Palestra proferida no Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei - 04 de setembro de 2005
Em 1930, Basílio de Magalhães exilou-se para o Rio de Janeiro e aqui nunca mais voltou. Temos notícia de que, em 1952, o Governador Juscelino Kubitschek, sabedor do estado de penúria em que vivia o historiador, encaminhou uma mensagem à Assembléia Legislativa, propondo uma pensão mensal de cinco mil cruzeiros ao escritor (o que equivale, hoje, a mais ou menos 400 reais), a troco de anotar e comentar as Efemérides Mineiras, de Pedro Xavier da Veiga. Como Basílio não mais tinha força física para tal tarefa, não aceitou. Faleceu em 14 de dezembro de 1957, em Lambari, esquecido e pobre, a ponto de ter que vender sua biblioteca para sobreviver.
O saudoso pesquisador são-joanense Sebastião de Oliveira Cintra (1918-2003), na sua Galeria das Personalidades Notáveis de São João del-Rei (1994, p.61), ao biografar Batista Caetano de Almeida, fundador da Biblioteca Municipal, assim redigiu um dos parágrafos:
Seu nome (o de Batista Caetano de Almeida) foi dado a uma das ruas do Bairro do Segredo, conforme Lei Municipal nº 190, de 08/08/1951, registrada no Livro 15. Por total desconhecimento dos méritos do homenageado, um gaiato mudou o nome da referida rua para Basílio de Magalhães, sem que a administração Municipal e a Câmara Municipal, usurpadas nas suas atribuições, tomassem qualquer medida para sanar a inconcebível injustiça.O autor da mencionada façanha foi o jornalista Adenor Simões Coelho Filho, que certamente não ignorava nem desprezava os méritos do grande benfeitor e mecenas Batista Caetano de Almeida, e trocou as placas existentes na rua. Não por gaiatice inconseqüente, mas por indignação, quis o jornalista, com aquele ato, trazer à baila o esquecido e também injustiçado nome de Basílio de Magalhães, não logrando, porém, o objetivo esperado, pois que os poderes municipais preferiram fazer vista grossa a contestar o ato ou aceitar e discutir a provocação. Optaram pela manutenção do silêncio em torno do nome de Basílio de Magalhães, imposto pelo sistema, a partir de 1930. Trocada a placa da rua, o novo nome foi incorporado aos catálogos telefônicos, aos cadastros da companhia de força e luz, do correio e aos costumes dos moradores, mas não houve discussão alguma sobre o assunto. Se Basílio de Magalhães estava esquecido, esquecido deveria permanecer, é a regra do establishment.
Outra tentativa de rememorar o olvidado Basílio foi a de denominar com o seu nome o salão de solenidades da Prefeitura Municipal de São João del-Rei, no governo de Lourival Gonçalves de Andrade; entretanto, ninguém se refere àquele nobre espaço com a devida denominação.
Em 1974, Fábio Nelson Guimarães, fundador e ex-presidente deste IHG, publicou no jornal Ponte da Cadeia, do número 326 ao 332, (cujo proprietário era o mesmo jornalista Adenor Simões Coelho Filho), A Vida de Basílio de Magalhães, enaltecendo os feitos intelectuais e administrativos do polígrafo. Essa iniciativa ocorreu em função de obrigações estatutárias da Academia de Letras de São João del-Rei, da qual o autor da extensa matéria era também sócio fundador e tinha que dissertar sobre o patrono de sua cadeira. Apesar de o autor ter tocado em alguns pontos polêmicos da época em que Basílio militara na política partidária, a questão do esquecimento permaneceu envolta nos seus mistérios. O fecho do trabalho, em vez de coincidir com a cronologia da vida do biografado, retornou ao longínquo 1916 quando Sebastião Sette, outro ilustre esquecido¹, teceu caloroso elogio a Basílio, ao editar a tradução do Cerco de Corinto.
Em 1974, o Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei comemorou o centenário do nascimento de Basílio de Magalhães.(o Basílio de Cangalheiro). O historiador mineiro Waldemar de Almeida Barbosa escreveu brevíssima matéria para o Ponte da Cadeia sobre o homenageado, mas o início do texto passa ao leitor uma idéia que não corresponde à realidade:
Por iniciativa do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, está sendo comemorado ali o centenário do nascimento de Basílio de Magalhães (...)²Na verdade, não houve uma comemoração que se tenha prolongado ao longo do ano; o único e singelo evento ocorrido no âmbito do Instituto Histórico e Geográfico foi uma reunião ordinária, ocorrida em 2 de junho de 1974³, na qual discursou o dr. Altivo Lemos de Sette Câmara; além de se ter editado a resolução nº 9, que guindava Basílio de Magalhães a patrono deste IHG, honraria que também entrou em regime de esquecimento. 4
A nota da redação do Ponte da Cadeia é constituída de sutis insinuações, que passam por filigranas nos contextos atuais, mas que têm que ver com o esquecimento de Basílio de Magalhães, se o leitor estiver atento aos detalhes e se estiver informado do contexto dos anos 1920:
Este artigo foi enviado de B.H. ao PONTE DA CADEIA pelo eminente professor Antônio de Lara Resende, o qual nos prometera também uma crônica de sua autoria a respeito de Basílio de Magalhães. Comentando o artigo, pergunta o professor: “Para que escrever ainda sobre o ilustre sanjoanense, depois de se ter visto o artigo de Waldemar Barbosa?5Desfazendo as sutilezas, é pouco provável que o professor Antônio de Lara Resende 6, prometera uma crônica sobre Basílio de Magalhães, tanto que ironizou no comentário. O artigo de Waldemar Barbosa contém cinco parágrafos sobre fatos conhecidíssimos e que estão longe de caracterizar a importância de Basílio de Magalhães. Dizer que não haveria mais nada a ser escrito depois de Waldemar Barbosa não foi um elogio ao autor do artigo nem uma posição de virtuosa modéstia. Foi ainda uma oportunidade para reforçar o esquecimento e diminuir o homenageado, como quem diz, sua vida cabe em apenas cinco acanhados parágrafos.
Em 1983, Jehovah Motta proferiu uma palestra no Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, publicada na revista nº III da mesma entidade, em 1985, com a omissão do primeiro parágrafo, que em seguida o transcrevemos porque temos a cópia do original datilografado:
1 – Duas ordens de idéias inspiraram-me na decisão de proferir esta palestra sobre Basílio de Magalhães. A primeira delas me conduziu á convicção de que já é tempo do nosso Instituto proclamar e exaltar a grandeza desse insigne historiador, e a segunda levou-me a indagar se as novas gerações sanjoanenses já se deram conta dos méritos do homem público que governou S. João d’El Rei de 1923 a 1927, e que foi representante do povo mineiro na Câmara Federal nas legislaturas de 1924 a 1926 e de 1927 a 1928.O que se seguiu, como conseqüência, demonstrou que, em 1985, ainda não era tempo de o IHG proclamar e exaltar a grandeza desse insigne historiador, nem as novas gerações são-joanenses se deram conta dos méritos daquele ilustre homem público. Aliás, é sintoma de algum patrulhamento que a conferência tenha sido publicada com a exclusão desse transcrito parágrafo.
Publicada em 18 de fevereiro de 1923, a Resolução nº 462 autorizava o agente executivo a modificar o atual contrato do Teatro Municipal, afim de que o prédio fosse reformado mediante nova planta. Em 12 de maio de 1923, publicou-se o edital para a reforma do Teatro Municipal, orçada em 79:460$900. Em 1925, quando se inauguraria a obra, foi editada a Lei Nº 434:
O povo do municipio de S. João del-Rey, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º — Fica o agente executivo autorizado a mandar fundir uma placa de bronze, afim de ser a mesma collocada no Theatro Municipal, para inauguração desse proprio edilicio.Assinava a lei Custodio Batista de Castro, agente municipal, em exercício; e, provavelmente na placa, deveria estar o nome de Basílio de Magalhães como responsável pela iniciativa da obra. A referida peça ou não foi feita ou sumiu. 7
O professor Sebastião Cintra, em 1967, publicou as Efemérides de São João del-Rei, onde Basílio de Magalhães apareceu em doze oportunidades, com a neutralidade de forma (não de escolha) própria dos eventos que compõem aquele tipo de obra. Na edição de 1982, o número de eventos caiu para sete com algumas modificações. Em 1994, o historiador editou a já mencionada Galeria das Personalidades Notáveis de São João del-Rei, onde contempla a pessoa de Basílio de Magalhães. Foi uma importante manifestação positiva que trouxe de volta para nossos contextos contemporâneos o nome do grande polígrafo; porém, dada a característica emersoniana (referimo-nos a Ralph Waldo Emerson, filósofo norte-americano, 1803-1892) da Galeria, parece-nos que todas as personalidades, sumariamente biografadas, fazem parte de uma mesma angelical confraria. As razões que levaram o autor a organizar a sua Galeria com essa característica devem ser respeitadas, mas as informações ali contidas mais aguçam o contraditório fato existente entre as boas razões para se lembrar de Basílio de Magalhães e as boas razões para mantê-lo no esquecimento, sem que essas últimas sejam abordadas.
Em 1999, a Fundação Octávio Neves desenvolvia o projeto de Sinalização Interpretativa do Centro Histórico de São João del-Rei, financiado pela Embratur. Um dos itens do projeto consistia na elaboração de selos, pequenas placas que seriam afixadas em alguns imóveis, que foram residências de pessoas dignas de ser lembradas. Primeiro, a lista de nomes foi organizada, e nela não estava Basílio de Magalhães. Segundo, após a sugestão de que se incluíssem o nome do polígrafo e o do Marechal Cyro do Espírito-Santo Cardoso, por incrível que pareça, não se tinha notícia de alguma rua onde teria morado Basílio de Magalhães. É interessante assinalar que os membros da equipe técnica, encarregados de fazer os levantamentos históricos, eram jovens, portanto, não coevos de Basílio, mas não se empenharam em descobrir com a mesma tenacidade que devotaram a descobrir outros nomes, tanto que não descobriram. Talvez agissem como efeito, produzido pelo esquecimento imposto pelo sistema.
Considerando algumas manifestações sumárias sobre o esquecido polígrafo 8, o atento observador contemporâneo não poderia negligenciar o curioso e paradoxal fato: se Basílio de Magalhães foi tão proeminente figura, como dizem alguns, antes mesmo de exercitar-se na política partidária, por que é um nome esquecido pelos são-joanenses, a ponto de um admirador ter de usar expedientes provocativos, como o da mudança desautorizada de um nome de rua, para chamar a atenção da existência de um ilustre esquecido?
É um fato social reconhecido a transferência de prestígio de uma pessoa para o lugar de seu nascimento (ou até mesmo a simples estada temporária), repassando, como conseqüência, nuanças desse mesmo prestígio aos demais habitantes da comunidade. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, depois de famoso, foi reverenciado pela sociedade de Três Corações a qual passou também a gozar do prestígio do maior futebolista de todos os tempos. Depois que Santiago Sabino de Carvalho integrou-se à Orquestra Filarmônica de Londres, (entrou até para a Galeria do Professor Cintra) a sociedade são-joanense orgulha-se do fato; a mesma sociedade que lhe negou ajuda, no início de sua difícil e bem sucedida carreira. Esse tipo de fenômeno justifica o esforço intelectual que se fez e que se faz para demonstrar que Joaquim José da Silva Xavier nasceu em São João del-Rei e não em São José del-Rei, como pretendeu Herculano Veloso (1955) 9. Não fosse a importância histórica que o Alferes veio a ter, na República, passível de ser transferida à terra onde nasceu, e ninguém se importaria com a origem do Tiradentes. Feitos os devidos ajustes, o cidadão comum também passou a gozar do espírito de liberdade, menos “idealizado” pelos inconfidentes e mais “arquitetado” pelos republicanos 10, generalizando-se para todo o Estado e incorporando esse sentimento na retórica das frases de efeito. O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade, (...) O outro nome de Minas é Liberdade, afirmou Tancredo Neves num de seus memoráveis discursos (1983)¹¹.
Tivemos a oportunidade de ouvir o relato, cheio de orgulho, de um habitante de Barbacena¹², que foi contemporâneo da estada de Guimarães Rosa naquela cidade, quando o escritor era médico da polícia mineira. Ao dizer que sabia onde o escritor morava e que o observava estudando até alta madrugada, pareceu-nos que o depoente quase queria dizer que ele também era um participante da produção literária do autor, que, mais tarde, ganhou fama nacional e internacional¹³.
Portanto, o que estamos enfatizando e exemplificando não é novidade. Novidade talvez seja o desvelar do esquecimento proposital de quem já era famoso ou a renúncia do prestígio transferível, os quais, no nosso entender, aconteceram em relação a Basílio de Magalhães. Entendemos também que não se esquece por esquecer nem se recusa um prestígio gratuitamente. Existem causas determinantes que nunca foram abordadas por aqueles que apenas enalteceram os feitos de Basílio de Magalhães e se limitaram a reclamar das gerações mais novas uma espécie de descuido ou desleixo para com uma figura tão importante da nossa história.
Nesta modesta fala pretendemos lembrar de Basílio de Magalhães, pois talvez aflorem algumas razões do esquecimento imposto pelo sistema, e então, estaremos compreendendo melhor os mecanismos da sociedade em que vivemos.
O procedimento do atual presidente do IHG de São João del-Rei, inaugurando um retrato de Basílio de Magalhães e re-colocando o seu nome como patrono desta associação cultural, ainda que com singela pompa, é um ato louvável de quem prefere lembrar a esquecer.
Parabéns ao Presidente e à Mesa Administrativa do IHG.
Os efeitos da iniciativa, o tempo dirá. Nós, pela experiência que acumulamos, achamos que as forças do sistema prevalecerão por muito mais tempo, apesar de sempre aparecer alguém que as incomode. Lembrar dos condenados ao esquecimento é uma opção, que, talvez não seja a alternativa mais reconhecida, rendosa ou gratificante, mas é a nossa opção. E fazemos isso porque entendemos que muito mais importante do que lembrar das pessoas olvidadas é desvendar os processos culturais que governaram e governam nossas ações, pois se limitássemos a lembrar das pessoas apenas na perspectiva do culto às personalidades não conseguiremos compreender com profundidade a História da sociedade em que vivemos.
Era o que eu tinha a dizer e pela paciência de me ouvir, muito obrigado.
NOTAS
¹ Sebastião Sette ganhou nome de rua no centro de cidade, mais conhecida hoje pelo apelido de Calçadão, o que também não deixa de ser um modo de esquecer o nome do titular.
² Ponte da Cadeia nº 402, de 23/04/1977.
³ Estiveram presentes na reunião do IHG, de 2 de junho de 1974, 33 pessoas, entre sócios e convidados. A reunião extraordinária, de 17 de abril de 1976, destinada a comemorar o nascimento do Dr. Odilon Barrot Martins de Andrade, na qual discursou o Dr. Tancredo de Almeida Neves, contou com a presença de 81 pessoas. O placar das presenças é sintomático.
4 Alguns membros atuais do Instituto Histórico e Geográfico que conseguiram a sede própria para a instituição, na inauguração (1999), colocaram várias placas comemorativas e não sabiam que Basílio de Magalhães era o patrono do IHG, de acordo com a Resolução 9, de 1977. Por algum tempo, um retrato de Basílio, feito a lápis e dependurado numa das salas do IHG, tinha uma legenda, indicando (equivocadamente?) que se tratava de Lincoln Teixeira de Souza.
5 Na mais recente reforma do Teatro Municipal, concluída em 2003, empreendimento encabeçado pelo vereador Adenor Luís Simões Coelho, todas as placas comemorativas existentes no teatro foram concentradas num memorial, onde não consta a placa da inauguração, autorizada pela Lei nº 434, de 22/jan/1925.
6 São do nosso conhecimento alguns pequenos trabalhos biográficos sobre Basílio de Magalhães, como os publicados in: • SILVEIRA, Victor. Minas Geraes em 1925. Belo Horizonte: 1926, p.408; • AVELAR, Antonio Ribeiro de. Figuras da Casa de Minas. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1 vol., 1960; • VIEGAS, Augusto. Notícia de São João del-Rei. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1969. p.216-217. (Somente na 3ª edição, a de 1969, saíram algumas linhas sobre Basílio de Magalhães, mesmo assim, com o nome de Basílico de Magalhães. Eufemisticamente, um genuíno lapso freudiano). • A palestra de PIRES, Mário, intitulada Centenário de Basílio de Magalhães, proferida na sessão de 2 de setembro de 1974, na Academia Campinense de Letras, contém informações novas que nos parecem equivocadas, como por exemplo a de que Basílio de Magalhães graduou-se na Escola de Minas de Ouro Preto e em Ciências Jurídicas, na Faculdade de Direito de São Paulo. Pelas fontes de que dispomos, nem um nem outro fato aconteceram.
7 Em 1919, Herculano Veloso, cidadão tiradentino, publicou o opúsculo Ligeiras memórias da Vila de São José nos tempos coloniais (reeditado em 1955 pela Imprensa Oficial) e, nos anos 1930, escrevera vários artigos em O Correio, defendendo a tese de que Tiradentes nascera no termo da vila de São José e não no de São João del-Rei. Essa pretensão foi rebatida por Basílio de Magalhães em elucidativo ensaio que se encontra publicado na revista do Arquivo Público Mineiro (1920) e que nunca foi reeditado. Acreditávamos que o assunto estivesse resolvido, sobretudo depois que se descobriu o assentamento de batismo de Joaquim José, entre os curiosos documentos da Biblioteca Nacional. Mesmo assim, ainda hoje, pelo interesse do prestígio, ao qual aludimos no nosso texto, há pessoas que querem manter viva a tese de Herculano Veloso. Esse fenômeno de que tratamos no texto enseja que se contemple outro, relacionado à figura de quem faz afirmações. No caso, é a transferência da autoridade exercida (autoridade não acadêmica), para o conteúdo da afirmação. Foi o que aconteceu com o deputado Aécio Neves da Cunha, na época em que presidia a Câmara dos Deputados, ao escrever a apresentação do Perfil Parlamentar de Tancredo Neves, (2001). Talvez por um deslize, já que a natureza do seu escrito não comportava comprovações, reforçou a tese de Herculano Veloso: A inconfidência encontrou na cidade aurífera (São João del-Rei) um dos centros de conspiração, e, bem ao lado, em São José, nasceu Tiradentes. Seu avô Tancredo Neves sempre disse o contrário nos seus discursos, embora também nunca tenha se detido nas comprovações, porque não era oportuno estar dissertando academicamente em praça pública. Mas é inegável que qualquer afirmação ganhe relevância quando pronunciada por alguém que já tem prestígio por outros motivos. É claro também que o efeito da afirmação depende do nível do ouvinte ou do leitor.
8 Vide CARVALHO, José Murilo de. A construção das almas.
9 NEVES, Tancredo de Almeida. Sua Palavra na História. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 1988. p. 239. Temos notícia de que essas frases são da lavra de Mauro Santayana, que, em entrevista televisiva na TV Assembléia, assim revelou o fato.
10 Referimo-nos ao tenente Nelson Guilherme Campos.
¹¹ NEVES, Tancredo de Almeida. Sua Palavra na História. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 1988. p. 239. Temos notícia de que essas frases são da lavra de Mauro Santayana, que, em entrevista televisiva na TV Assembléia, assim revelou o fato.
¹² Referimo-nos ao tenente Nelson Guilherme Campos.
¹³ A Academia Barbacenense de Letras publicou, em 2000, o Anuário 98-99, dedicado a Guimarães Rosa.
* Oyama de Alencar Ramalho é brasileiro de São João del-Rei, Minas Gerais. Nasceu aos 28 de setembro de 1939, filho de Alencar José Ramalho e Coryna de Alencar Ramalho. É casado com Cely Marina Moebus de Alencar Ramalho. Tem 3 filhos (Isabela, Leonardo e Clarissa) e 2 netos (Luca e Hugo). Fez o curso de Náutica na Escola de Marinha Mercante do Rio de Janeiro (1960-1962), tendo trabalhado como 2º piloto na Frota Nacional de Petroleiros - PETROBRÁS, até 1967. Graduou-se em Pedagogia (1967-1970) e em Psicologia (1976) na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, onde exerceu o magistério, chefiou departamento e coordenou curso. Lecionou também nos cursos de Administração, Economia e Engenharia Industrial da Fundação Municipal São João del-Rei. Participou ativamente da federalização do ensino superior de São João del-Rei, tendo sido o primeiro vice-diretor (pró-reitor) de planejamento da FUNREI, atual UFSJ. Mais...
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