quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Colaborador: JORGE ANTUNES


Por Francisco José dos Santos Braga




JORGE de Freitas ANTUNES (Rio de Janeiro, 23/04/1942) é um compositor e maestro brasileiro, bacharel em Física pela Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi). Tendo estudado ainda jovem Física e Música, fez uso desses conhecimentos na música eletroacústica, da qual é precursor no Brasil desde 1961 e amplamente reconhecido no exterior. Assim foi que ainda em 1961 iniciou pesquisas no domínio da correspondência entre os sons e as cores. Desenvolveu uma técnica de composição, a que dá o nome de Música Cromofônica, e em 1965 começou a produzir obras de multimídia.


Graduou-se em violino, composição e regência pela Escola de Música da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1968. Fez pós-graduação em composição musical em Buenos Aires, no Centro Latinoamericano de Altos Estudios Musicales (CLAEM), do Instituto Torcuato Di Tella (onde terminou o mestrado em 1970 sob a orientação de Alberto Ginastera e Gerardo Gandini). Fez cursos de aperfeiçoamento em Buenos Aires, Utrecht e Paris, tendo estudado com Alberto Ginastera, Kröpfl, Gandini, Koenig, Bayle, Reibel e Pierre Schaeffer.

Crédito: Flávio Silva.
Em 1977, terminou seu Doutorado na Universidade de Paris VIII, sob a orientação de Daniel Charles.

Desde 1973 até 2011, foi professor do Departamento de Música da Universidade de Brasília, onde lecionou e fundou o Laboratório de Música Eletroacústica, ensinando Composição, Contraponto e Acústica Musical. Apesar da aposentadoria, mantém intensa atividade acadêmica como pesquisador sênior, orientando trabalhos de pós-graduação. Em entrevistas, ele confirma que mesmo compondo músicas, o seu grande amor sempre será lecionar. 

Compôs a ópera "Olga" entre 1987 e 1997, em 3 atos (baseada no drama da vida de Olga Benário Prestes, mulher do líder revolucionário Luís Carlos Prestes), mas apenas em 14 de outubro de 2006 pôde ver sua estreia mundial, que se deu no Teatro Municipal de São Paulo. À frente da Orquestra Sinfônica Municipal, o maestro José Maria Florêncio assinou a direção musical do espetáculo, que contou ainda com a participação do Coral Lírico. O diretor teatral William Pereira é o responsável pela direção cênica e cenografia. Os figurinos foram concebidos por Fábio Namatame.

Em 2014 estreou outra ópera de sua composição, "A Cartomante", baseada no conto de Machado de Assis. A estreia ocorreu em Brasília, com apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro sob a regência de seu filho, Jorge Lisboa Antunes, nos dias 31 de julho a 3 de agosto.

Apesar de ter citado duas grandes óperas de Antunes, a lista de seus títulos no gênero operístico já atingiu a marca inigualável de doze, compostos durante o período de 1966 a 2019.

Foi agraciado com a Comenda da Liberdade e Cidadania (1ª edição de 2011), na Fazenda do Pombal, sítio onde nasceu o Tiradentes.

Apesar de sempre compor música eletroacústica, possui um catálogo instrumental muito vasto que inclui muitas obras sinfônicas, música de câmara e duas grandes óperas. Suas partituras são editadas por Suvini Zerboni, Billaudot, Breitkopf & Härtel, Salabert e Sistrum. 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Antunes (Acesso em 03/08/2019)

Um comentário:

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

O Blog de São João del-Rei tem a satisfação de trazer aos seus leitores a alvissareira notícia de que a ópera “OLGA” de autoria do compositor JORGE ANTUNES abrirá a temporada do Teatro Opera Baltycka Gdansk, na Polônia, no próximo dia 11 de outubro. No mesmo teatro terá 8 récitas entre outubro de 2019 e março de 2020. O maestro brasileiro José Maria Florêncio é encarregado da direção musical; a direção de cena, os cenários e figurinos e a coreografia ficarão a cargo de poloneses.
“Olga” já tinha sido montada no Brasil em duas temporadas: no Theatro Municipal de São Paulo, com cinco récitas em 2006, e no Teatro Nacional de Brasília, com quatro récitas em 2013.
É auspicioso, portanto, o fato de “Olga” ganhar palcos europeus após os sucessos das grandes óperas de Carlos Gomes.
O libreto, escrito pelo poeta carioca Gerson Valle, narra a vida de luta política e o martírio de Olga Benário, a mulher do líder comunista brasileiro Luis Carlos Prestes. Ela era alemã e judia. Apesar de estar grávida, foi deportada do Brasil, em 1936, pelo governo de Getúlio Vargas, sendo entregue à Gestapo e passando a ser prisioneira dos nazistas com transferências sucessivas por três campos de concentração. Sua filha, Anita, nasceu na prisão de mulheres de Berlim. Olga veio a ser assassinada em 23 de abril de 1942 na câmara de gás do campo de concentração de Bernburg.

TEXTO-CONVITE DO MAESTRO JORGE ANTUNES
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2019/08/grande-opera-brasileira-na-europa.html

BIOGRAFIA DO MAESTRO JORGE ANTUNES
https://saojoaodel-rei.blogspot.com/2019/08/colaborador-jorge-antunes.html

Cordial abraço,
Francisco Braga
Gerente do Blog de São João del-Rei