, convém citar alguns dados gerais do CRER para esclarecimento do leitor. O circuito todo apresenta os seguintes aspectos distintivos:
  • possui cerca de 600 quilômetros, com início previsto no Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade, padroeira mineira, em Caeté-MG e término no Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Estado de São Paulo;
  • compreende 86 Municípios, sendo 81 em Minas Gerais e 5 em São Paulo;
  • abrange 3 Arquidioceses (Belo Horizonte, Mariana e Aparecida) e 3 Dioceses (Campanha, São João del-Rei e Lorena), totalizando mais de 258 paróquias.
Falemos inicialmente sobre a reunião ocorrida às 14 horas. Além do expositor Dr. Flávio Vitarelli, da Impactur, e de Alexandra Freitas, funcionária da SETUR/MG, compareceram os seguintes parceiros são-joanenses interessados no projeto de turismo religioso em nossa região:

Revmo. Padre Geraldo Magela da Silva, Pároco e Cura da Catedral Basílica Nossa Senhora do Pilar; Revmo. Padre Dirceu de Oliveira Medeiros, Vigário Geral da Cúria Diocesana e Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Prados; Fábio da Silva e Márcia Aparecida da Silva Lopes, representando o Revmo. Padre José Raimundo da Costa, Pároco da Paróquia de São José e responsável pela Igreja de Santo Antônio do Rio das Mortes; Daniele Teixeira, representando o Secretário do Turismo e Cultura e a Trilha dos Inconfidentes Convention & Visitors Bureau; Jonas Augusto (Imprensa da Prefeitura Municipal); Rute Pardini, cantora lírica; o escritor desta matéria, convidado pelo Departamento Diocesano de Comunicação-DEDICOM, da Diocese de São João del-Rei. Também compareceram à reunião das 14 horas representantes de Ritápolis (Denise Santos e Milena do Carmo Justino Santos).

O funcionário da Impactur, Dr. Flávio Vitarelli, começou sua exposição, afirmando que o CRER é um roteiro religioso inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, não devendo ultrapassar 600 quilômetros, o que equivaleria a uns 30 dias de caminhada, supondo uma média de 20 km/dia.

O circuito de Caeté a Aparecida foi o escolhido, já que se constatou que os Estados de Minas Gerais e São Paulo são os que mais recebem turistas católicos do Brasil, em busca de experiências religiosas e de manifestações de fé popular.

Deu informações sobre a “Jornada Mundial da Juventude”, que se constitui no maior encontro de jovens de todo o mundo em torno do Vigário de Cristo e cuja 26ª edição terá lugar em Madri, no período de 16 a 21 de agosto de 2011. Falou ainda sobre a importância da Jornada Arquidiocesana da Juventude em território brasileiro, promovida pela Arquidiocese de Belo Horizonte, reunindo milhares de jovens ao mesmo tempo. Finalmente, mencionou os principais centros turísticos religiosos no Estado de São Paulo: Aparecida, Cachoeira Paulista (onde está sediada a Canção Nova, maior centro da Renovação Carismática) e Guaratinguetá (cidade onde nasceu São Frei Galvão).

Em seguida, falou de cinco fases, antes da implantação definitiva do CRER. Nesta primeira fase, ocorrerão reuniões com parceiros de cada localidade referência, como esta de hoje em São João del-Rei, finalizando com a entrega de relatório por parte da Impactur à Secretária Estadual de Turismo-SETUR, em dezembro de 2011. Além dessas reuniões de Articulação Comunitária, haverá ainda 5 Seminários Diocesanos. A execução do projeto ficará a cargo de outra empresa a ser licitada pela SETUR.

Lembrando que se trata de uma rota católica, que carece ter sua própria identidade, as outras quatro fases incluem, de acordo com o técnico da Impactur: demarcação do território (já demarcada por GPS, aproveitando a rota da Estrada Real e demarcando em cada cidade da rota o que precisa ser considerado: templo A ou B, Avenida tal ou qual, etc.); banco de dados (a atualizar até dezembro de 2011 pela Impactur à SETUR e que é preciso manter atualizado. Recomenda lembrar-se de incluir serviços religiosos que a Igreja presta. Ex. horário de confissões, festa de santos padroeiros e outros); marca (vieira ou concha no caso do Caminho de Santiago de Compostela. No caso do CRER, é preciso definir se será um manto, coração ou coroa, ou ainda outra marca); guia em papel, mapa e passaporte com carimbo do padroeiro em cada cidade; sinalização muito simples, fácil de manter.

A seguir, Pe. Dirceu deixou claro que há certas indefinições quanto à participação da Igreja nas cinco fases mencionadas, o que não poderia estar acontecendo, já que se trata de uma rota católica. Apresentou a sugestão de que a Igreja precisa ser instada a se engajar com maior firmeza. Queixou-se ainda de que os ofícios têm sido encaminhados à Cúria Diocesana “em cima da hora”, impossibilitando desmarcar compromissos já assumidos anteriormente. Finalmente, pediu a inclusão de todos os parceiros, de forma que a execução do projeto seja a mais tranquila possível, sem surpresas indesejáveis.

Pe. Geraldo Magela sugeriu seja imediatamente criada uma Assessoria Teológica para os técnicos formuladores do projeto e ainda lembrou os nomes dos cidadãos são-joanenses Aluízio José Viegas, Prof. Abgar Campos Tirado e Prof. Antônio Gaio Sobrinho como os mais indicados para desempenhar essa missão.

Quando Dr. Flávio indagou sobre os principais atrativos turísticos, considerados patrimônio cultural são-joanense, Pe. Geraldo Magela mencionou a Semana Santa, com destaque para os Ofícios de Trevas; 2 corporações musicais de mais de 200 anos que executam especialmente música sacra composta por compositores locais (Orquestra Ribeiro Bastos e Lira Sanjoanense); as festas de Bom Jesus de Matosinhos e do Divino; e Festa de Nossa Senhora do Carmo e das Mercês. Complementei essas informações com a de que o leigo católico de São João del-Rei costuma tomar bênção do padre, cumprimentando-o com a expressão “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”, ao que aquele responde: “Para sempre seja louvado”. Falei sobre a manutenção das Encomendações de Almas em São João del-Rei, cerimônia litúrgica leiga cuja origem está radicada em Portugal medieval; Festa de Passos (que antecede as festividades da Semana Santa em São João del-Rei), promovida pela Irmandade dos Passos, finalizando com a característica Procissão do Encontro de Nossa Senhora das Dores com o seu filho, Nosso Senhor dos Passos; estendi-me ainda explanando sobre as Irmandades religiosas são-joanenses. Jonas Augusto, por sua vez, falou ainda sobre a linguagem dos sinos, os tapetes de ruas e o GOU (grupo de oração universitária) dentro da UFSJ.

Dr. Flávio comentou finalmente sobre a gestão dessa rota (municipal): manutenção da sinalização (Todos concordaram que a sinalização deveria ficar na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar e na Igreja de Santo Antônio do Rio das Mortes, por sugestão do Pe. Geraldo Magela.); postagem nas redes sociais de informações referentes aos turistas; registro do perfil desse caminhante (Quem vem, de onde vem, quanto tempo fica, como se hospeda?); controle da segurança principal (De onde vem e para onde vai?); controle da gestão (Todos concordaram que deveria ser exercido pela Secretaria de Turismo de São João del-Rei e comissão da Cúria Diocesana).

Concluindo, todos concordaram sobre os principais pontos positivos do CRER para a cidade de São João del-Rei e entorno, a saber: revitalização do Terceiro Setor, especialização de guias turísticos, melhoria da infraestrutura a cargo do agente público, geração de renda e emprego, ênfase no artesanato como manifestação cultural e valorização da cultura e religiosidade popular.

A reunião das 16 horas no salão do Auditório da ACI Del-Rei contou com participação mais intensa de pessoas vinculadas a organizações religiosas são-joanenses, como se pode ver abaixo: Dr. Flávio Vitarelli, Alexandra Freitas, Raquel Andrade (Ordem Terceira do Carmo), Newman Luiz Torga da Silva (Irmandade do Santíssimo Sacramento), Anthony Claret Moura Neri (Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos), Edmilson Sales (Conselho Municipal Antidrogas de São João del-Rei), Marcos Antônio Cobucci de Albuquerque e Aluízio José Viegas (Confraria Nossa Senhora da Boa Morte), José Justino Fernandes (Irmandade de São Miguel e Almas), Karla Adriana Veloso Vitalino e Fabrícia Cássia Resende (grupo Lendas São-joanenses), Mariana Resende (gestora do Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes), Ana Pessoa Santos (do jornal Gazeta de São João del-Rei), Jonas Augusto, Rute Pardini, bem como o escritor desta matéria.

Veio ainda Elias José de Moura Neto (Secretário de Cultura e Turismo de Conceição da Barra de Minas).

De Carrancas, vieram: representando a Secretaria de Cultura e Turismo, Daléia Alves; representando a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, Neuza Alves Ribeiro Nogueira Sousa; representando o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio, Poliana Andrade; e Cláudia Ferolla, proprietária do receptivo Minas Trilhas Gerais e representante da Associação Carranquense dos Empreendedores do Turismo-ACETUR.

Nesse encontro, foram projetados mapas, gráficos, diagramas e quadros, além de inúmeras informações acerca do circuito. Reproduzo abaixo algumas dessas informações prestadas por Dr. Flávio Vitarelli, da Impactur:

Caminho Religioso da Estrada Real-CRER: de Padroeira a Padroeira

Política estadual de turismo: tornar Minas Gerais o melhor e mais visitado destino turístico do Brasil

Turismo sustentável

Estrada Real: maior empreendimento turístico do Estado, com potencial de se tornar o maior do Brasil (mais de 1.600 km)

De Padroeira (mineira) a Padroeira (brasileira): maior caminho religioso da América Latina

Inspiração: Caminho de Santiago de Compostela, ocupando os brasileiros o 3º lugar

Minas Gerais já capta hoje 60% do turismo brasileiro

Objetivos específicos: Criar e estruturar um novo produto turístico, com foco prioritário em religiosidade, complementado pelo histórico-cultural e natural; oferecer um roteiro de peregrinação estruturado para um público adepto a longas caminhadas, pedaladas ou cavalgadas; integrar as cidades por onde perpassa a Estrada Real em um produto novo ou inédito; atrair parte dos mais de 10 milhões de turistas que anualmente fazem peregrinações no trecho Aparecida, Guaratinguetá, Lorena, Cachoeira Paulista e Sul de Minas; aumentar a oferta de produtos turísticos nos mercados nacional e internacional; e fortalecer destinos turísticos que ainda não têm visibilidade ou não são conhecidos.

Princípios Metodológicos: desenvolvimento ambientalmente sustentável, planejamento integrado, planejamento estratégico e planejamento participativo.

Atividades:

Seminários Diocesanos e Articulação Comunitária: 37 reuniões e 5 seminários.

Definição do trajeto do caminho religioso ao longo da Estrada Real.

Levantamento geo-referenciado (por GPS) dos atrativos turísticos locais (banco de dados: missas, bênçãos, serviços religiosos, etc.), da infraestrutura turística, de apoio, de sinalização do caminho já existente.

Levantamento de disponibilidade de água e indicação de eventuais necessidades de intervenção.

Elaboração do conceito gráfico do projeto e das peças gráficas: mapa do caminho religioso, guia, passaporte (que seja um diário de bordo em que o caminhante possa registrar sua experiência religiosa), carimbos (padroeiro de cada cidade?) e certificados. Problema: mineradoras e caminhões de mineradoras dificultando a livre circulação ao longo do percurso.

Sinalização turística: interpretativa, indicativa e educativa: projeto executivo de sinalização, localização geo-referenciada de toda a sinalização prevista, a quantidade, o material a ser utilizado e o tipo de informação a ser colocada; manual descritivo com as orientações técnicas para implementação da sinalização do Caminho Religioso.

Concluída a apresentação, o expositor, Dr. Flávio Vitarelli, convidou-me para encerrar a reunião. Fazendo uso da palavra, recomendei inicialmente a todos a leitura da minha matéria referente à assinatura do protocolo de intenções, ocorrida no dia 12 de julho de 2011, no Auditório Térreo da FIEMG, em Belo Horizonte, em que os signatários se comprometeram a se empenhar no desenvolvimento do projeto Caminho Religioso da Estrada Real-CRER: de Padroeira a Padroeira. Foram eles: os principais Secretários de Estado do Governo de Minas Gerais, a Arquidiocese Metropolitana de Belo Horizonte, a Arquidiocese de Mariana, as Dioceses de Campanha e de São João del-Rei, a FIEMG e a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico.

Em seguida, falei em nome do Revmo. Bispo da Diocese de São João del-Rei, Dom Frei Célio de Oliveira Goulart, que está muito lisonjeado com que a sede de sua Diocese tenha sido distinguida com o convite para ser parceira importante de dois circuitos turísticos religiosos, a saber: do circuito Caminho Nhá Chica e Padre Victor-CNCPV, oficialmente lançado em 21 de abril de 2011, em Campanha, em que nossa cidade é considerada marco zero do circuito; e do projeto Caminho Religioso da Estrada Real-CRER: de Padroeira a Padroeira, em que a Diocese de São João del-Rei ganha importante representatividade, quando, de suas 24 cidades sob sua jurisdição eclesiástica, 19 estão inseridas no CRER, conforme Ofício 188/2011/GAB do Secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Exmo. Sr. Agostinho Patrus Filho. Finalmente, ressaltei a importância da parceria entre as pastas do Governo de Minas que participam do programa e as prefeituras, circuitos turísticos, arquidioceses e dioceses.

Expliquei que a determinação feita pelo governador Antonio Anastasia a todo o secretariado, de priorizar o trabalho coordenado, coeso, com união de forças, já estava no seu projeto de governo, desde a sua campanha à reeleição. Lembrei que o então candidato ao Governo de Minas Gerais, Antônio Anastasia, visitara Mariana, em companhia de Aécio Neves e do saudoso Itamar Franco, tendo mantido uma reunião amplamente noticiada com o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha. Na ocasião, o governador Antônio Anastasia afirmou que, se reeleito, iria criar um programa especial de proteção ao patrimônio histórico de Minas Gerais, em parceria com a sociedade civil e com a Igreja. Finalizei dizendo que isso estava sendo rigorosamente cumprido.

Imagens: Representantes da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, Impactur Consultoria Turística, Diocese de São João del-Rei, Prefeituras Municipais e circuitos turísticos na primeira reunião de Articulação Comunitária para implantação do Caminho Religioso da Estrada Real: de Padroeira a Padroeira. Crédito: Jonas Augusto


* Francisco José dos Santos Braga, cidadão são-joanense, tem Bacharelado em Letras (Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, atual UFSJ) e Composição Musical (UnB), bem como Mestrado em Administração (EAESP-FGV). Além de escrever artigos para revistas e jornais, é autor de dois livros e traduziu vários livros na área de Administração Financeira. Participa ativamente de instituições no País e no exterior, como Membro, cabendo destacar as seguintes: Académie Internationale de Lutèce (Paris), Familia Sancti Hieronymi (Clearwater, Flórida), SBME-Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica (2º Tesoureiro), CBG-Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio de Janeiro), Academia de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei-MG, Instituto Histórico e Geográfico de Campanha-MG, Academia Valenciana de Letras e Instituto Cultural Visconde do Rio Preto de Valença-RJ e Fundação Oscar Araripe em Tiradentes-MG. Possui o Blog do Braga (www.bragamusician.blogspot.com), um locus de abordagem de temas musicais, literários, literomusicais, históricos e genealógicos, dedicado, entre outras coisas, ao resgate da memória e à defesa do nosso patrimônio histórico.Mais...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Projeto CAMINHO RELIGIOSO DA ESTRADA REAL-CRER: de PADROEIRA a PADROEIRA

Alinhar ao centro

Por Francisco José dos Santos Braga *


Tive a honra de ser indicado pelo Revmo. Bispo Diocesano de São João del-Rei, Revmo. Dom Frei Célio de Oliveira Goulart, para representá-lo em cerimônia de assinatura do protocolo de intenções para implantação do "Caminho Religioso da Estrada Real-CRER: de Padroeira a Padroeira", que ocorreu na terça-feira (12/7/2011), às 19 horas, no Auditório Térreo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais-FIEMG, onde compareci em companhia do assessor diocesano, Cláudio Guimarães Pereira.


O endereço onde ocorreu o prestigiado evento foi Avenida do Contorno, 4520, bairro Funcionários, em Belo Horizonte, MG.


Ao evento concorreu seleta assembleia de aproximadamente cem pessoas, que acompanhou com muito interesse não só a assinatura do protocolo de intenções, bem como os discursos oficiais que se seguiram, em consonância com o cerimonial.


Para compor a mesa, foram convidadas pelo cerimonial as seguintes pessoas (da direita para a esquerda, na fotografia anexa):

- Augusto Lio Horta, Exmo. Secretário-Adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-SEMAD
- Maria Olívia de Castro, Exma. Secretária-Adjunta de Estado da Cultura-SEC
- Renata Vilhena, Exma. Secretária de Estado de Planejamento e Gestão-SEPLAG
- Agostinho Patrus Filho, Exmo. Secretário de Estado de Turismo-SETUR
- Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Revmo. Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte
- Sérgio Cavalieri, Exmo. Vice-Presidente FIEMG, representando o Exmo. Presidente Olavo Machado Jr.
- Marcos Paulo de Souza Miranda, Membro do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Exmo. Coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico
- o autor desta matéria (literato e historiador), na condição de representante de Dom Frei Célio de Oliveira Goulart, Revmo. Bispo da Diocese de São João del-Rei.


Entre os presentes, divisei algumas autoridades conhecidas por mim, a saber: o Diretor Geral do Instituto Estrada Real (IER), Baques Vladimir C. Sanna, o Prefeito de Tiradentes, Nílzio Barbosa, o Prefeito de Nazareno, José Heitor Guimarães de Carvalho, e o Presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (ABRAJET/MG), João Carlos Amaral, natural de Barbacena.


Pude comprovar quão importante é a Diocese de São João del-Rei, tanto que todos os oradores mencionaram a relevância desse parceiro para o bom êxito do referido projeto. Tal representatividade se deve ao fato de 19 cidades dessa Diocese estarem incluídas no roteiro turístico religioso a ser implantado. Os Municípios ligados à Diocese de São João del-Rei, inseridos no Caminho Religioso, são: Minduri, São Vicente de Minas, Madre de Deus de Minas, Piedade do Rio Grande, Barroso, Santa Cruz de Minas, Dores do Campo, Ritápolis, Conceição da Barra de Minas, Nazareno, Itutinga, Luminárias, Lagoa Dourada, Resende Costa, Coronel Xavier Chaves, Prados, Tiradentes, São João del-Rei e Carrancas, conforme Ofício 188/2011/GAB do Secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Exmo. Sr. Agostinho Patrus Filho.


Nunca é demais mencionar que São João del-Rei deverá destacar-se de outros Municípios por oferecer todas as condições de preencher os requisitos que atendam o segmento turismo religioso: conhecida pela religiosidade de seu povo, possui boa infraestrutura hoteleira e de restaurantes, detentora de Universidade Federal e Institutos privados de educação superior, dotada de natureza pujante e bela e de muitos outros predicados. Ainda cabe adicionar que São João del-Rei já se tornou um destino-referência para o Ministério do Turismo no segmento “Turismo de Estudos e Intercâmbio”.


A assinatura do protocolo de intenções naquela noite marcou o início de um projeto que ligará os Santuários de Nossa Senhora Aparecida e de Nossa Senhora da Piedade, respectivamente padroeira do Brasil e do Estado de Minas Gerais.


Ele será um roteiro integrado de turismo religioso, envolvendo 86 municípios entre os santuários da Serra da Piedade, em Caeté, Minas Gerais, e da Padroeira do Brasil, em Aparecida, São Paulo. Serão cerca de 600 quilômetros destinados à peregrinação e meditação, com conceito e sinalização turística indicativa, baseados no Caminho de Santiago de Compostela.


O secretário de Estado de Turismo de Minas, Agostinho Patrus Filho, lembrou que tanto o Santuário de Aparecida quanto o Santuário de Nossa Senhora da Piedade são locais de peregrinação. Lembrou também que o Brasil ocupa o terceiro lugar no “ranking” de países que mais enviam turistas a Santiago de Compostela. Agostinho Patrus afirmou que o Caminho Religioso será reflexo da riqueza de Minas Gerais.


O secretário ainda enfatizou que a demanda por um caminho religioso é crescente no Brasil e que caminhadas por longos percursos são uma tendência internacional. “Além da religiosidade, da introspecção e da busca pelo bem-estar espiritual, essa iniciativa vai desencadear a geração de empregos, de renda e a consequente melhoria da qualidade de vida da população dos municípios”, disse.


Ainda de acordo com o secretário, o Brasil é o terceiro país a enviar mais turistas ao Caminho de Santiago, atrás apenas da Espanha e França. “Temos dentro do Brasil um público potencial a ser trabalhado. Vamos incentivar a oferta do turismo religioso, aliada aos nossos atrativos de natureza, cultura e história”, afirmou.


Ressaltou finalmente a relevância da parceria entre as pastas do Governo de Minas que participam do programa e as prefeituras, circuitos turísticos, arquidioceses e dioceses. "É importante que os diversos atores envolvidos realizem esse trabalho, de fato, em conjunto, para consolidar efetivamente o Caminho Religioso. As parcerias têm sido muito vitoriosas no Governo de Minas. A determinação feita pelo governador Antonio Anastasia a todo o secretariado, de priorizar o trabalho coordenado, coeso, com união de forças, tem apresentado resultados que já nos enchem de entusiasmo", concluiu.


Representando o Presidente da Fiemg, o empresário Sérgio Cavalieri, que acumula as funções de presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) e de vice-presidente da Fiemg, lembrou que a iniciativa contribuirá para o desenvolvimento econômico de todas as cidades que formarão o circuito.


A expectativa, segundo ele, é que o Caminho Religioso comece a ser implantado em 2012, num prazo de seis meses.


Agradeceu, em nome do Sistema Fiemg, ao Instituto Estrada Real, ali representado por seu Diretor Geral, Baques Vladimir C. Sanna, o qual tem participado de tão importante projeto, pioneiro no segmento de turismo religioso em Minas Gerais. Comentou, em seguida, sobre a importância de tal projeto em um país com as características do Brasil e que tem uma das mais numerosas populações católicas do mundo. Convidou ainda todos os Secretários presentes a solidificarem a parceria vitoriosa do Sistema Fiemg com o Governo do Estado de Minas Gerais e a iniciarem uma parceria enriquecedora e importante com a Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte, a Arquidiocese de Mariana e as Dioceses de Campanha e de São João del-Rei. Finalmente, instou os presentes a reconhecerem o aumento da visibilidade do turismo em Minas Gerais, principalmente devido aos esforços da Estrada Real, que se credencia cada vez mais como destino consolidado daquele. Minas Gerais — concluiu — tem todas as condições para oferecer aos turistas de todos os Estados do País, e mesmo do exterior, uma nova opção em termos de destino, mormente agora que se aproximam eventos importantes como a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016.


O executivo da Fiemg acrescentou ainda que o projeto do Caminho Religioso da Estrada Real, baseado no Caminho de Santiago de Compostela, dará ao turista as opções de percorrê-lo a pé, de bicicleta ou a cavalo, configurando-se assim como uma opção de turismo e peregrinação na Estrada Real. Como o seu modelo espanhol, o trajeto será demarcado para que o viajante seja capaz de se orientar ao longo de todo o percurso através de sinalização e guias ilustrados com mapas. O turista/peregrino também receberá um passaporte que será carimbado em pontos pré-estabelecidos. Aqueles que tiverem todos os carimbos receberão um Certificado de Conclusão do Caminho Religioso.


O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, destacou a força da religiosidade mineira, lembrando que, no ano passado, 10,3 milhões de peregrinos visitaram o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. “Metade desse número é de mineiros. Isso demonstra, então, uma grande possibilidade para o turismo religioso com a formatação desse Caminho Religioso”, afirmou. Além de ambos os santuários terem em comum a devoção mariana, o arcebispo lembrou que os santuários da Padroeira de Minas e da Padroeira do Brasil partilham vínculos históricos.


Segundo ele, o primeiro arcebispo de Aparecida (SP) e responsável por iniciar a construção do Santuário da Padroeira do Brasil, o cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota (1890-1982), era mineiro e, antes de ir para São Paulo, foi capelão do Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Conforme contou Dom Walmor, o cardeal Mota sempre visitava Minas e o Santuário da Padroeira do Estado, no alto da Serra da Piedade. Para ele, o Caminho Religioso “será uma força religiosa, cultural e educativa”. “Tenho certeza que colocará Minas em um lugar ainda mais marcante no cenário nacional”, concluiu o arcebispo.


Por fim, o arcebispo provocou os presentes, indagando quantos haviam visitado o Santuário de Aparecida: quase a totalidade ergueu a mão em sinal afirmativo. Por outro lado, quando indagou se os presentes já tinham estado no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, apenas metade ergueu a mão. Isso, em sua opinião, revela o potencial turístico que representa o santuário da padroeira de Minas Gerais, desde que haja melhor divulgação e conhecimento.


Além disso, mostrou que 60% do total de turistas estrangeiros que se dirigem ao Brasil têm como destino Minas Gerais.


De acordo com a Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, que representou o governador Antônio Anastasia no evento, a iniciativa tem grande relevância para o Estado. “Um traço forte dos mineiros é a fé, a crença. Não podemos perder essa característica. Unir, então, a padroeira do Brasil à de Minas Gerais por meio desse caminho é um passo importante nesse sentido e decisivo para o turismo religioso”, ressaltou.


Relembrou ainda momentos de sua infância passada em Campanha, no Sul de Minas, onde era tradição de família acompanhar as procissões e rituais religiosos, principalmente durante a Semana Santa. Renata afirmou que repassou aos filhos esse sentimento de fé. “O projeto Caminho Religioso, que tem como símbolo o coração, já começou vitorioso”, disse.


Todos os oradores inscritos assinaram igualmente o Protocolo de Intenções.

A assinatura de um protocolo de intenções na noite de terça-feira (12/7/2011) marca o início de um projeto que ligará os Santuários de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e de Nossa Senhora da Piedade — o "Caminho Religioso da Estrada Real: de Padroeira a Padroeira".

Aqui cabe lembrar que, durante a sua campanha pela reeleição, o então candidato ao Governo de Minas Gerais, Antônio Anastasia, visitou Mariana, em companhia de Aécio Neves e Itamar Franco, tendo mantido uma reunião amplamente noticiada com o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha. Na ocasião, o governador Antônio Anastasia afirmou que, se reeleito, iria criar um programa especial de proteção ao patrimônio histórico de Minas Gerais, em parceria com a sociedade civil e com a Igreja. A proposta estava no seu projeto de governo.

Na mesma ocasião, o governador Antônio Anastasia ressaltou a importância do Estado como guardião do patrimônio histórico do País. Disse, ainda, que pretendia investir ainda mais em infraestrutura para atrair um número cada vez maior de turistas à região.
Metade do patrimônio histórico do Brasil está aqui em Minas. Temos de fazer de fato um projeto muito grande para termos aqui a infraestrutura turística necessária: por isso, os investimentos ao longo dos últimos anos com Aécio Neves e agora comigo para trazermos estradas, telefonia, saneamento, segurança, saúde para atrair os turistas. E é claro que com os turistas aumentaremos a renda e os empregos dessas cidades turísticas”, disse Antônio Anastasia.


Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade


O Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade está localizado a 48 km da capital mineira e a 16 km do município de Caeté, num cenário de riquíssima beleza natural, no alto da montanha, a 1746 metros acima do nível do mar.


No ano de 2010 se comemorou o cinquentenário da proclamação oficial de Nossa Senhora da Piedade como padroeira do Estado de Minas Gerais. O ano jubilar foi vivido em meio a muitos empenhos pela preservação do conjunto de tudo o que constitui este grande dom de Deus, o Santuário de Nossa Senhora na Serra da Piedade. Os esforços incluem o cuidado e melhorias de toda a infraestrutura do Santuário para proporcionar aos fiéis as melhores condições para sua peregrinação, vivência espiritual e deleite desta beleza singular e tão única.


Um pouco de história


Os fidalgos portugueses Antônio da Silva Bracarena e Irmão Lourenço, fundador do Colégio do Caraça, chegaram por volta do século XVIII e construíram na Serra da Piedade um rústico eremitério e, ao lado, uma igreja dedicada à Nossa Senhora, santa pela qual tinham grande devoção.


Em 1956, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Santuário de Nossa Senhora da Piedade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), através do Processo de nº 526-T-55; Inscrição nº316, Livro Histórico, folha 53; Inscrição nº 16, Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, folha 04, de 26 de setembro de 1956.


O Papa João XXIII proclamou Nossa Senhora da Piedade Padroeira do Estado de Minas Gerais, em 1958. A escultura de Nossa Senhora da Piedade, esculpida no século XVIII, é de autoria de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho).


Fatos importantes marcaram o ano de 2004:
- O governador do Estado sancionou a Lei nº 15.178/04, em 16 de junho, que define os limites de conservação da Serra da Piedade - de acordo com diretrizes do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), considerada Área de Proteção Ambiental, em cumprimento do disposto no & 1º. do Art. 84 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado de Minas Gerais.

- Tombamento Municipal do Conjunto Cultural, Arquitetônico, Paisagístico e Natural da Serra da Piedade - Decreto no.2.067/04, de 20 de dezembro de 2004 e Unidade de Conservação Estadual na categoria Monumento Natural, conforme prevê a Constituição do Estado de Minas Gerais/1989, art 84 - lei 15.178/04.


Fato importante em 2010: Vínculo espiritual com a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma
Desde 13 de maio de 2010, a Ermida da Padroeira e a Igreja Nova das Romarias estão vinculadas espiritualmente à Basílica de Santa Maria Maior em Roma, sendo motivo de grande alegria para todos os fiéis poderem receber a indulgência plenária durante a Confissão Sacramental, a Comunhão Eucarística, a Oração do Senhor (Pai Nosso) e o Símbolo da Fé (Credo).


O Governador do Estado assinou um ofício que torna o Santuário um atrativo turístico de especial relevância no Estado. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan aprovou, em dezembro de 2010, a extensão de tombamento do conjunto arquitetônico e urbanístico da Serra da Piedade em Minas Gerais.


Com a extensão de tombamento, o polígono de proteção abrange a antiga área tombada pelo Iphan, os tombamentos estadual e municipal e garante a visibilidade do bem, incluindo sua linha de perfil, os recursos hídricos, a biodiversidade e os aspectos cênicos.


Imagem: Representantes do Governo de Minas Gerais e da Arquidiocese de Belo Horizonte e Diocese de São João del-Rei assinam protocolo de intenções para implantação do Caminho Religioso da Estrada Real: de Padroeira a Padroeira. Crédito: Sebastião Jacinto Junior


* Francisco José dos Santos Braga, cidadão são-joanense, tem Bacharelado em Letras (Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, atual UFSJ) e Composição Musical (UnB), bem como Mestrado em Administração (EAESP-FGV). Além de escrever artigos para revistas e jornais, é autor de dois livros e traduziu vários livros na área de Administração Financeira. Participa ativamente de instituições no País e no exterior, como Membro, cabendo destacar as seguintes: Académie Internationale de Lutèce (Paris), Familia Sancti Hieronymi (Clearwater, Flórida), SBME-Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica (2º Tesoureiro), CBG-Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio de Janeiro), Academia de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei-MG, Instituto Histórico e Geográfico de Campanha-MG, Academia Valenciana de Letras e Instituto Cultural Visconde do Rio Preto de Valença-RJ e Fundação Oscar Araripe em Tiradentes-MG. Possui o Blog do Braga (www.bragamusician.blogspot.com), um locus de abordagem de temas musicais, literários, literomusicais, históricos e genealógicos, dedicado, entre outras coisas, ao resgate da memória e à defesa do nosso patrimônio histórico.Mais...