sábado, 29 de março de 2014

FESTA DE PASSOS


Por Francisco José dos Santos Braga



Senhor dos Passos
Nossa Senhora das Dores





















I.  INTRODUÇÃO


Em São João del-Rei, a Venerável Irmandade de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos (ou simplesmente, Irmandade dos Passos), fundada em 12 de dezembro de 1733, promove tradicionalmente a Comemoração dos Passos, marcando de forma especial a Quaresma e propondo-nos ver e sentir mais de perto, em espírito de recolhimento e piedade, os sofrimentos de Jesus Cristo e sua Mãe. Conforme determina o Compromisso da Irmandade dos Passos, o IV Domingo da Quaresma (ou 30 de março em 2014) é dedicado a rememorar os dolorosos Passos de Jesus a caminho do Calvário.

Quando foi firmado o Compromisso da Irmandade dos Passos, entendia-se e ainda hoje se entende que o IV Domingo da Quaresma guarda íntima relação com a Quarta Dor de Maria Santíssima, em que se medita o tema "Maria encontra Jesus no caminho do Calvário" e se reza: 
"Deus, nosso Pai, no caminho do Calvário, Vosso Filho, Jesus, e Maria, sua Mãe, se encontram. Suplicantes Vos pedimos que, a exemplo da Virgem das Dores, saibamos ir ao encontro dos que sofrem, compreendendo-os, compartilhando e aliviando suas dores. Por Cristo, nosso Senhor. Amém! "
 Àquele que me indaga sobre a "estranha" tradição são-joanense de não celebrar o Encontro de Maria Santíssima com seu amado Filho no caminho do Calvário dentro da Semana Santa, o que seria mais lógico acompanhando o rito seguido por outras dioceses do País, respondo com uma tradição muito mais antiga, cujo início, na Itália, data de 1617, quando se estabeleceu a Coroa das Dores de Nossa Senhora, por iniciativa da Ordem dos Servos de Maria. A Coroa é um dos frutos do carisma mariano da Ordem, cultivado desde 1233, ano de sua fundação. Em suma, essa é a razão por que, em São João del-Rei, se celebra o encontro de Cristo flagelado com sua Mãe, não durante a Semana Santa, mas antes. Relembro aqui as sete Dores de Maria, cuja Coroa hoje é oficialmente celebrada em toda a Igreja no dia 15 de setembro, na seguinte sequência original:
Primeira Dor: "Maria acolhe a profecia de Simeão"
Segunda Dor: "Maria foge para o Egito com Jesus e José"
Terceira Dor: "Maria e José procuram Jesus"
Quarta Dor: "Maria encontra Jesus no caminho do Calvário"
Quinta Dor: "Maria junto à cruz de seu Filho"
Sexta Dor: "Maria acolhe em seu colo Jesus deposto da Cruz"
Sétima Dor: "Maria deposita o corpo de Jesus no sepulcro".
 
Convém salientar ainda que a Igreja se lembra duas vezes das Dores de Maria Santíssima: na sexta-feira que antecede o Domingo de Ramos e na data oficial de 15 de setembro. Em São João del-Rei, a Irmandade dos Passos, responsável pelas festas religiosas durante a Quaresma, programa não só a festa da Soledade de Nossa Senhora na referida sexta-feira que antecede o Domingo de Ramos, mas também o período de uma semana que a precede, cada dia dedicado à meditação de uma Dor de Maria Santíssima, conhecido por Setenário das Dores.

Neste ano de 2014, a Festa dos Passos se iniciou com a Sexta-feira das Dores (28 de março), teve prosseguimento no Sábado de Passos (29 de março), culminando no Domingo do Encontro (30 de março) e deverá perdurar ainda com o Setenário das Dores (comemorado de 4 a 10 de abril), encerrando-se com a Soledade de Nossa Senhora, que em 2014 cairá em 11 de abril.

Além de minhas anotações, particularmente sobre os dois dias que antecedem o IV Domingo da Quaresma e sobre o próprio Domingo do Encontro, localizei entre os periódicos e jornais na Biblioteca Batista Caetano de Almeida uma deliciosa crônica assinada por C.V., cuja autoria, por suas características, atribuo à professora Celina Viegas, mãe dileta de Dr. Milton de Resende Viegas, ilustre prefeito de São João del-Rei no quatriênio 31/01/1967-31/01/1971.


II.  Minhas anotações sobre a Festa dos Passos de 2014


Na Sexta-feira das Dores (28 de março p.p.), às 19 horas, na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, assistimos à Missa por intenção dos ex-Mesários da Irmandade dos Passos. Após, foi ouvido um moteto de Martiniano Ribeiro Bastos a cargo da Orquestra (e coro) Ribeiro Bastos. Às 20 horas, houve solene Procissão do Depósito da imagem de Nossa Senhora das Dores para a Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmelo (ou simplesmente, igreja do Carmo). Irmãos carmelitas vieram receber a Senhora das Dores na Rua Direita. Observe-se que a imagem de Nossa Senhora das Dores, transladada para a igreja do Carmo, seguiu "velada", isto é, envolvida por um velário roxo, que foi retirado quando ela chegou ao altar-mor dessa igreja, ficando ali "depositada" até o Domingo do Encontro. Ramos de manjericão que até então ornamentavam o andor, são distribuídos ao povo. Ali também repetiu-se o moteto de Martiniano Ribeiro Bastos, seguido pelo inspirado "Miserere" do Capitão Manoel Dias de Oliveira.


Miserere mei, Deus, secundum magnam misericordiam tuam.
Ó Deus, tende piedade de mim, segundo a vossa grande misericórdia.

No Sábado de Passos (29 de março p.p.), às 19 horas, na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, acontece a Missa por intenção da atual Mesa Administrativa da Irmandade dos Passos. Após, a Orquestra (e coro) Ribeiro Bastos executa um moteto de Martiniano Ribeiro Bastos. Depois, em solene Procissão do Depósito, a imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos (ou simplesmente, Senhor dos Passos) é levada para a Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis (ou simplesmente, igreja de São Francisco), observando-se os mesmos cuidados que aconteceram com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Ou seja, os irmãos franciscanos recepcionam o Senhor dos Passos próximo à Ponte da Cadeia, juntando-se à procissão. Também a Banda Teodoro de Faria que, até ali, acompanhava a procissão, tocando a Marcha dos Passos, da autoria de Martiniano Ribeiro Bastos, é substituída pela Banda do Regimento Tiradentes que continua tocando a mesma Marcha dos Passos até a entrada da procissão na igreja de São Francisco. O velário roxo que estivera até ali velando a imagem do Senhor dos Passos, é retirado quando ela chega ao recinto do altar-mor, ficando ali "depositada" até o dia seguinte. Pode-se observar que da mão de Cristo que segura a cruz pende um ramo florido de orquídea. Ramos de manjericão que até então ornamentavam o andor, neste momento são distribuídos ao povo. Ali se repete o moteto de Martiniano Ribeiro Bastos, seguido pelo comovente "Miserere" de Manoel Dias de Oliveira.


Senhor dos Passos no altar-mor da igreja de São Francisco


No Domingo do Encontro, dia 30 de março p.p., pela manhã, na igreja do Carmo, às 8 horas, celebrou-se piedosa "rasoura" de Nossa Senhora das Dores, seguida de Missa. Em seguida, ainda pela manhã, às 9h 15min, na igreja de São Francisco, teve início a "rasoura" do Senhor dos Passos, ao som da emocionante marcha fúnebre "Saudades", da autoria do Capitão Benigno Parreira, e executada pela Banda do Regimento Tiradentes, seguida de Missa celebrada por Pe. Geraldo Magela da Silva, quando se executaram partes da Missa e outras peças da autoria de Pe. José Maria Xavier. O andor do Senhor dos Passos agora se apresentou ornamentado com hortênsias azuis e róseas.  Às 18 horas, das supracitadas igrejas hospedeiras do Carmo e de São Francisco, saíram as procissões para o doloroso Encontro das duas piedosas imagens, relembrando o de Jesus com sua Mãe na Via Dolorosa do Calvário, em São João del-Rei simbolizada pela Praça Barão de Itambé (antigo Largo da Câmara). ¹ Na ocasião, ocupou a tribuna sacra Frei César Cardoso Resende, para proferir o Sermão do Encontro que  relembrou um dos momentos mais tocantes do drama da redenção da humanidade. Após o Encontro, uniram-se os dois cortejos, formando uma única procissão, agora com o Senhor dos Passos à frente, seguido pela Senhora das Dores, com destino à Catedral Basílica. Quando a procissão passou pelas Capelas Passos no seu itinerário, os andores fizeram uma parada, para que a orquestra executasse Motetos das Dores, da autoria de Martiniano Ribeiro Bastos. À entrada da procissão na Catedral Basílica, ocupou a tribuna sacra o Frei César Cardoso Resende para proferir o Sermão do Calvário. 

Para completar a Festa dos Passos, neste ano de 2014, consta da programação o piedoso Setenário das Dores, de 4 a 10 de abril, constando de orações, cânticos e meditações sobre as Sete Dores de Maria, e para ocupar a tribuna sacra o Monsenhor Sebastião Raimundo de Paiva, pároco emérito da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, que infelizmente faleceu no dia 3 de março de 2014, na segunda-feira de Carnaval. Por essa razão, será substituído pelo Pároco Pe. Geraldo Magela da Silva. ²

Finalmente, no dia 11 de abril de 2014, será comemorada a Soledade de Nossa Senhora, constando dos seguintes atos litúrgicos: às 19 horas, Missa na intenção de todos os que cooperaram para a realização da Festa dos Passos de 2014. Após a Missa, estava previsto para ocupar a tribuna sacra o Monsenhor Sebastião Raimundo de Paiva, que, pelas razões citadas, será substituído pelo Pároco Pe. Geraldo Magela da Silva.
Em seguida, sairá Procissão com a imagem de Nossa Senhora das Dores, visitando as Capelas Passos, onde serão executados "Motetos das Dores" de autoria de Martiniano Ribeiro Bastos e Francisco de Paula Vilela. À entrada da Procissão, será dada Bênção com a relíquia do Santo Lenho. ³

Todos os atos solenes da Comemoração dos Passos de 2014 foram presididos pelo nosso Bispo diocesano, Dom Célio de Oliveira Goulart.

Todas as comemorações aqui descritas foram transmitidas, ao vivo, pela TV Campos de Minas.


III.  FESTA DE PASSOS



Por C.V.  


Das festas tradicionais de São João del-Rei, é a festa de Passos uma das mais comovedoras, não só pelo seu sentido de interna religiosidade como pelo seu conteúdo cultural, evidenciando a realidade da transmissão de valôres morais e espirituais de gerações a gerações.
 
Herdada de nossos avós portuguêses, a devoção aos Passos de Nosso Senhor, vem talvez da Idade Média, em que a Paixão de Cristo era a máxima devoção da Cristandade. Ao contrário dos nossos dias em que a Igreja celebra e canta a glória de Cristo Ressuscitado, penhor da ressurreição de todos os cristãos, naqueles dias era o Cristo Sofredor, o Homem das Dores, a tônica da piedade cristã.

Nada mais natural que fossem meditados e venerados os Passos de Cristo pelo Caminho da Cruz. Admirável é o fato de que esta devoção subsista de uma forma tão tocante na nossa terra e na nossa época contra tôdas as tendências modernas da liturgia. E êste fato se deve exatamente ao seu conteúdo cultural, a essa transmissão de costumes e tradições de pais para filhos por várias gerações.

Não há são-joanense de espírito e coração, identificado a esta terra abençoada que não seja devoto do Senhor dos Passos, e que, esteja onde estiver, não atenda ao chamado dos sinos que aqui dobram nestes dias incessantemente.

Em São João, a festa de Passos se celebra com detalhes interessantes que causam estranheza aos que desconhecem as coisas da terra.

A celebração da festa no IV Domingo da Quaresma é de uma extemporaneidade curiosa, que demanda explicação.

Tôdas as antigas cidades de Minas, fiéis à tradição portuguêsa, eram outrora devotas do Senhor dos Passos. Marcos desta devoção são os oratórios coloniais "Passos" construídos em vários pontos das cidades e que ainda hoje se enfeitam carinhosamente de flôres nos dias da celebração para receber a visita do Senhor.

São José e São João del-Rei, vizinhas e rivais, aprimoravam-se na pompa e solenidade com que louvavam os Passos do Senhor.

Para atender as populações das redondezas, desejosas de assistirem ambas as comemorações, necessário se tornou que fôssem celebradas em domingos diversos.

São José del-Rei, talvez por mais próspera e importante naquelas eras, fixou o Domingo da Paixão, enquanto São João del-Rei fixou a data para o IV Domingo da Quaresma.

Nas três semanas que antecedem a festa, realizam-se às sextas-feiras as Vias-Sacras que percorrem a cidade ao anoitecer, visitando os "Passos" onde são cantados lindos e tocantes motetos da autoria do músico são-joanense Martiniano Ribeiro Bastos.

À meia-noite, nas segundas e quartas-feiras da Quaresma, nas portas dos numerosos cemitérios das várias Irmandades, encomendam-se as almas dos defuntos, com cantigas soturnas e rezas.

Do mais longínquo recanto de minha memória surgem reminiscências das noites de Encomendação de Almas, quando tiritando de pavor, encolhida na cama, com a cabeça coberta, imaginava "almas do outro mundo" levantando-se das sepulturas para percorrerem as ruas da cidade em tropel, cantando fúnebres árias de funeral e distribuindo ossos de defunto em forma de velas a quem se atrevesse a transitar pela cidade àquelas horas mortas, ou a espreitar pelas janelas.

Na quarta-feira e sexta-feira da Quaresma realiza-se o Depósito das Dores: a imagem de Nossa Senhora das Dores é levada, velada por uma cortina roxa para a Igreja do Carmo. Sábado translada-se a imagem do Senhor dos Passos, à noite, também velada para a Igreja de São Francisco de Assis. Ambos são recebidos com carinho e respeito pelos membros das respectivos ordens do Carmo e São Francisco, orgulhosas de receberem tão honrosa visita.

No Domingo do Encontro, celebram-se Missas Solenes nas Igrejas hospedeiras, precedidas de rasoiras à volta do templo.

Os fiéis acompanham estes "depósitos" a rasoiras com a maior piedade e respeito realmente edificantes.

Os pais levam seus filhos que desde pequeninos aprendem a vestir a opa e a carregar a tocha acesa nas procissões. As meninas, por sua vez, sentem-se felizes de figurar como "anjos" acompanhando o Senhor dos Passos, ou virgens no cortejo das Dores.

A cerimônia do Encontro é realizada no Largo das Mercês, onde é pregado um sermão referente ao Passo do Encontro do Senhor com Sua Mãe no Caminho da Cruz. Do Largo segue a procissão levando ambas as imagens para a Matriz do Pilar onde é pregado o Sermão do Calvário.

Há detalhes interessantes e tradicionais na festa de Passos, que são exclusivos de São João del-Rei: a batalha dos sinos é um dêles.  Os sinos dos Passos, de São Francisco e do Carmo empenham-se num desafio onde o vencedor é aquêle que consegue badalar até que os demais parem, vencidos pelo cansaço. Apostas se fazem, a garotada se diverte e os adultos quase endoidecem com o badaladal incessante dos sinos. Nas procissões, cabe aos médicos da cidade segurarem as fitas do pendão que anuncia a chegada da procissão.

Aos advogados é concedida a honra de levarem as lanternas que ladeiam o andor. Estas honrarias são ambicionadas e, às vêzes, até causas de ciumada e atritos pessoais.

Coisas de São João del-Rei. Desta cidade única no mundo, cidade querida para a qual pedimos as bênçãos do Senhor dos Passos e da Senhora das Dores que conhecem os corações humanos e que sabem perdoar as fraquezas e imperfeições. Cabe à mocidade são-joanense conservar religiosamente êste rico tesouro cultural que dá a São João uma personalidade distinta das demais cidades mineiras, zelando pelos seus costumes e tradições.

Fonte: A Comunidade, órgão da Prefeitura Municipal de São João del-Rei, Fundador e Idealizador: Prefeito Milton Viegas, Ano IV, janeiro de 1971, nº 30, p. 19 (na ocasião, Dr. Milton Viegas deixava o cargo de prefeito, sendo já eleito Mário Lombardi).



IV.  NOTAS DO AUTOR


¹  Na realidade, as condições meteorológicas vigentes nos Campos das Vertentes não permitiram a saída dos andores de suas igrejas hospedeiras, a saber, igrejas do Carmo e de São Francisco. Chuva torrencial varria as ruas de São João del-Rei na hora da Procissão do Encontro, o que levou o Bispo a transferir o préstito para o dia seguinte, segunda-feira, às 19 horas. Para não empanar a tradição das festividades, achei conveniente, nesta crônica, tratar do que estava previsto, deixando para nota de rodapé o que é fortuito e imprevisto, como o caso dessa transferência da Procissão do Encontro para segunda-feira.

²  É provável que, pelo zelo, cuidado e amor dedicados pelo Monsenhor Paiva a essas festividades da Quaresma, tenha tido o cuidado de deixar por escrito todo o sermão que pronunciaria durante as festividades do Setenário das Dores e da Soledade de Nossa Senhora.

³  VIEGAS (2014) observa que, 
"na procissão do Senhor dos Passos, que sai de São Francisco, o Bispo, sob rico pálio vermelho, já quase bicentenário, que tem as palas bordadas a fio de ouro com os estigmas da Paixão, conduz um relicário contendo um fragmento da verdadeira Cruz na qual Jesus Cristo foi crucificado. Faz uma pequena parada nas Capelas Passos onde a relíquia é incensada enquanto o coro e orquestra de sopros executa um moteto. À frente da procissão é conduzido um grande pendão roxo, no qual estão escritas as iniciais S.P.Q.R. que significa Senatus Populusque Romanus (Senado e Povo Romanos) por ordem do qual Jesus Cristo foi crucificado.
Sobre outras antigas e curiosas tradições da Irmandade dos Passos, mantidas ainda hoje, VIEGAS lembra que 
"os carregadores das lanternas junto ao andor do Senhor dos Passos são advogados e dos cordões de sustentação do pendão que vai à frente da procissão são médicos. 
Outra tradição preservada é a de ornamentar os andores de Nossa Senhora das Dores e do Senhor dos Passos, para as procissões dos Depósitos com ramos de manjericão e que após a cerimônia de incensação quando as imagens chegam aos seus destinos, é distribuídos aos fiéis que levam para suas casas como remédio. 
Vale ressaltar que a imagem de Nossa Senhora das Dores tem somente quatro espadas cravadas no peito e não sete como deveria ser simbolizando suas sete dores. O motivo de esta imagem ter somente quatro espadas é que o Encontro de Maria Santíssima com seu Filho Jesus Cristo é justamente a sua quarta dor. 
Outra tradição ainda mantida: a preparação da imagem de Nossa Senhora das Dores, com a troca de suas roupagens simples para as mais ricas é feita pela Família Assis Viegas, isso acontecendo desde a primeira metade do século XIX, tradição que passa de mães às filhas já que somente as mulheres é que preparam a imagem. Para a imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos a responsabilidade é dos mesários homens, em trocar as vestes e preparar a imagem para as procissões.
Uma característica peculiar são os dobres de sinos, exclusivos da Solenidade dos Passos em São João del-Rei. Esses toques foram apelidados pelos são-joanenses de "Combate" pois há entre os sineiros da Catedral, Carmo e São Francisco, verdadeiro combate para ver qual dobra mais os sinos. Isso acontece na sexta-feira, no sábado e no Domingo do Encontro quando, então, os dobres são mais intensos. Os sinos das outras igrejas só dobram quando a procissão passa próximo a elas.
  Em minha opinião, trata-se de iniciais da professora Celina Viegas, mãe de Milton Viegas. Por outro lado, tratando de Dr. José das Chagas Viegas, esposo da suposta autora da deliciosa crônica acima citada, TIRADO (1987) observa que  
"ao eminente Dr. José Viegas, sobrevive a viúva, a extraordinária D. Celina, uma das mais renomadas educadoras que já passaram por nossa cidade, por 28 anos professora da E.E. João dos Santos, e durante trinta e três anos, proprietária e diretora de um internato para moças, personalidade ímpar, cristã modelar, mãe extremosa, que, aos 97 anos de idade, é ainda exemplo de dinamismo e de vida voltada ao bem do semelhante, a qual, tendo perdido a visão, continua com entusiasmo suas atividades, na mais completa conformação com a vontade de Deus." 
Seu nome foi dado a uma creche ou centro infantil funcionando no bairro do Tijuco, na cidade de São João del-Rei.

O livro "Piedosas e Solenes Tradições de Nossa Terra" traz nas páginas de nº 15 a 17 inúmeras informações a respeito dos dobres dos sinos a serem observados pelos sineiros desde a quinta-feira que antecede o IV Domingo da Quaresma.


V.  BIBLIOGRAFIA



Equipe de Liturgia da Paróquia da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar: Piedosas e Solenes Tradições de nossa Terra, I volume intitulado "A Quaresma e a Semana Santa em São João del-Rei", 2ª edição, 1997, 530 p.

Prefeitura Municipal de São João del-Rei: jornal A Comunidade, fundador e idealizador: Prefeito Milton Viegas, Ano IV, janeiro de 1971, nº 30

TIRADO, A.C.:  Nomes que ilustram nossa terra: Dr. José das Chagas Viegas, disponível na Internet in http://saojoaodelreitransparente.com.br/works/view/19

VIEGAS, Aluízio José: Solenidade dos Passos e Semana Santa em São João del-Rei, disponível na Internet in http://www.dacaf.com.br/imprimir.php?id_noticia=181&tipo=noticia


50 comentários:

Desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima (escritor e Membro da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

LI E IMPRIMI SEU EXCELENTE TEXTO.
LAMENTEI PROFUNDAMENTE NÃO TER IDO CARREGAR A LANTERNA, ESTE ANO, NA PROCISSÃO DO ENCONTRO. MINHA MULHER CARLA NÃO TINHA QUEM A AJUDASSE A PAJEAR NOSSO PEQUENINO MARCOS. FICAMOS EM BH.
ABS.
ROGÉRIO

Um São-joanense na Capital de todos os Brasileiros disse...

É sempre prazeroso ler , reler vossas matérias sobre nossa história , abraços fraternos caro Braga , um amigo que quero abraçar e não o vejo desde os tempos da terceira companhia do nosso Batalhão Tiradentes.

Anônimo disse...

Ilustre Braga,

Verdadeira preleção de nossa liturgia. Sou são-joanense mas,confesso-lhe,que sequer podia imaginar a riqueza e a autenticidade desta Festa dos Passos.Digno de ser registrada nos meus arquivos pessoais para passar para os meus filhos e netos. Importantíssimo tema.

Abs.

Musse Hallak

Prof. José Lourenço Parreira (violinista, regente e escritor) disse...

Muito lhe agradeço, caríssimo Braga, pelo envio das edificantes letras sobre a Festa dos Passos!

Lourenço

Alzira Agostini Haddad (gerente do portal São João del-Rei Transparente) disse...

obrigada por mais este belo trabalho Francisco!
adorei ver o seu artigo na Gazeta... sempre precisa enviar para os jornais os seus artigos,
veja como ficou Festa de Passos . Francisco José dos Santos Braga

super obrigada
abs
Alzira

Hélio Petrus (escultor-poeta marianense) disse...

Dileto Amigo Braga:
Almejo, de todo coração, que o SENHOR DOS PASSOS
continue a derramar Luzes nos seus Passos, como mensageiro do Bem e do Belo, revestindo com Amor e Arte tudo que você produz! A cidade de São João muito deve orgulhar-se de Tal Filho. E com razão!...
Abs saudosos ao casal amigo.
Helio.

Prof. Francisco De Filippo (escritor) disse...

Obrigado. Meticulosa e clara. Filippão.

Prof. Mário Celso Rios (presidente da ABL-Academia Barbacenense de Letras e escritor) disse...

Obrigado, Francisco! Seu artigo no BLOG sobre a Festa dos Passos de SJDR nos enche de orgulho pela profundidade e erudição com que você aborda esse tema tão caro aos que valorizam nossa identidade cultural! Portanto, meu respeito e votos para que continue nessa trilha que é diferencial no que tange ao que temos sido e para a construção do que poderemos ser!
Att., M. CELSO

Prof. Sérgio de Vasconcellos-Corrêa (Membro da Academia Brasileira de Música e compositor) disse...

Caro Francisco, uma das coisas que mais admiro nos mineiros é o amôr com que preservam e cultuam as suas tradições. Infelizmente no resto do Brasil, inclusive em São Paulo, é a valorização de tudo o que vem de fora em detrimento das tradições o que mais se vê.


Abração do Sérgio de Vasconcellos-Corrêa

Profª Salomea Gandelman (ex-diretora do IVL-Instituto Villa-Lobos e escritora) disse...

Obrigada, Maestro Francisco Braga, pelo envio de uma crônica tão interessante. É comovente a religiosidade que ainda palpita nos corações dos são-joanenses! Meu muito querido amigo José Maria Neves sempre me dizia: venha passar os feriados da Semana Santa em S. João enquanto a tradição de seus festejos ainda é mantida...Infelizmente ele se foi, mas espero que um dia possa acompanhar as cerimônias celebradas nesses dias sagrados para o Catolicismo. Um abraço cordial de Salomea

Pe. Jurandyr Azevedo Araújo (Coordenador nacional da Pastoral Afro-brasileira da CNBB) disse...

Sr. Francisco Braga, muito obrigado pela sua valiosa e histórica palavra sobre a Festa do Senhor dos Passos. Li com muita atenção. Agradeço-lhe a honra de ter recebido sempre as suas notas históricas. Espero receber sempre. Deus o abençoe. Pe. Jurandyr Azevedo Araujo.

Dr. Mário Pellegrini Cupello (Presidente do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto, de Valença-RJ) disse...

Caro amigo Braga

Lemos com grande interesse e profunda atenção a sua Crônica sobre a Festa do Senhor dos Passos, pelo que agradecemos a gentileza do envio.

O Ilustre amigo, como sempre, vem divulgando os valores históricos, culturais e tradicionais dessa encantadora "cidade onde os sinos falam", como uma verdadeira "missão pessoal" que vem desenvolvendo há muitos anos. Aceite as nossas sinceras felicitações.

Abraços, Mario.

André Guilherme Dornelles Dangelo (escritor, arquiteto e urbanista, especialista em Barroco e Patrimônio) disse...

Prezado Braga, mandei um comentário no site, mas te comprimento aqui por esse e os outros artigos que tenho recebido e lido no site, que nos dá a esperança que ainda tem são-joanense por aí mantendo a nossa luta pela preservação cultural da nossa terra. Gostaria de te sugirir, já que você está fazendo essa grande pesquisa arquivística (em se falando em festa de Passsos), quem sabe você não encontra nos jornais alguma notícia que demarque melhor a morte do sineiro João Pilão em São Francisco numa festa de Passos da década de 1910.

Abraços

Andre Dangelo

Prof. Dr. Adriano Benayon (economista e escritor) disse...

Caro Dr. Francisco Braga,

Muito grato por sua mensagem e pelos bons votos que me endereça.

Aproveito a oportunidade para felicitá-lo por sua constante e profícua atividade cultural, tanto na área musical, como na recuperação de valores históricos e da notícia de figuras ilustres de sua região.

Fraternal abraço,

Adriano Benayon

Ulisses Passarelli disse...

Mais um texto importante no registro de nossas tradições, com comentários precisos e amadurecidos em plena sabedoria de um grande pesquisador. Parabéns!!!

Prof. Ulisses Passarelli (folclorista, escritor e Membro da Academia de Letras de SJDR) disse...

Excelente texto. Tão cativante que me senti motivado a lincá-lo ao final do seguinte post:

ROXO, COR DA PENITÊNCIA

Com o abraço fraterno do Ulisses.

Benjamin Batista (Presidente da Academia de Cultura da Bahia) disse...

Muito bom. Obrigado. Abraços. Bbf.

Profª Elza de Moraes Fernandes Costa (gerente do Portal Concertino) disse...

Prezado Braga,

Excelente artigo e imagens. Parabéns!

Um abraço,

Elza

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

Em 2014 produzi este artigo em homenagem à Festa dos Passos, encenada em São João del-Rei, que mereceu boa acolhida de meus leitores.
Como era de se prever, as festividades sofrem alteração de data todo ano. No atual ano de 2016, a Festa de Passos se realiza cedo demais em relação a 2014, conforme descrito abaixo:
04/03/2016: SEXTA-FEIRA DAS DORES com Solene Procissão do Depósito da imagem de Nossa Sra. das Dores para a Igreja de Nossa Senhora do Carmo
05/03/2016: SÁBADO DE PASSOS com Solene Procissão do Depósito da imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos para a Igreja de São Francisco de Assis
06/03/2016: DOMINGO DO ENCONTRO com procissões saindo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e da Igreja de São Francisco de Assis, havendo Encontro das duas imagens na Praça das Mercês, onde será proferido o SERMÃO DO CALVÁRIO.
11 a 17/03/2016: SETENÁRIO DAS DORES.
18/03/2016: SOLEDADE DE NOSSA SENHORA. Após a Missa das 19 horas, será proferido o SERMÃO DA SOLEDADE.

Coincidentemente, amanhã, Domingo de Passos, também será comemorada a elevação da mui nobre Vila de São João del-Rei à categoria de CIDADE (06/03/1838), portanto há 178 anos atrás.

O autor.

LuDias (proprietária e gerente do blog Vírus da Arte & Cia.) disse...

Braga

Parabéns pelo trabalho feito no seu blog, não deixando morrer a cultura mineira.

Abraços,

Lu

Rute Pardini (cantora lírica) disse...

Obrigada, querido,
Recebi e já li.
Lindo!

Ir. Maria Eunice Resende disse...

Obrigada!
Sou sanjoanense. Gostaria de participar de todas as solenidades.
Sinto muita saudade.
Moro em Uberlândia. Acompanho com o pensamento e o coração.
Abs.
Ir. Maria Eunice

Francismar Queiroz disse...

Olá, amigo,
Já estava com saudades de seus artigos e comentários.
Abraços,
Francis.

Antônio Molina disse...

Boa noite

Francisco,

Tudo bem?

Aqui está caminhando.

Por favor pode enviar o seu trabalho e comentários etc., que vejo todos.

Abraços,

Molina

Prof. José Maurício de Carvalho (escritor, autor de livros, coordenador dos Colóquios de Filosofia "Antero de Quental" e professor universitário da UFSJ) disse...

Obrigado pelas informações. Meu abraço, José Mauricio.

Anizabel Nunes Rodrigues de Lucas (flautista, cantora e regente) disse...

Obrigado por nos manter sempre atualizados com relação à nossa história.
Parabéns! Eu oi na procissão de Passos, carregando a lanterna.

Prof. Fernando Teixeira (professor universitário, escritor e Secretário Geral da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

A Semana Santa de São João figura entre as mais significativas de Minas. Gostei da lembrança. Fernando Teixeira

José Passos de Carvalho (escritor, jornalista e presidente da Academia Lavrense de Letras) disse...

Muito obrigado amigo.
Quando morei nesta maravilhosa cidade, tive o privilégio de assistir a uma celebração, inclusive com a participação do saudoso Frei Metelo, do 1º/11 RI.
Obrigado por tudo.

Carlos Élcio Franco (membro da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

Francisco Braga, bom dia!
Parabéns!
Você é um incansável produtor cultural.
Att

Carlos Elcio

Saúde, Força e União!
Deus é Grande!
Carpe Diem!
Carpe Vita!

Dr. Rogério Medeiros Garcia de Lima (desembargador, palestrante, conferencista, escritor e membro correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

MUITO BOM E TAMBÉM VALEU A EFEMÉRIDE.
ABS.

ROGÉRIO

José Passos de Carvalho (jornalista, genealogista, escritor, presidente da ALL-Academia Lavrense de Letras e membro correspondente do IHG de São João del-Rei e da AFL-Academia Formiguense de Letras) disse...

Obrigado.
Que Deus continue nos abençoando sempre, para que possamos prestar nossos serviços em prol de nossos semelhantes.

Excelente final de semana para você e dona Rute.

Saudações,
PCarvalho

José Ribas da Costa (antiquário e aposentado da Reserva da Aeronáutica) disse...

Obrigado, Francisco.

Dr. Eduardo Lopes de Oliveira (advogado do escritório PMRAF Advogados em Belo Horizonte) disse...

Muito obrigado.

Abraços para você e Rute.

Eduardo

Augusto Ambrósio Fidelis (escritor, chefe da Gerência do Cerimonial da Prefeitura Municipal de Divinópolis e vice-presidente da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

Caríssimo confrade Francisco Braga,

Essas coisas me fascinam porque na minha infância, em Carmo da Mata, aconteciam cerimônias parecidas.

A propósito, vou para São João del Rei na semana Santa. Já fiz reserva no Lenheiros Palace Hotel. Vou chegar à cidade na quarta-feira, à tarde/noite e retornar no sábado à tarde.
Abraço

Augusto Fidelis

Elizabeth dos Santos Braga (pedagoga, pesquisadora, escritora, pós-doutorada pela Oxford University e professora da USP) disse...

Queria estar aí. Esta festa é muito bonita.
bjs
Elizabeth

Rafael dos Santos Braga (pesquisador e bacharel em Filosofia pela UFSJ) disse...

Obrigado, querido irmão!

Ana Lúcia Resende disse...

Muito obrigada pelo envio de mais este valoroso material.
Procederei a leitura.
Grande abraço.
Ana Resende.

Djair Braga Teixeira disse...

Francisco, bom dia!
Perfeita esta matéria que nos trouxe de forma tão completa a programação das celebrações da "Festa de Passos".
Muito obrigado e parabéns pela iniciativa de proporcionar aos sanjoanenses tais conhecimentos.
Abraços.

Unknown disse...

Agradeço pelas informações. Vou divulgar o texto no meu facebook para que sendo de conhecimento de todos a singularidade da Semana Santa em São joão del rei, atraia mais viajantes para nossa terra. Grande abraço

João Carlos Ramos (poeta, escritor, membro e ex-presidente da Academia Divinopolitana de Letras e sócio correspondente do IHG e da Academia de Letras de São João del-Rei e da Academia Lavrense de Letras) disse...

Na Semana Santa rememoramos o tormento do cordeiro de Deus por nós e o mundo inteiro medita nesse altruísmo incomparável.Posso ver os cravos,a coroa de espinhos e a dor maior que é a rejeição do povo que ele tanto amou.
Fica a lição para nós do grande amor de Deus.
São João del Rei sempre recorda disso por ser um cidade altamente religiosa. Fico feliz,colega Braga, em ter um amigo que crê tanto em Deus que nos ensina e nos deixa pequeno.
Deus seja louvado! Hosana ao filho de Deus!
Amém!

Alzira Agostini Haddad (psicóloga, gestora sócio-cultural com experiência em técnicas de planejamento, projetos sócio-culturais, banco de dados e imagens, peças gráficas; também atua nas áreas de arte-educação, educação patrimonial, patrimônio urbano, leis de incentivo, manifestações culturais e identidade cultural) disse...

Francisco querido,
Estou sem estagiária e sem poder, por enquanto, registrar seus belos artigos. O que farei assim q for possível.
Feliz Páscoa p vcs tb!

Prof. Fernando de Oliveira Teixeira (professor universitário, escritor, poeta e membro da Academia Divinopolitana de Letras, onde é Presidente) disse...

A Semana Santa de São João del Rei é um acontecimento de fé e tradição. Rememorá-la em seus aspectos litúrgicos vale a pena. Obrigado pelo envio. Uma santa Páscoa para você e Rute. Fernando Teixeira

Dijair Braga Teixeira disse...

Boa noite!
Fantástico!
Acredito, que como eu, muitas pessoas a tudo acompanhavam, assistiam, admiravam, sem saber a riqueza dos detalhes que você nos trouxe neste momento.
Obrigado.
Djair Braga

Paulo Roberto Sousa Lima (escritor, gestor cultural e presidente eleito do IHG de São João del-Rei para o triênio 2018-2020) disse...

Obrigado, confrade, pelo envio tempestivo desses textos. A cada dia identifico novos campos de conhecimento que preciso aprender. Sobre a Semana Santa, como vivenciada em São João del-Rei é um deles.
Com um fraterno abraço,
Paulo Souza Lima

Danilo Carlos Gomes (cronista, escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal e da Academia Brasiliense de Letras) disse...

Prezado Francisco Braga, mestre, meu abraço. Gratíssimo pelo envio de textos e fotos sobre a famosa e belíssima Semana Santa em São João Del Rey. Fiquei emocionado e me lembrei de Mariana, minha terra, de também tradicionais celebrações da Semana Santa. Deus os abençoe e nos abençoe a todos! Abraço do Danilo Gomes.

Prof. Cupertino Santos (professor de história aposentado de uma escola municipal em Campinas) disse...

Caro professor Braga;
Realmente impressionam a sobrevivência desses rituais tão requintados numa cidade brasileira de porte relativamente grande, assim como a sua descrição e esclarecimentos quanto às suas origens e significados. Verdadeiras preciosidades.
Muito obrigado por me fazer conhecê-los e pelo trabalho, dedicação e divulgação desse patrimônio.
Abraço.

Heitor Garcia de Carvalho (pós-doutorado em Políticas de Ensino Superior na Faculdade de Psciologia e Ciências da Informação na Universidade do Porto, Portugal (2008) disse...

Obrigado!
Lembrnaças sanjoanenses - desde 1969!!!!!
Heitor

André G. D. Dângelo (autor de muitos livros e professor na Escola de Arquitetura da UFMG) disse...

Excelente artigo sobre a nossa Festa de Passos.
Meus cumprimentos e obrigado pelo importante registro.

André Dangelo

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...

Caro professor Braga

Excelente análise descritiva sobre a veneranda Festa dos Passos e de sua admirável irmandade! Raro uma tradição assim manter-se viva por tanto tempo.
Uma feliz jornada a toda a comunidade.
Saudações
Cupertino

Fernando de Oliveira Teixeira (poeta e professor universitário, decano da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

A Semana Santa em São João sempre traz a solenidade das tradições. Abraço, confrade.