sábado, 29 de julho de 2017

ELOGIO FÚNEBRE DE MARIA DAS MERCÊS BRAGA LOVATTO


Por Francisco José dos Santos Braga



Aqui estamos para devolver o corpo de Maria das Mercês Braga Lovatto (⭐︎ 26/09/1930-✞ 27/07/2017) à Mãe Terra, — corpo santo que foi batizado e que se benzeu tantas vezes para a glória de Deus. Neste momento de transe e de dor, é com pesar e coração partido que aqui comparecemos à sua volta para a última despedida neste cemitério são-joanense de Nossa Senhora das Mercês. Em nome de seus diletos filhos Antônio Sérgio, Luiz Cláudio e Ana Josefina, carinhosamente chamada de "Anete", e de seus seis netos, venho proferir umas poucas palavras de gratidão por sua existência tão próxima, tão simples e tão afável para com as pessoas que tiveram a felicidade de compartilhar seus bons e maus momentos com tia Maria.
Tia Maria rodeada por seus netos e um bisneto (entre as duas meninas) na residência do filho Antônio Sérgio, o primeiro da esq. p/ dir. - Crédito pela imagem: Valéria N. dos Reis Lovatto
Anete e sua mãe Maria
Logo após a sua internação no hospital há uns doze dias atrás, visitei tia Maria em companhia de minha amada esposa, Rute Pardini Braga. Encontrei-a sentada, tomando sol, ao lado de sua secretária Cida. Depois de uma conversa animada e amena, preparamo-nos para nos despedir da tia querida. Neste momento, prontos para deixar o quarto, ouvi-a chamar-me e dizer-me a seguinte frase em tom divertido, mas de caráter profético: "Volte aqui. Deixe-me beijá-lo, porque pode ser a última vez." Voltei para abraçá-la e beijá-la e percebi um quê de fatalidade no seu beijo carinhoso. Rute, porém, emendou: "Tia Maria, não se preocupe. Nós viremos aqui todos os dias para a Sra. ver que esta não será a última vez que nos beija."
 Aniversário de tia Maria em 26/09/2016, comemorado na residência de Luiz Cláudio Braga Lovatto: tia Maria e Rute Pardini

Com esse gesto acompanhado de uma expressão carinhosa, podemos perceber que ela queria ser lembrada com muita leveza e não com a gravidade que inspiram pessoas falecidas. Por isso, vou ter que recorrer a alguns flashbacks para mostrar sua personalidade extrovertida e cativante e para que todos tenham uma visão do que ela representou para tantos de nós.

Quando tia Maria tinha sete anos, portanto em 1937, seu irmão Zezé comunicou-lhe sua intenção de fazer dela um membro da Venerável Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês, na ocasião, da Arquidiocese de Mariana; para tanto, ele lhe comprou um vestido cor-de-rosa rodado. Ela sempre se lembrava do deslumbramento que a tomou quando, de mãos dadas com o irmão Zezé, subiu as escadarias da igreja de Nossa Senhora das Mercês, no dia de Sua festa religiosa (24 de setembro), e na sacristia do templo foi solenemente admitida como irmã do Sodalício religioso. Pois bem; essas lembranças ficaram indelevelmente em sua memória sobretudo porque, menos de quatro meses depois, morria Zezé (06/10/1913-✞ 20/12/1937), seu belo e amado irmão, com vinte e quatro anos de idade, vitimado por tuberculose, quadro que foi agravado por subsequente meningite.

Quando adolescente, tia Maria foi para Barbacena como aluna interna do Colégio Nossa Senhora da Conceição, por recomendação do Dr. José Reis, médico de família do Nhonhô Braga, o qual a indicou à irmã dele, a prioresa da casa religiosa e do educandário. Tia Maria fez amizade com a irmã do Dr. José Reis, tornando-se imediatamente sua assistente e pessoa de sua estrita confiança para compras e outras tarefas, por ser muito responsável. Destacou-se nos esportes, fazendo-se campeã de vôlei daquele educandário. Da mesma ocasião falava tia Maria com orgulho do são-joanense Pe. Almir de Resende Aquino, seu professor de Latim no Colégio Nossa Senhora da Conceição, de Barbacena.

Maria menina,
Menina tia moça...
Moça que nos dedicou, especialmente a seus sobrinhos hoje com idade beirando 60 anos, horas importantes de sua vida, ensinando-nos a brincar e descobrir oportunidades de folguedo na casa de seu pai Nhonhô Braga, principalmente quando este se ausentava. Era hora do pique de esconder, da guerra de travesseiros e outras brincadeiras e folguedos infantis. A gente sentia-a tão próxima, apesar de já não ser criança como nós... Por ser uma tia mais nova, ela se permitia estar mais próxima da gente, não só pela idade mas também pelo seu humor característico. Conquanto inspirasse respeito a nós sobrinhos, netos e outros, ela conseguia ser uma pessoa próxima a outras gerações, razão por que deve aqui ser lembrada com muita leveza.
Da esq. p/ dir.: Dolores, Rosana, Valéria e Luiz Cláudio.

No aniversário de tia Maria em 26/09/2016: da esq. p/ dir. Valéria, Fátima, Marina, Ana Maria (sentadas); em pé, Rute Pardini, Rosana e Laura
Encontro em 2016 na residência de tia Maria (da esq. p/ direita em pé): Elizabeth, Laura e Marina. Detalhe: pilha de livros de colorir.
No aniversário de tia Maria em 26/09/2016 (da esq. p/ dir. em pé): Edson, Francisco, José Alvim, o autor, Sérgio e Gilson
Da esq. p/ dir.: Cida, Anete, tia Maria, Carlos Fernando e Maria do Carmo, Valéria e Marina, na residência de Carlos Fernando
Beatriz e tia Maria, rodeadas de muitos, muitos livros de colorir
Tia Maria e seu neto Diego em 24/09/2005

Mas eis que apareceu um rapaz muito elegante e forte que lhe arrebatou o coração. Ele chegava de "vespa", uma espécie de moto, e cativou nossa tia: Antônio Lovatto Filho. Ficamos sabendo que seus avós eram bolonheses. A moça folgazã, que até ali tia Maria tinha sido, se retraiu e seus deveres de namorada se sobrepuseram aos de parceira de folguedos e de tia próxima e descompromissada. 

Foi quando ela conseguiu o emprego de escriturária na Cooperativa Popular de Consumo de S. João del-Rei Ltda., sob a direção do Sr. Ubaldo, exercendo essa profissão até uma data próxima a seu casamento. (Tal entidade, fundada em dezembro de 1946 sob a presidência de José de Assis Sobrinho e estabelecida na rua Hermilo Alves, 224, trouxe inúmeros benefícios aos associados e à nossa cidade.)

Como todos sabem, neste ano mariano de 2017, comemora-se o centenário de Pe. Almir, vigário da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de sua terra natal durante o período de 4/4/1948 a 13/1/1967. Pois bem. Pe. Almir teve a honra de oficiar o matrimônio de sua dileta aluna com Antônio Lovatto Filho, em 8 de janeiro de 1958. 
José da Silva Braga ou "Nhonhô Braga" (atrás dos noivos), Júlio Teixeira e Olga Braga Teixeira (à esquerda dos noivos)
Noivos: Maria das Mercês Braga Lovatto e Antônio Lovatto Filho

Sobre esse casamento cabe ainda lembrar que foi celebrado na casa de seu pai, na rua Santo Antônio, 136. Outra curiosidade sobre seu casamento é que meu irmão Roque César e eu fomos garçons para servir os convidados durante a festa, sob a orientação de um irmão de tia Maria, o saudoso tio Sebastião (⭐︎ 21/08/1922-✞ 07/08/1981).

O começo de sua nova vida de casada foi muito duro. Para complementar o orçamento doméstico, foi preciso fazer uso de suas habilidades adquiridas ainda na adolescência e no Colégio de Nossa Senhora da Conceição, trabalhando para fora, como então se dizia, nas áreas de corte e costura e tricô. 

Tia Maria sofreu ainda dor muito atroz quando faleceu inesperadamente seu esposo em 03/07/1997. A companhia que lhe fez tia Anita, sua irmã mais velha, neste momento doloroso, trouxe-lhe um valioso e inesquecível consolo.

Também tia Maria viu partirem desta vida seus pais Nhonhô Braga e Josefina da Fonseca Braga, além de outros seis irmãos (em ordem de nascimento: Anita, Zezé, Roque — meu saudoso pai , Sebastião, Olga e Roberto), mas ela soube suportar essa perda sem amargor, com resignação e muita coragem, tendo conseguido, da mesma forma, superar as dificuldades daí decorrentes.

Durante a Missa de corpo presente, ouvimos, quando da leitura do Evangelho, o sacerdote ensinar-nos a doutrina cristã emanada de Jo. 11, 25-6: "Declarou-lhe (à Marta) Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que crê em mim, não morrerá eternamente. Tu crês nisso?..." Também, durante o ritual de encomendação da alma de tia Maria, logo após a Missa de corpo presente, ouvimos o sacerdote invocar os anjos do Senhor para que conduzam a alma de Maria das Mercês Braga Lovatto à presença do Altíssimo, para que ela O louve por todos os séculos dos séculos. Esta é a fé católica que professamos. Por isso mesmo, é que pedimos ao piíssimo Jesus que lhe conceda o descanso eterno.

Por tudo aqui exposto, sou grato pela existência bondosa  de Maria das Mercês Braga Lovatto em nosso meio, razão por que peço uma salva de palmas para ela. Que Deus a acompanhe nesta sua última jornada! 
 

Crédito pelas imagens do casamento: Marina Jussara D'Aparecida Dias Braga
Crédito pelas imagens do aniversário: Rute Pardini Braga

28 comentários:

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

Foi com pesar e coração partido que tive a honra de pronunciar algumas palavras de consolo para a família enlutada e para o cortejo fúnebre presente ao sepultamento do corpo de minha tia Maria (⭐︎ 26/09/1930-✞ 27/07/2017). Naquele momento de transe e de dor relembrei algumas passagens de sua vida que eram desconhecidas da maioria dos presentes.

Reproduzo no link abaixo o que pronunciei diante do seu esquife no cemitério de Nossa Senhora das Mercês de São João del-Rei no entardecer frio de 28 de julho de 2017.

Paulo Sousa Lima disse...

Receba prezado confrade, e retransmita à familia da sua querida tia, meus sentimentos e votos de que ela não só compartilhe da infinita bondade do osso Criador, mas que se disponha a interceder por todos nós que ainda passamos por essa dimensão terrena.

Um São-joanense na Capital de todos os Brasileiros disse...

Caríssimo amigo Francisco José dos Santos Braga ,

Neste momento de perda e dor , minhas preces a sua TIA e família , QUE ASSIM SEJA.
29 // 07 // 2017.

João Carlos Ramos (poeta, escritor, ex-presidente da Academia Divinopolitana de Letras e sócio correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei e da Academia Lavrense de Letras) disse...

Prezado Braga,
Fico triste com a partida da sua tia Maria que, apesar de não havê-la conhecido,certamente foi pessoa boníssima.
O único consolo é a ressurreição dos mortos, prometida por Jesus Cristo.
"Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá!"
Que Deus descanse sua alma em paz!

Eduardo Oliveira (professor e coordenador de reuniões salesianas) disse...

Francisco,

Li, reli, e mais uma vez corri os olhos sobre cada palavra do seu texto.
Revivi novamente as peripécias infantis que dividíamos no alpendre de sua casa, ou no passeio, na horta ao lado; muitas delas vieram claras que pareciam estar novamente sendo vividas. E a Da. Maria ali presente, com frequência, nos educando, chamando a atenção por isso ou por aquilo. Acho que ela, pensei nisso agora, devia ter receio de que a Da. Celina, a bondade em pessoa, nos deixasse à vontade demais. Pena que não participei dos folguedos que você relatou. Devia mesmo ser muito divertidos.
Bem, mas o devir histórico é este mesmo, traçado pelo Divino que a tudo comanda. Sinto-me também enlutado e deixo aqui fraterno abraço a você e todos os seus irmãos.

José Maurício de Carvalho (professor universitário de Filosofia na UFSJ, coordenador de colóquios de Filosofia, escritor e membro da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

Muito bem, abraços, Mauricio.

José Passos de Carvalho (jornalista, genealogista, escritor, presidente da ALL-Academia Lavrense de Letras e membro correspondente do IHG de São João del-Rei e da AFL-Academia Formiguense de Letras) disse...

Amigo Braga,
Transmita à família nossos pêsames em nome da ALL e de minha família.

Saudações,

PCarvalho

Prof. Fernando de Oliveira Teixeira (professor universitário, escritor e membro da Academia Divinopolitana de Letras, onde é Presidente) disse...

Caro confrade Braga, bom dia. Recebi e li, entre comovido e admirado, suas palavras no dia da viagem de sua tia para a Vida (com letra maiúscula, pois junto do Pai). Ao ensejo, abraço-o na certeza de que aceita, como cristão, o consolo da ressurreição, pois a isto somos vocacionados. O Senhor o guarde na Sua paz. Fernando Teixeira

Prof. Mário Celso Rios (professor, escritor, conferencista e presidente da Academia Barbacenense de Letras) disse...

BRAGA, queira aceitar nossas condolências pelo passamento de sua tia MARIA DAS MERCÊS BRAGA LOVATTO ocorrido em 27-7-2017 pp.
Imagino a falta que ela fará e a dor sentida por parte daqueles que a amavam e ficaram!
Que N. Srª das Mercês possa interceder por ela para que alcance a Dimensão mais Elevada!
Mário Celso
e amigos de BARBACENA

Bernardo Diniz (professor da Fundação Educacional do GDF) disse...


Meus sinceros pêsames, amigo.

Gilberto Mendonça Teles (poeta, crítico literário, agraciado com o prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra e com o Prêmio Juca Pato) disse...

Meus pêsames, Francisco Braga. Abraço do Gilberto Mendonça Teles.

Dr. Mário Pellegrini Cupello (escritor, pesquisador, presidente do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto de Valença-RJ, e sócio correspondente do IHG e Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

Caro amigo Braga

Nossa manifestação de pesar pelo falecimento de sua tia Maria. Embora não tenhamos conhecido sua saudosa tia – mas através de seu elogio fúnebre – é possível ver que se tratava de uma pessoa muito especial e digna das maiores considerações.

Juntamo-nos à sua dor – e de toda a sua família – para rogar ao Altíssimo que tenha a bondosa alma de D. Maria em Sua Glória, concedendo-lhe a paz, o descanso e a felicidade eterna.

Abraços, do amigo Mario.

José Carlos Hernández Prieto disse...

Meu caro Francisco Braga; quero dar a você e sua família meu apoio nestas horas tão tristes para vocês. A dor pela perda de um ente querido parece-nos invencível, mas, com toda a certeza, sabemos que o bálsamo do tempo encarregar-se-á de transformar o sentimento de perda numa doce lembrança. Grande abraço a todos vocês. P.S.: Como sua tia era bonita! Uma beleza antiga, mansa e tranquila, que a pátina do tempo se encarregava de dourar...

Eustáquio Marconcine Bini (escritor, político, professor da Universidade Federal de Viçosa e membro da Academia Formiguense de Letras) disse...

PREZADO AMIGO E CONFRADE DA ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS

O PASSAMENTO DA D. MARIA FOI UMA GRANDE PERDA. NÃO TIVE O PRAZER DE CONHECÊ-LA PESSOALMENTE, MAS OUVI MUITAS HISTÓRIAS DELA QUANDO ESTUDEI NO COLÉGIO SANTO ANTÔNIO DE SÃO JOÃO DEL REI E, MAIS TARDE, NA FACULDADE DOM BOSCO.
QUE DEUS DÊ A ELA O DESCANSO ETERNO.

MEUS SENTIMENTOS.

Pedro Paulo Torga da Silva (participante e incentivador do Movimento dos Focolares no Brasil) disse...

Oi Francisquinho, meus sentimentos pelo falecimento da "tia Maria", que já chegou aos braços do Pai. Pedindo a Deus o conforto à família enlutada, o meu abraço ao Antônio Sérgio e aos outros irmãos.

Aproveito a oportunidade para lhe dizer que a Selmara interna amanhã no hospital AC Camargo em S.Paulo para fazer uma operação que ocorrerá na terça, dia 01. Contamos com as orações de vocês.

E assim vamos enfrentando os desafios que a vida nos apresenta, na certeza que Deus é Pai e cuida de seus filhos,
abraços pra você e Rute.

Cordial abraço.

O amor não é nada científico... mas leva muito mais longe.

Almir Toledo (ministro da Eucaristia do Seminário Seráfico Santo Antônio, de Santos Dumont) disse...

Meus sentimentos. Abraços nossos.

Bruna Gomes Pardini (nossa sobrinha de Divinópolis) disse...

Meus sentimentos, extensivos à titia Rute que, por amor ao marido e à tia Maria, se solidariza com a sua família.
Beijos.

Sônia da Paris Corretora, de São João del-Rei disse...

Lindas recordações,uma bela homenagem. Suas palavras reforçam como é importante a presença de visitar os parentes, ter carinho com nossos avós, tios, primos .......
Sua Tia Maria era muito estimada e criou muito bem os 3 filhos, pessoas muito boas, do bem 🙏

Massuê, massagista paulistana disse...

🙏🏻👼🏻 Nosso sentimento à família. Ela foi para junto de Deus.

Sirlei Gonçalves, coralista do Coral Nossa Senhora de Fátima, de Divinópolis disse...

Que linda homenagem, Rute! Seu marido descreveu tão bem a vida da "tia Maria", que tive vontade de ter conhecido essa pessoa maravilhosa!!!!🙏🏻🙏🏻🙏🏻 Que Deus a receba de braços abertos!!!!!

Suzana Pardini Vilela Alves (professora, modista e estilista) disse...

Rute, minha irmã,
Aceite nossos pêsames. Meus sentimentos ao Francisco. Que Deus lhes dê o consolo e à "tia Maria" o descanso eterno.

Danilo Carlos Gomes (cronista, escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal) disse...

Prezado Braga,
magnífico, comovente, seu elogio fúnebre de sua saudosa tia Maria das Mercês. Bela e sentida página literária, que, antes de passar pela mente, passou pelo coração. Peça antológica. Aceite meus sentimentos de pesar por tão grande perda. Cordialmente, Danilo Gomes.

Prof. Cupertino Santos (professor de história aposentado de uma escola municipal em Campinas) disse...

Bom dia, professor Braga.

Admirável a vida de sua querida tia, que mesmo depois de sua passagem, pôde receber de um sobrinho essa dedicatória. Não posso deixar de lembrar daqueles meus tios que também já se foram e para os quais não pude expressar dessa forma o que você expressou a ela.
Só posso me solidarizar a você nesse sentimento, parabenizá-lo pela preservação da Memória dela, algo importantíssimo, e lhe agradecer pela gentileza do compartilhamento comigo.
Foi uma honra para mim tê-lo conhecido pessoalmente no último sábado.
Cumprimentos do
amigo Cupertino.

Alan Elias da Silva (ex-comandante do 38º BPM de São João del-Rei) disse...

Amigo Francisco, aceite nossos sentimentos de tristeza e consternação. Deus abençoe vc e toda família. Abçs.

Elizabeth dos Santos Braga disse...

Querido Franz,
muito linda a sua homenagem à nossa querida Tia Maria.
Nunca me esquecerei de sua risada gostosa, seus cafés generosos, seu carinho para com todos nós. Ela demonstrou sempre um carinho especial a nós três, Bernardo, Beatriz e eu, elogiando-o e à família Almeida Coelho (Sr. José Leôncio, conhecido como Zé do Padre e D. Ceci eram compadres do Vô e da Vó por serem padrinhos de Batismo do Tio Roberto), tratando a Beatriz com muito zelo (inclusive a foto dela pequena está num porta-retrato no corredor) e conversando muito conosco a cada ida nossa a S. João e ao sobrado para vê-la e cortarmos o cabelo com a competente cabeleireira e querida prima Anete.
Também não me esqueço da amizade com que ela e as Tias Olga e Anita sempre trataram a Mamãe, como se fossem irmãs.
Foi com muito pesar que não pudemos comparecer ao seu velório e enterro para dar-lhe nosso último adeus e desejar muita força aos queridos primos nesse momento tão difícil.
Várias dessas histórias ouvi de sua própria boca. Inclusive da última vez que estivemos em S. João tive a grata ideia de gravar sua voz contando do seu casamento. Foi lindo!
Tia Maria, a senhora vai deixar uma lição de alegria, força e simplicidade.
Sempre nos levando à porta e dando adeus tão pesarosa por estarmos indo embora, mesmo com dor nos joelhos e com ajuda da Cida...
Nós sempre a amaremos.
Com carinho,
Petete / sua sobrinha Bethinha

Dr. Alaor Barbosa (advogado, escritor, cronista, jornalista, ex-consultor legislativo do Senado, membro do IHG do DF e da Academia Goiana de Letras) disse...

Gostei muito de conhecer um pouco da vida dessa sua valorosa tia.

Maria Auxiliadora Muffato (poetisa são-joanense) disse...

Francisco, nossos queridos se vão; conosco fica a imagem amada.

Saudade. Abraço cordial. Gina

Maria Carla Campos (filha do General Carlos de Oliveira Ribeiro Campos e de D. "Lilia") disse...

Olá Francisco, tive o prazer de conviver com D. Maria durante todos esses anos que frequento o salão de minha amiga Anete. Nosso conforto a todos vocês.


Maria Carla