sábado, 9 de janeiro de 2016

PROCISSÃO DO ENTÊRRO EM 1825


Por Djalma Tarcísio de Assis
Sócio-fundador do Instituto Histórico
e Geográfico de São João del-Rei


Djalma Tarcísio de Assis, Secretário Municipal de Turismo e Cultura e historiador






I. INTRODUÇÃO, por Francisco José dos Santos Braga




A Irmandade de Nossa Senhora do Carmo foi criada em 1732 com sede na Matriz de Nossa Senhora do Pilar de São João del-Rei. Em 10 de dezembro de 1732, Dom Frei Antônio de Guadalupe, bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, despachou favoravelmente a petição da Mesa Administrativa da então Irmandade para construir sua capela, cuja construção foi iniciada no ano seguinte. No dia 20 de dezembro de 1734, encarregou-se de fazer a bênção da capela o Pe. Antônio Pereira Corrêa, vigário interino da Matriz de Nossa Senhora do Pilar. No dia 9 de setembro de 1746, a Irmandade também foi elevada a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo por bula papal, regalia que lhe foi concedida pelo Papa Benedito XIV, no 7º ano de seu pontificado. Portanto, na data de 09/09/2016 festejaremos o 270º aniversário da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo.

Até pouco tempo atrás, a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo se responsabilizava pela Procissão do Enterro na noite da Sexta-feira Santa. Depois do Descendimento da Cruz, a imagem era levada em procissão para a igreja do Carmo, onde permanecia por um curto intervalo. Por volta das 23 horas, saía a Procissão do Enterro percorrendo as principais ruas da cidade, com o Canto da Verônica em pontos previamente definidos, e arrastando grande multidão atrás do cortejo fúnebre de Jesus. Hoje é encarregada pela Procissão do Enterro a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar. Na Sexta-feira Santa, hoje em dia, terminada a cerimônia do Descendimento da Cruz em praça pública, segue-se a Procissão do Enterro (ou do Senhor Morto), na qual há a participação de figurantes representando as grandes personagens do Antigo e do Novo Testamento, devidamente caracterizados por pessoas da comunidade são-joanense. Nessa procissão há o lamento das Santas Mulheres, o Canto da Verônica e os corais processionais cantando motetos de Manoel Dias de Oliveira.

O texto abaixo que o Blog de São João del-Rei posta em benefício de seus leitores é de enorme interesse histórico, cultural e religioso, pois dele consta a transcrição de um documento antigo, possivelmente o primeiro cronologicamente a apresentar uma viva descrição de como se preparava a Procissão do Enterro (em 1825), então aos cuidados da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. Temos a sorte de encontrar ainda disponível essa fonte primária que deu origem ao texto do historiador Djalma Assis. Além disso, o mesmo texto transcreve duas "cartas de convite", sendo a primeira possivelmente para autoridades constituídas da Villa e a última para a Mesa Administrativa da Ordem Terceira de São Francisco de Assis. Todos esses documentos antigos se referem à Procissão do Enterro.

Na companhia do prior e de um irmão da Ordem Terceira do Carmo consultei o acervo da Ordem, para corrigir possíveis erros cometidos pela redação do jornal A COMUNIDADE, quando da publicação da matéria. De fato, verificamos algumas inconsistências entre as transcrições publicadas e os 3 documentos antigos, mas não tão grandes a ponto de prejudicar o entendimento por parte do leitor. Concluindo: o que se lerá abaixo é o texto do historiador Djalma Tarcísio de Assis, que permanece intocável, comentando 3 documentos antigos (levemente modificados após nossa revisão definitiva).


Será respeitada rigorosamente a grafia tanto das fontes primárias quanto do texto do historiador Djalma Tarcísio de Assis.

 Depósito do Senhor Morto na igreja de Nossa Senhora do Carmo.
Crédito pela foto antiga: Tiago Felipe Nascimento



II.  TEXTO: PROCISSÃO DO ENTÊRRO EM 1825, da autoria de Djalma Tarcísio de Assis



Uma tradição que remonta a quase século e meio, perdurando no espírito do povo são-joanense, é a SEMANA SANTA, cujas cerimônias se revestem de um profundo misticismo, aureoladas de uma beleza impressionante, porque revivem todo o drama do Gólgota, autenticando a fé católica do nosso povo.

A cidade mostra-se em todos os seus aspectos, comungando com a Igreja na realização dessas comemorações litúrgicas. Cessam todos os acontecimentos festivos, silenciam os sinos; são os trajes escuros ou prêtos que predominam, é o luto que cobre a terra. É um recolhimento e meditação que se observa nestes dias.

É um silêncio religioso quebrado pela "matraca", no seu bate-papo ruidoso, sem sonoridade definida, num matraquear inquieto, que abre a procissão do Entêrro do Senhor na Sexta-feira Santa, realizada sempre altas horas da noite. É aquela repetição dos tempos das catacumbas, quando os cristãos levavam os seus mortos à sepultura, nas trevas da noite.

A matraca tem, pois, o seu sentido na Semana Santa.

Numa afirmação que a tradição está sempre viva em São João del-Rei, e que o seu povo, cioso por conservá-la, não mede sacrifícios, atestam-nos as Venerandas Ordens e Irmandades, com suas indumentárias próprias e seus costumes.

Dessas tradições, a Procissão do Entêrro de Nosso Senhor se conserva quase na íntegra, conforme constatamos por um documento existente nos arquivos da Venerável Ordem 3ª de Nossa Senhora do Carmo, desta cidade.

Consta do livro nº 2  ¹ , de cópias e documentos, às fls. 2 e 3  ² , de 20 de agôsto de 1825:

Fl. nº 2

"Cópia da Escalla por onde se deve ordenar e reger a Procissão do Enterro de N. Senhor Jesuz Christo, que a Veneravel Ordem 3ª do Carmo custtuma fazer em 6ª feira Mayor.

No fim das Vesperas vestidos os que forem necessarios para a Procissão sahirão todos da Sachristia para a Cappella Mor, onde deverá estar a Imagem do Senhor morto dentro do Esquife, coberto com hû veo roixo por sima do depozitto de baixo do Pallio observando-se a Ordem seguinte:

Quatro Sacerdottes revestidos com Alvas, Cordões e Estollas roixas sobrassadas com as Cabessas Cubertas com veos ou amittos e os rostos baixos.

Ultimamente o Commissario com cappa de Asperge roixa, chegando deante do depozitto do Senhor postos todos de joelhos cantará: O vos omnes...

Depois disto o Commissario Incensará o Senhor, e Cantará: Heu! Domine! Heu! Salvator noster!

Os quatro sacerdottes, que hão de levar o Senhor cantarão o mesmo; e logo da mesma forma as Marias.

Enquanto os Sacerdottes forem tirando o Senhor do depozitto continuará a muzica = Pupilli facti sumus, e assim continuarão como mais que se segue do que responderão os Sacerdottes que levão o Senhor = Heu! Domine! Heu! Salvator Noster! O q.' repetirá as Marias, e assim continuarão a Procissão com muita devoção, e silencio, levando diante o Pendão baixo, logo a cruz, e o mais da maneira seguinte:

Abrahão
Izak
Anjo-mayor
S. Matheus
S. Marcos
S. Lucas

Os anjos de Lutto a saber:
1  coroa
2  cravos
3  martello
4  torquez
5  dados
6  pingos de sangue
7  esponja
8  titullo
9  lança

José Nicodemos com tocha
Dois camafeus com Escadas
Madalena e São João com navetta e Evanjº
Esquife e Pallio
Senturião
Tres Marias
Andor de N. Senhora
A Meza
O Commissario de Cappa de Asperge."

Seguem as providências que se exigiam e os convites exarados à Ordem de São Francisco, cujo teor também transcrito na íntegra, tem um sabor todo especial.

"Copia das Cartas de convite que se fazem para a Procissão do Enterro.

A Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo com respeitosa attenção vem participar a VS. queira mandar aprompitar huma guarda q.' deve acompanhar a Procissão do Enterro em Sexta-feira maior da prezente Quaresma em que expoem a Veneração dos Fieis o Religioso Culto da Venturosa Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Christo, não só para evitar tumulto do Povo q.' em semelhantes ocazioens se dispoem dos profanos acontecimentos, como para conter o Respeito, e Veneração devida.

Deos Guarde a Vossa Senhoria.

Villa de Sam João et cetera."

"Cópia da Carta que se deve escrever de convite à Veneravel Ordem Terceira de Sam Francisco.
Illustrissimos Senhores Padre Commissario, Irmão Ministro, e mais Difinitorio.
Tendo esta Ordem Terceira da Senhora do Carmo a forçosa obrigação de fazer celebrar a Procissão do Enterro que deve aprezentar em Sexta Feira Maior da prezente Quarema, he de importancia convidar Vossas Caridades, e rogar-lhes que por serviço de Deos queirão comparecer, e unirem-se a Nossa Corporação para assim fazer mais plauzivel o Religioso Culto que se expoem a Veneração dos Fieis, em memoria do Doloroso Misterio, como Vossas Caridades tantas vezes nos tem soccorrido.

Deos Guarde Vossas Caridades muitos annos.

Villa de São João de El-Rey et cetera."

Com o correr dos tempos, observamos pequenas modificações, surgindo outras que têm a máxima relação com a celebração do drama da Paixão.

Os sacerdotes não levam mais o esquife, conforme ainda asisti em meu tempo de criança. Eram 4 sacerdotes, segundo consta da descrição acima, trajando longa alva, amito branco na cabeça com capuz e cíngulo cingido à cintura. Os Irmãos do Carmo levavam o esquife e Pálio; os de São Francisco levavam as lanternas. Sòmente estas duas corporações, pela sua alta dignidade, participavam desta procissão.

As alas eram constituídas pelos homens, que, de roupa preta, fisionomia austera, silenciosamente, empunhavam as velas; fechando o cortejo religioso, vinha o andor de Nossa Senhora das Dores e o Padre.

Nas inovações surgidas, o figurado tem outros elementos, representado pela nossa juventude, das melhores famíilias, as autoridade e homens ilustres, de "smoking" ou terno prêto, confessando pùblicamente a sua fé, e sem respeito humano, levam o esquife do Senhor, o pálio e as lanternas. É um espetáculo de fé emocionante e belo pela profundidade do seu sentido.

E São João del-Rei dela pode se orgulhar enquanto tivermos homens e jovens que se disponham a tudo fazer para manter sempre vivas as nossas tão decantadas tradições.

Fonte: A COMUNIDADE, órgão da Prefeitura Municipal de São João del-Rei, Ano III, março de 1970, nº 20, p. 8.



III. NOTAS  EXPLICATIVAS
 

¹ Atualmente o livro está sem capa, mas suas folhas estão mantidas em pacote devidamente embalado com o título COPIADOR - Livro 08 (1825 a 1941).

² As duas "cartas de convite" constam respectivamente das fls. 8-verso e 9 do livro descrito na nota nº 1.



IV. AGRADECIMENTO


Gostaria de deixar registrados meus agradecimentos às seguintes pessoas por permitirem acesso ao livro, bem como por sua preciosa colaboração:
Sr. Eduardo Valim, prior da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo; Sr. Giovanni Alves de Paula, encarregado da custódia do Arquivo Paroquial da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar e irmão da Ordem Terceira do Carmo; e minha esposa Rute Pardini, inseparável companheira, sempre pronta a registrar fatos marcantes da história são-joanense e que me auxilia nas pesquisas com sugestões preciosas e fotografias imorredouras.
  

37 comentários:

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

Conforme noticiei, em meu artigo intitulado "Djalma Tarcísio de Assis, paladino da Cultura e do Turismo em São João del-Rei", que havia localizado um artigo do meu homenageado com o título "Procissão do Enterro em 1825" e prometi pública-lo no blog.
Hoje cumpro minha promessa.
O texto abaixo que o Blog de São João del-Rei posta em benefício de seus leitores é de enorme interesse histórico, cultural e religioso, pois dele consta a transcrição de documentos antigos, possivelmente os primeiros cronologicamente a apresentar uma viva descrição de como se preparava a Procissão do Enterro em 1825, então aos cuidados da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. Temos a sorte de encontrar ainda disponível essa fonte primária que deu origem ao texto do historiador Djalma Assis.

Luiz Solano (jornalista, conhecido como "Repórter do Planalto", e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal) disse...

Obrigado, amigo.Luiz Solano.

Prof. José Lourenço Parreira (capitão do Exército, professor de música, violinista, compositor, maestro e escritor) disse...

Meus cumprimentos, caro Braga, pelo precioso documento. Grato!
Lourenço

Cláudio Márcio Lopes (fotógrafo) disse...

Valeu, meu amigo!
Abraços
Claudio

Um São-joanense na Capital de todos os Brasileiros disse...

Meu caro amigo , Francisco Braga,
Agradecido por mais este momento histórico transcrito e pesquisado por você , sobre nossa querida São João Del Rei-MG , HISTÓRICA.
Meu abraço a você e sua esposa.
Raymundo Pinheiro. (Ray Pinheiro)
Brasília-DF.

Anônimo disse...

Nosso grande artista, ilustre Francisco Braga, não se esqueça de acrescentar no seu vasto currículo também a qualidade de historiador.

Sempre nos legando fatos culturais, artísticos e históricos.

Matéria esta, além de grande importância para nossa terra, nos dando mostra também, do saudoso e memorável Djalma Assis, a maior figura, sem dúvida, de nosso turismo, quando em sua instada na Secretaria Municipal de Turismo,projetou São João del Rei nos quadrantes deste país. Não tenho como nunca tive o receio de dizer que, Djalma Assis, pelo menos até o presente momento, está sendo insubstituível.

Parabéns, Francisco Braga!. São João del Rei fica lhe devendo mais esta.

Musse Hallak

Tereza Raquel Pugliese disse...

Agradeço em nome da Família Assis ao senhor Francisco Braga, que mais uma vez traz a tona, textos e pesquisas realizadas pelo meu avô e historiador Djalma Assis. Para todos nós é gratificante saber que nosso patriarca está sendo lembrado e homenageado pelo seu trabalho e dedicação.

Tereza Raquel Pugliese disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Tereza Raquel Pugliese disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Unknown disse...

Braga, gosto muito desse material histórico da cidade de meu pai. Aqui no Rio de Janeiro, tenho bem perto a sede da " Veneravel Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo". É isso mesmo, com o 'Venerável' na frente. Um belo hospital, tombado pelo patrimônio histórico, bem no Centro.

Ulisses Passarelli disse...

Excelente Braga, mais um grande trabalho. Registro importantíssimo para a história de nossas tradições e em memória deste ícone da cultura são-joanense que foi o Sr. Djalma. Parabéns!!!
Abç. cordial,
UP.

José Carlos Hernández Prieto disse...

Caro confrade; meus agradecimentos por mais este inestimável serviço à glória de São joão del-Rei e tudo que representa. Abraço fraterno.

Prof. Fernando Teixeira (professor universitário, escritor e Secretário Geral da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

Nota dez para o texto de inegável sentido histórico. Abraço do Fernando Teixeira

Regina Beatriz Silva Simões (psicóloga são-joanense, psicanalista, mestre em Psicologia, autora dos livros "A mulher de 40 - sua sexualidade, seus afetos" e "Final de Análise") disse...

Que riqueza, Francisco! Que relíquia!

Abraço,

Regina Beatriz

Prof. Edésio de Lara Melo (Professor universitário de música, sendo principalmente professor efetivo da Universidade Federal de Ouro Preto. Atua nas áreas de temas: canto coral, regência, canto lírico, técnica vocal, musicologia e história. Dedica-se à pesquisa de repertório de banda de música com ênfase na marcha fúnebre) disse...

Bom dia. Visitei o blog, no entanto, não vi a modificação. Aproveitei para ler a publicação, ainda que rapidamente, acerca da Procissão do Senhor Morto de 1825, uma maravilha. Abraços,
Edésio

Francisco José dos Santos Braga (escritor, pianista e compositor, gerente do Blog de São João del-Rei e do Blog do Braga) disse...

Neste 25 de março de 2016, Sexta-feira Santa, à noite, aqui em São João del-Rei, o clero, a população são-joanense, visitantes, a orquestra Ribeiro Bastos, a TV Campos de Minas, as rádios São João del-Rei e Emboabas, todos celebramos o "DESCENDIMENTO DA CRUZ", às 20h 30min, na escadaria da Igreja de Nossa Senhora das Mercês.
Em seguida, realiza-se, com espírito de recolhimento, a tocante Procissão do Enterro pelas principais artérias da cidade.
Como era essa Procissão do Enterro em 1825? O saudoso são-joanense DJALMA TARCÍSIO DE ASSIS (1910-1993) se fez essa pergunta e foi consultar nos arquivos da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da cidade.
Tive o prazer de publicar esse seu trabalho no Blog de São João del-Rei.
O texto abaixo é de enorme interesse histórico, cultural e religioso, pois dele consta a transcrição de documentos antigos, possivelmente os primeiros cronologicamente a apresentar uma viva descrição de como se preparava a Procissão do Enterro em 1825, então aos cuidados da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. Temos a sorte de encontrar ainda disponível essa fonte primária que deu origem ao texto do historiador Djalma Assis.
Djalma Assis foi o primeiro e Secretário de Turismo e Recreação de São João del-Rei, tendo trabalhado como tal para as administrações dos prefeitos Nelson José Lombardi (1963-1966), Fábio Nelson Guimarães, General Antônio Carlos Mourão Ratton, Dr. Milton Rezende Viegas e Mário Lombardi.
Além disso, participou de todos os movimentos culturais da cidade, tendo sido um dos sócios-fundadores do CAC-Centro Artístico e Cultural (1959-1969), do Instituto Histórico e Geográfico (1970) e da Academia de Letras de São João del-Rei (1970).

Marlene Maria dos Santos (escritora) disse...

Prezado Braga, bom dia!

São João del-Rei sempre presente em seus artigos e de forma carinhosa. Lendo um de seus artigos, despertou em mim o desejo de um dia visitá-la. Conheço muito pouco Minas Gerais, apenas Ouro Preto, mas guardo na memória as histórias de minha mãe, mineira de Salinas.

Um ótimo domingo de Páscoa para você e família.

Um abraço de Tóquio.

Marlene

Prof. José Maurício de Carvalho (escritor, autor de livros, coordenador dos Colóquios de Filosofia "Antero de Quental" e professor universitário da UFSJ) disse...

Parabéns!

Um São-joanense na Capital de todos os Brasileiros disse...

Caríssimo Conterrâneo , amigo , Francisco Jose dos Santos Braga.
É sempre prazeroso receber vossas noticias e escritos , tão bem colocados.
Uma Feliz e Santa Páscoa para você e família.
Ray Pinheiro.

Dr. Auro Aparecido Maia de Andrade (pesquisador, palestrante, conferencista e Juiz de Direito) disse...

Amigo prof. Braga, sua contribuição com a história, a cultura, as tradições e a arte na nossa querida São João del Rei são extraordinárias e valiosíssimas. Obrigado.
Tenho-lhe uma gratidão e honra por sua amizade.
Feliz Páscoa! Abraços fraternos e estensivos a igualmente cara amiga D.Rute.
Do sempre amigo,
Auro.

Benjamin Batista (músico cantor, showman, escritor, palestrante e presidente da Academia de Cultura da Bahia)i disse...

Meu sonho de consumo é assistir a tudo isso a vivo e a cores nessa sua bela cidade. Boa iniciativa republicar esse texto excelente.
Abraço e feliz Páscoa!
BB

Dr. Mário Pellegrini Cupello (pesquisador, escritor e presidente do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto, de Valença) disse...

Caro amigo Braga
Mais uma vez sua verve de historiador contribui com uma obra de grande interesse histórico-cultural, acima de tudo religioso, pelo detalhamento que o texto traz à luz.
Parabéns!
O amigo Mario.

Dr. Aristides Junqueira Alvarenga (advogado, sócio do escritório Aristides Junqueira Advogados Associados, ex-Procurador Geral da República, natural de São João del-Rei e filho do historiador são-joanense Luiz de Melo Alvarenga) disse...

Prezado Francisco Braga,
muito obrigado por mais esta publicação. Aliás, seu "blog" me transmite material histórico
preciosissimo, que coleciono.
Obrigado sempre e uma feliz e santa Páscoa para você e os seus.
Aristides

Prof. Mário Celso Rios (escritor, conferencista e presidente da Academia Barbacenense de Letras) disse...

Braga, tudo bem?
Meus cumprimentos pela valorização e pelo seu modo peculiar de divulgar os momentos mais vívidos do Drama da PAIXÃO em SJDR!
Abraço, M. C.

Prof. José Lourenço Parreira (capitão do Exército, professor de música, violinista, maestro e escritor) disse...

São João del-Rei, uma cidade histórica de Minas Gerais, é a cidade em que nasceu o Patrono Cívico da Nação Brasileira. Seu registro de Batismo encontra-se nos arquivos da Paróquia da Catedral-Basílica de Nossa Senhor do Pilar.

Todos os dias a população desperta para o amor a Deus e à Pátria com os sinos das Igrejas seculares e o toque da corneta no glorioso Regimento Tiradentes que lutou com bravura e heroísmo na Segunda Guerra Mundial, na Europa.

Cidade profundamente católica, é a única no mundo que na Liturgia da Semana Santa celebra o Ofício de Trevas, com Orquestra Barroca, Canto Gregoriano e comovente participação dos fieis.

Conforme testemunho do Maestro, Compositor, Capitão Benigno Parreira, no dia de hoje, Sexta-Feira da Paixão, no Regimento Tiradentes, o Comandante determinava que a Corneta só tocasse às 22 horas. Assim, orientado pelo Comando, o Corneteiro tocava o pungente silêncio, às 22 horas, voltado para a cidade, associando, desta forma, o glorioso Regimento ao sentir da população que celebrava o Sagrado Mistério da Paixão e Morte do Senhor Jesus!

Que página áurea e maravilhosa do Exército Brasileiro! Exército que é o povo fardado, com seu braço forte e mão amiga!

Hoje, 25 de março, a partir das 20 horas (hora de Brasília), a TV APARECIDA transmitirá, ao vivo, a tocante cerimônia do descendimento da Cruz, diretamente de São João del-Rei!
JLP

Alan Elias da Silva (ex-comandante do 38º Batalhão da PM de São João del-Rei) disse...

Bom dia, amigo Francisco Braga!
Farei a leitura do seu artigo.
Com certeza, enriquecerá meus conhecimentos.
Lembranças para Rute.
Abraços

Alan e Selma.

Prof. Fernando Teixeira (professor universitário, escritor e Secretário Geral da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

Que o Senhor, que nos veio trazer a lição de ampla fraternidade, ilumine a sociedade nesta noite conturbada de trevas. Obrigado. Fernando Teixeira

Eduardo Oliveira (ex-salesiano e animador sociocultural) disse...

Já lhe disse em diversas ocasiões que você me mata do coração. Que felicidade recordar esta festa religiosa em São João, dentre outras. Não me canso de comentar com amigos: Lá em São João Rei........

Obrigado por todas as informações que sempre manda.

E, mais uma vez, aquele fraterno abraço.

Edu

Aluizio Antonio de Barros (economista, comentarista econômico, ex-professor universitário e membro da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

Muito obrigado, estimado amigo, por compartilhar esse documento histórico!

Gostaria de ouvi-lo pessoalmente comentando o fato e explicando as diferenças no tempo.

Grande abraço,

Aluizio

Emanuel (funcionário da Prefeitura Municipal de São João del-Rei) disse...

Professor, bom dia. Parabéns pelo seu blog. Informativo excelente que enaltece as tradições sanjoanenses. Grande abraço e boa Páscoa.

Diamantino Bártolo (professor universitário Venade-Caminha-Portugal, gerente de blog que leva o seu nome http://diamantinobartolo.blogspot.com.br/) disse...


Muito obrigado, estimado amigo

Santa e feliz Páscoa.

Abraço.

Diamantino Bártolo

Unknown disse...

Prezado Braga.Parabens pelo resgate de mais esse capitulo da memoria religiosa da cidade.Fico pensando o quanto faz falta um Museu ou Memorial da cultura reliosa da cidade de Sao Joao del Rei, que poderia explicar aos leigos e turistas a historia, a tradiçao e o significado desses ritos seculares (unicos do ponto de vista da preservacao da sua integridade no Brasil) e tao pouco valorizados na nossa terra por tanta gente, que se quer os conpreende na sua dimensao historica e social e vivem dissendo asneiras por ai ou fazendo leituras politicas ou sociologicas totalmente descabidas.E que não sao compativeis com seu verdadeiro significado historico e religioso dessas antigas tradiçoes Tridentinas. Parabens pela dedicação a memoria da cidade.

João Carlos Ramos (poeta, escritor, membro e ex-presidente da Academia Divinopolitana de Letras e sócio correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei e da Academia Lavrense de Letras) disse...

Relembremos o cordeiro morto por todos nós. Foi um espetáculo horrendo, desafiando os céus.
O amor de Cristo não permitiu que ele saísse da cruz.
A ele toda honra e toda glória pelos séculos dos séculos.
Obrigado, Braga, pela lembrança sangrenta!

Danilo Carlos Gomes (cronista, escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal e da Academia Brasiliense de Letras) disse...

Mestre Francisco Braga, muito grato pelo Ofício de Trevas e outros belos textos da nossa liturgia da Semana Santa. Sou de Mariana, você sabe o que é isso de nascer em cidades como Mariana e São João del Rey e lá ser criado. Gosto dos rituais da Igreja e sou devoto do Papa Emérito Bento XVI, escritor, teólogo e comedido nas palavras, além de cultor dos velhos rituais, como o sou de João Paulo II. Nosso Senhor dos Passos se apiade de nos ! E do Brasil, de modo geral. Estamos à beira de uma conflagração. O Sr. Lula, para se salvar da prisão, quer pôr fogo no país. Não vamos deixar. Feliz Páscoa, mestre! Abraço do Danilo Gomes.

Prof. Fernando de Oliveira Teixeira (advogado, professor universitário, escritor, poeta e presidente da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

Muito obrigado pelo envio das matérias. As trevas da paixão do Senhor são apenas o prenúncio das luzes da glória da ressurreição. Uma santa Semana Santa para você e Rute.
Fernando Teixeira

Sylvio Mário Bazote (historiador e psicólogo, proprietário do Blog HistóriaS) disse...

Material muito interessante!
Grato pelo envio.

Prof. Cupertino Santos (professor de história aposentado de uma escola municipal em Campinas) disse...

Caro professor Braga.
É admirável, como lhe escrevi anteriormente, que esses rituais com tantos requintes ainda sobrevivam numa cidade brasileira de porte médio! É admirável também que "talvez não exista outra cidade no mundo que realize absolutamente todas as cerimônias litúrgicas do ritual católico, e sempre com o repertório polifônico a elas destinado", por exemplo!
Tendo se originado do povoamento paulista, ou bem a cidade desenvolveu posteriormente essa riqueza dos rituais, ou bem as tradições paulistas tenham ido por água abaixo ou, ainda, as duas coisas!
Importante que o professor seja protagonista dos estudos e que a sociedade são joanense ainda se esforce por preservar seu precioso patrimônio cultural e religioso.
Grato.
Abraço,
Cupertino