domingo, 29 de junho de 2025

APRESENTAÇÃO DO MEU LIVRO “NO REINO DA MÚSICA”

Por Francisco José dos Santos Braga 
 
Capa e orelha

Contracapa e orelha (continuação)


É com muita alegria que hoje, dia 28/06/2025, a partir das 10 h, estive participando do 14º FELIT-FESTIVAL DE LITERATURA DE SÃO JOÃO DEL-REI, expondo, na entrada da Biblioteca Municipal Baptista Caetano d'Almeida (com 198 anos de existência [1827-2025], a primeira biblioteca de Minas Gerais], meu livro NO REINO DA MÚSICA, que acaba de ser editado pela Editora Gulliver de Divinópolis-MG, com 509 páginas.
Tenho o prazer de reproduzir neste Blog do Braga a Apresentação que fiz na minha obra para esclarecer o meu propósito ao produzir esse livro, a partir de textos dos meus blogs, devidamente atualizados, revistos e ampliados para facilitar o trabalho de pesquisadores de ciências sociais, musicólogos, melômanos e interessados no tema musical. 
O que dizer a respeito deste livro intitulado “No Reino da Música”? 
 
É obra de um melômano, amante da música, ou de um historiador? Possivelmente de ambos, tendo em vista a formação do seu autor que, desde seus 13 anos, se viu envolvido e completamente apaixonado pela música. Este livro é fruto de alguém que busca, um buscador, que se propõe a rastrear, investigar e identificar os feitos, fenômenos e proezas de natureza musical cujas manifestações se verificaram ao longo de séculos na história da música. 
 
A mitologia atribui a Euterpe, uma das nove musas, a invenção da música, da poesia lírica e da flauta dupla que proporcionava duplo prazer musical àqueles que a ouviam. 
 
Seriam os músicos seres inspirados pela musa Euterpe, ou, por outro lado, dominados por humano anseio de glória e fama? Quase sempre, nem uma coisa nem outra. Se formos verificar o dia-a-dia desses compositores e instrumentistas ilustres, veremos que eles se destacam mais por sua transpiração (luta diária disciplinada) do que por sua inspiração. O aprendizado e a prática de instrumentos e a sua orquestração consomem-lhes todo o tempo, sacrificando a serviço da Arte o seu bem-estar e o de seus mais próximos. 
 
A Natureza é pródiga e presenteia cada geração com músicos especialmente dotados que maravilham os seus contemporâneos com sua habilidade incomum para a música. 
 
Quase toda a tradição musical está permeada também pelo mito de Orfeu. Acreditava-se que esse personagem era capaz de encantar ao som de sua lira todos os seres vivos e até inanimados como as pedras. Como um arquétipo do cantor inspirado, é uma das figuras mais significativas na recepção da mitologia clássica na cultura ocidental, retratada ou mencionada em inúmeras formas de arte e cultura popular, incluindo poesia, cinema, ópera, música e pintura. O poeta Píndaro o chama “pai das canções”, identificando sua descendência do rei trácio Eagro e da musa Calíope. 
 
Todos os compositores, artistas e instrumentistas que aparecem neste livro são propostos para atender uma metodologia chamada de “análise fenomenológica musical”, uma expressão que parece complicada, mas que é relativamente simples de explicar. Inicialmente cabe definir o que se entende por fenomenologia. Para Heidegger, trata-se de “um método de investigação... significa, antes de tudo, um conceito de método.” Para Merleau-Ponty, fenomenologia é o “estudo das essências”, sendo necessária a reflexão a fim de se poder observar as coisas da forma como elas se manifestam. 
 
Ao trazer a fenomenologia como abordagem para um estudo musical, o foco está na escuta e na reflexão resultante. Mas não se trata de uma mera experiência de escuta, mas aquela em que se atente para os detalhes da obra musical, sendo esse ouvinte capaz de comentá-la, de identificar e discutir o que ouve, estando apto a compará-la com sua própria experiência, interligando também o processo do autor da obra com o seu olhar. 
 
No seu livro O Ouvido Pensante, Murray Schafer (1991, 295), ao falar da música na escola, recomenda que o aprendizado musical leve os alunos a mentalizarem uma noção de Universo, sentindo-se parte dele. Segundo ele, “a música existe porque nos eleva, transportando-nos de um estado vegetativo para uma vida vibrante... a música existe para que possamos sentir o eco do Universo, vibrando através de nós.” 
 
Foi pensando nisso que organizei o presente livro, através de seções, investigando e expondo sobre o compositor/instrumentista e, em geral, propondo um ou mais vídeos para escuta e fruição do material musical ao final de cada leitura. 
 
Com esse propósito em mente, o presente livro cobre os seguintes tópicos: 
1. Compositores, músicos e musicólogos são-joanenses 
“Eu sou João da Matta” (monografia apresentada ao IHG de São João del-Rei) 
Ilustres músicos e musicólogos são-joanenses 
 
2. Classicismo: Mozart 
Gênio Mozart, segundo Norbert Elias 
 
3. Romantismo 
Lied “Rei dos Elfos”, de Franz Schubert, composto sobre poema homônimo do poeta Johann Wolfgang von Goethe 
Alusão da “Ave Maria” de Franz Schubert (1825) 
Franz Liszt em Milão (1837-38) 
Dança Macabra-Paráfrase do “DIES IRÆ” de Franz Liszt (1859) 
“MOSCOU”, cantata de Tchaikovsky sobre libreto de Apollon Maykov 
Alexandre Levy, precursor no uso de motivos folclóricos e tradicionais na sua obra 
 
4. Ópera brasileira 
Aos 125 anos da morte do maior operista das Américas 
Carlos Gomes em Milão (de 1864 a 1896) 
Odaléa/Côndor (1891): última ópera de Carlos Gomes 
O Sertão, grande ópera de Fernand Jouteux 
 
5. Grandes intérpretes brasileiros 
Oriano de Almeida: uma vida dedicada a Chopin 
Tudo por uma vida dedicada ao bel canto: Niza de Castro Tank 
O legado do pianista brasileiro Roberto Szidon (1941-2011) 
 
O autor 
 
 
II.  AGRADECIMENTO 

À minha amada esposa Rute Pardini Braga pela formatação de todos os registros fotográficos utilizados neste trabalho.
 
III. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 
BRAGA, Francisco J.S.: NO REINO DA MÚSICA,  Divinópolis: Gulliver Editora Ltda., 1ª edição, 2025, 509 p.